
Mineirinho esquivo, de conversa marota, Telê achava
que sairia pela tangente, dizendo que só voltaria ao futebol profissional se fosse para atender pedido de um outro grande amigo, o seu lançador, Zezé Moreira. Se deu mal! A
conversa chegou aos ouvidos do homem, que não perdeu tempo e o convocou a
comparecer a São Januário.
Telê estava com 34 anos – nascera em 26 de julho de 1931 –, mas conservava o biótipo dos tempos em que defendera Fluminense, Guarani de Campinas-SP e Madureira-RJ. Evidentemente, não apresentaria bom preparo físico, mas, em seu primeiro treino vascaíno, em 1965, reviveu a boa visão de jogo, o bom passe e jogadas inteligentes. Diante do que vira, o presidente Antônio Soares Calçada ofereceu-lhe Cr$
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Reproduzido de www.canafla |
Por demorar pouco por São Januário, em fase de jejum
de títulos, Telê não ajudou ao “Turma da Colina” a carregar nenhum
caneco. Isso foi fazer como treinador do Flamengo, ajudando-o a levar as taças da Copa Porto e de
Troféu Clássico das Multidões e Troféu Seis Anos da Rede Manchete de TV, todos
em 1989.
Telê Santana estreou rubro-negro, em 23 de outubro de 1988, goleando o Guarani de Campinas-SP, por 5 x 1. Ficou até 19 de setembro de 1989, quando entregou o cargo, devido desentendimento com o atacante Renato Gaúcho, que era muito amado pela torcida. Nesse seu tempo na Gávea, Telê encontrou Zico, o maior ídolo da história do clube, em final de carreira.
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