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ÃO
O gaúcho Saulzinho e o
paulista Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da
década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem
menos e não havia preocupações com as estatísticas. Assim, a pesquisa
para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na conta do Saul, que
se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando
conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia
conseguido depois do SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice
estadual, em 1961, junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos
critérios de desempate técnico.
Para reviver as histórias
vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília até a gaúcha Bagé,
onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa,
onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns
jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não
foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só
se for do Pelé!
Gustavo Mariani
1
O GAROTO DOS PAMPAS
Revelado pelo Guarany Futebol
Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a
responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante
de feras, como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet,
Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato
Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador,
por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que
cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.
Aos 15, Saulzinho já marcava
gols pelo time profissional do Bagé, rival do Guarany. Aos 17, tornou-se
protagonista de um caso incomum. Era 1955 e o Conselho Nacional de
Desportos-CND deparou-se com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada para decidir,
deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que, futuramente, se falaria bastante
dele, por outro motivo
Saul Santos, o Saulzinho, ganhou apelidado no diminuitivo do
pré-nome para não ser confundido com o defensor Saul Mujica. Garoto peleador (brigão na área fatal), no
linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para os zagueiros da
Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954, vestindo a camisa
do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o qual tinha contrato
de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em seu primeiro jogo,
naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre, marcou um gol de
bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol Clube roubou-o do
rival, tornando-o um índio, como
jogador do clube alvirrubro era chamado.
Foto do álbum de famíia
Valera muito, para o Guarany, brigar
pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da
bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal
Bageense de 1956. Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o
título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o
outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4
x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o
a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não
ficou com o caneco da Liga.
Em 1958, mais uma
vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do
qual só restavam Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve
por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores
quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”.
Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro
durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre, no Estádio
Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa,
desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2
mandados pelos índios sobre
time fortíssimo para os padrões do então futebol gaúcho, não marcara
nenhum gol e nem merecera elogios do treinador colorado Francisco Duarte
Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente,
foi no Dia do Índio - 19 de
abril de 1960 -, apitado por Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110
cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses
- Paulo Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O
Guarany alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio;
Ivo Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.
Tempos depois, já era Martim Francisco o treinador do
Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada recomendável para um
centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital gaúcha. E pediu
a contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De cara, o
presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não se
interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos".
Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao
treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com
o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê,
preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José
Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros,
de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros,
de gratificação, do Guarany.
Até fevereiro de 1966, Saulzinho ficou por São
Januário obtendo média de gols superior à
do “Rei Pelé”, em disputas estaduais. Chegou à Colina
no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou três tentos, jogando
pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm) zagueiro Brito (Hércules
Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou muito boa impressão
para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias Metropolitana.
Garoto interiorano no meio de famosos cobrões vascaíno,
Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente dos seus velhos tempos de
adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para São Januário a raça dos
gaúchos da época da colonização brasileira, quando os seus patrícios passavam
mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do que vivendo em paz.
Mas ele era, também, um guerreiro decidido a vencer no futebol carioca e
que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se, com 15 de idade, juvenil,
fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não repetiria tudo onde portas
poderiam abrir-lhe grande futuro?
Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma da
Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria
difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro
pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid,
deixando em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre
1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular,
pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.
2
O GUARANY
Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany
Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé,
criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez,
Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto,
Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria
dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais,
no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de
equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar,
sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada
estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da
Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol
dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado,
em 2008. Vejamos algumas histórias do clube:
Guarany-1960, da esquerda para a direita, em pé:
Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e Augusto; agachados, na mesma ordem:
Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e João Borges, reproduzidos de saulzinho70.blogspot.com.br
1 - O Guarany já teve duas revelações
disputando Copas do Mundo: o meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em
1938, cobrão do Botafogo, e o lateral-esquerdo
Branco, ídolo da torcida do Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados
Unidos, e participante, também, as Copas de 1986 e de 1990.
2 - Os maiores goleadores índios foram Max
(129 gols) e Picão (125). Saulzinho calcula ter feito cerca de 90. Se
tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter batido o recorde de
Max.
3 - Em 1956, o Guarany foi campeão
municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e 4 x 1. Time-base: Éden,
Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos Calvete, Max Ravaza,
Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).
4 - Campeões estaduais, em 1958: Salvador
Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e Célio; Calvet I, Max, Juarez,
Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o campeão, vencendo, por 1x 0 (duas vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1,
perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de empatando, por 1 x 1. O grupo campeão
teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga, Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde
Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho, Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis
Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz Silva e Juca.
5 – Ao deixar o Vasco da Gama, na
metade da década-1960, Saulzinho voltou a jogar bola em Bagé, e seguiu
artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois clássicos pelo torneio
citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo, marcou o da virada
Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada, ainda rolava a
pelota.
3
CRUZMALTINO
O
Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o
Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no
Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians, no paulistano
Pacaembu. No dia 10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0
Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o
Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca
Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1
River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um
Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio
Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27
de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por
fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x
0.
De volta ao Brasil, a Turma da Colina jogou
amistoso, em oito de fevereiro, no Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos
times mais fortes do mundo, empatando, por 2 x 2, diante de 122.038 pagantes, embora a
imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes - renda de Cr$ 21 milhões,
395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do Sul. Del Sol, aos 14, e
Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram vantagem para os espanhóis,
que cederam o empate, na segunda etapa - Casado (contra), aos 7,
e Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram na rede, com
a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho
de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira
(Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam: Dominguez; Marquitos
(Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di
Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).
Quando Saulzinho
desembarcou em São Januário, embora vivesse época sem preocupações
com estatísticas, ele nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi nos
3 x 1 América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre
o 5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.
O primeiro jogo de
Saulzinho com a camisa vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo
1961, entrando no decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo,
em Vasco 2 x 0 Corinthians. Seis dias
depois, ele foi titular, em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos
oficiais, participou de amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1
Santa Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de
Saulzinho:
16.04.1961 (domingo) – Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando
Marques-RJ. Renda: Cr$ 1 milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto,
aos 36 e aos 39 minutos do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá),
Lorico (Saulzinho) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
22.04.1961 (sábado) – Vasco da Gama 0 x 1 Palmeiras.
Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Wilson Lopes
de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo (contra), aos 5 min do 1º
tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Bellini, Barbosinha e
Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Wilson Moreira (Da
Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
01.05.1961 (segunda-feira) - Vasco da Gama 2 x 1 Santa
Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha do Retiro, em Recife,
apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e renda divulgados. Cunha
marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos do primeiro tempo,
virando o placar para esta formação que o técnico Martim Francisco mandou ao
gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson); Écio (Laerte) e
Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e Pinga.
05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1
América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio
da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público
divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10;
Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco
escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e
Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.
4
PRIMEIRA EXCURSÃO
O primeiro grande giro do Saulzinho vascaíno
em jogos amistosos começou pelos dois últimos citados no capítulo anterior -
Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e 3 x
1 América-MG – e continuou com Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de Igarapava-SP, neste entrando
no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2 x 2, com o mesmo adversário,
no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as fichas técnicas:
07.05.1961 - Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em
Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício,
Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha,
Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).
10.05.1961 -
Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova
arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos
3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e
Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha)
e Pinga.
Tinha, portanto, Saulzinho atuado em duas partidas
oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0 Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x
1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x 2 Uberaba - quando partiu
para a sua primeira excursão ao exterior, entre maio e julho daquele 1961,
atuando em estádios europeus e africanos, pelas formações abaixo
comandadas pelo treinador Martim Francisco. Confira:
27.05.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Saint Pauli-ALE -
Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público. 9.000 torcedores.
Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto, aos 30 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson;
Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.
30.05.1961 – Vasco da Gama 3 x 2 Alemannia
Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público: 25.000.
Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43 min do 1º tempo e
aos 16 do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.
01.06.1961 – Vasco da Gama 11 x 0 Combinado Trondheim-NOR.
Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR. Gols: Pacoti, a 1;
Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho, aos 25 e
aos 35 min do 1º tempo; Sabará, aos 5 e
aos 8; Saulzinho, aos 18, Roberto Pinto,
aos 25, e Laerte, aos 30 min do 2º tempo.
Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito),
Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).
04.06.1961 – Vasco da Gama 10 x 0 EIK-NOR. Estádio de
Toensberg-NOR. Público: 8.000. Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará,
aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho, aos 45 min do 1º tempo; Pacoti,
aos 2; Roberto Pinto, aos 10; Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e
aos 22, e Saulzinho (pen), aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel
(Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio
(Laerte) e Roberto Pinto (Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti
(Maranhão) e Pinga.
06.06.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR.
Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e Roberto Pinto, aos 40 min do
do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha
e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga.
11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio:
Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos
41 min do 1º tempo; Pinga, aos 35, e Saulzinho,
aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará,
Saulzinho, Pacoty e Pinga.
14.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE.
Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga, aos 16; Lorico, aos 20;
e Saulzinho, aos 44 min do 1ºT; Lorico,
aos 27 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Pinga
e Da Silva.
18.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE.
Gols: Saulzinho, aos 10; Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º
tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson;
Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga.
21.06.1961 – Vasco da Gama 8 x 1 Bodens-SUE. Estádio:
Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841. Gols: Roberto Pinto,
aos 4; Lorico, aos 7 e aos 33; Roberto Pinto, aos 42 min
do 1º tempo; Saulzinho, aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos 28,
e Lorico, aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto;
Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.
27.06.1961 – Vasco da Gama 1 x 1 Combinado
Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE.
Gol: Roberto Pinto, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:
Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.
Saulzinho não
atuou nos quatro últimos jogos da excursão, respectivamente: 21.05.1961 -
Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 29.06 – Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x
1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco 0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos: Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3); Vasco 10 x 0
EIK-NOR (3); Vasco 4 x 1 Frem/DIN (2); Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE
(1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8 x 1 Bodens-SUE (1).
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão internacional, em julho, com 12
gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi
prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de
dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por
Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso
e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio
(de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me
apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não
acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em
São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente.
E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre
tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e
famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os
gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de jogar, declarou preferir
receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio
Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou:
"Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os
torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular
absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida
vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por
vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo,
"é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por "receber
elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário,
coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande
cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das
Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados.
Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no
coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também,
tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de
Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da
Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol
brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa
que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista
do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa
de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um
problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no
futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não
dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à
Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no
comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com
Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até
fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi
negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível
técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto
admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que
chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando
do ataque.
Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente
marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos
(Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria);
Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande)
e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e
Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre
outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela
frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão internacional, em julho, com 12
gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi
prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de
dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por
Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso
e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio
(de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me
apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não
acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em
São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente.
E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre
tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e
famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os
gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de jogar, declarou preferir
receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio
Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou:
"Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os
torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular
absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida
vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por
vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo,
"é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por "receber
elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário,
coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande
cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das
Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos
disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com
força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio,
também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de
Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da
Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol
brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa
que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista
do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa
de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um
problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no
futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não
dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à
Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no
comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita,
tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até
fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi
negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível
técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto
admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que
chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando
do ataque.
Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores
dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio
(Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão
(Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar
(Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e
Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita
métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três
tentos em uma só partida.
7
TEMPORADA-1962
O treinador Paulo Amaral começou a armar o time vascaíno da
temporada durante excursão pelo Nordeste. Em setes jogos, Saulzinho marcou
seis tentos diante de times do futebol pernambucano, baiano,
cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em um dos jogos - Vasco 3
x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de Janeiro, não atuou, também,
no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense, Maracanã.
Encerrada a série amistosa, a rapaziada começou a disputar o
Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, mas que,
naquela temporada,
fora um fracasso de público e de renda, levando os organizadores a realizarem
um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou jogos só contra rivais
caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1) e Fluminense (2).
Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América
(14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo
(25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma
da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos
amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o
Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou
cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete
tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois
empates e 43 gols (oito contra).
Um dos amistosos do giro foi no 21 de abril, quando Brasília comemorava
o seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Seleção Brasiliense convidou o
maior craque do futebol brasileiro da Era Pé-Pelé, o meia
Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior craque da Copa do Mundo-1950) para se
despedir da vida de atleta vestindo a camisa doscandangos, o que ele topou. No
prélio festivo,Saulzinho compareceu ao barbante do estádio o Viana de Andrade,
marcando o tento cruzmaltino, aos 43 minutos, diante de 15 mil torcedores, com
arbitragem do carioca Amilcar Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama
na nova capital brasileira, alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito
Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho),
Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. Paulo Amaral
dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de janeiro a
10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de 21 de abril.
Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando do time ficou,
interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo. Ao final desta
nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas partidas: 23.05
- Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06 - 0 x 0 Guarani
de Campinas-SP. Indiscutivelmente,
1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a
camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele
chegou à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio Rio-São
Paulo – contra Flamengo (1) e Fluminense (2) - e seis de giro de
oito jogos pelo Nordeste - diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL (1); Moto
Clube-MA (1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os goleiros que foram
ao fundo das redes buscar bolas enviadas por ele defendiam: Bonsucesso (3);
Canto do Rio (4); São Cristóvão (4); América (1); Campo Grande (3); Portuguesa
(1); Olaria (1) e Bangu (1). Para
o tchê, o Vasco da Gama-1962,
sobretudo no Campeonato
Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao
menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava
tarimba e cancha. Éramos um time
jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº
224, de 22 de junho de 1963. Mesmo com as
irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962, quando o
jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos do Rio de
Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da temporada
- Troféu Atlas-1962 - Saulzinho foi um dos
reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar nesta
seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense), Mário Tito
(Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos (Flamengo) e
Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco), Amarildo (Botafogo)
e Zagallo (Botafogo). Embora premiado
como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser convocado para a
Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile, entre 30 de maio e 17
de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um dos possíveis parceiros de
dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte do grupo que fora ao Mundial
saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do qual ele só participara de duas
partidas. Além dos
citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho
Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor
capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria
aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian Moreira,
natação e Eder Jofre, pugilista.
8 JOGOS DE SAULZINHO 14.01.1962 - Vasco da Gama
- 1 x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho),
em Recife, com gol de Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho
de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho
(Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho. 17.01.1962
- Vasco da Gama 2 x 0 Bahia-BA - amistoso, na Fonte Nova (Estádio Octávio
Mangabeira), em Salvador, com Lorico (2) marcando os gols deste time: Ita;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Laerte; Nivaldo e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 21.01.1962
- Vasco da Gama 6 x 0 CRB-AL - amistoso no Estádio da Pajuçara
(Severino Gomes Filho), em Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho,
Vevé e Laerte escrevendo no placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado);
Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e
Lorico (Roberto Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará. 24.01.1962
- Vasco da Gama 4 x 0 Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em
Fortaleza, com redes visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita;
Paulinho de Almeida (Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo). 28.01.1962
- Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em
São Luís do Maranhão, com gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega.
Time: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e
Lorico (Roberto Pinto; Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará
(Ronaldo). 31.01.1962
- Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas,
em Forteleza, com Saulzinho marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita;
Dario, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho,
Viladônega e Sabará. 25.02.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com
gol marcado por Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita,
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará,
Villadônega, Saulzinho (Javan) e Da Silva. 10.03.1962
- Vasco da Gama 4 x 3 Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário,
com público de 4.143 pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos
do segundo tempo, por este Vasco: Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo);
Nivaldo e Barbosinha; Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico
(Roberto) e Da Silva. 21.04.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana
de Andrade, do Núcleo Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time:
Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e
Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 01.05.1962
- Vasco da Gama 4 x 1 Vila Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida
Paranaíba, em Goiânia, com Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro
tempo. Vevé (2) e Loricoa fizeram os outros nesta vitória com virada de placar por esta
rapaziada: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio
(Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará. 06.05.1962
- Vasco da Gama 5 x 0 Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em
Uberlândia, com Saulzinho batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo -
Joãozinho, Sabará, Lorico e Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado
(Barbosa); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio
(Laerte) e Lorico (Milton); Joãozinho, Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará.
10.05.1962
- Vasco da Gama 3 x 0 Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie
Davids, com gols marcados por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado
(Barbosa); Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e
Dario; Écio (Laeerte) e Lorico (Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e
Sabará. OBS: última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma
da Colina. 13.05.1962
– Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano
Estádio do Canindé (Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas de
Sabará e de Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé),
Saulzinho, Pinga e Sabará. 20.05.1962
- Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da
mineira Santa Luzia, com virada de placar
assinada por Saulzinho, Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho),
Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da Silva. 01.07.1962
– Vasco da Gama 3 x 0 Bonsucesso – Prmeiro
turno do Campeoanto Carioca.
Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00.
Gols: Saulzinho, aos 14 do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32
da mesma etapa. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
08.07.1962
– Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua
Teixeira de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols:
Joãozinho, a 1 minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos 14
do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
15.07.1962
– Vasco da Gama 0 x 1 Olaria. Estádio: da Rua Bariri-RJ (Antônio
Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,3167.250,00. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico;
Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 21.07.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho.
Renda|: Cr$ 1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 04.08.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 47.629 pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do
2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 12.08.1962 – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio: de
São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 19.08.1962
– Vasco da Gama 4 x 0 Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz:
Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e
Nivaldo: Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 26.08.1962
– Vasco da Gama 3 x 1 São Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de
Lima, na Rua Figueira de Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$
712.680,00. Gols: Saulzinho, aos 6 min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do
2ºtempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 02.09.1962
– Vasco da Gama 2 x 1 América. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Armando
Marques. Renda: Cr$ 1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e
Saulzinho, aos 10 min da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e
Da Silva. 09.09.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26
min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 16.09.1962
– Vasco da Gama 0 x 2 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Renda: Cr$ 9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da
Silva. 21.09.1962
– Vasco da Gama 7 x 0 Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Renda: Cr$ 585. 490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34;
Lorico, aos 42 e aos 44 min do 1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e
Lorico, 21 do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da
Silva. 30.09.1962
– Vasco da Gama 1 x 0 Bonsucesso – Returno
- Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes.
Renda: Cr$ 1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 06.10.1962
– Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Monteiro. Público: 2.686 pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e
aos 43, e Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Vevé e Da Silva. 14.10.1962
– Vasco da Gama 1 x 3 Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes
de Castro. Renda: Cr$ 1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel;
Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 21.10.1962
- Vasco da Gama 3 x 2 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro.
Público: 18.726. Renda: Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos 31 min do
1º tempo; Lorico, aos 23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726.
Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel;
Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 04.11.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 69.461. Renda: Cr$ 10.077.210.00.| Gol: Sabará, aos 23 min do 2º tempo. VASCO:
Humberto Torgado (Ita), Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel,
Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 10.11.1962
- Vasco da Gama 5 x 1 Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz:
Guálter Gama de Castro. Renda: Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15;
Sabará, aos 19; Maranhão, aos 25; Da Silva, 39 do 1º tempo e Viladônega,
aos 7 min da fase final. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 15.11.1962
- Vasco da Gama 5 x 0 Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ.
Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da
Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita
(Humberto Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Villadônega, Saulzinho e Da Silva. 18.11.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 São Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Wilson Lopes de Souza. Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 25.11.1962
- Vasco da Gama 2 x 0 América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ.
Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes:
Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Fagundes, Saulzinho e Da Silva. 02.12.1962 -
Vasco da Gama 0 x 2 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 57.393. Renda: Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Fagundes, Saulzinho e Tiriça. 09.12.1962
- Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Público: 79.181. Renda: Cr$ 11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Fagundes. 14.12.1962 -
Vasco da Gama 3 x 3 Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar
Ferreira: Renda: Cr$ 196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18);
Saulzinho, aos 34 min do 1º tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo.
Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo. 1
- A partir dos próximos capítulos as rendas não serão mais divulgadas, porque a
moeda brasileira mudou várias vezes e o leitor precisaria de uma tabela de
conversão para mensurar o valor atual. Só foram separadas etas por terem sido
as da melhor temporada vascaína do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador
do time em todos os jogos do Estadual-RJ. 9
POLIMENTO Embora tenha ido para São
Januário a pedido do treinador Martim Francisco, foi com Jorge Vieira que
Saulzinho conseguiu ser titular absoluto no time vascaíno. “Aprendi muito com os dois”, afirmava,
mas creditando ao Jorge os últimos retoques em seu futebol. “Quando cheguei
ao Vasco, ainda não estava maduro. Tinha que aprender muito”, constatou. Provocado
por um repórter sobre as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do
Campeonato Carioca - Revista do Esporte - Nº 188, de
13 de outubro de 1962 - Saulzinho via muitas dificuldades para
encarar tantas feras e fazia-se de político gaúcho, plantando
não querer que a torcida vascaína esquecesse de ídolos como Ademir Menezes e
Vavá, embora deixando claro querer ficar no coração dela. “Pretendo marcar
muitos gols, para ser lembrado como um dos que mais fizeram a torcida
cruzmaltina vibrar”, deixou claro. Saulzinho
colocou todos os concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962,
marcando 18 gols, contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista
Dida; 15 de outro botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do
rubro-negro Henrique Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu,
até então, o maior bicho de sua carreira, além de prêmios
oferecidos por uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o
ponteiro dos goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde
1950, quando Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida
ao barbante, como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes. Depois
de Saulzinho, o Vasco da Gama só voltou a liderar a disputa dos goleadores após
16 temporadas, em 1978, quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes,
para o abraço. Os artilheiros vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929 -
Russinho (23 gols); 1931 - Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé
(13); 1947 - Dimas (18); 1949 - Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes
(25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 -
Roberto Dinamite (19); 1981 - Roberto Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte
(12); 1986, Romário (20); 1987 - Romário (16); 1993 - Valdir Bigode (19);
2000 - Romário (19); 2004 - Valdir Bigode (14); 2012 – Alecasandro
(12) e 2014 – Edmilson (11). No total de gols marcados por várfias
competições e amistosos,os três primeiros são: Roberto Dinamite, 698, em 1.110
jogos; Romário, 322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429 prélios –
seguem: Lelé (147); Pinga (250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca (137) e Chico
(127).
10
TEMPORADA
1963 Saulzinho iniciou a
temporada-1963 marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na
Costa Rica, amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a
disputar o Torneio Pentagonal Cidade do México,
que valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a
conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge
Vieira. Por gramados mexicanos, Saulzinho começou
escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x 0 América-MEX, na Cidade do México. No
dia 17, fez o seu terceiro gol na excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade
do México. Voltou à rede no dia 20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto
tento na excursão. Em 31 de janeiro, em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então
Tchecoeslováquia, saiu de campo campeão do Pentagonal mexicano e começou a
formar, com Célio Taveira, a dupla mais importante de ataque cruzmaltino da
década-1960. Após o Pentagonal do
México, Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro,
Vasco 1 x 1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time
fez mais um amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San
Salvador, mas ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi
ao Chile ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá
fora. Após a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo Torneio
Rio-São Paulo. Em 13 de fevereiro,
Saulzinho entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o
Vasco da Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma
história interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua turma
chegou a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e Fontana
tirando um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou
a partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta nos
2 x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de
Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos
antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto o
seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse que
o jogo havia terminado empatado (2 x 2)." A primeira bola mandada à
rede por Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de
março, em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto,
teve fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No
mais, foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e
engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes
priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano. No Estadual-1963, a Turma
da Colina começou comandada pelo treinador Jorge Vieira,
que prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos comandos
de Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de
Mário Tilico. A rapaziada não fez uma boa campanha,
terminando em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis
escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e levou 23 gols. Célio foi o principal
artilheiro, com 14 gols. Como este havia
marcado um, pelo Torneio Rio-São Paulo; cinco no giro pelo Chile; mais um em
amistoso com o Goytacaz-RJ e três entre Europa/África, estes 10 tentos, somados
aos 14 do Estadual-RJ totalizaram 23, em sua primeira temporada cruzmaltina.
Saulzinho aparece só com duas bolas nas redes, totalizando 19 na temporada.
Confira os jogos vascaínos a temporada:
06.01.1963 - Vasco 4 x 0
Alajuelense. Amistoso, em Alajuela-CRI, em San José da Costa
Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols: Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º
tempo; Viladônega, aos 7, e Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo);
Sabará, Lorico, Saulzinho (Vevé) e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge
Vieira. OBS: na véspera desta partida, o Vasco contratou os
atacantes Mário Tilico”, junto à Portuguesa de Desportos-SP, por Cr$
5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP, por Cr$ 11.500.000,00, para eles
se juntarem ao grupo excursionista. 1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX.
Torneio Pentagonal do México. Gol: Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo.
VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e
Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento
marcado por Saulzinho, de bicicleta, foi capa de uma revista mexicana e
considerado “sensacional” pelos jornalistas cariocas que cobriam a viagem
vascaína. (foto) 17.01.63 – Vasco 5 x 0 El
Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e
Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min
do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42 min do 2º tempo. VASCO: Ita;
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará,
Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão
mexicano-1962 marcou a estreia de Célio no time vascaíno, a partir dos 25
minutos do segundo tempo. 20.01.1963 - Vasco 1 x 1
Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do México. Estádio: da Cidade
Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º tempo. VASCO: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Ronaldo. 31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla
de Praga (TCH). Torneio Pentagonal Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia.
Público: 70.000. Gol: Ronaldo. VASCO: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio),
Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). 03.02.63 - Vasco 1 x 1
Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio Diez, em Toluca-MEX. Gol:
Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo. 10.02.1963 – Vasco 2 x 0
Seleção de El Salvador. Amistoso, em San Salvador. Gols: Écio, aos 14, e
Mário Tilico, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel
Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário
Tilico. 13.02.1963 - Vasco 1 x 1
Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 18.485. Renda: Cr$ 3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo. Vasco:
Ita; Joel Felicio, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará,
Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico). 16.02.1963 - Vasco 2
x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Stefan Walter Glanz. Público: 29.200. Renda: Cr$ 9.652.000,00. Gols:
Ronaldo, aos 32 min do 1º tempo; Sabará, aos 12, e Pelé, aos 42 e aos 43 min do
2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Dario, Maranhão, Barbosinha
(Fontana), Sabará, Viladônega, Saulzinho, Lorico (Fagundes) e Ronaldo - Santos:
Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo, Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio, Pagão
(Toninho), Pelé e Pepe. 21.02.1963 – Vasco 1 x 3
Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 30.539. Renda: Cr$: 6.836.249,00. Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º
tempo. Vasco: Humberto Torgado: Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão
(Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico). 06.03.1963 – Vasco 0 x 0
Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e
Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio e Ronaldo. OBS: Célio foi
expulso de campo, aos 18 min do 2º tempo. 09.03.1963 – Vasco 1 x 2 Corinthians.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Público: 13.444. Renda: Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e Dario;
Écio e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo: OBS:
expulso de campo na partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não
havia suspensão
automática. 13.03.1963 - Vasco 1
x 1 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Antônio Viug. Renda: Cr$ 4.106.444,00. Gol: Sabará. Vasco: Humberto; Joel
Felício, Brito, Barbosinha (Fontana)e Dario; Écio (Maranhão)
e Lorico; Sabará (Ronaldo), Saulzinho, Célio e Mario Tilico. 17.03.1963 - Vasco 1 x 0
São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando
Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00. Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo.
Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio
(Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio, (Viladônega) e Ronaldo. 24.03.1963 – Vasco 1 x 2
Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ . 1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º
tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes). 28.03.1963 – Vasco 1 x 1
Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug.
Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol: Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico;
Sabará (Joãozinho), Vevé (Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 -
neste jogo o Vasco encerrou a sua participação na competição
interestadual, tendo Saulzinho ficado de fora das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo
(21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04); Vasco 1 x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x
2 Portuguesa de Desportos (24.04) e Vasco 1 x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só
não enfrentou o Santos (16.02). 31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio
Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile.
Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, a
1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico: Jorge
Vieira. 09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional
do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI.
Carlos Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3, e Joãozinho, aos 14 e aos 20
min do 2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS: primeiro
pênalti vascaíno batido por Célio. 11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo
Colo-CHI. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do
Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI. Gols: Célio (2), um em cada tempo, e
Saulzinho, na etapa final. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario;
Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico. 14.04.1963 - Vasco 2 x 2
Universidad do Chile. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de
Santiago. Juiz: Carlos Robles-CHI. Gols:
Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco:
Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico;
Joãozinho, Célio, Saulzinho e Mário Tilico. 27.04.1963 – Vasco 2 x 3
Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de Oliveira e Sousa, em
Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Ronaldo, aos 22, e Célio,
aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e Lorico; Sabará, Rodarte
(Viladônega), Célio e Ronaldo. 05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade
d´Abidjan- Amistoso. Estádio: Felix Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do
Marfim. Público: cerca de 17.000. Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º
tempo, e aos 35 da etapa final. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício,
Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho),
Saulzinho, Célio e Ronaldo. 09.05.1963 – Vasco 3 x 0 Kotoco.
Amistoso, em Kumasi, em Gana. Público: cerca de 20.000. Gols: Célio,
Lorico e Fagundes. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Fagundes. 12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real
Republikans. Amistoso, no Estádio Nacional Accra, em Gana. Público: cerca de 30
mil. Juiz: Frank Mils. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho,
Célio e Ronaldo. 25.05.1963 – Vasco 6 x 0
Seleção da Nigéria. Amistoso, no Estádio George, em Lagos, na Nigéria. Gols:
Saulzinho (4), Célio e Lorico. Time: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Fagundes; Joãozinho, Saulzinho, Célio e
Ronaldo 26.05.1963 – Vasco 3 x 1
Seleção West África. Amistoso, no Liberty Stadium, em Ikadan, na Nigéria. Gols:
Célio (2) e Sabará. Vasco: Humberto Torgado, Joel Felício, Brito, Russo e
Dario; Écio e Lorico; Sabará, Célio, Fagundes e Ronaldo. 29.05.1963 – Vasco 2 x 1 Seleção
da Nigéria Ocidental. Amistoso, no estádio de Lagos, na Nigéria. Gols:
Fagundes e Célio: Vasco: Ita, Joel Felicio, Brito (Russo), Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Célio e Ronaldo. 04.06.1963 – Vasco 4 x 2
Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Russo (Barbosinha) e
Fontana (Dario); Écio e Lorico (Maranhão); Joãozinho, Célio (Sabará), Fagundes
e Ronaldo. 07.06.1963 – Vasco 1 x 2
El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol de Lorico, no 2º tempo. Vasco:
Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; João,
Sabará, Fagundes (Saulzinho) e
Ronaldo. 09.06.1963 – Vasco 1 x 1
Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol vascaíno por Sulzinho.
Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico;
Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). OBS: 1 – Saulznho contava
ter o treinador Jorge Vieira dirigido o time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só
no primeiro tempo, segundo ele, por ter se desentendido com os cartolas, tendo
o veterano lateral-direito Paulinho de Almeida, que ainda era atleta, comandado
a rapaziada durante a etapa final, e devolvido o posto, no jogo seguinte, contra
o português Sporting; 2 - Saulzinho
alegava ter marcado quatro gols e, ainda, tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963,
Vasco 6 x 0 Nigéria. Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação. A bola
quicou dentro do gol e voltou para o meio da área, em um lance limpo, sem qualquer
impedimento, nenhum problema. Incluive, a torcida aplaudiu”. 11.06.1963 –Vasco 0 x 3
Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de
Feitas. Vasco: Humberto Torgado: Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito,
Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio
(Joãozinh) e Ronaoldo. 13.06.1963 – Vasco 2 x 0
Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos
10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito
e Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo
(Écio). 16.06.1963 – Vasco 2 x 3
Mônaco. Troféu Teresa Herrera. Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz:
Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca de 26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e
Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e
Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). 19.06.1963 – Vasco 3 x 2
Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix, em Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez.
Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos 35 e aos 40 min, todos no 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio
e Joãozinho (Lorico); Sabará, Saulzinho, Fagundes e
Ronaldo. 22.06.1963 – Vasco 0 x 1
Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio: Sarriá, em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e
Joãozinho; Sabará, Saulzinho (Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia
seguinte, rolaria o Torneio Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o
Vasco escalou time reserva e foi eliminado no primeiro
jogo. 30.06.1963 - Vasco 4 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes
Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto; Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo,
e Sabará, aos 31 da mesma fase final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS:
o gol de Célio é um dos mais rápidos da história do futebol vascaíno. Ele
voltava a time após quatro partidas de fora. 07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo
Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Gol: Sabará. Detalhe: Joel Felício marcou gol-contra. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico. 14.07.1963 - Vasco 5 x 0
Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton
Vieira de Moraes. Gols: Maurinho, aos 7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º
tempo, e Célio, aos 18 e aos 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e
Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo da ponta-direita da Seleção
Brasileira da estreia de Pelé, em 1957. 28.07.1963 – Vasco 1 x 3
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 63.168. Renda: Cr$ 17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º
tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico;
Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho. 04.08.1963 – Vasco 2 x 0
América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda:
Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos 25, e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e
Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio e Mário Tilico. 10.08.1963 – Vasco 1 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: arcana-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e
Maurinho. 18.08.1963 – Vasco 1 x 1
Madureira. Estádio: Conselheiro Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol:
Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha
e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS:
por o atleta Jalmir, do Madureira, estar inscrito, também, na Federação
Fluminense de Futebol, o jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva
da Federação Carioca de Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no
dia 25 de setembro, quando os vascaínos mandaram 2 x 1. 24.08.1963 - Vasco 0 x 0
Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550.
Renda: Cr$ 21.448,760,00. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha,
Dario, Écio, Lorico, Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará. 03.09.1963 - Vasco 0 x 2
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Claudio Magalhães. Renda: Cr$
5.326.688,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito e Dario; Ecio e Barbosinha;
Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e Sabará. 06.09.1963 - Vasco 3 x 0
Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico,
aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos 20, e Célio, aos 33 min do 2º
tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho,
Saulzinho, Célio e Maurinho. 08.09.1963 – Vasco 0 x 1
Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute
Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo Cunha), Paulinho de Almeida (Joel
Felício), Fontana Russo e Juraci (Barbosinha); Maranhão e Milton;
Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho (Odmar). OBS: Sulzinho e
Célio não entram nesta escalação porque o treinador Jorge Vieira usou vários
reservas. 15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug.
Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho,
Altamiro, Sabará e Maurinho. OBS: 1 – o placar derrubou o treinador
Jorge Vieira, substituído por Oto Glória, até 10 de novembro. Depois, este
passou o cargo a Eduardo Pelegrini, que ficou, de 15 de novembro e 14 de
dezembro; 2 - de 8 de setembro até 14 de dezembro, último prélio do
calendário-1963, Saulzinho esteve fora do time, pelas nove vezes em que Oto
Glória o dirigiu, e em mais cinco sob o comando de Eduardo Pelegrini. Só
voltou, em 26 de janeiro de 1964, substituindo Célio, em partida amistosa – ver
ficha técnica da data. 21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu.
Campeonato Carioca. OBS: 1 - início do comando de Oto Glória, sem
Saulzinho e Célio, que não atuaram, também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1
Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x 0 Portuguesa-RJ. 06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo
Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de
Castro. Gol: Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado:
Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé,
Lorico, Célio e Mário Tilico. 09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto
do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Écio e Maranhão; Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico.
20.10.1963 – Vasco 0 x 2
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira.
Público: 33.255. Renda: Cr$ 8.664.618,00. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Ocimar e Lorico; Joãozinho,
Altamiro, Célio e Milton. 26.10.1963 – Vasco 2 x 2
América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de
Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols: Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo.
Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. 03.11.1963 – Vasco 2 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha;
Joel Felício, Brito. Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio e Da Silva. 10.11.1963 – Vasco 4 x 1
Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de
Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho,
aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Da Silva. 15.11.1963 – Vasco 3 x 4
Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira.
Público: 33.373. Renda: Cr$ 10.506.590,00. Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico,
aos 16 min do 1º tempo, e aos 15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho
de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico,
Célio e Da Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado
“Clássico dos Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo
Pelegrini, substituindo Oto Glória. 22.11.1963 – Vasco 1 x 1
Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug.
Público: 7.448. Renda: Cr$ 1.725.858,00. Gol: Mário Tilico, aos 7
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Pereira; Odmar e Lorico; Maranhão, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. OBS: Maranhão na ponta-direita? Na verdade, Pelegrini
armou o time no esquema tático 4-3-3, com o apoiador fechando o meio-de-campo e
deixando só o Tilico e Célio mais ofensivos. 01.12.1963 – Vasco 2 x 0
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ.
Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Milton, aos 18 do 1º tempo, e
Mário Tilico, aos 36 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha
(Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico;
Milton, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José
Monteiro. Gol: Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de
Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico,
Célio e Ede. 14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols:
Lorico, aos 14, e Mário Tito (contra),
aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede. OBS:
Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à época não havia
suspensão automática.
11
TEMPORADA-1964
O Vascoco da Gama iniciou a temporada com dois amistosos, vencendo um e
empatando o outro, com times mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São
Paulo, empatando, novamente. A seguir, levou dois tombos, para
se recuperar com uma virada de placar, no paulistano Pacaembu, a 13
minutos do final da partida em que chegou a ter dois gols de desvantagem. Após
aquele grande resultado, mais um empate e uma vitória. O time andava muito
irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois e empatou um, Enfim, encerrou
a sua participação no torneio interestadual com apenas duas vitórias, em nove
jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14 gols. No Campeonato Carioca,
apresentou-se com time forte no papel, mas ficou devendo no gramado. Terminou
em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas. Seu ataque
funcionou bem por 44 vezes, enquanto a defensiva bobeou em 26. Nesses
jogos, Eduardo Pelegrino dirigiu a equipe nos dois primeiros compromissos. O já
veterano lateral-direito Paulinho de Almeida o substituiu nas três partidas
seguintes, e passou o cargo para Davi Ferreira, o Duque. Nos seis
primeiros jogos da temporada, Saulzinho entrou, em quatro oportunidades, no
lugar de Célio. Toda a história de 1964 ficou desse jeito: Nesta imagem reproduzida
da Revista do Esporte, vemos, em pé, da esquerda paras a direita:
Ita, Joel Felício, Caxias, Maranhão, Fontana e Barbosinha; agachados, na mesma
ordem: Mário Tilico, Célio, Saulzinho, Lorico e Zezinho. 26.01.1964
– Vasco 1 x 1 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ.
Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro. Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º
tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e
Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho)
e Da Silva. 27.02.1964
– Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades
Magalhães Dias. Gol: Célio, aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de
Almeida (Joel Felício), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão)
e Lorico; Joãozinho (Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da
Silva. 06.03.1964
- Vasco 1 x 2 Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção.
Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao
Zarate. Gol: Mário Tilico aos 5 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico;
Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Da
Silva. 08.03.1964 -
Vasco 1 x 1 Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio:
Manuel Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen),
aos 4 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro),
Célio (Saulzinho) e Da Silva. 10.03.1964 -
Vasco 1 x 2 Cerro Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio
Defensores del Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol:
Mário Tilico, 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita);
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton
(Maurinho), Mário Tllico, Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS:
primeira expulsão de campo de Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo
tempo. 14.03.1964
– Vasco 0 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Flávio de Magalhães. Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco:
Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e
Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da
Silva. 21.04.1964
– Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Teixeira Portela Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol:
Célio (pen), aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva),
Mário Tilico, Célio e Ramos. OBS: pela primeira vez na
temporada, Saulzinho não foi escalado. 29.03.1954
– Vasco 0 x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Aírton Vieira de Moraes. Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo
Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico;
Zezinho, Mário Tilico (Sabará), Célio e Ramos
(Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista. 04.04.1964
– Vasco 3 x 2 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Antônio Viug. Público: Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e
Lorico, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e
Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Saulzinho). 12.04.1964
– Vasco 1 x 1 São Paulo. Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25
min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira;
Odmar (Milton) e Lorico (Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho,
Célio e Sabará. OBS: segundo jogo da temporada sem Saulzinho no
time. 15.04.1964
– Vasco 1 x 0 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Portela. Público: 18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira;
Odmar (Barbosinha) e Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 -
o Botafogo tinha um dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com
Garrincha, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da
temporadas sem Saulzinho no time vascaíno. 19.04.1964
– Vasco 0 x 0 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo
Sanches. Público: 5.588. Renda: Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha,
Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio
(Altamiro) e Sabará (Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na
temporada. 21.04.1964
– Vasco 2 x 2 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz:
Alcebíades Magalhães Dias. Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos
42 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira
(Barbosinha); Milton (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará
(Ramos). OBS: 1 - quinta ausência de Saulzinho e primeira de Célio na
temporada. 23.04.1964 - Vasco
0 x 0 Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz:
Elmo Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e
Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta
ausência de Saulzinho. 26.04.1964 -
Vasco 1 x 0 Valério Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG.
Juiz: Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e
Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima
ausência de Saulzinho. 01.05.1964
- Vasco 3 x 2 Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba.
Juiz: Kalil Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo;
Célio, aos 6, e Lorico, aos 13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha,
Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho),
Zezinho, Célio e Sabará (Da Silva). OBS: após seis jogos sem atuar,
Saulzinho voltou ao time. 03.05.1964
– Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Gol: Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico;
Joãozinho (Sabará), Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde
06.09.1963 que Saulzinho e Célio não iniciavam uma partida juntos. 06.05.1964
– Vasco 0 x 1 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Púbico: 2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha;
Massinha (Joel Felício), Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho
(Altamiro), Saulzinho (Sabará), Célio e
Zezinho. 09.05.1964
– Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do
Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos
41 min do 1º tempo; Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco:
Ita; Joel Felício, Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e
Lorico; Joãozinho, Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho
desfalcou o time e Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por
brigar com um adversário. 14.06.1964
– Vasco 1 x 0 Bangu. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano
Segismundo. Gol: Célio, aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício.
Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo),
Saulzinho, Célio e Da Silva (Altamiro). 18.06.1964
– Vasco 2 x 1 Bangu. Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz:
Jorge Paes Leme. Gols: Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10
da etapa complementar. Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha
e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará
(Milton). OBS: os dois times não disputavam amistosos desde 22 de
janeiro de 1944, quando os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário. Nessa
retomada, público pagante (pp) e renda foram insignificantes, respectivamente,
2.093 (pp) e Cr$ 793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780 (pp) e Cr$
619.500,00, no segundo, o que demonstrava que o torcedor carioca da época só se
interessava por grandes jogos e competições famosas. 21.06.1964
– Vasco 2 x 0 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES.
Juiz: Mauro Guimarães. Gols: Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e
Saulzinho, aos 32 da segunda etapa. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e
Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
primeiro gol de Saulzinho, em 1964. 25.06.1964
– Vasco 3 x 0 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gols: Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e
Saulzinho, aos 18 da segunda etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha,
Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton);
Zezinho (Joãozinho), Saulzinho (Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS:
1 – segundo gol de Saulzinho na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito
criticado pela torcida vascaína, pois o Villa não tinha torcida no Rio de
Janeiro, onde só havia jogado (e perdido para o Almirante) em três longínquas
ocasiões: 19 de dezembro de 1953; em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de
1930. O jogo de 1964 só teve 1.215 pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não
cobriu os custos das partida. 28.05.1964
– nesta data, em tarde de domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes,
o Vasco das Gama disputou o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0
x 0 América e sendo eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou
e o time vascaíno alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão
e Milton; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. 04.07.1964
– Vasco 1 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco:
Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho,
Saulzinho, Célio e Da Silva. 12.07.1964
– Vasco 2 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ.
Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Célio, aos 5, e Joãozinho, aos 33 min do
1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: após
cinco partidas, a dupla Saulzinho-Célio era interrompida. 19.07.1964
– Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
Saulzinho continuou de fora. 23.07.1964
– Vasco 1 x 2 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ.
Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min
do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos
e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
foi neste jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os
vascaínos eram os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de
novembro de 1958. Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo:
“Não montei na zebra”. 25.07.1964
– Vasco 0 x 2 Nacional-URU. Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU.
Público: 13.286. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e
Pereira; Zé Carlos (Maranhão) e Lorico; Altamiro, Mário Tilico,
Célio (Joãozinho) e Zezinho (Saulzinho). 09.08.1964
– Vasco 3 x 3 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de
Melo. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos
43 minutos do 1º tempo, e Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha;
Massinha Fontana, Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da
Portuguesa-RJ e a “pisada na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que
foi substituído pelo antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não
esteve presente nas duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate
cruzmaltino, por 3 x 3, na temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa
de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu. 13.08.1964
– Vasco 3 x 0 Porto-POR. Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiroz. Público: 20.914. Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min
do 1º tempo; Saulzinho, aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase.
Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão
(Odmar) e Alcir Portela; Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico,
Saulzinho (Altamiro) e Da Silva. OBS: pela primeira vez na temporada,
Célio desfalcava o
time. 16.08.1964
– Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz:
Joé Monteiro. Público: 6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho,
aos 24, todos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da
Silva. 19.08.1964
– Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Federico Lopes. Público: 290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo
Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir;
Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 23.08.1964
- Vasco 2 x 1 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: José Monteiro. Público: 3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico,
aos 31, ambos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. 27.08.1964
– Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Gol: Célio (pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha
(Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho,
Mário Tilico, Célio e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo
Cunha apresentou duas falhas inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do
Amparo, saiu de campo aplaudido pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a
careira naquele momento. Depois daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia. 30.08.1964
– Vasco 1 x 1 Atlético-GO. Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Juiz: Antônio Cândido de Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Alcir); Zezinho, Mário Tilico (Altamiro), Célio e
Ronaldo. 01.09.19674
– Vasco 1 x 0 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis
(Miltão); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico;
Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ramos. 06.09.1964
– Vasco 2 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz:
Waldemar Meireles. Gols: Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17
da segunda etapa. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira;
Maranhão e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 13.09.1964
– Vasco 1 x 0 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiroz. Público: 49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos
20 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da
Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo voltava a ser
escalada. 20.09.1964
–Vasco 0 x 0 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Waldemar Meireles. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
esde o início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O
segundo havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo. 27.09.1964
– Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Público: 54.626. Renda: Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen),
aos 39 min do 1º tempo e aos 41 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: a renda foi citada para efeitos
históricos e porque o América da época era “grande” no futebol lcarioa. 01.10.1964
– Vasco 2 x 0 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo.
Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de
junho de1963, em Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato
Carioca, que Saulzinho e Célio não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele
dia, Célio bateu na rede a 1 minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º
tempo. 04.10.1964
– Vasco 2 x 2 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
José Monteiro. Público: 8.407. Gols: Mario Tito (contra) aos 11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco:
Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não
fazia parte do dos ‘grandes” cariocas. 07.10.1964
– Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e
Mário Tilico, aos 11, um em cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. 11.10.1964
– Vasco 1 x 0 Paysandu-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em
Belém-PA. Juiz: Fernando de Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da
partida é chamado por “Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O
homenageado é um ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico
Vasques. 14.10.1964
– Vasco 3 x 1 Tuna Luso-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em
Belém-PA. Juiz: Sena Muniz. Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais
(contra), aos 12, e Zezinho, aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão);
Massinha, Caxias, Fontana (Russo) e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho). 17.10.1964
– Vasco 3 x 2 Remo-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA.
Juiz: Antônio Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º
tempo, e Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel
Felício), Caxias, Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título
cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do
México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em
alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o
Paraguai. O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré. 18
de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2 Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname,
em Paramaribo. Gols: Célio, Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias,
Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e
Zezinho. OBS: o Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor
país sul-americano e que teve colonização holandesa. 20.10.1964
– Vasco 1 x 1 Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR.
Gol: Célio. Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS:
terceira vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu
Célio. 25.10.1964
– Vasco 4 x 2 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ.
Juiz: José Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e
aos 26, e Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão;
Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho. 31.10.1964
– Vasco 4 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiroz. Gols: Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da
etapa final, e Saulzinho, aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio
e Zezinho. 07.11.1964
–Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Público: 43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. 13.11.1964
– Vasco 5 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz:
José Teixeira de Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols:
Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5
do 1º (pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco:
Lévis (Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 15.11.1964
– Vasco 2 x 0 Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César.
Gols: Mário é aos 28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo.
Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, (Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e
Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho,
Célio (Clemente) e Zezinho (Da Silva). OBS: em 1964, o adversário
vascaíno chamava-se Porto Alegre e só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987.
Duas temporadas depois, trocou de nome, adotando o de sua cidade. 22.11.1964
– Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17
min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. 29.11.1964
– Vasco 3 x 1 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em
Niterói-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e
Maranhão, aos 41 min, todos do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Zezinho, Célio e Da Silva. OBS: após seis escalações sucessivas, o
treinador Ely do Amparo separou a dupla
Saulzinho-Célio. 06.12.1964
– Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho,
aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho. 12.12.1964
– Vasco 1 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro
Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho.
12 TEMPORADA 1965 Nada melhor do que iniciar campanha carregando um caneco. Fez a dupla
Saulzinho-Célio, vencendo o seu primeiro desafio do calendário-1965, o I
Torneio Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e
21 de janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol
Atlético de Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo. O Almirante arrancou para o
título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de Célio (2) e de
Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões, durante a
noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de 59.814
pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era vice-campeão
carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente cruzmaltinos que
vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé Moreira. Mas nada
daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez
grande final, goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho e
Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida. FOTO
Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda
para a direita); Mário Tilico, Saulzinho, Célio, Lorico e
Zezinho (agachados, na mesma ordem|). Após
conquistar aquela competição, o Vasco da Gama saiu para fazer nove
amistosos longe de São Januário, os chamados “me dá um dinheiro aí”,
apelidados, também, por “caça-níqueis”. Em todos, o treinador Zezé
Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o paulista marcado cinco tentos
e o gaúcho dois. A seguir, o Torneio Rio-São
Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de Célio
- contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os dois
artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols marcados,
em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na competição teve 10
times divididos em dois grupos regionalizados, em turno único, com prélios
dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e com fase final de oito
equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco da Gama totalizou os
mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa, pelo saldo de gols.
Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16 compromissos. A
próxima competição que deveria ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso
acontecer. Naquela temporada em que tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a
Federação Carioca de Futebol criou um torneio para o campeão ser o seu
representante na Taça Brasil, disputada por campeões regionais e abriando vaga
à Taça Libertadores da América. O tchê, no entanto, não
atuou nesta disputa, só voltando a jogar durante a estreia vascaína
no Campeonato Carioca (ver ficha técnica, adiante), passados 25
dias após o final da Taça GB. Disputada,
inicialmente, por seis times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e
Vasco da Gama, com americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve,
depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e
botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n
Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas,
a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma,
totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante,
teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6
gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e
Paulistinha (Botafogo/contra) fizeram
a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos recordes de
público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na final. Caneco
na prateleira da Colina, Saulzinho e Célio, depois, foram
disputar o Torneio Início do Campeonato
Carioca-1965, no Maracanã, um festival de futebol antecedendo à primeira rodada
do Estadual - jogos de 15 minutos, por etapa, e final em tempo dobrado. Eles
rolaram a bola no 7 de setembro, jornada de responsabilidades extras para
Saulzinho. Escolhido batedor de pênaltis do time (em caso de empates), ele fez
o “dever de casa”, em Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ, transformando-o em
Vasco 3 x 0 - o centroavante Benê levou as glórias da partida seguinte, mas, na
terceira, a viagem do Almirante ficou pelo caminho, sem o Saul
em campo. Para
encerrar a temporada, o Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito
de ter vencido a I Taça Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar,
a Revista do Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 -
circulou com chamada de capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time
do Vasco”. Para a semanária, a empolgação dos cartolas pelo título
conquistado em setembro fizera o clube desconsiderar os alertas do treinador
Zezé Moreira, para quem o “a equipe não estava certinha, sem qualquer
ponto falho”. Tinha razão o Seu Zezé. O seu time perdeu,
surpreendentemente, muitos pontos e despediu-se da disputa pela faixa de
campeão - grande projeto do presidente Manoel Joaquim Lopes -, exatamente, por
não ouvir o seu treinador. Além disso, a revista pôs na conta dos
insucessos vascaínos a missão de disputar a Taça Brasil, estafando Saulzinho,
Célio e toda a rapaziada por duas frentes de batalhas. Na
verdade, a Revista do Esporte
exagerava. Após os 2 x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo
oficial uma semana depois (12.09). O terceiro prélio do mês
rolou após mais uma semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro,
respectivamente, entrou na Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x
0) e, depois, decidir a competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º
e 8 de dezembro, quando Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do
Campeonato Carioca, só mesmo 0 x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por
surpresa. Os tropeços ante Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense
– 1 x 2 (07.11) – e Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por
terem sido em clássicos em que a lógica nunca prevalece. Saulzinho
e Célio terminaram o Campeonato Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco
somando 15 pontos, de sete vitórias, um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14
jogos, com seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro
partidas - contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso
(24.10) e Fluminense (07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com
sete gols – diante de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e
Bonsucesso. Já o gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a
classificação de 1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e
Madureira à Divisão de Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação
Carioca de Futebol. A
Taça Brasil marcou a despedida de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante
do Santos-SP, durante a noite do 1º de dezembro de 1965, no paulistano
Pacaembu, encerrando, também, a parceria dele com Célio que, por sinal, foi o
artilheiro do time naquela disputa, com três gols, em quatro jogos. Saulzinho
não renovou contrato, ao final de 1965, porque a sua mulher não se dava bem no
Rio de Janeiro. Preferiu voltar para Bagé, onde encerrou a carreira,
defendendo, mais uma vez, o Guarany local. Concluiu a sua história
vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando em dois jogos - outro na
semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio dos Aflitos, em Recife, nos
2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em campo no decorrer da partida,
substituindo Luizinho Goiano. Em
sua despedida do Vasco da Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho
Saulzinho comemorou, com um abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de
pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo sobe os santistas, quando o parceiro
ainda não sabia que aquele seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari,
Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano);
Zezinho, Saulzinho, Célio e Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho. Antes
daquele prélio, Saulzinho havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos
em amistosos contra o português Benfica e o piauiense River. O penúltimo,
testemunhado por 37.383 pagantes, aos 28 minutos do amistoso,
abrindo o placar, em chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à
esquerda do goleiro Costa Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último
gol vascaíno foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo
Monteiro, da piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e
bateu na rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas
técnicas de 1965. Quanto
ao duelo Saulzinho x Eusébio, que era considerado um dos principais atacantes
do planeta, aconteceu durante a efervecentre de badalações dentro do IV
Centenario carioca. Todos queriam homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o
Vasco da Gama que, para tal, convidou o Benfica para um prélio de
confraternização dos portugueses com a colônia luso-brasileira, em 8 de julho
de 1965, quando o Maracanã recebeu 38.838 pagantes para o amistoso Vasco x
Benfica, base da seleção portuguesa, com 10 titulares do time que, em 1966,
ficaria em terceiro lugar na Copa do Mundo disputada na Inglaterra. O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em
homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado -
Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José
Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa;
do outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era
festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós - auxiliado por
Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os
capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de lado
a defender e mandou as feras se pegarem. O Benfica começou melhor e assim o
foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos os
setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava. Até os
27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu time. No
minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades da área
fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de pé direito, pelo
alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar. O presidente
vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube vencendo o
bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira, pois os
patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a coisa seria
bem complicada. A
farra do Almirante durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando
a pelota foi ao pés de Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque
português bateu na pelota à meia altura, com muito efeito, iludindo
o gaúcho Gainete, concunhado de
Saulzinho e que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver
a bola chutada por Eusébio indo para fora. Para
o segundo tempo, os portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no
intervalo, enquanto o Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e
mandar Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares e,
quando os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas ficou
só por aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto o
anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou.
Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel
Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de Cr$
56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de
cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco
empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho. Confira
tudo o que os dois artilheiros escrevram durante a temporada-1965: 17.01.1965
- Vasco 3 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiroz. Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00.
Gols: Célio (pen), aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39,
da mesma etapa final. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. OBS: 1 - o Muro de Berlim que
dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II Guerra Mundial, só caiu em
1989, quando os orientais deixaram de ser da República Democrática Alemã; 2 -
no segundo semestre de 1965, no mesmo Maracanã, houve um segundo torneio
homenaageando o IV Centário do Rio de Janeiro, com a participação do
Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a seleção paraguaia. 21.01.1965
- Vasco 4 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques.
Público: 59.814. Renda: Cr$ 58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos
42 do 1º tempo, e Saulzinho, aos 24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel
Felício (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico (Joãozinho), Célio, Saulzinho e
Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados juntos por Saulzinho
e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no México e do Chile-1963
e o paraense Francisco Vasques, em 1964. 24.01.1965
– Vasco 1 x 0 Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz:
Adalberto Silva. Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis);
Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro), Célio (Quincas) e
Zezinho. OBS: forte chuva obrigou o árbitro a encerar o amistoso aos 15
minutos do segundo tempo. 26.01.1965
- Vasco 4 x 1 Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro
Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14;
Célio, aos 22 min do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase.
Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio
(Da Silva) e Zezinho. 31.01.1965
- Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ. Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico,
em Goiânia-GO. Juiz: José Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas);
Luizinho (Joãozinho), Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. 04.02.1965
- Vasco 3 x 1 Sport Recife. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas
de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião
Rufino. Renda: Cr$ 2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo;
Célio, aos 12, e Lorico, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Lévis;
Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Quincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial do
estádio. 07.02.1965
- Vasco 2 x 0 Santa Cruz-PE. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana
de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião
Rufino. Renda: 6.387.200,00. Gols: Luizinho Goiano,
aos 2 e aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 10.02.1965
- Vasco 1 x 1 Náutico. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de
Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes
Torres. Renda: Cr$ 4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e
Lorico, Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto
título cruzmaltinado conquistado por Saulzinho e Célio. 14.02.1965
– Vasco 1 x 3 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário
Tilico, aos 46 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e
Zezinho. 20.02.1965
– Vasco 2 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho,
aos 27 do 1º tempo, e Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e
Lorico (Qincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho. 07.03.1965
– Vasco 1 x 4 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Ethel Rodrigues. Público: 39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25
min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão
e Oldair; Luizinho Goiano, Lorico (Saulzinho), Célio e
Zezinho. 14.03.1965
- Vasco 0 x 1 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo
Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho
Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS:
Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques
brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo. 17.03.1965
- Vasco 2 x 0 Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz:
Teodorico Rodrigues. Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos
43 da etapa final. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio
(Mário Tilico) e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como meia
nesta escalação, mas o treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3, fechando
o meio-de-campo, pois ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o estádio é
chamado, também, por Baenão, por se localizar na Travessa Antônio Baena, da
capital paraense. 24.03.1965
– Vasco 4 x2 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiróz. Público: cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols:
Joel Felício, aos 10; Maranhão, aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e
Zezinho, aos 22 da etapa final. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e
Zezinho (Da Silva). 04.04.1965
– Vasco 3 x 0 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton
Vieira de Moraes. Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico, aos 37 e aos 43 min do 2º tempo.
Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho. OBS: uma das maiores vitórias de Saulzinho e Célio,
pois o Santos tinha time fortissimo que chegou a pentacampeão da Taça Brasil.
Naquele dia, alinhou: Laércio; Ismael (Olavo), Joel, Modesto e Geeraldino;
Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva
(Peixinho), treinado por Luiz Alonso Perez, o Lula. 07.04.1965
– Vasco 2 x 1 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Ethel Rodrigues. Público: 16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21,
e Luizinho Goiano, aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício
(Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 10.04.1965
– Vasco 0 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho
(Nivaldo), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 14.04.1965
– Vasco 4 x 0 América-RJ. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols:
Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio,
aos 24 da etapa inicial e aos 9 min da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Nivaldo) e Zezinho (Da Silva). 17.04.1965
– Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Zezinho. 21.04.1965
- Vasco 1 x 1 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em
Vitória-ES. Juiz: José Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo.
Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão);
Joãozinho (Aloísio), Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva
(Walmir). 24.04.1965
– Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Gualter Portela Filho. Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Célio e
Zezinho. 02.05.1965
– Vasco 2 x 3 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Albino Zanferrari. Público: 40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols:
Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Oldair, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho
(Joãozinho). OBS: durante a década-1960, divulgava-se a formação do
meio-de-campo só com dois homens. No entanto, já se usava três, como Oldair
entra nesta formação. 05.05.1965
– Vasco 1 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen),
aos 3 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho),
Mário Tilico, Célio (Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4
- Vasco 3 x 0 Santos – e no 5 do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho. 09.05.1965
– Vasco 1 x 4 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz:
José Teixeira de Carvalho. Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos
31 do 2º tempo. Vasco: Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão (Oldair) e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano (Benê), Célio e Zezinho. 16.05.1965
- Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$
4.137.500,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano (Araken),
Célio (Benê), Mário Tilico e Zezinho. 20.05.1965
- Vasco 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando
Marques. Público: 11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos
44 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho (Saulzinho). OBS:
Saulzinho e Célio não participaram das quatro partidas seguintes: 23.05 -
Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x 2
Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x 0 Criciúma-SC e 03.06.1965 - Vasco
1 x 4 Santos, amistosas. 06.06.1965
– Vasco 1 x 1 Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ.
Juiz: Almir Salini. Gol: Mário Tilico
(pen), aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho. 10.06.1965
– Vasco 1 x 0 Vila Nova-GO. Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Gol: Zezinho, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho. 13.06.1965
– Vasco 0 x 1 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO.
Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e
Zezinho. 17.06.1965
– Vasco 7 x 2 Combinado de Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em
Manaus-AM. Juiz: Manuel Luís Bastos. Gols: Mário Tilico, aos 10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos
23 e aos 13 do 1º tempo; Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco:
Gainete: Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari);
Oldair (Maranhão) e Lorico; Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo) e
Zezinho. 20.06.1965
– Vasco 4 x 0 Nacional-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM.
Juiz: Carlos Amato. Gols: Luizinho Goiano,
aos 12, Saulzinho, aos 30, Mário Tilico,
aos 32 min do 1º tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita);
Joel Felício (Ari), Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico;
Luizinho Goiano (Maranhão), Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém)
e Zezinho. 24.06.1965
–Vasco 3 x 0 Bahia. Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves.
Gols: Mário Tilico, aos 28, Saulzinho,
aos 37 min do 1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa. Vasco:
Gainete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano (Caxias), Saulzinho, Mário Tilico (Benê)
e Zezinho. 27.06.1965 – Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário
Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz: Nivaldo de Oliveira. Gols: Mário Tilico,
aos 2 do 1º, e Saulzinho, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel
Felicio (Ari), Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair);
Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e
Zezinho. 29.06.1965
– Vasco 2 x 1 Ceará. Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE.
Gols: Joel Felício e Mário Tilico,
ambos no 2º tempo. Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e
Zezinho. 08.07.1965
– Vasco 1 x 1 Benfica-POR. Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 37.838.
Renda: Cr$ 56.258.660. Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min do 1º
tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Oldair): Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho,
Mário Tilico e Zezinho. 14.07.1965
– Vasco 5 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público:
15.397. Renda: Cr$ 8.303.309.00. Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano,
aos 34 min do 1º tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa.
Vasco: Gainete (Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
volta de Célio ao time, após 13 jogos de fora. 22.07.1965
– Vasco 1 x 1 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 44.990. Renda: Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos
7 min do 2º tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do primeiro
tempo, por desentender-se com o rubro-negro Fefeu. 28.07.1965
– Vasco 1 x 0 América-RJ. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio
de Queiróz. Público: 15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43
min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e
Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio
e Zezinho. OBS: expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta
partida porque ainda não havia suspensão automática. 01.08.1965
– Vasco 4 x 1 Tupi-MG. Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz
de Fora-MG. Juiz: Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do
2º tempo, e Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel
Felício), Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico
(Bonin); Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e
Zezinho. 07.08.1965
– Vasco 3 x 1 Bangu. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Público: 27.657. Renda: 14.476.240,00. Gols: Mário Tilico,
aos 34 do 1º e aos 4 do 2º, e Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 11.08.1965
– Vasco 0 x 3 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 48.557. Renda: Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. 21.08.1965
– Vasco 2 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos
44 do 1º e aos 24 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana
e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 25.08.1965
– Vasco 1 x 0 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes
Sobrinho. Público: 34.368. Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do
2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e
Zezinho. 29.08.1965
- Vasco 4 x 0 River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no
Piauí. Gols: Mário Tilico, aos 24 do
1º; Oldair (pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Ari,
Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin
(Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará, Rio Grande do
Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos
demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0
Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club; 29.08.1965
– Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama 3 x 1
Ferroviário-CE; 14.01.1962 - Pernambuco - Vasco da Gama - 1 x 0
Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama 6 x 0 CRB-AL;
27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia. 05.09.1965
– Vasco 2 x 0 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Público: 115.064. Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º,
e Paulistinha (contra), aos 5 min do
2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - Vasco campeão
invicto da I Taça Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como
seis gols: contra Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista
Futebol e Outros Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol
consideraria o seu campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe representaria
na Taça Brasil e a revista Manchete estampou: “Vasco campeão do IV
Centenário do Rio de Janeiro”. O Flamengo, no entanto, reivindica o título, por
ter vencido o Estadual. FOTO DA MANCHETE 07.09.1965
– Torneio Início do Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0
Portuguesa-RJ. Juiz: Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis:
Vasco 3 x 0, com Saulzinho cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias,
Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e
Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins.
Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e
Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1
Flamengo. OBS: Saulzinho não atuou nesta partida em que defesa e
meio-de-campo não mudaram em relação aos dois jogos anteriores, enquanto o
ataque teve Rubilota em sua vaga. 19.09.1965
- Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano,
Célio, Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e
Célio não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a
estreia vascaína no Estadual. 26.09.1965
– Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em
Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício,
Brito, Fontana (Silas) e Oldair; Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem
jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado para
atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira. 02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ.
Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols:
Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana
e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e
Zezinho. OBS: inauguração do Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade do
adversário. 09.10.1965
- Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol: Mário Tilico. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Zezinho. 17.10.1965
- Vasco 2 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 43.216. Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos 31
min do 2 tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 24.10.1965
- Vasco 0 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de
Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. 30.10.1965
- Vasco 4 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Público: 4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do
1º; Célio, aos 5 do 2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final.
Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. 03.11.1965
– Vasco 2 x 2 Náutico-PE. Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE.
Juiz: Armando Marques. Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio,
aos 44 do 1º e aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e
Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho),
Mário Tilico, Célio e Zezinho. 07.11.1965
- Vasco 1 x 2 Fluminense. Cmpeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 8.171. Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol:
Célio, aos min do 2º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho. 14.11.1965
- - Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols: Lorico, aos 6;
Célio, aos 18, e Telê
Santana, aos 28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 21.11.1965
- Vasco 1 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando
Marques. Público: 25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes,
aos 6 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair;
Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Danilo Menezes. 28.11.1965
- Vasco 0 x 1 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Armando Marques. Público: 73.243. Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 04.12.1965 - Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. OBS: Célio não atou nessa partida.. 12.12.1965
- Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca.
Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$
1.108.000. Gols: Oldair, e Célio, aos 18 min do 1º tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico.
Vasco: Gainete (Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão
e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS:
Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por
Tião Cavadinha. 15.12.1965
- Vasco 2 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e Danilo
Menezes. Vasco: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. 13 GOLS MAIS
BONITOS Saulzinho
considerava estes os seus maiores golaços,
sem estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro: 1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o Torneio
Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou ter sido
o gol mais bonito de sua carreira: Contou: “O Sabará fez um cruzamento, da
direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de
bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista
mexicana Futbol”. FOTO
DO GOL DE BICICLETA 2 -
Em 1954, estreava, como atleta profissional, em Bagé x Nacional, de Porto
Alegre, amistosamente. Faltavam 10 minutos para o final da partida, quando o
treinador Francisco Brochado mandou-o entrar, pela ponta esquerda. Lá pelas
tantas, o ponta-direita Camacho, em grande velocidade, passou pelo marcador,
foi à linha de fundo e centrou para a área. “A bola tocou no chão, a
amaciei, no peito e, de costas para o gol, apliquei uma bicicleta. Um golaço,
em meu primeiro lance no jogo que terminou 1 x 0 para nós. Eu estava com 17 de
idade”. 2 -
Era 1956 e ele defendia o Guarany, diante do Bagé, quando rolou nova jogada com
participação de Camacho que, perto da linha de fundo, cruzou a bola para a
frente da grande área. “Eu estava no lugar certo para apará-la, com uma das
coxas. Antes de deixá-la cair ao chão, chutei, entre dois zagueiros, para a
pelota passar sobre a cabeça do goleiro. Eram jogados 13 minutos do segundo tempo
e aquele único tento da partida valeu o título municipal à nossa equipe”. 3 -–
Enfrentava o Flamengo, pelo Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os
vascaínos pressionando pelo empate. "O Coronel (lateral-esquerdo)
chutou a bola para a área rubro-negra, entrei na jogadas, de carrinho,
desviando a pelota para o canto oposto ao que o goleiro Fernando esperava. Foi
o gol do empate". 4 –
O Vasco da Gama estreava no Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso
(01.07. 1962), com dois gols dele, que narrou este lance assim: "O
Joãozinho (ponta-direita) apanhou a bola pela intermediária deles, a conduziu
até a lateral da grande área e fez o centro pelo alto. Quando a pelota caía,
pela altura da marca do pênalti, mandei o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo
fulminante, sem que o goleiro pudessem nem tocá-la. Foi um gol, realmente,
sensacional e que valeu instantes de delírio para a nossa torcida". 5 –
Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu (04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato
Carioca: "Houve um chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre
indecisos Mário Tito e Zózimo, e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol.
Formou-se jogada de incertezas, de parte a parte, e eu cheguei a passar da
bola. No entanto, improvisei uma bicicleta, tocando na pelota com o bico da
chuteira, num impulso firme que terminou em gol”.
12 VIDA
DO CRAQUE Casado,
com Marilu, o goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia dormindo
oito horas diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69 se
abusasse um pouco do garfo, principalmente do seu prato predileto, o churrasco
gaúcho, bem tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que chegara ao
Rio de Janeiro, pois gostava da praia do bairro. Na época desta foto, Saulzinho ainda era noivo de Marilu
Devoto
de Nossa Senhora Aparecida, o católico Saulzinho fazia as suas orações antes
dos jogos, pedindo proteção física, por ser muito visado pelos zagueiros, que
temiam as suas chuteiras, de número 39, sempre perigosas. Embora fosse
considerado baixinho para um centroavante, ele não via problemas com a fita
métrica e brincava: “Não encolho quando tenho de enfrentar becões
grandalhõs e durões”. Quando
desembarcou em São Januário, em 1961, com os seus olhos verdes claros admirando
muito as belezas cariocas, Saulzinho usava os seus cabelos castanhos claros
mais curtos do que em 1964, quando já cultivava uma cabeleira mais à moda da
efervecente década-1960. Mantinha o hobby de colecionar
flâmulas e distintivos de clubes, do que corria atrás, durantes as
excursões vascaínas, e tinha uma variada coleção de blusões. Depois do futebol,
o seu esporte preferido era o basquete, mas o cinema era o seu passatempo
predileto, sendo fã do ator norte-americano Paul Newman. Por
ter nascido na gaúcha Bagé - 31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom
relações públicas de sua terra, no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de
louvar os encantos do seu pedaço e dizia que, “quando as pernas não dessem
mais par correr”, voltaria, depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul
com o Uruguai, o que, realmente, o fez. Saulzinho
começoua a carreira pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de
idade. Em 1955, mais encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal
agremiação, ganhando Cr$ 700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm
de altura, encarar zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como
garantira, em entrevista, também, à Revista
do Esporte - Nº 122, de 8 de julho de 1961, na qual
estivera na capa: “Na luta contra os zagueirões altos, dentro da área,
compenso o que me falta (mais altura) com boa colocação e impulsão”.
Realmente, fato visto durante os jogos vascaínos que faziam os repórteres
concluírem que ele supria a falta
de centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a luta. De
sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não precisa ser nenhum gigante”.
13
SAULZINHO x GARRINCHA
Saulzinho disputou quatros jogos contra o maior nome do futebol carioca
de sua época, o ponta-direita Garrincha, do Botafogo, também apelidado
por Mané Garrincha, por ser Manoel. O último, em 1965, mas
tudo começa no 19 de novembro de 1961, com goleada botafoguense, por 4 x 0, no
Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Tempos em que os botafoguenses tinham
um dos melhores times do planeta, rivalizando, no Brasil, só com o Santos, de Pelé.
Time de feras, feríssimas: Manga, Rildo, Nilton Santos, Garrincha, Didi,
Amarildo e Zagallo, sete titulares que formavam quase uma Seleção Brasileira,
dispondo, ainda, de Zé Maria, Chicão, Airton e Amoroso, reservas
nunca convocados pela CBD, mas de muito bom nível técnico – ver
Vasco do dia na ficha técnica da temporada. Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual, e
no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o Garrincha
no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção Brasileira da
conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais um apelido dele)
ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à sua torcida a
expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois foi o Saulzinho
quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse marcado o gol da
vitória – ver fichas técnica de 1962. Exatos quatro meses depois, em 4 de novembro,
Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo returno do
Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.
Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira e Marinho Rodrigues
usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962. O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20 de
maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o placar
de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno Zezé
Moreira só mandou o tchê à
cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel Felício, Brito e
Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio,
Mário Tilico e Zezinho
(Saulzinho).
SAULZINHO E PELÉ O
duelo do camisa 9 vascaíno com o camisa 10 santista só aconteceu em duas
oportunidades, ambas pelo Torneio Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2
x 2 Santos, em 16 de fevereiro de 1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de
1965. Na
primeira delas, assistida por perto de 30 mil almas, o tchê
não foi a rede, mas o “Rei do Futebol” bateu nela, por duas vezes,
e em grande estilo. Por sinal, história muito contada. Quando o Almirante tinha 2
x 0 de frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o
10 santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram
boa resposta: a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a bola
no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a para a
sua mãe. É presente do Rei”. O
Vasco, que se deu mal mexendo com a fera, alinhou: Ita; Joel
Felício, Brito, Dario e Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e
Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge
Vieira. O Santos, de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro
Ramos, Calvet e Zé Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho),
Pelé e Pepe.
- Naquela noite, um conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de
Janeiro e aproveitou para rever o velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio,
uns 10 minutos antes do final (da partida), pegou um táxi e falou pro
taxista: ‘Que bom. Vi o meu velho amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o
rapaz surpreendeu-lhe, dizendo que o jogo terminara em 2 x 2”, contou o
Saulzinho. Capa
montada atendendo pedido de leitor da Revista do Esporte (ler
abaixo) O
segundo Saulzinho x Pelé foi tarde de grandecíssima glória para o artilheiro
cruzmaltinom, diante de 42.250 pagantes. Oo ponta-direita Luizinho Goiano (Luiz Oliveira e Silva) abriu o
placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar
de bater o Peixe (apelido do
Santos), aos 83 e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que
escalou: Gainete; Jol Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Oldair); Luizinho, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho – a turma do “Rei” fora: Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu
(Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro,
Pelé e Noriva (Peixinho), ainda comandados por Lula. O
primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé está registrado por jogo 2.055 do Almirante
e o segundo por 2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o
futuro “Rei do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já
havia ocorrido um encontro dos dois artilheiros, no Estádio Antônio
Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado
Guarany/Bagé x Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e
Calvet para os anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica,
Ataíde e Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O
Santos foi: Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair
Rosa Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O
amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros, sem público
pagante conhecido. 14 - SELEÇÃO
BRASILEIRA A
temporada-1966 marcou a oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete
nacional, durante a Taça Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a
Federação Gaúcha de Futebol de formar equipe para representa-la diante dos
chilenos. Tendo por treinador de campo Carlos Froner (oficialmente, o
cargo era de Fernando Brunelli), o já ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer
do segundo tempo de dois prélios, substituindo David (cunhado de Pelé). Com
o time usando, em ambas as vezes, camisa canarinha, calção azul e meiões
brancos, em 17 de abril, o Brasil venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo,
aos 18 minutos (73, para a FIFA) do segundo tempo. No segundo, no Estádio
Sausalito, o mesmo em que o time canarinho havia jogado a maior parte de suas
partidas da Copa do Mundo-1966, em Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima
arbitragem do mesmo Howley que validou gol ilegal dos chilenos - a
bola não entrou, Ari Hercílio a cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o
prélio cinco minutos antes do tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda
poderiam empatar. Confira as fichas técnicas das duas partidas: Sulzinho
(D) fardado pela CBD, com Áureo (E) e Sérgio Lopes
(C) 17.
04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em
Santiago do Chile. Árbitro: Kevin Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol:
João Severiano, o Joãozinho, aos 15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo;
Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá,
Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir. Técnico: Carlos Froner. 20.05.1966
– Brasil 1 x 2 Chile – Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça
O´Higgins – Árbitro: Kevin Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols:
Joãozinho, aos 19 min do 1º tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do
2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e
Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira).
Técnico: Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste
selecionado pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense -
Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano,
Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e
Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá;
Brasil; Brasil de Pelotas - Birinha; Guarani de Bagé -
Didi Pedalada e Saulzinho; Rio Grande - Lambari; Aymoré -
Jadir e Joaquim. 15 - BARBANTEIRO Quando o tchê Sasulzinho
vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente,
ele sacudia o barbante. As
redes aina nã era de náilon. Mais de meio-século antes, na Inglaterra, de onde o
futebol bateu asas e voou para o restante do planeta, não havia rede. Só muita
discusão entre torcedores, se a bola entrou, não entrou. Para acabara com os
bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie criou a rede, em 1889. Mas ficou
na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada fez um jogo-teste pra ver se a
invenção daria certo – deu! Foi na cidade de Nottingham que o primeiro
goleiro - chamava-se Geary - foi “buscar a pelota no fundo da rede” -
como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No
Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante
produzidas do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o
grande avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas
- sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em
1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes branquinhas, evidentemente, criado
pelos narradores esportivos. No
futebol carioca, já nos tempos de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma
rede de náilon foi o goleador Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960.
De Norte a Sul do Brasil, tchê
Saulzinho balançou a rede em todas as regiões brazucas. Há estados,
porém, em que ele nunca o fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande
do Norte. Os cariocas São Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e
Fluminense (4) foram os times que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS,
saiu em 90 oportunidades pro abraço. Eis os times que ele mandou
o goleiro buscar a bola no barbante: Alajuelense-CRICA
(1); Al-Merreikh-SUD (1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2);
Atlético-GO (1); Bahia-BA (2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1); Bonsucesso-RJ
(4); Campo Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará Sporting-CE (1);
Colo-Colo-CHI (1); Combinado de Brasília (1); Combinado IFK Mamô-Malmô FF
(1); Combinado Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de Manaus-AM (2);
CRB-AL (1); Dalarna-SUE (2); EIK-NOR (3); Elche-ESP (2);
Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3); Fluminense-RJ (4); Frem-DIN (2);
Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1); Málaga-ESP (1); Mônaco-MON (1); Moto
Clube-MA (1); Nacional-AM (1); Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2); Porto-POR (1);
Portuguesa-RJ (3); Rio Branco-ES (1); River-PI (1); São Cristóvão-RJ (6); São
Paulo-SP (1); Santa Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan- CMarfim (3); Sport-PE (1);
Seleção da Nigéria (4); Uberlândia-MG (2); Vila Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1).
16 – TODOS OS JOGOS E GOLS DE
SAULZINHO
|
Jogo
|
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição
|
Complemento
|
Gols
|
Total
|
1
|
16-abr-1961
|
2x0
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
2
|
22-abr-1961
|
0x1
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
3
|
01-mai-1961
|
2x1
|
Santa Cruz-PE
|
Amistoso
|
|
|
0
|
4
|
05-mai-1961
|
3x1
|
América-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
1
|
5
|
07-mai-1961
|
0x0
|
Uberaba-MG
|
Amistoso
|
|
|
1
|
6
|
10-mai-1961
|
2x2
|
Uberaba-MG
|
Amistoso
|
|
|
1
|
7
|
27-mai-1961
|
2x0
|
St. Pauli (ALEMANHA)
|
Amistoso
|
|
|
1
|
8
|
30-mai-1961
|
3x2
|
Alemannia Aachen (ALEMANHA)
|
Amistoso
|
|
|
1
|
9
|
1-jun-1961
|
11x0
|
Comb. Freidig-Rosenborg
(NORUEGA)
|
Amistoso
|
|
3
|
4
|
10
|
4-jun-1961
|
10x0
|
Eik (NORUEGA)
|
Amistoso
|
|
3
|
7
|
11
|
6-jun-1961
|
2x0
|
Comb. Skeid-Lyn (NORUEGA)
|
Amistoso
|
|
|
7
|
12
|
11-jun-1961
|
4x1
|
Frem (DINAMARCA)
|
Amistoso
|
|
2
|
9
|
13
|
14-jun-1961
|
4x1
|
Comb. IFK Malmö-Malmö FF
(SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
10
|
14
|
18-jun-1961
|
4x2
|
Seleção de Dalarna (SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
2
|
12
|
15
|
21-jun-1961
|
8x1
|
Bodens (SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
13
|
16
|
27-jun-1961
|
1x1
|
Comb. Hammarby-Djurgarden
(SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
|
13
|
17
|
09-set-1961
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
13
|
18
|
16-set-1961
|
0x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
13
|
19
|
21-set-1961
|
3x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
13
|
20
|
30-set-1961
|
1x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
14
|
21
|
04-out-1961
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
15
|
22
|
08-out-1961
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
16
|
23
|
14-out-1961
|
0x3
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
16
|
24
|
1-nov-1961
|
2x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
1
|
17
|
25
|
12-nov-1961
|
1x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
26
|
19-nov-1961
|
0x4
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
27
|
25-nov-1961
|
2x0
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
28
|
01-dez-1961
|
3x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
29
|
06-dez-1961
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
30
|
09-dez-1961
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
31
|
14-jan-1962
|
1x0
|
Santa Cruz-PE
|
Amistoso
|
|
1
|
18
|
32
|
17-jan-1962
|
2x0
|
Bahia-BA
|
Amistoso
|
|
|
18
|
33
|
21-jan-1962
|
6x0
|
CRB-AL
|
Amistoso
|
|
1
|
19
|
34
|
24-jan-1962
|
4x0
|
Ceará-CE
|
Amistoso
|
|
|
19
|
35
|
28-jan-1962
|
3x0
|
Moto Club-MA
|
Amistoso
|
|
1
|
20
|
36
|
31-jan-1962
|
3x1
|
Ferroviário-CE
|
Amistoso
|
|
3
|
23
|
37
|
25-fev-1962
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
24
|
38
|
10-mar-1962
|
4x3
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
26
|
39
|
21-abr-1962
|
1x1
|
Seleção de Brasília-DF
|
Amistoso
|
|
1
|
27
|
40
|
01-mai-1962
|
4x1
|
Vila Nova-GO
|
Amistoso
|
|
1
|
28
|
41
|
06-mai-1962
|
5x0
|
Uberlândia-MG
|
Amistoso
|
|
2
|
30
|
42
|
10-mai-1962
|
3x0
|
Maringá-PR
|
Amistoso
|
|
|
30
|
43
|
13-mai-1962
|
2x1
|
Portuguesa-SP
|
Amistoso
|
|
|
30
|
44
|
20-mai-1962
|
3x1
|
Santa Cruz-MG
|
Amistoso
|
|
2
|
32
|
45
|
1-jul-1962
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
34
|
46
|
8-jul-1962
|
3x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
47
|
15-jul-1962
|
0x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
48
|
21-jul-1962
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
49
|
04-ago-1962
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
50
|
12-ago-1962
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
51
|
19-ago-1962
|
4x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
36
|
52
|
26-ago-1962
|
3x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
3
|
39
|
53
|
02-set-1962
|
2x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
40
|
54
|
09-set-1962
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
55
|
16-set-1962
|
0x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
56
|
21-set-1962
|
7x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
42
|
57
|
30-set-1962
|
1x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
43
|
58
|
06-out-1962
|
3x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
44
|
59
|
14-out-1962
|
1x3
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
45
|
60
|
21-out-1962
|
3x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
46
|
61
|
4-nov-1962
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
46
|
62
|
10-nov-1962
|
5x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
47
|
63
|
15-nov-1962
|
5x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
48
|
64
|
18-nov-1962
|
1x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
49
|
65
|
25-nov-1962
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
66
|
02-dez-1962
|
0x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
67
|
09-dez-1962
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
68
|
14-dez-1962
|
3x3
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
50
|
69
|
6-jan-1963
|
4x0
|
Alajuelense (COSTA RICA)
|
Amistoso
|
|
1
|
51
|
70
|
10-jan-1963
|
1x0
|
América (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do
México
|
|
1
|
52
|
71
|
17-jan-1963
|
5x0
|
Oro (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do
México
|
|
|
52
|
72
|
20-jan-1963
|
1x1
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do
México
|
|
1
|
53
|
73
|
31-jan-1963
|
1x1
|
Dukla Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do
México
|
|
|
53
|
74
|
03-fev-1963
|
1x1
|
Toluca (MÉXICO)
|
Amistoso
|
|
|
53
|
75
|
10-fev-1963
|
2x0
|
Seleção de El Salvador
|
Amistoso
|
|
|
53
|
76
|
13-fev-1963
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
53
|
77
|
16-fev-1963
|
2x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
53
|
78
|
13-mar-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
53
|
79
|
17-mar-1963
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
54
|
80
|
31-mar-1963
|
2x2
|
Universidad Católica (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
|
54
|
81
|
09-abr-1963
|
3x2
|
Peñarol (URUGUAI)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
|
54
|
82
|
11-abr-1963
|
3x1
|
Colo-Colo (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
55
|
83
|
14-abr-1963
|
2x2
|
Universidad de Chile (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
|
55
|
84
|
05-mai-1963
|
3x0
|
Stade d'Abidjan (COSTA DO
MARFIM)
|
Amistoso
|
|
3
|
58
|
85
|
09-mai-1963
|
3x0
|
Asante Kotoko (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
58
|
86
|
12-mai-1963
|
0x0
|
Real Republicans (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
58
|
87
|
25-mai-1963
|
6x0
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
4
|
62
|
88
|
7-jun-1963
|
1x2
|
Al-Hilal (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
|
62
|
89
|
9-jun-1963
|
1x1
|
Al-Merreikh (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
1
|
63
|
90
|
11-jun-1963
|
0x3
|
Sporting (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
|
63
|
91
|
13-jun-1963
|
2x0
|
Málaga (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
1
|
64
|
92
|
16-jun-1963
|
2x3
|
Monaco (FRANÇA)
|
Troféu Teresa Herrera
|
|
1
|
65
|
93
|
19-jun-1963
|
3x2
|
Elche (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
2
|
67
|
94
|
22-jun-1963
|
0x1
|
Espanyol (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
|
67
|
95
|
30-jun-1963
|
4x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
69
|
96
|
7-jul-1963
|
1x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
97
|
24-ago-1963
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
98
|
03-set-1963
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
99
|
06-set-1963
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
100
|
26-jan-1964
|
1x1
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
69
|
101
|
27-fev-1964
|
1x0
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
69
|
102
|
6-mar-1964
|
1x2
|
Guarani (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de
Assunção
|
|
|
69
|
103
|
8-mar-1964
|
1x1
|
Racing (ARGENTINA)
|
Torneio Internacional de
Assunção
|
|
|
69
|
104
|
10-mar-1964
|
1x2
|
Cerro Porteño (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de
Assunção
|
|
|
69
|
105
|
14-mar-1964
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
106
|
29-mar-1964
|
0x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
107
|
04-abr-1964
|
3x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
108
|
01-mai-1964
|
3x2
|
Atlético Paranaense-PR
|
Amistoso
|
|
|
69
|
109
|
03-mai-1964
|
1x2
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
110
|
06-mai-1964
|
0x1
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
111
|
14-jun-1964
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
69
|
112
|
18-jun-1964
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
69
|
113
|
21-jun-1964
|
2x0
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
1
|
70
|
114
|
25-jun-1964
|
3x0
|
Villa Nova-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
71
|
115
|
28-jun-1964
|
0x0
|
América-RJ
|
Torneio Início
|
1x2 pen
|
|
71
|
116
|
4-jul-1964
|
1x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
71
|
117
|
25-jul-1964
|
0x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
|
71
|
118
|
13-ago-1964
|
3x0
|
Porto (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
1
|
72
|
119
|
13-set-1964
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
72
|
120
|
20-set-1964
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
72
|
121
|
27-set-1964
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
72
|
122
|
01-out-1964
|
2x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
73
|
123
|
04-out-1964
|
2x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
73
|
124
|
07-out-1964
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
73
|
125
|
11-out-1964
|
1x0
|
Paysandu-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
73
|
126
|
14-out-1964
|
3x1
|
Tuna Luso-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
73
|
127
|
17-out-1964
|
3x2
|
Remo-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
73
|
128
|
20-out-1964
|
1x1
|
Transvaal (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
|
73
|
129
|
25-out-1964
|
4x2
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
75
|
130
|
31-out-1964
|
4x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
76
|
131
|
7-nov-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
76
|
132
|
13-nov-1964
|
5x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
77
|
133
|
15-nov-1964
|
2x0
|
Porto Alegre-RJ
|
Amistoso
|
|
|
77
|
134
|
22-nov-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
77
|
135
|
06-dez-1964
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
77
|
136
|
12-dez-1964
|
1x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
77
|
137
|
17-jan-1965
|
3x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
IV Centenário do Rio de
Janeiro
|
|
|
77
|
138
|
21-jan-1965
|
4x1
|
Flamengo-RJ
|
IV Centenário do Rio de
Janeiro
|
|
2
|
79
|
139
|
24-jan-1965
|
1x0
|
Independente-MG
|
Amistoso
|
|
|
79
|
140
|
26-jan-1965
|
4x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
1
|
80
|
141
|
31-jan-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
|
80
|
142
|
04-fev-1965
|
3x1
|
Sport-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
81
|
143
|
07-fev-1965
|
2x0
|
Santa Cruz-PE
|
Troféu 50 Anos Federação
Pernambucana
|
|
|
81
|
144
|
10-fev-1965
|
1x1
|
Náutico-PE
|
Troféu 50 Anos Federação
Pernambucana
|
|
|
81
|
145
|
14-fev-1965
|
1x3
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
81
|
146
|
20-fev-1965
|
2x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
82
|
147
|
7-mar-1965
|
1x4
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
148
|
14-mar-1965
|
0x1
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
82
|
149
|
17-mar-1965
|
2x0
|
Remo-PA
|
Amistoso
|
|
|
82
|
150
|
24-mar-1965
|
4x2
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
151
|
04-abr-1965
|
3x0
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
152
|
07-abr-1965
|
2x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
153
|
10-abr-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
154
|
21-abr-1965
|
1x1
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
82
|
155
|
24-abr-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
156
|
02-mai-1965
|
2x3
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
157
|
05-mai-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
158
|
09-mai-1965
|
1x4
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
159
|
20-mai-1965
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
160
|
6-jun-1965
|
1x1
|
Entrerriense-RJ
|
Amistoso
|
|
|
82
|
161
|
10-jun-1965
|
1x0
|
Vila Nova-GO
|
Amistoso
|
|
|
82
|
162
|
13-jun-1965
|
0x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
|
82
|
163
|
17-jun-1965
|
7x2
|
Seleção de Manaus-AM
|
Amistoso
|
|
2
|
84
|
164
|
20-jun-1965
|
4x0
|
Nacional-AM
|
Amistoso
|
|
1
|
85
|
165
|
24-jun-1965
|
3x0
|
Bahia-BA
|
Amistoso
|
|
1
|
86
|
166
|
27-jun-1965
|
2x1
|
Bahia-BA
|
Amistoso
|
|
1
|
87
|
167
|
29-jun-1965
|
2x1
|
Ceará-CE
|
Amistoso
|
|
1
|
88
|
168
|
8-jul-1965
|
1x1
|
Benfica (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
1
|
89
|
169
|
01-ago-1965
|
4x0
|
Tupi-MG
|
Amistoso
|
|
|
89
|
170
|
29-ago-1965
|
4x0
|
River-PI
|
Amistoso
|
|
1
|
90
|
171
|
07-set-1965
|
0x0
|
Portuguesa-RJ
|
Torneio Início
|
3x0 pen
|
|
90
|
172
|
07-set-1965
|
1x0
|
São Cristóvão-RJ
|
Torneio Início
|
|
|
90
|
173
|
26-set-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Amistoso
|
|
|
90
|
174
|
02-out-1965
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
175
|
17-out-1965
|
2x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
176
|
24-out-1965
|
0x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
177
|
3-nov-1965
|
2x2
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
|
90
|
178
|
7-nov-1965
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
179
|
01-dez-1965
|
1x5
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
|
90
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Saulzinho está entre os 10 artilheiros
vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os três
primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963, contra a
seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas o árbitro
anulara um “sem nenhum problema no lance”.
Assim, ele fica empatado com Ismael e
Romário, com quatro encaçapadas em um só prélio desta lista: 6 gols: Lelé – 08.05.1946 -
Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 – Vasco da Gama 6 x
0 União São João-SP; . 5 gols: Russinho – 01.05.1927 –
Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da Gama 8 x 0
Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Djayr –
15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite – 04.05.1980 –
Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians. 4 gols – Ismael – 06.09.1947 –
Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho -
25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da Nigéria - e Romário –
24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ. 17 -
ENTREVISTA/SAULZINHO Único
atacante a obter uma média de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais
da década-1960, e maior artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o Saulzinho,
tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade, em sua
terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo time
profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:
P
– Rapaz, você começou a carreira arrumando confusão entre o Bagé e o
Guarany? R –
Arroubos da juventude, tchê! Eu tinha contrato de gaveta (antiga
estratagema de prender atleta ao clube) com o Bagé, e o troquei, pelo
Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira proibido de jogar. Castigo só
não mais duro do que o serviço militar, quando ralei muito. Compensei tudo,
porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui campeão municipal, até 1959.
Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos vice-campeões gaúchos, pra
minha carreira decolar e vez. Como
você foi parar no Vasco da Gama? No
início de 1961, o Guarany venceu o Internacional (de Porto Alegre), em dois
amistosos: 2 x 1, no Estádio dos Eucaliptos (antiga e já demolida casa do
Inter), com um gol meu, e 4 x 2, em Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz
gol, mas o treinador deles (do Inter), o Martim Francisco, gostou do meu
futebol e, pouco depois de chegar ao Vasco (da Gama), pediu a minha
contratação. O
Vasco daquele tempo tinha feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel, Sabará,
Pinga, etc. Como você arrumou uma vaguinha naquele time? Cheguei
a São Januário no 1º de abril de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite,
marquei três gols, no primeiro tempo, atuando pelo time reserva, que tinha,
entre os que me lembro, Brito (zagueiro) e Maranhão (apoiador).
Por conta daquele meu cartão de apresentação, tchê, o presidente
vascaíno, o João Silva, empresário muito forte, dono das Carrocerias
Metropolitana, mandou fazerem, logo, o meu contrato. Quando
você chegava, a torcida vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o
espanhol Atlético de Madrid) e de Almir (foi para o Corinthians). Sem os dois,
facilitou a sua vida? Nã
foi nada fácil. A concorrência foidura, pois o Vasco tinha outros três bons
centroavantes, o Wilson Moreira (filho do técnico Zezé Moreira), o
cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e o Javan (fez o nome no México). Eu era um garoto interiorano no meio de
tantos cobrões, mas fui logo me enturmando. Ainda
se lembra da sua estréia no Vasco? Foi
pouco depois da minha contratação. Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos
contra aquele timaço do Santos, do Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez
um gol, batendo do meio do campo; o Sabará empatou e o Wilson Moreira
desempatou. Ganhei um belo bicho (gratificação
por resultado). Por falar no Pelé, nos meus outros jogos contra ele,
levamos de 5 x 1, mas num outro lhe mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve,
também, um empate, por 2 x 2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito e
o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um
golaço, gol de cinema. No segundo (gol de
Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola. Comentou-se muito que o Brito
e o Fontana curtiram bastante com a cara do homem (Pelé), quando o Vasco vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma
abelheira. O cara era cruel. Antes disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1
x 1, em Bagé, defendendo o Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também
contra o Pelé, na decisão da Taça Brasil, em dezembro de 1965. Como
você herdou a vaga de titular no time vascaíno? Entre maio e junho de 1961,
fizemos uma longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma
ecalação que nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e
Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, eu,
Roberto Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia marcado
dois gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o outro
contra o América Mineiro (fora de casa). Você
considera 1962 a sua grande temporada? Sim,
pois estava em grande forma e fui o (principal) artilheiro do Campeonato
Carioca, com 18 gols. Fiquei de fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também,
uma temporada em que a sorte me abandonou. Estava cotado para a Seleção
Brasileira (que foi bi mundial na Copa do Chile-1962), mas tive um
problema de garganta, que exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na
virilha, problemas que me deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de
jogo. Como a convocação levou muito em conta a atuação de quem disputou o
Torneio Rio-São Paulo, perdi qualquer chance por ali. Você
disputou e ganhou do Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O
rival, tmabém, não foi à Copa do Chile... Eu morava na Avenida Nossa Senhora de
Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e
batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos,
dizendo, um para o outro: “Hoje é comigo”.
Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae. Tinha outras
feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o Amoroso e o
Amarildo, do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me lembro, agora.
Não sei porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção Brasileira. Aponte
uma gloríssima, depois do Campeonato Carioca-1962? No
início de 1963, conquistamos um torneio internacional, no México, muito famoso,
na época. Marquei gols, goleamos o Oro, o campeão nacional (5 x 0),
vencemos (1 x 0) o time mexicano de maior torcida, o América (da Cidade do México) e fomos campeões em
cima do Dukla (de Praga, da antiga
Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e aquela turma toda que enfentara o
Brasil na final da Copa do Mundo de 62. Contra o América, por sinal, marquei um
gol antológico, de bicicleta, que foi capa da revista mexicana “Futbol”. O
Sabará cruzou, da direita, a bola bateu no chão, veio no meu peito, e
finalizei, de bicicleta, antes da chegada do marcador. O
seu Vasco foi campeão de torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol
brasileiro, nacionais, porquê? Em
1962, tínhamos chances de chegar ao títul carioca, mas, perdemos quatro pontos
para o Olaria (à época, vitórias contavam dois pontos), levando um baile,
dentro de São Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na
segunda partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival), fizeram
um gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram. Terminamos a
três pontos do campeão (Botafogo).
Mas o Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson,
que foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo Fluminense,
o Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa equipe. No
início da temporada de 1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra.
Porquê? Eu
estava com 28 de idade, tinha convites do (português)
Benfica e daquele grande time do Bahia, do Alencar, do Nadinho, do
Henricão, contra quem marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se
interresou por mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã).
Por sinal, quando marquei um dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci
um marcador, com um corte (tirando-o do lance sem tocá-lo), e soltei um
foguete, quase da intermediária. Eu era rápido dentro da área, mas não de
chutar muito forte, de longe. Já o Bahia gostou do que joguei diante deles,
também em um amistoso, quando marquei dois gols. Pra voltar pra casa, coloquei
o lado familiar em primeiro plano, pois a minha mulher, também de Bagé, nunca
se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora de ficar, ou sair do Vasco, sugeri à
Marilu (nome a esposa): “Vamos
voltar?”. Era o que ela mais queria, e
voltamos O
seu nome era muito gritado pela torcida vascaína? Quando
eu fazia gols, o Maracanã vinha abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o
maior goleador do time, sem ser um jogador de rush. Tinha, porém,
rapidez, driblava, batia bem de perto e raciociava rápido pra intuir
o lance se estivesse marcado. Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra
área do rival) que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque,
tocava pra ele, que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos
muitos gols. O Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor
companheiro de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça
o Sabará. Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso
cazsdo, não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava).
Só não xingagava o Célio. Qual
foi a grande partida de sua vida? Contra
o Flamengo, decidindo o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite
da quarta-feira 21 de janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma
outra partidaça foi contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção
uruguaia (Vasco 3 x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do
Chile, Estádio Nacional de Santiago). Você
só vestiu a camisa da Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany,
de Bagé...! O Carlos Froner (então), técnico do
Grêmio (de Porto Alegre), formou uma seleção gaúcha para
representar o Brasil na disputa da Taça O´Higgins, contra o Chile, em 1966.
Joguei 30 minutos em uma partida e mais 15 na outra. Fomos campeões, foi
emocionante. Tão emocionante como jogar por um ataque do Gurany que tinha Eusébio,
Max Ravazza, Saulzinho, Tupãzinho e João Borges. Aqueles companheiros eram
craques, principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da
Rosa) que foi ídolo da torcida do
Palmeiras (década-1960) e o Max,
maior goleador do futebol de
Bagé (da época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo
de 1955. Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o
Vasco. Calculo que marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística
exata, mas a minha carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa
média! Se
o Pelé jogasse hoje (a entevista foi feita na primeira metade da primeira
década-2000), nesse chamado futebol moderno, faria muitos gol? Uns
dois mil, porque as defesas sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que
viraram alas, se mandam. Se, enfrentando
zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez o que fez, imagine agora. Antes, para se entrar na área, teria que
ser muito rápido, ter talento, ou ficava sem as canelas. Vejo
o futebol atual sendo 70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide,
ainda, é o talento, reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a
base, o cara (preparador físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra
lá, pra cá, ajuda muito, mas tem e
ter talento pra decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de
enfrentar o Luís Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr
Egídio de Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que
enfrentei. Eram durões, sem serem desleais. O
futebol atual paga fortunas aos seus ídolos. No seu tempo, dava
pra ficar rico? Quando cheguei ao Vasco, o maior
salário era o do (zagueiro e
capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer
juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um
automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento
por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de
figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam. Não
existia empresários, procuradores,
além de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos, estudos. O futebol
tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava a carreira, o pai de
uma namorada minha não queria o namoro porque eu era jogador de futebol. Éramos
muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco por exemplo, levava muitos fãs
para a frente dos hotéis onde nos hospedávamos, querendo autógrafos, tirar
fotografias conosco, conversar. Atendíamos a todos, com civilidade. Você
passou por quantos treinadores? Beto
Camélia, Alfeu Cachapuz e Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim
Francisco, Paulo Amaral, Oto Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e
Carlos Fronter, na Seleção Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas
achei o ofício muito estressante, desesti. CÉLIO Como
você escalaria a sua Seleção Brasileira?
Barbosa; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e
Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente era muito boa. Acho que eu pegaria
uma reservinha, junto com o Amarildo, o Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que defendeu o
Flamengo entre 1958/1969 e formou
meio-de-
EXCESSO DE
AMÉRICA
Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama
enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato
Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro
pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã,
por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro,
o rival conseguiu segurar a Turma da Colina e ficar
nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada
enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0
(10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o
início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na
foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.
5
CASAMENTO
O ofício de fazer gols para o
Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de
adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar
da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma
terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela
passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.
Fora grande o número de
presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre
outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no
Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua
rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo
fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo
enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca.
Célio entrou na igreja ás 16h45,
apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda,
às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto
Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela
usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo
sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de
laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda
Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo
trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no
mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.
Célio conheceu Ilda quando jogava pelo
Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um
jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de
ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais
forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou
com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início,
Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca,
mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado
na área, em junho de 1962.
Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no
altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas,
São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a
promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o
ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de
entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos
jogadores (para a festinha de final de
ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros
mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de
imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto
previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara
das luvas recebidas pela mudança do
Jabaquara para o Vasco da Gama.
Em junho de 1964, quando
esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao
assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam
aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do
período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura
fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido
Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só
oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar
desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três
partidas nas quais entrara.
6
MELHORES DE 1964
Durante as a década-1960, era
tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o
Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho
e Célio no time dos melhores, após
o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara
fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.
No caso da Revista do
Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta
ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio
Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal),
Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo
Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir
Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do
Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos
Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio
Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio
Mauá); Ricardo Serran (O Globo); Luís Alberto (Diário
de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence
(Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don
Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora);
Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O
Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio
Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio
e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta
seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres
(Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo),
com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair
(Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da
Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).
A fase vivida por Célio era boa, mas
o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em
sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América.
Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a
menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11
vitórias, marcara 44 gols - 16 de Célio - e levara 28.
Célio considerou o seu gol mais
bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0
Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e
Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres, fez-me o
passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou
entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o
Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia
saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola
bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o
equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que
enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.
O jogo em que Célio fez o seu
considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964 foi no domingo
13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio
assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além
de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo
e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele, um boa temporada nas redes.
7
CAPA DE REVISTA
FOTO DA REVESP
A Revista do
Esporte - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na
capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia:
"Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou,
de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com
suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava
que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão
que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie
de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu
time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há
ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de
iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam
devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche
os olhos da torcida: cabeceando bem, testando a bola com pontaria
certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz
com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”.
Tempos depois, pelo Nº 378, de
4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das
muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente
dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo
sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do
Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia
chamada espantativ: “Ele é vascaíno desde garotinho,
mas.. - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer
deixar o Vasco”.
Segundo a publicação,
Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor,
dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da
família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com
ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de
1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir
Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho
(agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de
cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição
dos braços.
Quando lançou as duas tiragens,
a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua
Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do
Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os
repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho,
Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton
Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com
o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não
seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o
diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”.
Célio voltou a estampar uma revista
pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que
circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se
intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com
sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli
e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu:
Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da
esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e
Zezinho (agachados, na mesma ordem).
FOTO
Célio mereceu, também,
contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho
do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da
Gama.
FOTO
8
PENALTIEIRO
Em 1965, Célio fazia parte da
galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time
de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo),
Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio
(Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na
época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei
Pelé” e que andou sendo proibida.
Embora fosse considerada um deboche, por entrevista
à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia
não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a
imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro
canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.
De sua parte, Célio tinha esta
receita para a sua cobrança: “A
maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente,
gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida,
sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair
para um lado, procuro colocar a bola no outro”.
E gols com bola rolando, qual a
receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte -
Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos
pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica;
4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.
A publicação considerou Célio
um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol
carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do
corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua
presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura,
firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um
atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e,
muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no
peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara,
quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”. À
época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e
dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar
muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.
Em uma outra edição na qual ele
voltara a ser capa da Revista do Esporte - Nº 378, de 4 de
junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera
boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o
escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas
folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” -
queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste
proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco
mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi),
além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15%
que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso.
Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube
paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do
Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia,
a fera.
9
GOLS MAIS BONITOS
Célio
considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no
Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo.
Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me
abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho
ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu
lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei
na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu
com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes.
FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO
Dois
anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra
o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti
contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos
animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e
igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante,
para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .
Também,
valeu muito, para Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra
o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi
a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi
recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra
arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé
trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1
x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.
Também,
diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols
que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes,
à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O
lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela
ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação.
Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a
ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e
corri para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de
bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três,
naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco
minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.
Ainda
de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles
vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga
mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé
Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance.
A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços
levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos
e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” ,
descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa
inicial, e aos nove da final, no Maracanã.
Célio sempre achou que “quem não tenta
não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos
goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o
melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de
vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não
botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito
confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a
cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito
efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil
cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou,
do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774
pagantes – o forte ataque alvinegro tinha Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo.
Dos
seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo
Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro
(estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela
intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da
Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida,
ele foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e
a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu
primeiro grande gol como profissional”, recordava.
O outro
golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o
Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso
zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga.
Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a
bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém
pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área
deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no
esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que
foi um belo gol”.
10
AMIGO DA REDE
Nem só de visitas às
redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central,
lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente,
em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.
Antes de começar a desempregar
goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a
Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio
Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três
goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo
fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos
cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem
saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente,
o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os
bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei
daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.
Estava escrito, porém, que
chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em
1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o
argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20
minutos para o final de uma partida contra o Corinthians, no Parque São
Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.
O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e
os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao
Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas
vezes, ele acertou um murro na cabeça de zagueiro colega,
nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o
Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o
Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me
uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas
chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola
pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma
dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou.
A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio
da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que
tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me
defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos
Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de tropa de choque policial até
serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi
apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro",
reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio
Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.
O temperamento de não levar desaforos
para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária
esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo
Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da
Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele
jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É
fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os
meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que
eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de
opinião", afirmava.
Para exemplificar o que Célio sofria
dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino
saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e
Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro
Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o
médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros,
bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda
duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o
Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um
lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe
que foi num lance de meio do campo, sem perigo de gol. Deixou-me
de fora de muitos treinos e jogos”.
O que foi lido acima era até pouco
diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus
ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para
tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini
acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu
estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar,
dizendo: ‘Aqui é assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou,
sorrindo, muito tempo depois.
11
O ÍDOLO DE
CRISTAL
Os zagueiros fizeram Célio ser o “Rei
das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele
nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta
daquilo, vivia na na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias
lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro
semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres
apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a
frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem
ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que
me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes
mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de de vidro ou de
cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para
conferir" - Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.
Célio imputava às retrancas
grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol
carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com
isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais
pontapés e cabeçadas", criticava.
Quando era parado pelos becões na
pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em
cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande
distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor
visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo
novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem
por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita,
Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me
paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.
Em quatro tempradas vestindo a
jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores
goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó –
à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a
1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado
à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2
- Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a
1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes
(44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o
segundo esteve vascaíno, de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42
gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958.
12
VOO CANARINHO
FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo,
Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná foi a
primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965
Célio chegou à Seleção Brasileira,
mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos
políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito
(zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa
das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual
CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção
Brasileira, em 1965.
Convocado pelo treinador Vicente Feola, para
amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas
partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo
testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha
Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o
que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.
FOTO
Aquele jogo rolou em 6 de julho de
1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob
o apito do peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma
Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha
(Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo
estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no
decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi
um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –, com novo apito
peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki, e o time brasileiro
sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da
Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo.
Célio não foi escalado em nenhum dos
quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União
Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra,
ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no
Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O
escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e
Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho,
Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.
FOTO
Da esquerda para a dirieta, em pé:
Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem:
Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.
Perto da Copa do Mundo, os
cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a
imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante
jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um
minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa
do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no
feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter
Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo;
Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem
para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir
Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e
Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio
(Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).
FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson,
Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados
Dos atletas vascaínos – os
zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas
do primeiro jogo -, o apoiador/lateral Oldair Barchi e o atacante Célio
– convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da
Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19
de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no
estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De
candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do
Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo
mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal.
Para aquela campanha, a CBD
convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o
principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a
vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do
Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por
aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse
por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos
extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.
13
CÉLIO &
MÁRIO TILICO
Marcado em um dos supercílio e
por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo
assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto,
ou no chão, é minha. Ninguém tasca”.
Foi assim que ele saiu para o abraço,
em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal
com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico.
Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1
x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando
o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até
os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar
juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2
x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.
No Brasil, a primeria reunião
da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo
Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo,
o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no
6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato
Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento
cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0
Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de
dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1
Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio
marcando seis e Mário quatro gols.
Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de
setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São
Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco)
por chefes, até o final de 1963. Veio a temporada seguinte e Pelegrino
manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG
e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por
torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era
Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol
marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio
foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que
marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2
Cerro Porteño, a dupla Célio & Mário foi mantida e
este marcou o chamado gol de honra.
A seguir, rolou o Torneio Rio-São
Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0
Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o
comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três
gols, e Mário nenhum.
Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco
amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio
& Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro
amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque
preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou
o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de
julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até
o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns
deles em triunviratos ofensivaço com a presença de
Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3
x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo
Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.
Em 1965, entregando o seu
comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela
popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio
Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e
4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com
o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais
36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara,
Taça Brasil e Torneio Início do Campeonato Carioca. Quando Célio ficou
fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.
FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV
CENTENÁRIO
Em 1966, o treinador Zezé
Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que
atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x 3 Chivas
Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que
significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio
Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e
Corinthians). Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a
ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo
Mata.
14
CÉLIO & PELÉ
FOTO
Aos 29 de idade, em 1969, quando já
estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de
Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro
de Pelé no ataque do Peixe,
sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando
a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o
treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com
o “Rei” querendo.
Célio e
Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu
em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo
entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em Vasco 3 x 0 Santos, pelo
Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante
de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados
por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano.
O troco sanista aconteceu durante a
primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de
16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil
cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela Taça Brasil. Daquela vez,
Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou
devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro,
no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o
pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e
que, também, valia vaga na Taça Libertadores.
Aquele jogo, no entanto, não foi
tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os
quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo
no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de
Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e
Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do
Santos.
Célio voltou a encara
Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A
primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de
Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos
15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha
Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La
Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.
Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o
Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas,
Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago,
Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram:
Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo
e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.
Os dois outros encontros Célio
& Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos
pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém
venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do
Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto
Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas,
Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos,
treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda;
Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.
O último encontro da dupla nos gramados foi
no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem
vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910
presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os
corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue,
Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam:
Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo
Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu
Américo. OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos,
vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols.
Com a camisa canarinha, os
dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção
Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio
entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano,
escalado pelo treinador Vicente Feola, que mandou ao
gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e
Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em
09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o
time do jogo anterior e as substituições.
15
ENTORTOU
O DEMÔNIO
O que seria que o cidadão
Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha,
maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio
das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se
devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do
Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega
pra lá no também chamado Torto.
Embora tivesse desembarcado em São Januário,
em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de
abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,
em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro
tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico;
Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos
astros Manga, Rildo, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo
– ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.
No segundo pega, em 11 de agosto de 1965,
pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3
x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha;
Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará,
Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos,
Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha,
Jairzinho, Arlindo e Zagallo.
FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio,
Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete
Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à
frente do Mané. Era a decisão
da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra
carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O
Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel,
Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho,
Sicupira e Roberto.
|
FILME
DOS GOLS DE CÉLIO
O último
confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para
o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154
pagantes ao Pacaembu, na capital paulista, lotando o
estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37
e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele:
Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por
Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e
Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano,
Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da
história: Célio 3 x 1 Garrincha.
16
TEMPORADA-1966
Foi a últma de Célio com a camisa
cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio
internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A
sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 -
Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo
Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu
último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373
torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos
do segundo tempo – ver ficha técnica.
Célio começou a
temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos,
entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora
de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra
times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco
2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora
boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse
conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que
deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians
-, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos
da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.
Por
ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito
abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11
jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando
11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final,
subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com sete pontos, em
sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols
e deixou pasar 11 gols.
Durante
a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era
fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo,
abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais
cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado
pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais
nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei
a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia
que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No
entanto, ao
deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio
Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio
Francisco Vasques-1964; I Torneio Internacional IV Centenário do
Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São
Paulo-1966.
17
ILUMINADO
Célio
foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da
Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando
os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e
aos nove da etapa final.
O jogo rolou em noite festiva, com a a
Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio
Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão
mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na
capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha
poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil
para se chegar ao local da partida
Antes daquele clássico carioca em que
Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em
Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo
aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o
Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de
Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo
(empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta
recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x
- 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 –
1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além
daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por
1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes
No jogo em Brasília,
Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54,
em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel
(Gama), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo
Menezes; William, Picolé (Zezinho), Célio e Tião (Ronildo).
18 - DO
OUTRO LADO DO BALCÃO
Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no
Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331
pagantes, Célio enfrentou a Turma
da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de
Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas,
Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero;
Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente
que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e
Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini,
Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos
16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da
Silva, o Zizinho, era o trinador.
Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama
levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo
contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato
Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de
Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado,
contra a Lusa do Canindé
(apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve
24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira
Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas
de 1989.
A partir de 1967, quando foi viver
Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas
e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça
Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela
competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos
nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em
sua homenagem. Quem diria: o matador
virou tango! Com esta letra e a foto da partitura: COLOCAR
AQUI A PARTITURA
Onze meninos entram em
campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente...
Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os
jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com
louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua
ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do
Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os
onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas
ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São
campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o
entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A
grande bandeira flamejante está.
Pra merecer tango da torcida de
tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago
Grazzi, Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de
Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2);
Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de
Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2);
Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4);
DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2);
Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg
(2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2);
Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2);
Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1);
Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4);
Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1);
River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1);
Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2);
Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc
(1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de
Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).
19 - REPATRIADO
Em
1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e
parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário,
de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”,
segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi
tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas,
na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo,
de João Pessoa.
Gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando
quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as
suas partidas e gols da temporada -1966:
09.01.1966 - Vasco 2 x 0
Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador.
Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino),
Célio (Benê) e Zezinho.
11.01.1966 – Vasco
0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público:
40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS:
ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador
Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e
Danilo Menezes.
18.01.1966 - Vasco 0x 3
Chivas Guadalajara-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio:
da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael
Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Tião.
23.01.1966 - Vasco 0 x 2
Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco:
Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes
(Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes
fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação
como ponta-esquerda.
27.01.1966 – 2 x 2
Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho
Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Acelino, Célio e Danilo Menezes.
03.03.1966 - Vasco
0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México.
Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di
Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e
Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil,
pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.
06.02.1966 – Vasco 2 x 0
Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA. Juiz:
Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo.
Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico
(Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante
porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo
Menezes foram expulsos de campo.
26.02.1966 – Vasco 1 x 0
Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694.
Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º
tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico
(Rubilotas) e Tião (Zezinho).
02.03.1966 – Vasco 3 x 0
Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos
23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho
Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro
Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time
corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio
Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador
Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio
foi considerado o principal nome da noite.
05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358.
520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião
(Altamiro Capixaba).
09.03.1966 – Vasco 1 x 0
São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel
Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e
Tião.
13.03.1966 – Vasco 1 x 2
Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min
do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e
Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho),
Célio, Lorico (Picolé) e Tião.
17.03.1966 – Vasco
1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho,
aos 22 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito,
Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé),
Célio, Lorico (Zezinho) e Tião.
20.03.1966 – Vasco 2 x 5
Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16
do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.
24.03.1966 – Vasco 1 x 0
Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ.
Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$
13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico);
Zezinh, Célio, Picolé e Tião.
27.03.1966 – Vasco 0 x 3
Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário
Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho
(Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.
31.03.1966 – Vasco 2 x 1
Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio
Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e
aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício
(Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo
Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS:
o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a
mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito
dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito
Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto,
o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.
29.05.1966 – Vasco 1 x 2
Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT. Juiz: Alessandro
D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari,
Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico
e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito
amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua
Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e
Standard-BEL.
02.06.1966 – Vasco 1 x 2
Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz:
Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro
Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado,
Célio, Acelino e Danilo Menezes.
04.06.1966 - Vasco 2 x 3
Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau.
Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e
Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio),
Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico),
Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).
08.06.1966 – Vasco 1 x 1
Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz:
Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos 30 min
do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade;
Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira),
Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes.
15.06.1966 – Vasco 0 x 2
Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des
Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge
Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson
Moreira), Bianchini e Danilo Menezes.
17.06.1966 – Vasco 1 x 1
Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin.
Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º
tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do
treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2
Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta,
porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em
Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de
Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio
marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.
17.07.1966 – Vasco 0 x 0
Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do
Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha;
Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas;
Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na
escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o
meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé
Moreira descansar um pouco.
24.07.1966 – Vasco 1 x 1
Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gol: Danilo Menezes, no 2º tempo.
Vasco: Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo;
2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de
Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento
vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.
18.08.1966 – Vasco 1 x 1
Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de
Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo
Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito,
Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e
escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não
atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo,
respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.
27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo
Menzes.
03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira
e Moraes.
07.09.1966 – Vasco
1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG.
Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão
(Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino),
Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.
18.09.1966 – Vasco 3 x 1
Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos
4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado,
Célio, Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não
participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São
Cristóvão.
22.09.1966 – Vasco 3 x 0
Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de
Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e
Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
25.09.1966 – Vasco 3 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols:
Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º
tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.
29.09.1966 – Vasco 0 x 1
América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira
de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
16.10.1966 – Vasco 0 x 0
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de
Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson
Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado,
Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas
duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10
–Vasco 0 x 0 Flamengo.
19.10.1966 – Vasco 1 x 2
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol:
Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri);
Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,
Madureira e Danilo Menezes.
25.10.1966 – Vasco 1 x 2
Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata,
aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo
Mata e Zezinho.
30.10.1966 – Vasco 1 x 2
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair
(pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana
e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e
Zezinho. OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.
03.11.1966 – Vasco 1 x 1
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo
Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata,
aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e
Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.
06.11.1966 – Vasco 1 x 2
Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da
Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do
1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair
(Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César
(Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio
Lomanto Júnior.
10.11.1966 – Vasco 0 x 3
América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de
Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco:
Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo
Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este
jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não
comandou mais o time vascaíno.
13.11.1966 – Vasco 1 x 0
Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa,
em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra),
aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari,
Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado,
Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do
Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do
Amparo comandou a equipe.
19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela
Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís
César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por
Célio.
26.11.196 - Vasco 2 x 1
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols:
Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e
Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno
marcado por Célio.
03.12.1966 – Vasco 0 x 3
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson
Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio,
Paulo Mata e Zezinho.
11.12.1966 – Vasco 2 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43
min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas;
Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último
jogo de Célio pelo Vasco da Gama.
TODOS OS JOGOS E
GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA
|
Jogo
|
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição
|
Complemento
|
Gols
|
Total
|
1
|
17-jan-1963
|
5x0
|
Oro (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
2
|
20-jan-1963
|
1x1
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
3
|
31-jan-1963
|
1x1
|
Dukla Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
4
|
03-fev-1963
|
1x1
|
Toluca (MÉXICO)
|
Amistoso
|
|
|
0
|
5
|
10-fev-1963
|
2x0
|
Seleção de El Salvador
|
Amistoso
|
|
|
0
|
6
|
13-fev-1963
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
7
|
16-fev-1963
|
2x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
8
|
21-fev-1963
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
9
|
6-mar-1963
|
0x0
|
Olaria-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
10
|
9-mar-1963
|
1x2
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
11
|
13-mar-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
12
|
17-mar-1963
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
13
|
24-mar-1963
|
1x2
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
14
|
28-mar-1963
|
1x1
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
1
|
15
|
31-mar-1963
|
2x2
|
Universidad Católica (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
2
|
16
|
09-abr-1963
|
3x2
|
Peñarol (URUGUAI)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
3
|
17
|
11-abr-1963
|
3x1
|
Colo-Colo (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
2
|
5
|
18
|
14-abr-1963
|
2x2
|
Universidad de Chile (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
6
|
19
|
27-abr-1963
|
2x3
|
Goytacaz-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
7
|
20
|
05-mai-1963
|
3x0
|
Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)
|
Amistoso
|
|
|
7
|
21
|
09-mai-1963
|
3x0
|
Asante Kotoko (GANA)
|
Amistoso
|
|
1
|
8
|
22
|
12-mai-1963
|
0x0
|
Real Republicans (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
8
|
23
|
25-mai-1963
|
6x0
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
|
8
|
24
|
26-mai-1963
|
3x1
|
Seleção da Nigéria Ocidental
|
Amistoso
|
|
2
|
10
|
25
|
29-mai-1963
|
2x1
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
1
|
11
|
26
|
4-jun-1963
|
4x1
|
Al-Mourada (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
27
|
11-jun-1963
|
0x3
|
Sporting (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
28
|
30-jun-1963
|
4x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
12
|
29
|
7-jul-1963
|
1x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
12
|
30
|
14-jul-1963
|
5x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
14
|
31
|
28-jul-1963
|
1x3
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
15
|
32
|
04-ago-1963
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
16
|
33
|
10-ago-1963
|
1x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
17
|
34
|
24-ago-1963
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
35
|
03-set-1963
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
36
|
06-set-1963
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
18
|
37
|
06-out-1963
|
1x1
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
19
|
38
|
09-out-1963
|
0x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
39
|
20-out-1963
|
0x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
40
|
26-out-1963
|
2x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
21
|
41
|
3-nov-1963
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
22
|
42
|
10-nov-1963
|
4x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
24
|
43
|
15-nov-1963
|
3x4
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
25
|
44
|
22-nov-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
45
|
01-dez-1963
|
2x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
46
|
07-dez-1963
|
1x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
26
|
47
|
14-dez-1963
|
2x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
26
|
48
|
26-jan-1964
|
1x1
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
27
|
49
|
27-fev-1964
|
1x0
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
28
|
50
|
6-mar-1964
|
1x2
|
Guarani (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
28
|
51
|
8-mar-1964
|
1x1
|
Racing (ARGENTINA)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
1
|
29
|
52
|
10-mar-1964
|
1x2
|
Cerro Porteño (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
29
|
53
|
14-mar-1964
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
29
|
54
|
21-mar-1964
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
30
|
55
|
29-mar-1964
|
0x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
30
|
56
|
04-abr-1964
|
3x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
31
|
57
|
12-abr-1964
|
1x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
31
|
58
|
15-abr-1964
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
32
|
59
|
19-abr-1964
|
0x0
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
60
|
23-abr-1964
|
0x0
|
Siderúrgica-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
61
|
26-abr-1964
|
1x0
|
Valeriodoce-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
62
|
01-mai-1964
|
3x2
|
Atlético Paranaense-PR
|
Amistoso
|
|
1
|
33
|
63
|
03-mai-1964
|
1x2
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
64
|
06-mai-1964
|
0x1
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
65
|
09-mai-1964
|
3x3
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
66
|
14-jun-1964
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
34
|
67
|
18-jun-1964
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
34
|
68
|
21-jun-1964
|
2x0
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
34
|
69
|
25-jun-1964
|
3x0
|
Villa Nova-MG
|
Amistoso
|
|
|
34
|
70
|
28-jun-1964
|
0x0
|
América-RJ
|
Torneio Início
|
1x2 pen
|
|
34
|
71
|
4-jul-1964
|
1x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
72
|
12-jul-1964
|
2x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
35
|
73
|
19-jul-1964
|
1x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
36
|
74
|
23-jul-1964
|
1x2
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
36
|
75
|
25-jul-1964
|
0x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
|
36
|
76
|
09-ago-1964
|
3x3
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
37
|
77
|
16-ago-1964
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
78
|
19-ago-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
79
|
23-ago-1964
|
2x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
80
|
27-ago-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
38
|
81
|
30-ago-1964
|
1x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
|
38
|
82
|
01-set-1964
|
1x0
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
1
|
39
|
83
|
06-set-1964
|
2x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
39
|
84
|
13-set-1964
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
40
|
85
|
20-set-1964
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
86
|
27-set-1964
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
42
|
87
|
01-out-1964
|
2x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
43
|
88
|
04-out-1964
|
2x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
89
|
07-out-1964
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
90
|
11-out-1964
|
1x0
|
Paysandu-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
43
|
91
|
14-out-1964
|
3x1
|
Tuna Luso-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
44
|
92
|
17-out-1964
|
3x2
|
Remo-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
45
|
93
|
18-out-1964
|
3x2
|
Robinhood (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
1
|
46
|
94
|
20-out-1964
|
1x1
|
Transvaal (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
|
46
|
95
|
25-out-1964
|
4x2
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
47
|
96
|
31-out-1964
|
4x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
49
|
97
|
7-nov-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
98
|
13-nov-1964
|
5x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
3
|
52
|
99
|
15-nov-1964
|
2x0
|
Porto Alegre-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
53
|
100
|
22-nov-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
54
|
101
|
29-nov-1964
|
3x1
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
102
|
06-dez-1964
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
103
|
12-dez-1964
|
1x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
55
|
104
|
17-jan-1965
|
3x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
57
|
105
|
21-jan-1965
|
4x1
|
Flamengo-RJ
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
59
|
106
|
24-jan-1965
|
1x0
|
Independente-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
60
|
107
|
26-jan-1965
|
4x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
2
|
62
|
108
|
31-jan-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
|
62
|
109
|
04-fev-1965
|
3x1
|
Sport-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
63
|
110
|
07-fev-1965
|
2x0
|
Santa Cruz-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
|
63
|
111
|
10-fev-1965
|
1x1
|
Náutico-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
64
|
112
|
14-fev-1965
|
1x3
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
113
|
20-fev-1965
|
2x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
114
|
7-mar-1965
|
1x4
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
65
|
115
|
14-mar-1965
|
0x1
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
65
|
116
|
17-mar-1965
|
2x0
|
Remo-PA
|
Amistoso
|
|
|
65
|
117
|
24-mar-1965
|
4x2
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
66
|
118
|
04-abr-1965
|
3x0
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
119
|
07-abr-1965
|
2x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
120
|
10-abr-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
121
|
14-abr-1965
|
4x0
|
América-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
68
|
122
|
17-abr-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
123
|
21-abr-1965
|
1x1
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
68
|
124
|
24-abr-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
125
|
02-mai-1965
|
2x3
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
126
|
05-mai-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
69
|
127
|
09-mai-1965
|
1x4
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
70
|
128
|
16-mai-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
129
|
20-mai-1965
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
130
|
14-jul-1965
|
5x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
72
|
131
|
22-jul-1965
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
72
|
132
|
28-jul-1965
|
1x0
|
América-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
73
|
133
|
01-ago-1965
|
4x0
|
Tupi-MG
|
Amistoso
|
|
3
|
76
|
134
|
07-ago-1965
|
3x1
|
Bangu-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
135
|
11-ago-1965
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
136
|
21-ago-1965
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
78
|
137
|
25-ago-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
79
|
138
|
05-set-1965
|
2x0
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
79
|
139
|
19-set-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
80
|
140
|
02-out-1965
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
141
|
09-out-1965
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
142
|
17-out-1965
|
2x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
82
|
143
|
24-out-1965
|
0x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
82
|
144
|
30-out-1965
|
4x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
83
|
145
|
3-nov-1965
|
2x2
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
2
|
85
|
146
|
7-nov-1965
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
86
|
147
|
10-nov-1965
|
1x0
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
|
86
|
148
|
14-nov-1965
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
87
|
149
|
20-nov-1965
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
150
|
28-nov-1965
|
0x1
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
151
|
01-dez-1965
|
1x5
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
1
|
88
|
152
|
08-dez-1965
|
0x1
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
|
88
|
153
|
12-dez-1965
|
5x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
89
|
154
|
15-dez-1965
|
2x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
89
|
155
|
9-jan-1966
|
2x0
|
Universidad (EL SALVADOR)
|
Amistoso
|
|
2
|
91
|
156
|
11-jan-1966
|
0x0
|
América (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
157
|
18-jan-1966
|
0x3
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
158
|
23-jan-1966
|
0x2
|
Atlas (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
159
|
27-jan-1966
|
2x2
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
1
|
92
|
160
|
03-fev-1966
|
0x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
92
|
161
|
06-fev-1966
|
2x1
|
Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)
|
Amistoso
|
|
1
|
93
|
162
|
26-fev-1966
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
93
|
163
|
2-mar-1966
|
3x0
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
95
|
164
|
5-mar-1966
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
96
|
165
|
9-mar-1966
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
97
|
166
|
13-mar-1966
|
1x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
98
|
167
|
17-mar-1966
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
98
|
168
|
20-mar-1966
|
2x5
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
99
|
169
|
24-mar-1966
|
1x0
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
170
|
27-mar-1966
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
171
|
31-mar-1966
|
2x1
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
2
|
101
|
172
|
29-mai-1966
|
1x2
|
Napoli (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
|
101
|
173
|
2-jun-1966
|
1x2
|
Arezzo (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
102
|
174
|
4-jun-1966
|
2x3
|
Bordeaux (FRANÇA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
175
|
8-jun-1966
|
1x1
|
Barcelona (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
176
|
15-jun-1966
|
0x2
|
Anderlecht (BÉLGICA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
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102
|
177
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17-jun-1966
|
1x1
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Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional de Paris
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1
|
103
|
178
|
17-jul-1966
|
0x0
|
Royal-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
179
|
24-jul-1966
|
1x1
|
Seleção de Novos de Vitória da
Conquista-BA
|
Amistoso
|
|
|
103
|
180
|
18-ago-1966
|
1x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
181
|
27-ago-1966
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
182
|
03-set-1966
|
0x3
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
183
|
07-set-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
184
|
18-set-1966
|
3x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
103
|
185
|
22-set-1966
|
3x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
104
|
186
|
25-set-1966
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
105
|
187
|
29-set-1966
|
0x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
188
|
16-out-1966
|
0x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
189
|
19-out-1966
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
190
|
25-out-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
191
|
30-out-1966
|
1x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
192
|
3-nov-1966
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
193
|
6-nov-1966
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
105
|
194
|
10-nov-1966
|
0x3
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
195
|
13-nov-1966
|
1x0
|
Fluminense-BA
|
Amistoso
|
|
|
105
|
196
|
19-nov-1966
|
0x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
197
|
26-nov-1966
|
2x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
106
|
198
|
03-dez-1966
|
0x3
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
199
|
11-dez-1966
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
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106
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AGRADECIMENTOS
Aos
amigos Carlos Molinari, Gustavo
Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita
(organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore,
Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e
gols marcados por Saulzinho e Célio.
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Nascido em
Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020. Entre
1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.
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APRESENTAÇÃO
O
gaúcho Saulzinho e o paulista Célio formaram a maior dupla atacante
do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se
jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas.
Assim, a pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na
conta do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do
México-1963, quando conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia conseguido depois do
SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice estadual, em 1961,
junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos critérios de desempate
técnico.
Para
reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília
até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a
paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns
jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não
foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só
se for do Pelé!
Gustavo Mariani
1
O GAROTO DOS PAMPAS
Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno
com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante
de feras, como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet,
Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato
Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador,
por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que
cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.
Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé,
rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso
incomum. Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se
com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma
temporada para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que,
futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo
Saul Santos, o Saulzinho,
ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o
defensor Saul Mujica. Garoto peleador
(brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para
os zagueiros da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954,
vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o
qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em
seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre,
marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol
Clube roubou-o do rival, tornando-o um índio, como
jogador do clube alvirrubro era chamado.
Foto do álbum de
famíia
Valera
muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da bola jogada pelo garoto durante a decisão do
Campeonato Municipal Bageense de 1956. Marcou o único gol de uma das duas
partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos
zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4
x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o
a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não
ficou com o caneco da Liga.
Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o
Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só
restavam Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por
colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores
quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”.
Sulzinho começou a
tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e
Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel
(patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de
1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre time fortíssimo para os padrões do então
futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador
colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por
Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e
Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo
Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany
alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo
Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.
Tempos depois, já era Martim
Francisco o treinador do Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada
recomendável para um centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital
gaúcha. E pediu a contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De
cara, o presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não
se interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos".
Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao
treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com
o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê,
preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José
Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros,
de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros,
de gratificação, do Guarany.
Até fevereiro de 1966,
Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas
estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou
três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm)
zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou
muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias
Metropolitana.
Garoto interiorano no meio
de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente
dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para
São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os
seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do
que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a
vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se,
com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não
repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro?
Saulzinho enturmou-se,
rápido, com a Turma da Colina, vendo o quanto a concorrência
pela camisa 9 seria difícil, ainda mais devido a saudade da
torcida vascaína pelo artilheiro pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto,
negociado com o Atlético de Madrid, deixando em sua história no barco do Almirante 191
gols, entre 1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga
de titular, pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também,
naquele lance.
2
O GUARANY
Fundado, em 19 de
abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por
João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel,
Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio
Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus
títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no
entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de
equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar,
sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada
estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da
Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol
dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado,
em 2008. Vejamos algumas histórias do clube:
Guarany-1960,
da esquerda para a direita, em pé: Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e
Augusto; agachados, na mesma ordem: Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e
João Borges, reproduzidos de saulzinho70.blogspot.com.br
1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o
meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do
Botafogo, e o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do
Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também,
as Copas de 1986 e de 1990.
2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129
gols) e Picão (125). Saulzinho calcula ter feito
cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter
batido o recorde de Max.
3 - Em
1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e
4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha;
Carlos Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).
4 - Campeões
estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e
Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o
campeão, vencendo, por 1x 0 (duas
vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de
empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga,
Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho,
Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz
Silva e Juca.
5 – Ao
deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960, Saulzinho voltou a
jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois
clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo,
marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada,
ainda rolava a pelota.
3
CRUZMALTINO
O
Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o
Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no
Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians, no paulistano
Pacaembu. No dia 10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0
Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o
Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca
Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1
River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um
Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio
Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27
de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por
fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x
0.
De volta ao Brasil,
a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no
Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo,
empatando, por 2 x 2, diante de
122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes
- renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do
Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram
vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado
(contra), aos 7, e Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram
na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado
(Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará,
Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam:
Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin;
Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).
Quando Saulzinho desembarcou em São
Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele
nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi nos 3 x 1
América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre
o 5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.
O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa
vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no
decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0
Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular,
em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de
amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa
Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:
16.04.1961 (domingo) –
Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1
milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos
do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel;
Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e
Pinga. Técnico: Martim Francisco.
22.04.1961 (sábado) – Vasco
da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São
Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo
(contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício),
Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho,
Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
01.05.1961 (segunda-feira)
- Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha
do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e
renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos
do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim
Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo
(Edílson); Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti
(Saulzinho) e Pinga.
05.05.1961 (sexta-feira) -
Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais
chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350
cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar,
construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do
2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e
Pinga.
4
PRIMEIRA EXCURSÃO
O primeiro
grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos
citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e 3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da
Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de
Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2
x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as
fichas técnicas:
07.05.1961 - Vasco da Gama
0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em
Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício,
Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha,
Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).
10.05.1961
- Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova
arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos
3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e
Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha)
e Pinga.
Tinha, portanto, Saulzinho
atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0
Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x
2 Uberaba - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre
maio e julho daquele 1961, atuando em estádios europeus e africanos,
pelas formações abaixo comandadas pelo treinador Martim Francisco.
Confira:
27.05.1961 – Vasco da Gama
2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público.
9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto,
aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida,
Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho
e Pinga.
30.05.1961 – Vasco da Gama 3
x 2 Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE.
Público: 25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43 min
do 1º tempo e aos 16 do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida,
Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho
e Pinga.
01.06.1961 – Vasco da Gama 11
x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR.
Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho,
aos 25 e aos 35 min do 1º tempo; Sabará,
aos 5 e aos 8; Saulzinho, aos 18, Roberto
Pinto, aos 25, e Laerte, aos 30 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito),
Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).
04.06.1961 – Vasco da Gama
10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000.
Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho,
aos 45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10;
Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos 22, e Saulzinho (pen),
aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida,
Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto
(Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.
06.06.1961 – Vasco da Gama 2
x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e
Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga.
11.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN.
Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga,
aos 35, e Saulzinho, aos 43 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio
e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga.
14.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 1 Combinado IFK/AIK-SUE. Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga,
aos 16; Lorico, aos 20; e Saulzinho, aos 44 min
do 1ºT; Lorico, aos 27 min do 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Pinga e Da Silva.
18.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10;
Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto;
Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga.
21.06.1961 – Vasco da Gama 8
x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841.
Gols: Roberto Pinto, aos 4; Lorico, aos 7 e aos
33; Roberto Pinto, aos 42 min do 1º tempo; Saulzinho,
aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos 28, e Lorico, aos 33 min
do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e
Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.
27.06.1961 – Vasco da Gama 1
x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE.
Gol: Roberto Pinto, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:
Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.
Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão,
respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na
Alemanha; 29.06
– Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco
0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos: Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3);
Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco 4 x 1 Frem/DIN (2);
Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8
x 1 Bodens-SUE (1).
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão
internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se
figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145,
de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e
fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim
de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim
para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente
oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou
profissional. Não acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado
bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua
aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus
grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino,
por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela
matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também,
queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de
jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos
lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida
do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem,
apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia
muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me
o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não
sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer
Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente
por "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os
jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de
ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos
jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos
do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase
todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o
zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de
carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas
cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando
o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando
os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de
São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni
Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton
Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº
122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa
nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense
Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo
voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou
sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se
improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso.
A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um
"novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um
caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se
Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o
vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o
Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o
cara ideal para o comando do ataque.
Em seu período cruzmaltino,
Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa
física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo
(América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci
e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos
(Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo
(Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava
quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão
internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se
figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145,
de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e
fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim
de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim
para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente
oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou
profissional. Não acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado
bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua
aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos
seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio
cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou
pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também,
queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de
jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos
lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida
do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem,
apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia
muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me
o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não
sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que
vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser
comemorado", principalmente por "receber
elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de
ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos
jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos
do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase
todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o
zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de
carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas
cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando
o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando
os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de
São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni
Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton
Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº
122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa
nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense
Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo
voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou
sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se
improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso.
A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um
"novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um
caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou
chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a
raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio
Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto
como o cara ideal para o comando do ataque.
Em seu período cruzmaltino,
Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa
física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo
(América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci
e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos
(Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians),
entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse
pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
7
TEMPORADA-1962
O treinador Paulo Amaral começou
a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em
setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol
pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em
um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de
Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense,
Maracanã.
Encerrada a série amistosa, a
rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição
do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os
organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou
jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1)
e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América
(14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo
(25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma
da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos
amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o
Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou
cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete
tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois
empates e 43 gols (oito contra).
Um dos amistosos do giro foi no 21 de
abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a
data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro
da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior
craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a
camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao
barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43
minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar
Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira,
alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio
(Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da
Silva.
Depois daquele amistoso, o time
vascaíno foi à Goiânia golear o Vila Nova, por 4 x 1, no 1º de maio, com Saulzinho
visitando a rede, aos 25 minutos da etapa inicial. Em Uberlândia-MG, cinco dias
depois, nos 5 x 0 Uberelândia, ele fez mais um, aos 24 do primeiro tempo.
Seguindo para o Sul, mais um, em 10 de maio, nos 3 x 1 Grêmio, de Maringá-PR,
no estádio Willie Davids. Do Paraná, o time rumou para o estádio do Canindé, em
São Paulo, onde mandou 2 x 1 Portuguesa de Desportos. Houve, ainda, dois
amistosos fora de casa - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG, em Santa Luzia, com
Saulzinho na rede; um outro 3 x 1, contra o Atlético-MG, e mais dois, em
São Januário, escrevendo 2 x 0 Juventus-SP e 0 x 0 Guarani, de Campinas-SP. APRESENTAÇÃO
O
gaúcho Saulzinho e o paulista Célio formaram a maior dupla atacante
do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se
jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas.
Assim, a pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na
conta do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do
México-1963, quando conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia conseguido depois do
SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice estadual, em 1961,
junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos critérios de desempate
técnico.
Para
reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília
até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a
paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns
jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não
foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só
se for do Pelé!
Gustavo Mariani
1
O GAROTO DOS PAMPAS
Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno
com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante
de feras, como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet,
Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato
Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador,
por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que
cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.
Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé,
rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso
incomum. Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se
com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma
temporada para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que,
futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo
Saul Santos, o Saulzinho,
ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o
defensor Saul Mujica. Garoto peleador
(brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para
os zagueiros da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954,
vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o
qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em
seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre,
marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol
Clube roubou-o do rival, tornando-o um índio, como
jogador do clube alvirrubro era chamado.
Foto do álbum de
famíia
Valera
muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da bola jogada pelo garoto durante a decisão do
Campeonato Municipal Bageense de 1956. Marcou o único gol de uma das duas
partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos
zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4
x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o
a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não
ficou com o caneco da Liga.
Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o
Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só
restavam Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por
colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores
quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”.
Sulzinho começou a
tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e
Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel
(patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de
1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre time fortíssimo para os padrões do então
futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador
colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por
Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e
Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo
Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany
alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo
Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.
Tempos depois, já era Martim
Francisco o treinador do Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada
recomendável para um centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital
gaúcha. E pediu a contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De
cara, o presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não
se interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos".
Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao
treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com
o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê,
preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José
Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros,
de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros,
de gratificação, do Guarany.
Até fevereiro de 1966,
Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas
estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou
três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm)
zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou
muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias
Metropolitana.
Garoto interiorano no meio
de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente
dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para
São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os
seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do
que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a
vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se,
com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não
repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro?
Saulzinho enturmou-se,
rápido, com a Turma da Colina, vendo o quanto a concorrência
pela camisa 9 seria difícil, ainda mais devido a saudade da
torcida vascaína pelo artilheiro pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto,
negociado com o Atlético de Madrid, deixando em sua história no barco do Almirante 191
gols, entre 1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga
de titular, pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também,
naquele lance.
2
O GUARANY
Fundado, em 19 de
abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por
João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel,
Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio
Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus
títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no
entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de
equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar,
sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada
estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da
Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol
dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado,
em 2008. Vejamos algumas histórias do clube:
Guarany-1960,
da esquerda para a direita, em pé: Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e
Augusto; agachados, na mesma ordem: Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e
João Borges, reproduzidos de saulzinho70.blogspot.com.br
1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o
meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do
Botafogo, e o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do
Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também,
as Copas de 1986 e de 1990.
2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129
gols) e Picão (125). Saulzinho calcula ter feito
cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter
batido o recorde de Max.
3 - Em
1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e
4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha;
Carlos Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).
4 - Campeões
estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e
Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o
campeão, vencendo, por 1x 0 (duas
vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de
empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga,
Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho,
Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz
Silva e Juca.
5 – Ao
deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960, Saulzinho voltou a
jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois
clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo,
marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada,
ainda rolava a pelota.
3
CRUZMALTINO
O
Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o
Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no
Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians, no paulistano
Pacaembu. No dia 10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0
Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o
Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca
Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1
River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um
Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio
Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27
de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por
fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x
0.
De volta ao Brasil,
a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no
Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo,
empatando, por 2 x 2, diante de
122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes
- renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do
Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram
vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado
(contra), aos 7, e Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram
na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado
(Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará,
Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam:
Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin;
Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).
Quando Saulzinho desembarcou em São
Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele
nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi nos 3 x 1
América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre
o 5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.
O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa
vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no
decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0
Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular,
em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de
amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa
Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:
16.04.1961 (domingo) –
Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1
milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos
do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel;
Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e
Pinga. Técnico: Martim Francisco.
22.04.1961 (sábado) – Vasco
da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São
Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo
(contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício),
Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho,
Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
01.05.1961 (segunda-feira)
- Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha
do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e
renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos
do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim
Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo
(Edílson); Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti
(Saulzinho) e Pinga.
05.05.1961 (sexta-feira) -
Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais
chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350
cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar,
construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do
2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e
Pinga.
4
PRIMEIRA EXCURSÃO
O primeiro
grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos
citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e 3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da
Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de
Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2
x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as
fichas técnicas:
07.05.1961 - Vasco da Gama
0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em
Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício,
Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha,
Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).
10.05.1961
- Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova
arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos
3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e
Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha)
e Pinga.
Tinha, portanto, Saulzinho
atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0
Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x
2 Uberaba - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre
maio e julho daquele 1961, atuando em estádios europeus e africanos,
pelas formações abaixo comandadas pelo treinador Martim Francisco.
Confira:
27.05.1961 – Vasco da Gama
2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público.
9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto,
aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida,
Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho
e Pinga.
30.05.1961 – Vasco da Gama 3
x 2 Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE.
Público: 25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43 min
do 1º tempo e aos 16 do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida,
Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho
e Pinga.
01.06.1961 – Vasco da Gama 11
x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR.
Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho,
aos 25 e aos 35 min do 1º tempo; Sabará,
aos 5 e aos 8; Saulzinho, aos 18, Roberto
Pinto, aos 25, e Laerte, aos 30 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito),
Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).
04.06.1961 – Vasco da Gama
10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000.
Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho,
aos 45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10;
Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos 22, e Saulzinho (pen),
aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida,
Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto
(Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.
06.06.1961 – Vasco da Gama 2
x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e
Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga.
11.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN.
Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga,
aos 35, e Saulzinho, aos 43 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio
e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga.
14.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 1 Combinado IFK/AIK-SUE. Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga,
aos 16; Lorico, aos 20; e Saulzinho, aos 44 min
do 1ºT; Lorico, aos 27 min do 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Pinga e Da Silva.
18.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10;
Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto;
Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga.
21.06.1961 – Vasco da Gama 8
x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841.
Gols: Roberto Pinto, aos 4; Lorico, aos 7 e aos
33; Roberto Pinto, aos 42 min do 1º tempo; Saulzinho,
aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos 28, e Lorico, aos 33 min
do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e
Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.
27.06.1961 – Vasco da Gama 1
x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE.
Gol: Roberto Pinto, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:
Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.
Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão,
respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na
Alemanha; 29.06
– Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco
0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos: Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3);
Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco 4 x 1 Frem/DIN (2);
Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8
x 1 Bodens-SUE (1).
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão
internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se
figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145,
de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e
fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim
de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim
para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente
oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou
profissional. Não acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado
bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua
aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus
grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino,
por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela
matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também,
queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de
jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos
lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida
do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem,
apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia
muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me
o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não
sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer
Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente
por "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os
jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de
ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos
jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos
do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase
todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o
zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de
carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas
cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando
o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando
os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de
São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni
Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton
Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº
122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa
nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense
Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo
voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou
sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se
improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso.
A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um
"novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um
caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se
Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o
vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o
Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o
cara ideal para o comando do ataque.
Em seu período cruzmaltino,
Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa
física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo
(América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci
e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos
(Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo
(Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava
quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
5
O
CRAQUE DA CAPA
Voltado de excursão
internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se
figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145,
de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e
fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim
de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim
para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente
oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou
profissional. Não acham que estou certo?"
Garantia ter encontrado
bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua
aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos
seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio
cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou
pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também,
queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de
jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos
lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida
do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem,
apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia
muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me
o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não
sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que
vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser
comemorado", principalmente por "receber
elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de
ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos
jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos
do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase
todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o
zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de
carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas
cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando
o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando
os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de
São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni
Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton
Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº
122, de 8 de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa
nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense
Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo
voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou
sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se
improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso.
A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um
"novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um
caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou
chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a
raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio
Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto
como o cara ideal para o comando do ataque.
Em seu período cruzmaltino,
Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa
física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo
(América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci
e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos
(Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians),
entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse
pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
7
TEMPORADA-1962
O treinador Paulo Amaral começou
a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em
setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol
pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em
um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de
Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense,
Maracanã.
Encerrada a série amistosa, a
rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição
do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os
organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou
jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1)
e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América
(14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo
(25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma
da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos
amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o
Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou
cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete
tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois
empates e 43 gols (oito contra).
Um dos amistosos do giro foi no 21 de
abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a
data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro
da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior
craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a
camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao
barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43
minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar
Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira,
alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio
(Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da
Silva.
Depois daquele amistoso, o time
vascaíno foi à Goiânia golear o Vila Nova, por 4 x 1, no 1º de maio, com Saulzinho
visitando a rede, aos 25 minutos da etapa inicial. Em Uberlândia-MG, cinco dias
depois, nos 5 x 0 Uberelândia, ele fez mais um, aos 24 do primeiro tempo.
Seguindo para o Sul, mais um, em 10 de maio, nos 3 x 1 Grêmio, de Maringá-PR,
no estádio Willie Davids. Do Paraná, o time rumou para o estádio do Canindé, em
São Paulo, onde mandou 2 x 1 Portuguesa de Desportos. Houve, ainda, dois
amistosos fora de casa - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG, em Santa Luzia, com
Saulzinho na rede; um outro 3 x 1, contra o Atlético-MG, e mais dois, em
São Januário, escrevendo 2 x 0 Juventus-SP e 0 x 0 Guarani, de Campinas-SP. Paulo
Amaral dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de
janeiro a 10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de 21
de abril. Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando do
time ficou, interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo. Ao
final desta nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas partidas:
23.05 - Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06 - 0 x 0
Guarani de Campinas-SP. Indiscutivelmente,
1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a
camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele chegou
à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio Rio-São Paulo –
contra Flamengo (1) e Fluminense (2) - e seis de giro de oito jogos
pelo Nordeste - diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL (1); Moto Clube-MA
(1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os goleiros que foram ao fundo
das redes buscar bolas enviadas por ele defendiam: Bonsucesso (3); Canto do Rio
(4); São Cristóvão (4); América (1); Campo Grande (3); Portuguesa (1); Olaria
(1) e Bangu (1). Para o tchê, o Vasco da
Gama-1962, sobretudo no Campeonato
Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao
menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava
tarimba e cancha. Éramos um time
jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº
224, de 22 de junho de 1963. Mesmo com
as irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962, quando o
jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos do Rio de
Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da temporada
- Troféu Atlas-1962 - Saulzinho foi um dos
reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar nesta
seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense), Mário Tito
(Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos (Flamengo) e
Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco), Amarildo (Botafogo)
e Zagallo (Botafogo). Embora
premiado como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser convocado
para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile, entre 30 de
maio e 17 de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um dos possíveis
parceiros de dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte do grupo que
fora ao Mundial saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do qual ele só
participara de duas partidas. Além dos
citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho
Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor
capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria
aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian
Moreira, natação e Eder Jofre, pugilista.
8 JOGOS DE SAULZINHO 14.01.1962 - Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na
Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho), em Recife, com gol de Saulzinho, aos
21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel;
Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho (Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho.
17.01.1962 - Vasco da Gama 2 x 0
Bahia-BA - amistoso, na Fonte Nova (Estádio Octávio Mangabeira), em Salvador,
com Lorico (2) marcando os gols deste time: Ita; Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Laerte; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega
e Sabará. 21.01.1962 - Vasco da Gama 6 x 0
CRB-AL - amistoso no Estádio da Pajuçara (Severino Gomes Filho), em
Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho, Vevé e Laerte escrevendo no
placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado); Paulinho de Almeida,
Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e Lorico (Roberto
Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará. 24.01.1962 - Vasco da Gama 4 x 0
Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, com redes
visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita; Paulinho de Almeida
(Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho,
Viladônega e Sabará (Ronaldo). 28.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Moto
Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em São Luís do Maranhão, com
gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega. Time: Ita; Paulinho de
Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e Lorico (Roberto Pinto;
Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo). 31.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 1
Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas, em Forteleza, com Saulzinho
marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita; Dario, Bellini, Barbosinha e
Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 25.02.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Flamengo - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com gol marcado por
Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita, Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Villadônega,
Saulzinho (Javan) e Da Silva. 10.03.1962 - Vasco da Gama 4 x 3
Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário, com público de 4.143
pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos do segundo tempo, por
este Vasco: Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo); Nivaldo e Barbosinha;
Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico (Roberto) e Da Silva. 21.04.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana de Andrade, do Núcleo
Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time: Ita; Paulinho de
Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará
(Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 01.05.1962 - Vasco da Gama 4 x 1 Vila
Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida Paranaíba, em Goiânia, com
Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro tempo. Vevé (2) e Loricoa
fizeram os outros nesta vitória com virada
de placar por esta rapaziada: Ita; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga
e Sabará. 06.05.1962 - Vasco da Gama 5 x 0
Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia, com Saulzinho
batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo - Joãozinho, Sabará, Lorico e
Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico (Milton); Joãozinho,
Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará. 10.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 0
Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie Davids, com gols marcados
por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida
(Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laeerte) e Lorico
(Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará. OBS:
última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma da Colina. 13.05.1962 – Vasco da Gama 2 x 1
Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano Estádio do Canindé
(Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas de Sabará e de
Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e
Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e
Sabará. 20.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Santa
Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da mineira Santa Luzia, com virada de placar assinada por Saulzinho,
Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da
Silva. 01.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0
Bonsucesso – Prmeiro turno do Campeoanto
Carioca. Estádio: de São
Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00. Gols: Saulzinho, aos 14
do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32 da mesma etapa. Time:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e
Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
08.07.1962 – Vasco
da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua Teixeira
de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols: Joãozinho, a 1
minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos 14 do 2 º tempo.
Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario;
Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
15.07.1962 – Vasco da Gama 0 x 1
Olaria. Estádio: da Rua Bariri-RJ (Antônio Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$
1,3167.250,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 21.07.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda|: Cr$
1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Vevé e Tiriça. 04.08.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 47.629
pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 12.08.1962 – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio: de
São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 19.08.1962 – Vasco da Gama 4 x 0
Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e Nivaldo: Vasco: Humberto
Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 26.08.1962 – Vasco da Gama 3 x 1 São
Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de Lima, na Rua Figueira de
Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 712.680,00. Gols: Saulzinho, aos 6
min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do 2ºtempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Vevé e Tiriça. 02.09.1962 – Vasco da Gama 2 x 1
América. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$
1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 10 min da
fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 09.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público:
54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26 min do 1º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 16.09.1962 – Vasco da Gama 0 x 2
Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$
9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 21.09.1962 – Vasco da Gama 7 x 0
Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 585.
490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34; Lorico, aos 42 e aos 44 min do
1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e Lorico, 21 do 2º tempo. Vasco:
Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 30.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Bonsucesso – Returno - Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes. Renda: Cr$
1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Vevé e Da Silva. 06.10.1962 – Vasco da Gama 3 x 0
Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 2.686
pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e aos 43, e
Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da
Silva. 14.10.1962 – Vasco da Gama 1 x 3
Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes de Castro. Renda: Cr$
1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Vevé e Da Silva. 21.10.1962 - Vasco da Gama 3 x 2
Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 18.726. Renda:
Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos 31 min do 1º tempo; Lorico, aos
23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726. Vasco: Humberto Torgado,
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 04.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 69.461.
Renda: Cr$ 10.077.210.00.| Gol: Sabará,
aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Humberto Torgado (Ita), Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Coronel, Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Da Silva. 10.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 1
Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: Guálter Gama de Castro.
Renda: Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15; Sabará, aos 19; Maranhão,
aos 25; Da Silva, 39 do 1º tempo e Viladônega, aos 7 min da fase final.
Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 15.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 0
Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Cláudio
Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita (Humberto
Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Villadônega, Saulzinho e Da Silva. 18.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 São
Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Wilson Lopes de Souza.
Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e
Da Silva. 25.11.1962 - Vasco da Gama 2 x 0
América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho.
Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes: Vasco: Ita, Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e
Da Silva. 02.12.1962 - Vasco da Gama 0 x 2
Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 57.393.
Renda: Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Tiriça. 09.12.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 79.181. Renda: Cr$
11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e
Fagundes. 14.12.1962 - Vasco da Gama 3 x 3
Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar Ferreira: Renda: Cr$
196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18); Saulzinho, aos 34 min do 1º
tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo. Vasco: Ita, Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e
Ronaldo. 1 - A partir dos próximos capítulos
as rendas não serão mais divulgadas, porque a moeda brasileira mudou várias
vezes e o leitor precisaria de uma tabela de conversão para mensurar o valor
atual. Só foram separadas etas por terem sido as da melhor temporada vascaína
do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador do time em todos os jogos do
Estadual-RJ.
9
POLIMENTO Embora tenha ido para São Januário a
pedido do treinador Martim Francisco, foi com Jorge Vieira que Saulzinho
conseguiu ser titular absoluto no time vascaíno. “Aprendi muito com os dois”, afirmava, mas creditando ao Jorge os
últimos retoques em seu futebol. “Quando cheguei ao Vasco, ainda não estava
maduro. Tinha que aprender muito”, constatou. Provocado por um repórter sobre
as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do Campeonato Carioca - Revista
do Esporte - Nº 188, de 13 de outubro de 1962 - Saulzinho
via muitas dificuldades para encarar tantas feras e fazia-se
de político gaúcho, plantando não querer que a torcida vascaína esquecesse de
ídolos como Ademir Menezes e Vavá, embora deixando claro querer ficar no
coração dela. “Pretendo marcar muitos gols, para ser lembrado como um dos
que mais fizeram a torcida cruzmaltina vibrar”, deixou claro. Saulzinho colocou todos os
concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962, marcando 18 gols,
contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista Dida; 15 de outro
botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do rubro-negro Henrique
Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu, até então, o
maior bicho de sua carreira, além de prêmios oferecidos por
uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o ponteiro dos
goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde 1950, quando
Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida ao barbante,
como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes. Depois de Saulzinho, o Vasco da Gama só
voltou a liderar a disputa dos goleadores após 16 temporadas, em 1978,
quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes, para o abraço. Os artilheiros
vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929 - Russinho (23 gols); 1931 -
Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé (13); 1947 - Dimas (18); 1949 -
Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes (25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 - Roberto Dinamite (19); 1981 - Roberto
Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte (12); 1986, Romário (20); 1987 - Romário
(16); 1993 - Valdir Bigode (19); 2000 - Romário (19); 2004 -
Valdir Bigode (14); 2012 – Alecasandro (12) e 2014 – Edmilson
(11). No total de gols marcados por várfias competições e amistosos,os
três primeiros são: Roberto Dinamite, 698, em 1.110 jogos; Romário,
322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429 prélios – seguem: Lelé (147); Pinga
(250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca (137) e Chico (127).
10
TEMPORADA 1963 Saulzinho iniciou a temporada-1963
marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na Costa Rica,
amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a disputar o
Torneio Pentagonal Cidade do México, que
valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a
conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge
Vieira. Por
gramados mexicanos, Saulzinho começou escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x 0
América-MEX, na Cidade do México. No dia 17, fez o seu terceiro gol na
excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade do México. Voltou à rede no dia
20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto tento na excursão. Em 31 de janeiro,
em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então Tchecoeslováquia, saiu de campo campeão do
Pentagonal mexicano e começou a formar, com Célio Taveira, a dupla mais
importante de ataque cruzmaltino da década-1960. Após o Pentagonal do México,
Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro, Vasco 1 x
1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time fez mais um
amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San Salvador, mas
ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi ao Chile
ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá fora. Após
a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo Torneio Rio-São
Paulo. Em 13 de fevereiro, Saulzinho
entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o Vasco da
Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma história
interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua turma chegou
a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e Fontana tirando
um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou a
partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta nos 2
x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de
Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos
antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto o
seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse que
o jogo havia terminado empatado (2 x 2)." A primeira bola mandada à rede por
Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de março,
em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto, teve
fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No mais,
foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e
engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes
priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano. No Estadual-1963, a Turma da
Colina começou comandada pelo treinador Jorge Vieira, que
prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos comandos de
Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de Mário Tilico.
A rapaziada não fez uma boa campanha, terminando em sexto lugar,
com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e
levou 23 gols. Célio foi o principal artilheiro, com 14 gols. Como este havia marcado um, pelo Torneio Rio-São Paulo;
cinco no giro pelo Chile; mais um em amistoso com o Goytacaz-RJ e três entre
Europa/África, estes 10 tentos, somados aos 14 do Estadual-RJ totalizaram 23,
em sua primeira temporada cruzmaltina. Saulzinho aparece só com duas bolas nas
redes, totalizando 19 na temporada. Confira os jogos vascaínos a
temporada:
06.01.1963 - Vasco 4 x 0 Alajuelense. Amistoso, em
Alajuela-CRI, em San José da Costa Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols:
Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e
Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo); Sabará, Lorico, Saulzinho (Vevé)
e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge Vieira. OBS: na véspera desta
partida, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico”, junto à Portuguesa
de Desportos-SP, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP, por Cr$
11.500.000,00, para eles se juntarem ao grupo excursionista. 1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gol:
Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé),
Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento marcado por Saulzinho, de bicicleta,
foi capa de uma revista mexicana e considerado “sensacional” pelos jornalistas
cariocas que cobriam a viagem vascaína. (foto) 17.01.63 – Vasco 5 x 0 El Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México.
Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42
min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel;
Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e
Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão mexicano-1962 marcou a estreia de
Célio no time vascaíno, a partir dos 25 minutos do segundo tempo. 20.01.1963 - Vasco 1 x 1 Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do
México. Estádio: da Cidade Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º
tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo. 31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla de Praga (TCH). Torneio Pentagonal
Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 70.000. Gol: Ronaldo. VASCO:
Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e
Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). 03.02.63 - Vasco 1 x 1 Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio
Diez, em Toluca-MEX. Gol: Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e
Ronaldo. 10.02.1963 – Vasco 2 x 0 Seleção de El Salvador. Amistoso, em San
Salvador. Gols: Écio, aos 14, e Mário Tilico, aos 25 min do 2º
tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e
Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário Tilico. 13.02.1963 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 18.485. Renda: Cr$
3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito,
Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega (Célio),
Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico). 16.02.1963 - Vasco 2 x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Stefan Walter Glanz. Público: 29.200. Renda:
Cr$ 9.652.000,00. Gols: Ronaldo, aos 32 min do 1º tempo; Sabará, aos 12, e
Pelé, aos 42 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Dario,
Maranhão, Barbosinha (Fontana), Sabará, Viladônega, Saulzinho, Lorico
(Fagundes) e Ronaldo - Santos: Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo,
Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe. 21.02.1963 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 30.539. Renda: Cr$: 6.836.249,00.
Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado: Joel
Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega
(Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico). 06.03.1963 – Vasco 0 x 0 Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito,
Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio e
Ronaldo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 18 min do 2º tempo. 09.03.1963 – Vasco 1 x 2 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 13.444. Renda:
Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do 2º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e Dario; Écio e Lorico;
Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo: OBS: expulso de campo na
partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não havia suspensão
automática. 13.03.1963 - Vasco 1 x 1 Botafogo. Torneio Rio-São
Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 4.106.444,00.
Gol: Sabará. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana)e Dario;
Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará (Ronaldo), Saulzinho, Célio e
Mario Tilico. 17.03.1963 - Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00.
Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito,
Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho,
Célio, (Viladônega) e Ronaldo. 24.03.1963 – Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São
Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ .
1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará,
Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes). 28.03.1963 – Vasco 1 x 1 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol:
Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito,
Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Vevé
(Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 - neste jogo o Vasco encerrou a
sua participação na competição interestadual, tendo Saulzinho ficado de fora
das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo (21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04); Vasco 1
x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos (24.04) e Vasco 1
x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só não enfrentou o Santos (16.02). 31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio
Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile.
Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, a
1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico: Jorge
Vieira. 09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional do
Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI. Carlos
Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3, e Joãozinho, aos 14 e aos 20 min do
2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario;
Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS: primeiro
pênalti vascaíno batido por Célio. 11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo Colo-CHI. Torneio Internacional do
Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI.
Gols: Célio (2), um em cada tempo, e Saulzinho, na etapa final. Vasco:
Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho,
Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico. 14.04.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad do Chile. Torneio
Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago. Juiz: Carlos
Robles-CHI. Gols: Joãozinho, aos 41 min
do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Joel
Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Célio,
Saulzinho e Mário Tilico. 27.04.1963 – Vasco 2 x 3 Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de
Oliveira e Sousa, em Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols:
Ronaldo, aos 22, e Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado
(Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e
Lorico; Sabará, Rodarte (Viladônega), Célio e Ronaldo. 05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade d´Abidjan- Amistoso. Estádio: Felix
Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do Marfim. Público: cerca de 17.000.
Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º tempo, e aos 35 da etapa final.
Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario;
Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo. 09.05.1963 – Vasco 3 x 0 Kotoco. Amistoso, em Kumasi, em Gana.
Público: cerca de 20.000. Gols: Célio, Lorico e Fagundes. Vasco: Humberto
Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará,
Saulzinho, Célio e Fagundes. 12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real Republikans. Amistoso, no Estádio
Nacional Accra, em Gana. Público: cerca de 30 mil. Juiz: Frank Mils. Vasco:
Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão
(Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo. 25.05.1963 – Vasco 6 x 0 Seleção da Nigéria. Amistoso, no Estádio
George, em Lagos, na Nigéria. Gols: Saulzinho (4), Célio e Lorico. Time: Ita,
Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Fagundes;
Joãozinho, Saulzinho, Célio e Ronaldo 26.05.1963 – Vasco 3 x 1 Seleção West África. Amistoso, no Liberty
Stadium, em Ikadan, na Nigéria. Gols: Célio (2) e Sabará. Vasco: Humberto
Torgado, Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Célio,
Fagundes e Ronaldo. 29.05.1963 – Vasco 2 x 1 Seleção da Nigéria Ocidental. Amistoso, no
estádio de Lagos, na Nigéria. Gols: Fagundes e Célio: Vasco: Ita,
Joel Felicio, Brito (Russo), Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará,
Fagundes, Célio e Ronaldo. 04.06.1963 – Vasco 4 x 2 Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no
Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Russo (Barbosinha) e Fontana (Dario); Écio e Lorico (Maranhão);
Joãozinho, Célio (Sabará), Fagundes e Ronaldo. 07.06.1963 – Vasco 1 x 2 El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no Sudão,
com gol de Lorico, no 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; João, Sabará, Fagundes (Saulzinho) e Ronaldo.
09.06.1963 – Vasco 1 x 1 Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no
Sudão, com gol vascaíno por Sulzinho. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e
Ronaldo (Fagundes). OBS: 1 – Saulznho contava ter o treinador Jorge Vieira dirigido o
time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só no primeiro tempo, segundo ele, por ter
se desentendido com os cartolas, tendo o veterano lateral-direito Paulinho de
Almeida, que ainda era atleta, comandado a rapaziada durante a etapa final, e
devolvido o posto, no jogo seguinte, contra o português Sporting; 2 - Saulzinho
alegava ter marcado quatro gols e, ainda, tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963,
Vasco 6 x 0 Nigéria. Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação.
A bola quicou dentro do gol e voltou para o meio da área,
em um lance limpo, sem qualquer impedimento, nenhum problema. Incluive, a
torcida aplaudiu”. 11.06.1963 –Vasco 0 x 3 Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José
Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de Feitas. Vasco: Humberto Torgado:
Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio
(Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio (Joãozinh) e Ronaoldo. 13.06.1963 – Vasco 2 x 0 Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La
Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos 10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º
tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Fontana; Maranhão e Lorico
(Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Écio). 16.06.1963 – Vasco 2 x 3 Mônaco. Troféu Teresa Herrera.
Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz: Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca de
26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo. Vasco:
Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Sabará,
Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). 19.06.1963 – Vasco 3 x 2 Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix, em
Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez. Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos 35 e
aos 40 min, todos no 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida,
Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Joãozinho (Lorico); Sabará, Saulzinho,
Fagundes e
Ronaldo. 22.06.1963 – Vasco 0 x 1 Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio: Sarriá,
em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Joãozinho; Sabará, Saulzinho
(Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia seguinte, rolaria o Torneio
Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o Vasco escalou time reserva e
foi eliminado no primeiro jogo. 30.06.1963 - Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto;
Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo, e Sabará, aos 31 da mesma fase
final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS: o gol de Célio é um dos mais rápidos da
história do futebol vascaíno. Ele voltava a time após quatro partidas de fora. 07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca.
Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gol: Sabará. Detalhe:
Joel Felício marcou gol-contra.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico. 14.07.1963 - Vasco 5 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca.
Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Maurinho, aos
7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º tempo, e Célio, aos 18 e aos 27 da
etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e
Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo da
ponta-direita da Seleção Brasileira da estreia de Pelé, em 1957. 28.07.1963 – Vasco 1 x 3 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 63.168. Renda: Cr$
17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e
Maurinho. 04.08.1963 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos 25,
e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio e
Mário Tilico. 10.08.1963 – Vasco 1 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio:
arcana-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e
Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Maurinho. 18.08.1963 – Vasco 1 x 1 Madureira. Estádio: Conselheiro
Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico;
Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS: por o atleta Jalmir,
do Madureira, estar inscrito, também, na Federação Fluminense de Futebol, o
jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Carioca de
Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no dia 25 de setembro, quando
os vascaínos mandaram 2 x 1. 24.08.1963 - Vasco 0 x 0 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550. Renda: Cr$ 21.448,760,00.
Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha, Dario, Écio, Lorico,
Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará. 03.09.1963 - Vasco 0 x 2 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Claudio Magalhães. Renda: Cr$ 5.326.688,00. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito e Dario; Ecio e Barbosinha; Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e
Sabará. 06.09.1963 - Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ.
Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico, aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos
20, e Célio, aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Maurinho. 08.09.1963 – Vasco 0 x 1 Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte
Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo
Cunha), Paulinho de Almeida (Joel Felício), Fontana Russo e Juraci
(Barbosinha); Maranhão e Milton; Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho
(Odmar). OBS: Sulzinho e Célio não entram nesta escalação porque o
treinador Jorge Vieira usou vários reservas. 15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca.
Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Sabará e Maurinho. OBS:
1 – o placar derrubou o treinador Jorge Vieira, substituído por Oto Glória, até
10 de novembro. Depois, este passou o cargo a Eduardo Pelegrini, que ficou,
de 15 de novembro e 14 de dezembro; 2 - de 8 de setembro até 14 de
dezembro, último prélio do calendário-1963, Saulzinho esteve fora do
time, pelas nove vezes em que Oto Glória o dirigiu, e em mais cinco sob o
comando de Eduardo Pelegrini. Só voltou, em 26 de janeiro de 1964, substituindo
Célio, em partida amistosa – ver ficha técnica da data. 21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. OBS: 1
- início do comando de Oto Glória, sem Saulzinho e Célio, que não atuaram,
também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1 Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x 0
Portuguesa-RJ. 06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio:
de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Gol: Célio, aos 16 min do 1º
tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado: Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé, Lorico, Célio e Mário Tilico. 09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca.
Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão;
Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico. 20.10.1963 – Vasco 0 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.255. Renda: Cr$ 8.664.618,00.
Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Ocimar
e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Milton. 26.10.1963 – Vasco 2 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols:
Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Da Silva. 03.11.1963 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de
São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1 min
do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito. Barbosinha e Pereira;
Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. 10.11.1963 – Vasco 4 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio:
de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da
Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho, aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo
Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 15.11.1963 – Vasco 3 x 4 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.373. Renda: Cr$ 10.506.590,00.
Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico, aos 16 min do 1º tempo, e aos
15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado “Clássico dos
Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo Pelegrini,
substituindo Oto Glória. 22.11.1963 – Vasco 1 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 7.448. Renda: Cr$ 1.725.858,00.
Gol: Mário Tilico, aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Maranhão,
Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS: Maranhão na
ponta-direita? Na verdade, Pelegrini armou o time no esquema tático 4-3-3, com
o apoiador fechando o meio-de-campo e deixando só o Tilico e Célio mais
ofensivos. 01.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio:
da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Milton,
aos 18 do 1º tempo, e Mário Tilico, aos 36 da etapa final.
Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira;
Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São Cristóvão.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José Monteiro.
Gol: Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida,
Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico,
Célio e Ede. 14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu. Campeonato
Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Lorico, aos
14, e Mário Tito (contra), aos 35 min
do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede. OBS:
Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à época não havia
suspensão automática.
11
TEMPORADA-1964 O Vascoco da Gama iniciou a
temporada com dois amistosos, vencendo um e empatando o outro, com times
mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São Paulo, empatando, novamente. A
seguir, levou dois tombos, para se recuperar com uma virada de placar, no
paulistano Pacaembu, a 13 minutos do final da partida em que chegou a ter dois
gols de desvantagem. Após aquele grande resultado, mais um empate e uma
vitória. O time andava muito irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois e
empatou um, Enfim, encerrou a sua participação no torneio interestadual com
apenas duas vitórias, em nove jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14
gols. No Campeonato Carioca, apresentou-se com time forte no papel, mas
ficou devendo no gramado. Terminou em sexto lugar, com 11 vitórias, sete
empates e seis escorregadas. Seu ataque funcionou bem por 44 vezes, enquanto a
defensiva bobeou em 26. Nesses jogos, Eduardo Pelegrino dirigiu a equipe
nos dois primeiros compromissos. O já veterano lateral-direito Paulinho de
Almeida o substituiu nas três partidas seguintes, e passou o cargo para Davi
Ferreira, o Duque. Nos seis primeiros jogos da temporada, Saulzinho
entrou, em quatro oportunidades, no lugar de Célio. Toda a história de 1964
ficou desse jeito: Nesta imagem
reproduzida da Revista do Esporte, vemos, em pé, da esquerda paras
a direita: Ita, Joel Felício, Caxias, Maranhão, Fontana e Barbosinha;
agachados, na mesma ordem: Mário Tilico, Célio, Saulzinho, Lorico e
Zezinho. 26.01.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-MG.
Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro.
Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho
de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva. 27.02.1964 – Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG.
Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Gol: Célio,
aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de Almeida (Joel Felício),
Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão) e Lorico; Joãozinho
(Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da
Silva. 06.03.1964 - Vasco 1 x 2
Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Defensores
del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao Zarate. Gol: Mário Tilico aos
5 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico,
Célio e Da Silva. 08.03.1964 - Vasco 1 x 1
Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Manuel
Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen), aos 4
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro),
Célio (Saulzinho) e Da Silva. 10.03.1964 - Vasco 1 x 2 Cerro
Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio Defensores del
Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol: Mário Tilico, 1
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton (Maurinho), Mário Tllico,
Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS: primeira expulsão de campo de
Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo tempo. 14.03.1964 – Vasco 0 x 0 Fluminense.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Flávio de Magalhães.
Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e Lorico; Milton, Mário Tilico,
Célio (Saulzinho) e Da Silva. 21.04.1964 – Vasco 1 x 3 Flamengo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Teixeira Portela
Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol: Célio (pen), aos 18 min
do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva), Mário Tilico, Célio
e Ramos. OBS: pela primeira vez na temporada, Saulzinho não foi
escalado. 29.03.1954 – Vasco 0 x 2 Santos.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico (Sabará),
Célio e Ramos (Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista. 04.04.1964 – Vasco 3 x 2 Palmeiras –
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Público:
Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e Lorico, aos 44 min do 1º
tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito,
Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Zezinho,
Célio e Sabará (Saulzinho). 12.04.1964 – Vasco 1 x 1 São Paulo.
Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25 min do 1º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico
(Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho, Célio e Sabará. OBS:
segundo jogo da temporada sem Saulzinho no time. 15.04.1964 – Vasco 1 x 0 Botafogo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela.
Público: 18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32 min do 2º tempo.
Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e
Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 - o Botafogo tinha um
dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com Garrincha, Gérson,
Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da temporadas sem Saulzinho
no time vascaíno. 19.04.1964 – Vasco 0 x 0 Atlético-MG.
Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo Sanches. Público: 5.588. Renda:
Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar
(Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio (Altamiro) e Sabará
(Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na temporada. 21.04.1964 – Vasco 2 x 2 Villa Nova-MG.
Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz: Alcebíades Magalhães Dias.
Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos 42 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira (Barbosinha); Milton (Odmar)
e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará (Ramos). OBS: 1 - quinta
ausência de Saulzinho e primeira de Célio na temporada. 23.04.1964 - Vasco 0 x 0
Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz: Elmo
Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e
Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta
ausência de Saulzinho. 26.04.1964 - Vasco 1 x 0 Valério
Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG. Juiz:
Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo
Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico;
Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima ausência de
Saulzinho. 01.05.1964 - Vasco 3 x 2
Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba. Juiz: Kalil
Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo; Célio, aos 6, e Lorico, aos
13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira;
Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho), Zezinho, Célio e Sabará (Da
Silva). OBS: após seis jogos sem atuar, Saulzinho voltou ao time. 03.05.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio
Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol:
Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito,
Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Sabará), Saulzinho,
Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde 06.09.1963 que Saulzinho e Célio
não iniciavam uma partida juntos. 06.05.1964 – Vasco 0 x 1 Corinthians.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Púbico:
2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha (Joel Felício),
Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Altamiro), Saulzinho
(Sabará), Célio e Zezinho. 09.05.1964 – Vasco 3 x 3
Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz:
Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos 41 min do 1º tempo;
Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e Lorico; Joãozinho,
Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho desfalcou o time e
Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por brigar com um
adversário. 14.06.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu.
Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano Segismundo. Gol: Célio,
aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício. Brito, Barbosinha e
Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo), Saulzinho, Célio e Da
Silva (Altamiro). 18.06.1964 – Vasco 2 x 1 Bangu.
Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: Jorge Paes Leme. Gols:
Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10 da etapa complementar.
Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e
Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará (Milton). OBS: os
dois times não disputavam amistosos desde 22 de janeiro de 1944, quando
os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário. Nessa retomada, público pagante
(pp) e renda foram insignificantes, respectivamente, 2.093 (pp) e Cr$
793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780 (pp) e Cr$ 619.500,00, no segundo, o
que demonstrava que o torcedor carioca da época só se interessava por grandes
jogos e competições famosas. 21.06.1964 – Vasco 2 x 0 Rio Branco-ES.
Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: Mauro Guimarães. Gols:
Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 32 da segunda etapa.
Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico;
Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: primeiro gol de Saulzinho,
em 1964. 25.06.1964 – Vasco 3 x 0 Villa Nova-MG.
Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols:
Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e Saulzinho, aos 18 da segunda
etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e
Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton); Zezinho (Joãozinho), Saulzinho
(Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS: 1 – segundo gol de Saulzinho
na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito criticado pela torcida vascaína,
pois o Villa não tinha torcida no Rio de Janeiro, onde só havia jogado (e
perdido para o Almirante) em três longínquas ocasiões: 19 de dezembro de 1953;
em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de 1930. O jogo de 1964 só teve 1.215
pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não cobriu os custos das partida. 28.05.1964 – nesta data, em tarde de
domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes, o Vasco das Gama disputou
o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0 x 0 América e sendo
eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou e o time vascaíno
alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão e Milton; Zezinho,
Saulzinho, Célio e Da Silva. 04.07.1964 – Vasco 1 x 2 América.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter Portela Filho. Público:
15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Massinha, Brito,
Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Da
Silva. 12.07.1964 – Vasco 2 x 2 Campo Grande.
Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols:
Célio, aos 5, e Joãozinho, aos 33 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. OBS: após cinco partidas, a dupla Saulzinho-Célio era
interrompida. 19.07.1964 – Vasco 1 x 1 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público:
16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Zezinho. OBS: Saulzinho continuou de fora. 23.07.1964 – Vasco 1 x 2 Portuguesa-RJ.
Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães.
Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min do 1º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: foi neste
jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os vascaínos eram
os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de novembro de 1958.
Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo: “Não montei na
zebra”. 25.07.1964 – Vasco 0 x 2 Nacional-URU.
Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU. Público: 13.286. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e Pereira; Zé Carlos (Maranhão)
e Lorico; Altamiro, Mário Tilico, Célio (Joãozinho) e Zezinho
(Saulzinho). 09.08.1964 – Vasco 3 x 3 São Cristóvão.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo. Juiz: Gualter Portela
Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos 43 minutos do 1º tempo, e
Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha Fontana,
Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da Portuguesa-RJ e a “pisada
na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que foi substituído pelo
antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não esteve presente nas
duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate cruzmaltino, por 3 x 3, na
temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa de Desportos, pelo Torneio
Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu. 13.08.1964 – Vasco 3 x 0 Porto-POR.
Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 20.914.
Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min do 1º tempo; Saulzinho,
aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase. Vasco: Marcelo Cunha;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Alcir Portela;
Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro) e Da
Silva. OBS: pela primeira vez na temporada, Célio desfalcava o
time. 16.08.1964 – Vasco 3 x 0 Bonsucesso.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz: Joé Monteiro. Público:
6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho, aos 24, todos do 2º
tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da
Silva. 19.08.1964 – Vasco 0 x 2 Botafogo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Federico Lopes. Público:
290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio
e Da Silva. 23.08.1964 - Vasco 2 x 1 Olaria.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público:
3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico, aos 31, ambos do 2º
tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 27.08.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Gol: Célio
(pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Lévis); Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio
e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo Cunha apresentou duas falhas
inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do Amparo, saiu de campo aplaudido
pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a careira naquele momento. Depois
daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia. 30.08.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-GO.
Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Cândido de
Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Alcir); Zezinho,
Mário Tilico (Altamiro), Célio e Ronaldo. 01.09.19674 – Vasco 1 x 0 Atlético-GO.
Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz.
Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis (Miltão); Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio
e Ramos. 06.09.1964 – Vasco 2 x 0 Canto do Rio.
Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols:
Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17 da segunda etapa.
Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira; Maranhão e Lorico;
Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 13.09.1964 – Vasco 1 x 0 Fluminense.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público:
49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Da Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo voltava
a ser escalada. 20.09.1964 –Vasco 0 x 0 Madureira.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles.
Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: esde o
início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O segundo
havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo. 27.09.1964 – Vasco 2 x 0 América.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público:
54.626. Renda: Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen), aos 39 min do 1º tempo e
aos 41 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
a renda foi citada para efeitos históricos e porque o América da época era
“grande” no futebol lcarioa. 01.10.1964 – Vasco 2 x 0 Campo Grande.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols:
Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis); Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de junho de1963, em Vasco 4 x
1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, que Saulzinho e Célio
não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele dia, Célio bateu na rede a 1
minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º tempo. 04.10.1964 – Vasco 2 x 2 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público:
8.407. Gols: Mario Tito (contra) aos
11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não fazia parte
do dos ‘grandes” cariocas. 07.10.1964 – Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e Mário Tilico, aos 11, um em
cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 11.10.1964 – Vasco 1 x 0 Paysandu-PA.
Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Fernando de
Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da partida é chamado por
“Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O homenageado é um
ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico Vasques. 14.10.1964 – Vasco 3 x 1 Tuna Luso-PA.
Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Sena Muniz.
Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais (contra), aos 12, e Zezinho,
aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão); Massinha, Caxias, Fontana (Russo)
e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho). 17.10.1964 – Vasco 3 x 2 Remo-PA.
Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA. Juiz: Antônio
Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º tempo, e
Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel Felício), Caxias,
Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título
cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do
México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em
alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o
Paraguai. O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré. 18 de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2
Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo. Gols: Célio,
Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: o
Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor país sul-americano e que
teve colonização holandesa. 20.10.1964 – Vasco 1 x 1
Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR. Gol: Célio.
Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS: terceira
vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu Célio. 25.10.1964 – Vasco 4 x 2 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e aos 26, e
Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão; Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho. 31.10.1964 – Vasco 4 x 2 Bonsucesso.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols:
Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da etapa final, e Saulzinho,
aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 07.11.1964 –Vasco 0 x 2 Botafogo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público:
43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel Felício, Caxias, Fontana
e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. 13.11.1964 – Vasco 5 x 0 Olaria.
Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: José Teixeira de
Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols: Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5 do 1º
(pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Lévis
(Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 15.11.1964 – Vasco 2 x 0
Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César. Gols: Mário é aos
28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício,
(Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Clemente) e Zezinho (Da
Silva). OBS: em 1964, o adversário vascaíno chamava-se Porto Alegre e
só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987. Duas temporadas depois, trocou de
nome, adotando o de sua cidade. 22.11.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público:
52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 29.11.1964 – Vasco 3 x 1 Canto do
Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Waldemar
Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e Maranhão, aos 41 min, todos
do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Zezinho, Célio e Da Silva. OBS:
após seis escalações sucessivas, o treinador Ely do Amparo separou a dupla
Saulzinho-Célio. 06.12.1964 – Vasco 1 x 1 Fluminense.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho.
Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho, aos 8 min do 2º
tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho. 12.12.1964 – Vasco 1 x 1 Madureira.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35
min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho.
12
TEMPORADA 1965 Nada melhor do que iniciar campanha
carregando um caneco. Fez a dupla Saulzinho-Célio, vencendo o seu primeiro
desafio do calendário-1965, o I Torneio
Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 21 de
janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol Atlético de
Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo. O Almirante
arrancou para o título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de
Célio (2) e de Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões,
durante a noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de
59.814 pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era
vice-campeão carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente
cruzmaltinos que vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé Moreira.
Mas nada daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez
grande final, goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho e
Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida. FOTO Ita, Joel Felício, Brito,
Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Mário Tilico, Saulzinho,
Célio, Lorico e Zezinho (agachados, na mesma ordem|). Após conquistar aquela competição, o
Vasco da Gama saiu para fazer nove amistosos longe de São Januário, os
chamados “me dá um dinheiro aí”, apelidados, também, por “caça-níqueis”.
Em todos, o treinador Zezé Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o
paulista marcado cinco tentos e o gaúcho dois. A seguir, o Torneio Rio-São
Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de Célio
- contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os dois
artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols marcados,
em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na competição teve 10
times divididos em dois grupos regionalizados, em turno único, com prélios
dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e com fase final de oito
equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco da Gama totalizou os
mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa, pelo saldo de gols.
Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16 compromissos. A próxima competição que deveria
ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso acontecer. Naquela temporada em que
tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a Federação Carioca de Futebol criou um
torneio para o campeão ser o seu representante na Taça Brasil, disputada por
campeões regionais e abriando vaga à Taça Libertadores da América. O tchê, no
entanto, não atuou nesta disputa, só voltando a jogar durante a
estreia vascaína no Campeonato Carioca (ver ficha técnica, adiante),
passados 25 dias após o final da Taça GB. Disputada, inicialmente, por seis
times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama, com
americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve,
depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e
botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n
Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas,
a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma,
totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante,
teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6
gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e
Paulistinha (Botafogo/contra) fizeram
a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos recordes de
público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na final. Caneco na prateleira da Colina,
Saulzinho e Célio, depois, foram disputar
o Torneio Início do Campeonato Carioca-1965, no Maracanã, um festival de
futebol antecedendo à primeira rodada do Estadual - jogos de 15 minutos, por
etapa, e final em tempo dobrado. Eles rolaram a bola no 7 de setembro, jornada
de responsabilidades extras para Saulzinho. Escolhido batedor de pênaltis do
time (em caso de empates), ele fez o “dever de casa”, em Vasco 0 x
0 Portuguesa-RJ, transformando-o em Vasco 3 x 0 - o centroavante Benê levou as
glórias da partida seguinte, mas, na terceira, a viagem do Almirante ficou
pelo caminho, sem o Saul em campo. Para encerrar a temporada, o
Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito de ter vencido a I Taça
Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar, a Revista do
Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 - circulou com chamada de
capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time do Vasco”. Para a
semanária, a empolgação dos cartolas pelo título conquistado em setembro fizera
o clube desconsiderar os alertas do treinador Zezé Moreira, para quem o “a
equipe não estava certinha, sem qualquer ponto falho”. Tinha razão o
Seu Zezé. O seu time perdeu, surpreendentemente, muitos pontos e despediu-se da
disputa pela faixa de campeão - grande projeto do presidente Manoel Joaquim
Lopes -, exatamente, por não ouvir o seu treinador. Além disso, a revista pôs
na conta dos insucessos vascaínos a missão de disputar a Taça Brasil, estafando
Saulzinho, Célio e toda a rapaziada por duas frentes de batalhas. Na verdade, a Revista do Esporte exagerava. Após os 2
x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo oficial uma semana
depois (12.09). O terceiro prélio do mês rolou após mais uma
semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro, respectivamente, entrou na
Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x 0) e, depois, decidir a
competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º e 8 de dezembro, quando
Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do Campeonato Carioca, só mesmo 0
x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por surpresa. Os tropeços ante
Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense – 1 x 2 (07.11) – e
Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por terem sido em
clássicos em que a lógica nunca prevalece. Saulzinho e Célio terminaram o Campeonato
Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco somando 15 pontos, de sete vitórias,
um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14 jogos, com
seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro partidas
- contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso (24.10) e
Fluminense (07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com sete gols
– diante de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e Bonsucesso. Já
o gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a classificação de
1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e Madureira à Divisão de
Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação Carioca de Futebol. A Taça Brasil marcou a despedida
de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante do Santos-SP, durante a noite do 1º
de dezembro de 1965, no paulistano Pacaembu, encerrando, também, a parceria
dele com Célio que, por sinal, foi o artilheiro do time naquela disputa, com
três gols, em quatro jogos. Saulzinho não renovou contrato, ao final de 1965,
porque a sua mulher não se dava bem no Rio de Janeiro. Preferiu voltar para
Bagé, onde encerrou a carreira, defendendo, mais uma vez, o Guarany local.
Concluiu a sua história vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando em dois
jogos - outro na semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio dos
Aflitos, em Recife, nos 2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em campo no
decorrer da partida, substituindo Luizinho Goiano. Em sua despedida do Vasco da
Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho Saulzinho comemorou, com um
abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de pênalti, aos 37 minutos do
segundo tempo sobe os santistas, quando o parceiro ainda não sabia que aquele
seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair;
Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano); Zezinho, Saulzinho, Célio e
Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho. Antes daquele prélio, Saulzinho
havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos em amistosos contra o
português Benfica e o piauiense River. O penúltimo, testemunhado por 37.383
pagantes, aos 28 minutos do amistoso, abrindo o placar, em
chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à esquerda do goleiro Costa
Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último gol vascaíno
foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo Monteiro, da
piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e bateu na
rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas técnicas de
1965. Quanto ao duelo Saulzinho x Eusébio,
que era considerado um dos principais atacantes do planeta, aconteceu durante a
efervecentre de badalações dentro do IV Centenario carioca. Todos queriam
homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o Vasco da Gama que, para tal,
convidou o Benfica para um prélio de confraternização dos portugueses com a
colônia luso-brasileira, em 8 de julho de 1965, quando o Maracanã recebeu
38.838 pagantes para o amistoso Vasco x Benfica, base da seleção portuguesa,
com 10 titulares do time que, em 1966, ficaria em terceiro lugar na Copa do
Mundo disputada na Inglaterra. O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em
homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado -
Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José
Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa; do
outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era
festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós - auxiliado por
Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os
capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de lado
a defender e mandou as feras se pegarem. O Benfica começou melhor e assim o
foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos os
setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava. Até os
27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu time. No
minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades da área
fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de pé direito, pelo
alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar. O presidente
vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube vencendo o
bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira, pois os
patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a coisa seria
bem complicada. A farra do Almirante
durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando a pelota foi ao pés de
Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque português bateu na
pelota à meia altura, com muito efeito, iludindo o gaúcho Gainete, concunhado de Saulzinho e
que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver a bola
chutada por Eusébio indo para fora. Para o segundo tempo, os
portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no intervalo, enquanto o
Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e mandar
Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares e, quando
os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas ficou só por
aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto o
anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou.
Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel
Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de Cr$
56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de
cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco
empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho. Confira tudo o que os dois artilheiros
escrevram durante a temporada-1965: 17.01.1965 - Vasco 3 x 2 Seleção da
Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz.
Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00. Gols: Célio (pen),
aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39, da mesma etapa
final. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: 1
- o Muro de Berlim que dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II
Guerra Mundial, só caiu em 1989, quando os orientais deixaram de ser da
República Democrática Alemã; 2 - no segundo semestre de 1965, no mesmo
Maracanã, houve um segundo torneio homenaageando o IV Centário do Rio de
Janeiro, com a participação do Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a
seleção paraguaia. 21.01.1965 - Vasco 4 x 1 Flamengo.
Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques. Público: 59.814. Renda: Cr$
58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos 42 do 1º tempo, e Saulzinho, aos
24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Massinha), Brito,
Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Joãozinho),
Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados
juntos por Saulzinho e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no
México e do Chile-1963 e o paraense Francisco Vasques, em 1964. 24.01.1965 – Vasco 1 x 0
Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz: Adalberto Silva.
Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana
e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho
(Altamiro), Célio (Quincas) e Zezinho. OBS: forte chuva obrigou o
árbitro a encerar o amistoso aos 15 minutos do segundo tempo. 26.01.1965 - Vasco 4 x 1
Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro Ludovico, em
Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14; Célio, aos 22 min
do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase.
Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio
(Da Silva) e Zezinho. 31.01.1965 - Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ.
Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: José
Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho (Joãozinho), Célio,
Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. 04.02.1965 - Vasco 3 x 1 Sport Recife.
Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas de Futebol. Estádio: da
Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: Cr$
2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo; Célio, aos 12,
e Lorico, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito
(Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas);
Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e
Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial do estádio. 07.02.1965 - Vasco 2 x 0 Santa Cruz-PE.
Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha
do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: 6.387.200,00.
Gols: Luizinho Goiano, aos 2 e aos 7 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho. 10.02.1965 - Vasco 1 x 1 Náutico.
Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha
do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes Torres. Renda: Cr$
4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e Lorico, Luizinho Goiano,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto título cruzmaltinado
conquistado por Saulzinho e Célio. 14.02.1965 – Vasco 1 x 3 Corinthians.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Cláudio Magalhães. Público:
33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário Tilico, aos 46 min do 2º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho. 20.02.1965 – Vasco 2 x 1 Fluminense.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho, aos 27 do 1º tempo, e
Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico (Qincas);
Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e
Zezinho. 07.03.1965 – Vasco 1 x 4 Palmeiras.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público:
39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25 min do 2º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Lorico
(Saulzinho), Célio e Zezinho. 14.03.1965 - Vasco 0 x 1
Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo
Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho
Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS:
Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques
brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo. 17.03.1965 - Vasco 2 x 0
Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz: Teodorico Rodrigues.
Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos 43 da etapa final.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio (Mário Tilico)
e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como meia nesta escalação, mas o
treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3, fechando o meio-de-campo, pois
ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o estádio é chamado, também, por
Baenão, por se localizar na Travessa Antônio Baena, da capital paraense.
24.03.1965 – Vasco 4 x2 Botafogo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público:
cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols: Joel Felício, aos 10; Maranhão,
aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e Zezinho, aos 22 da etapa final.
Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho (Da Silva). 04.04.1965 – Vasco 3 x 0 Santos.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico,
aos 37 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. OBS:
uma das maiores vitórias de Saulzinho e Célio, pois o Santos tinha time
fortissimo que chegou a pentacampeão da Taça Brasil. Naquele dia, alinhou:
Laércio; Ismael (Olavo), Joel, Modesto e Geeraldino; Elizeu (Rossi) e
Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), treinado por
Luiz Alonso Perez, o Lula. 07.04.1965 – Vasco 2 x 1 São Paulo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público:
16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21, e Luizinho Goiano,
aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 10.04.1965 – Vasco 0 x 0 Flamengo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho.
Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho (Nivaldo), Saulzinho
(Mário Tilico), Célio e Zezinho. 14.04.1965 – Vasco 4 x 0 América-RJ.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols: Mário Tilico, aos
17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio, aos 24 da etapa inicial e aos 9 min
da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico, Célio
(Nivaldo) e Zezinho (Da Silva). 17.04.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de
Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de
Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 21.04.1965 - Vasco 1 x 1 Rio
Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: José
Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari,
Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão); Joãozinho (Aloísio),
Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva (Walmir). 24.04.1965 – Vasco 1 x 1 Fluminense.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico (Saulzinho), Célio e Zezinho. 02.05.1965 – Vasco 2 x 3 Palmeiras.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Albino Zanferrari. Público:
40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols: Mário Tilico, aos 17
do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Oldair,
Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho (Joãozinho). OBS: durante a
década-1960, divulgava-se a formação do meio-de-campo só com dois homens. No
entanto, já se usava três, como Oldair entra nesta formação. 05.05.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen), aos 3 min do 1º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio
(Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4 - Vasco 3 x 0 Santos – e no 5
do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho. 09.05.1965 – Vasco 1 x 4 São Paulo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho.
Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos 31 do 2º tempo. Vasco:
Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico
(Saulzinho); Luizinho Goiano (Benê),
Célio e Zezinho. 16.05.1965 - Vasco 0 x 1
Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP.
Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$ 4.137.500,00. Vasco: Gainete;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano (Araken),
Célio (Benê), Mário Tilico e Zezinho. 20.05.1965 - Vasco 1 x 0
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando Marques. Público:
11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos 44 min
do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Zezinho (Saulzinho). OBS: Saulzinho e Célio não participaram das
quatro partidas seguintes: 23.05 - Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio
Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x 2 Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x
0 Criciúma-SC e 03.06.1965 - Vasco 1 x 4 Santos, amistosas. 06.06.1965 – Vasco 1 x 1
Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ. Juiz: Almir
Salini. Gol: Mário Tilico (pen), aos
38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho. 10.06.1965 – Vasco 1 x 0 Vila Nova-GO.
Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Gol: Zezinho, aos 38 min do 1º
tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Oldair); Luizinho Goiano,
Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho. 13.06.1965 – Vasco 0 x 1 Atlético-GO.
Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Ari); Maranhão e
Lorico (Oldair); Luizinho Goiano
(Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e Zezinho. 17.06.1965 – Vasco 7 x 2 Combinado de
Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Manuel
Luís Bastos. Gols: Mário Tilico, aos
10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos 23 e aos 13 do 1º tempo;
Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito
(Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari); Oldair (Maranhão) e Lorico;
Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho
(Nivaldo) e Zezinho. 20.06.1965 – Vasco 4 x 0 Nacional-AM.
Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Carlos Amato. Gols:
Luizinho Goiano, aos 12, Saulzinho,
aos 30, Mário Tilico, aos 32 min do
1º tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício (Ari),
Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico; Luizinho Goiano (Maranhão),
Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém) e
Zezinho. 24.06.1965 –Vasco 3 x 0 Bahia.
Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves. Gols: Mário Tilico, aos 28, Saulzinho, aos 37 min do
1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel
Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Caxias),
Saulzinho, Mário Tilico (Benê) e Zezinho. 27.06.1965 –
Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz: Nivaldo
de Oliveira. Gols: Mário Tilico, aos 2 do 1º, e Saulzinho, aos 10
min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felicio (Ari), Brito, Ananias e
Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho
(Benê), Mário Tilico e Zezinho. 29.06.1965 – Vasco 2 x 1 Ceará.
Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE. Gols: Joel Felício e
Mário Tilico, ambos no 2º tempo.
Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e
Zezinho. 08.07.1965 – Vasco 1 x 1 Benfica-POR.
Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 37.838. Renda: Cr$ 56.258.660.
Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair):
Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho, Mário Tilico e
Zezinho. 14.07.1965 – Vasco 5 x 0 Fluminense.
Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.397. Renda: Cr$ 8.303.309.00.
Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano, aos 34 min do 1º
tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa. Vasco: Gainete
(Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: volta de Célio ao time,
após 13 jogos de fora. 22.07.1965 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Taça
Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 44.990. Renda:
Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos 7 min do 2º
tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do primeiro tempo,
por desentender-se com o rubro-negro Fefeu. 28.07.1965 – Vasco 1 x 0 América-RJ.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público:
15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43 min do 1º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. OBS: expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta
partida porque ainda não havia suspensão automática. 01.08.1965 – Vasco 4 x 1 Tupi-MG.
Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz de Fora-MG. Juiz:
Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do 2º tempo, e
Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel Felício), Brito
(Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico (Bonin); Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e Zezinho. 07.08.1965 – Vasco 3 x 1 Bangu. Taça
Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 27.657. Renda:
14.476.240,00. Gols: Mário Tilico, aos 34 do 1º e aos 4 do 2º, e
Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 11.08.1965 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Taça
Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 48.557. Renda:
Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Zezinho. 21.08.1965 – Vasco 2 x 0 Fluminense.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público:
27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos 44 do 1º e aos 24 min do
2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 25.08.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Taça
Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Público: 34.368.
Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do 2º tempo. Vasco: Gainete;
Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. 29.08.1965 - Vasco 4 x 0
River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no Piauí. Gols:
Mário Tilico, aos 24 do 1º; Oldair
(pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Ari,
Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin
(Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará, Rio Grande do
Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos
demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0
Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club; 29.08.1965
– Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama 3 x 1
Ferroviário-CE; 14.01.1962 - Pernambuco - Vasco da Gama - 1 x 0
Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama 6 x 0 CRB-AL;
27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia. 05.09.1965 – Vasco 2 x 0 Botafogo. Taça
Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 115.064.
Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º, e Paulistinha (contra), aos 5 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho
Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - Vasco campeão invicto da I Taça
Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como seis gols: contra
Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista Futebol e Outros
Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol consideraria o seu
campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe representaria na Taça Brasil e a
revista Manchete estampou: “Vasco campeão do IV Centenário do Rio de
Janeiro”. O Flamengo, no entanto, reivindica o título, por ter vencido o
Estadual. FOTO DA MANCHETE 07.09.1965 – Torneio Início do
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ. Juiz:
Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis: Vasco 3 x 0, com Saulzinho
cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin;
Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São
Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins. Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari,
Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho,
Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1 Flamengo. OBS: Saulzinho não atuou
nesta partida em que defesa e meio-de-campo não mudaram em relação aos dois
jogos anteriores, enquanto o ataque teve Rubilota em sua vaga. 19.09.1965 - Vasco 1 x 1 Fluminense.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio,
Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio
não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a estreia
vascaína no Estadual. 26.09.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de
Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute
Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana (Silas) e Oldair;
Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem
jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado para
atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira. 02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ.
Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols:
Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana
e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e
Zezinho. OBS: inauguração do Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade do
adversário. 09.10.1965 - Vasco 1 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol: Mário Tilico. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Zezinho. 17.10.1965 - Vasco 2 x 1 Botafogo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 43.216.
Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos 31 min do 2 tempo.
Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 24.10.1965 - Vasco 0 x 2 Bonsucesso.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio
Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.
30.10.1965 - Vasco 4 x 1 América.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público:
4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do 1º; Célio, aos 5 do
2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final. Vasco: Gainete; Ari, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 03.11.1965 – Vasco 2 x 2 Náutico-PE.
Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE. Juiz: Armando Marques.
Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio, aos 44 do 1º e aos 25
min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 07.11.1965 - Vasco 1 x 2 Fluminense.
Cmpeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público:
8.171. Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol: Célio, aos min do 2º tempo. Vasco: Gainete;
Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Célio, Saulzinho e Zezinho. 14.11.1965 - - Vasco 3 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols: Lorico, aos 6; Célio, aos 18, e Telê Santana, aos
28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 21.11.1965 - Vasco 1 x 0 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes, aos 6 min do 2º
tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e
Danilo Menezes. 28.11.1965 - Vasco 0 x 1 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
73.243. Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e
Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Danilo Menezes. 04.12.1965 - Vasco 1 x 2
Botafogo. Campeonato Carioca. OBS: Célio
não atou nessa partida.. 12.12.1965 - Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato
Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de
Castro-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.108.000. Gols: Oldair, e
Célio, aos 18 min do 1º
tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico. Vasco: Gainete
(Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS:
Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por
Tião Cavadinha. 15.12.1965 - Vasco 2 x 1 América.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ. Juiz: Frederico Lopes.
Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e Danilo Menezes. Vasco:
Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho,
Célio, Mário Tilico e Tião.
13 GOLS MAIS
BONITOS Saulzinho considerava estes
os seus maiores golaços, sem
estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro: 1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o
Torneio Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou
ter sido o gol mais bonito de sua carreira: Contou: “O Sabará fez um cruzamento, da
direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de
bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista
mexicana Futbol”. FOTO DO GOL DE BICICLETA 2 - Em 1954, estreava, como atleta
profissional, em Bagé x Nacional, de Porto Alegre, amistosamente. Faltavam 10
minutos para o final da partida, quando o treinador Francisco Brochado mandou-o
entrar, pela ponta esquerda. Lá pelas tantas, o ponta-direita Camacho, em
grande velocidade, passou pelo marcador, foi à linha de fundo e centrou para a
área. “A bola tocou no chão, a amaciei, no peito e, de costas para o
gol, apliquei uma bicicleta. Um golaço, em meu primeiro lance no jogo que
terminou 1 x 0 para nós. Eu estava com 17 de idade”. 2 - Era 1956 e ele defendia o Guarany,
diante do Bagé, quando rolou nova jogada com participação de Camacho que, perto
da linha de fundo, cruzou a bola para a frente da grande área. “Eu estava no
lugar certo para apará-la, com uma das coxas. Antes de deixá-la cair ao chão,
chutei, entre dois zagueiros, para a pelota passar sobre a cabeça do goleiro.
Eram jogados 13 minutos do segundo tempo e aquele único tento da partida valeu
o título municipal à nossa equipe”. 3 -– Enfrentava o Flamengo, pelo
Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os vascaínos pressionando pelo
empate. "O Coronel (lateral-esquerdo) chutou a bola para a área
rubro-negra, entrei na jogadas, de carrinho, desviando a pelota para o canto
oposto ao que o goleiro Fernando esperava. Foi o gol do empate". 4 – O Vasco da Gama estreava no
Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso (01.07. 1962), com dois gols
dele, que narrou este lance assim: "O Joãozinho (ponta-direita) apanhou
a bola pela intermediária deles, a conduziu até a lateral da grande área e fez
o centro pelo alto. Quando a pelota caía, pela altura da marca do pênalti,
mandei o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo fulminante, sem que o goleiro
pudessem nem tocá-la. Foi um gol, realmente, sensacional e que valeu instantes
de delírio para a nossa torcida". 5 – Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu
(04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato Carioca: "Houve um
chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre indecisos Mário Tito e Zózimo,
e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol. Formou-se jogada de incertezas,
de parte a parte, e eu cheguei a passar da bola. No entanto, improvisei uma
bicicleta, tocando na pelota com o bico da chuteira, num impulso firme que
terminou em gol”.
12 VIDA
DO CRAQUE Casado, com Marilu, o
goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia dormindo oito horas
diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69 se abusasse um pouco
do garfo, principalmente do seu prato predileto, o churrasco gaúcho, bem
tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que chegara ao Rio de
Janeiro, pois gostava da praia do bairro. Na época desta foto, Saulzinho ainda era noivo de
Marilu
Devoto de Nossa Senhora Aparecida, o
católico Saulzinho fazia as suas orações antes dos jogos, pedindo proteção física,
por ser muito visado pelos zagueiros, que temiam as suas chuteiras, de número
39, sempre perigosas. Embora fosse considerado baixinho para um centroavante,
ele não via problemas com a fita métrica e brincava: “Não encolho
quando tenho de enfrentar becões grandalhõs e durões”. Quando desembarcou em São Januário, em
1961, com os seus olhos verdes claros admirando muito as belezas cariocas,
Saulzinho usava os seus cabelos castanhos claros mais curtos do que em 1964,
quando já cultivava uma cabeleira mais à moda da efervecente década-1960.
Mantinha o hobby de colecionar flâmulas e distintivos de
clubes, do que corria atrás, durantes as excursões vascaínas, e tinha uma
variada coleção de blusões. Depois do futebol, o seu esporte preferido era o
basquete, mas o cinema era o seu passatempo predileto, sendo fã do ator
norte-americano Paul Newman. Por ter nascido na gaúcha Bagé -
31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom relações públicas de sua terra,
no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de louvar os encantos do seu pedaço e
dizia que, “quando as pernas não dessem mais par correr”, voltaria,
depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o que, realmente, o
fez. Saulzinho começoua a carreira
pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de idade. Em 1955, mais
encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal agremiação, ganhando Cr$
700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm de altura, encarar
zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como garantira, em entrevista,
também, à Revista do Esporte - Nº
122, de 8 de julho de 1961, na qual estivera na capa: “Na luta contra
os zagueirões altos, dentro da área, compenso o que me falta (mais altura) com
boa colocação e impulsão”. Realmente, fato visto durante os jogos vascaínos
que faziam os repórteres concluírem que ele supria a falta de centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a luta. De
sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não precisa ser nenhum gigante”.
13
SAULZINHO x GARRINCHA Saulzinho disputou quatros
jogos contra o maior nome do futebol carioca de sua época, o ponta-direita
Garrincha, do Botafogo, também apelidado por Mané Garrincha,
por ser Manoel. O último, em 1965, mas tudo começa no 19 de novembro de 1961,
com goleada botafoguense, por 4 x 0, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca.
Tempos em que os botafoguenses tinham um dos melhores times do planeta,
rivalizando, no Brasil, só com o Santos, de Pelé. Time de feras, feríssimas:
Manga, Rildo, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagallo, sete
titulares que formavam quase uma Seleção Brasileira, dispondo, ainda, de Zé
Maria, Chicão, Airton e Amoroso, reservas nunca convocados pela
CBD, mas de muito bom nível técnico – ver Vasco do dia na ficha técnica
da temporada. Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual, e
no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o Garrincha
no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção Brasileira da
conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais um apelido dele)
ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à sua torcida a
expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois foi o Saulzinho
quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse marcado o gol da
vitória – ver fichas técnica de 1962. Exatos quatro meses depois, em 4 de novembro,
Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo returno do
Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.
Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira e Marinho Rodrigues
usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962. O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20 de
maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o placar
de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno Zezé
Moreira só mandou o tchê à
cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel Felício, Brito e
Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio,
Mário Tilico e Zezinho
(Saulzinho).
SAULZINHO E PELÉ O duelo do camisa 9 vascaíno com
o camisa 10 santista só aconteceu em duas oportunidades, ambas pelo Torneio
Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2 x 2 Santos, em 16 de fevereiro de
1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de 1965. Na primeira delas, assistida por
perto de 30 mil almas, o tchê não foi a rede, mas o “Rei
do Futebol” bateu nela, por duas vezes, e em grande estilo. Por sinal,
história muito contada. Quando o Almirante tinha 2 x 0 de
frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o 10
santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram
boa resposta: a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a bola
no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a para a
sua mãe. É presente do Rei”. O Vasco, que se deu mal mexendo
com a fera, alinhou: Ita; Joel Felício, Brito, Dario e
Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes);
Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge Vieira. O Santos,
de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro Ramos, Calvet e Zé
Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe. - Naquela noite, um
conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de Janeiro e aproveitou para rever o
velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final (da
partida), pegou um táxi e falou pro taxista: ‘Que bom. Vi o meu velho
amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o rapaz surpreendeu-lhe, dizendo que o
jogo terminara em 2 x 2”, contou o Saulzinho. Capa montada atendendo pedido de
leitor da Revista do Esporte (ler abaixo) O segundo Saulzinho x Pelé foi tarde de
grandecíssima glória para o artilheiro cruzmaltinom, diante de 42.250 pagantes.
Oo ponta-direita Luizinho Goiano
(Luiz Oliveira e Silva) abriu o placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar de bater o Peixe (apelido do Santos), aos 83
e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que escalou: Gainete; Jol
Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho,
Saulzinho (Mário Tilico), Célio
e Zezinho – a turma do “Rei” fora:
Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval,
Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva
(Peixinho), ainda comandados por Lula. O primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé
está registrado por jogo 2.055 do Almirante e o segundo por
2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o futuro “Rei
do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já havia ocorrido um encontro
dos dois artilheiros, no Estádio Antônio
Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado Guarany/Bagé x
Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e Calvet para os
anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica, Ataíde e
Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O Santos
foi: Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair Rosa
Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O
amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros, sem público
pagante conhecido. 14 -
SELEÇÃO BRASILEIRA A temporada-1966 marcou a
oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete nacional, durante a Taça
Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a Federação Gaúcha de Futebol de
formar equipe para representa-la diante dos chilenos. Tendo por treinador de
campo Carlos Froner (oficialmente, o cargo era de Fernando Brunelli), o já
ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer do segundo tempo de dois prélios,
substituindo David (cunhado de Pelé). Com o time usando, em ambas as vezes,
camisa canarinha, calção azul e meiões brancos, em 17 de abril, o Brasil
venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo, aos 18 minutos (73, para a FIFA)
do segundo tempo. No segundo, no Estádio Sausalito, o mesmo em que o time
canarinho havia jogado a maior parte de suas partidas da Copa do Mundo-1966, em
Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima arbitragem do mesmo Howley que
validou gol ilegal dos chilenos - a bola não entrou, Ari Hercílio a
cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o prélio cinco minutos antes do
tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda poderiam empatar. Confira as
fichas técnicas das duas partidas: Sulzinho (D) fardado pela CBD, com Áureo
(E) e Sérgio Lopes (C) 17. 04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça
O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em Santiago do Chile. Árbitro: Kevin
Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol: João Severiano, o Joãozinho, aos
15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e
Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir. Técnico:
Carlos Froner. 20.05.1966 – Brasil 1 x 2 Chile –
Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça O´Higgins – Árbitro: Kevin
Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols: Joãozinho, aos 19 min do 1º
tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do 2º tempo.
Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e
Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira). Técnico:
Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste selecionado
pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense -
Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano,
Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e
Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá;
Brasil; Brasil de Pelotas - Birinha; Guarani de Bagé -
Didi Pedalada e Saulzinho; Rio Grande - Lambari; Aymoré -
Jadir e Joaquim. 15 - BARBANTEIRO Quando o tchê Sasulzinho
vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente,
ele sacudia o barbante. As
redes aina nã era de náilon. Mais de meio-século antes, na
Inglaterra, de onde o futebol bateu asas e voou para o restante do planeta, não
havia rede. Só muita discusão entre torcedores, se a bola entrou, não entrou.
Para acabara com os bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie criou a
rede, em 1889. Mas ficou na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada fez um jogo-teste
pra ver se a invenção daria certo – deu! Foi na cidade de Nottingham que o primeiro
goleiro - chamava-se Geary - foi “buscar a pelota no fundo da rede” -
como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No
Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante
produzidas do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o
grande avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas
- sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em
1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes branquinhas, evidentemente, criado
pelos narradores esportivos. No futebol carioca, já nos tempos
de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma rede de náilon foi o goleador
Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960. De Norte a Sul do Brasil,
tchê Saulzinho balançou a rede em
todas as regiões brazucas. Há estados, porém, em que ele nunca o
fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande do Norte. Os cariocas São
Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e Fluminense (4) foram os times
que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS, saiu em 90 oportunidades pro
abraço. Eis os times que ele mandou o goleiro buscar a bola
no barbante: Alajuelense-CRICA (1); Al-Merreikh-SUD
(1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2); Atlético-GO (1); Bahia-BA
(2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1); Bonsucesso-RJ (4); Campo
Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará Sporting-CE (1); Colo-Colo-CHI (1);
Combinado de Brasília (1); Combinado IFK Mamô-Malmô FF (1); Combinado
Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de Manaus-AM (2); CRB-AL (1); Dalarna-SUE
(2); EIK-NOR (3); Elche-ESP (2); Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3);
Fluminense-RJ (4); Frem-DIN (2); Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1);
Málaga-ESP (1); Mônaco-MON (1); Moto Clube-MA (1); Nacional-AM (1);
Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2); Porto-POR (1); Portuguesa-RJ (3); Rio
Branco-ES (1); River-PI (1); São Cristóvão-RJ (6); São Paulo-SP (1); Santa
Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan- CMarfim (3); Sport-PE (1); Seleção da Nigéria
(4); Uberlândia-MG (2); Vila Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1).
16 –
TODOS OS JOGOS E GOLS DE SAULZINHO
|
Jogo
|
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição
|
Complemento
|
Gols
|
Total
|
1
|
16-abr-1961
|
2x0
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
2
|
22-abr-1961
|
0x1
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
3
|
01-mai-1961
|
2x1
|
Santa Cruz-PE
|
Amistoso
|
|
|
0
|
4
|
05-mai-1961
|
3x1
|
América-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
1
|
5
|
07-mai-1961
|
0x0
|
Uberaba-MG
|
Amistoso
|
|
|
1
|
6
|
10-mai-1961
|
2x2
|
Uberaba-MG
|
Amistoso
|
|
|
1
|
7
|
27-mai-1961
|
2x0
|
St. Pauli (ALEMANHA)
|
Amistoso
|
|
|
1
|
8
|
30-mai-1961
|
3x2
|
Alemannia Aachen (ALEMANHA)
|
Amistoso
|
|
|
1
|
9
|
1-jun-1961
|
11x0
|
Comb. Freidig-Rosenborg (NORUEGA)
|
Amistoso
|
|
3
|
4
|
10
|
4-jun-1961
|
10x0
|
Eik (NORUEGA)
|
Amistoso
|
|
3
|
7
|
11
|
6-jun-1961
|
2x0
|
Comb. Skeid-Lyn (NORUEGA)
|
Amistoso
|
|
|
7
|
12
|
11-jun-1961
|
4x1
|
Frem (DINAMARCA)
|
Amistoso
|
|
2
|
9
|
13
|
14-jun-1961
|
4x1
|
Comb. IFK Malmö-Malmö FF (SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
10
|
14
|
18-jun-1961
|
4x2
|
Seleção de Dalarna (SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
2
|
12
|
15
|
21-jun-1961
|
8x1
|
Bodens (SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
13
|
16
|
27-jun-1961
|
1x1
|
Comb. Hammarby-Djurgarden (SUÉCIA)
|
Amistoso
|
|
|
13
|
17
|
09-set-1961
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
13
|
18
|
16-set-1961
|
0x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
13
|
19
|
21-set-1961
|
3x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
13
|
20
|
30-set-1961
|
1x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
14
|
21
|
04-out-1961
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
15
|
22
|
08-out-1961
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
16
|
23
|
14-out-1961
|
0x3
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
16
|
24
|
1-nov-1961
|
2x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
1
|
17
|
25
|
12-nov-1961
|
1x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
26
|
19-nov-1961
|
0x4
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
27
|
25-nov-1961
|
2x0
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
28
|
01-dez-1961
|
3x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
29
|
06-dez-1961
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
30
|
09-dez-1961
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
31
|
14-jan-1962
|
1x0
|
Santa Cruz-PE
|
Amistoso
|
|
1
|
18
|
32
|
17-jan-1962
|
2x0
|
Bahia-BA
|
Amistoso
|
|
|
18
|
33
|
21-jan-1962
|
6x0
|
CRB-AL
|
Amistoso
|
|
1
|
19
|
34
|
24-jan-1962
|
4x0
|
Ceará-CE
|
Amistoso
|
|
|
19
|
35
|
28-jan-1962
|
3x0
|
Moto Club-MA
|
Amistoso
|
|
1
|
20
|
36
|
31-jan-1962
|
3x1
|
Ferroviário-CE
|
Amistoso
|
|
3
|
23
|
37
|
25-fev-1962
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
24
|
38
|
10-mar-1962
|
4x3
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
26
|
39
|
21-abr-1962
|
1x1
|
Seleção de Brasília-DF
|
Amistoso
|
|
1
|
27
|
40
|
01-mai-1962
|
4x1
|
Vila Nova-GO
|
Amistoso
|
|
1
|
28
|
41
|
06-mai-1962
|
5x0
|
Uberlândia-MG
|
Amistoso
|
|
2
|
30
|
42
|
10-mai-1962
|
3x0
|
Maringá-PR
|
Amistoso
|
|
|
30
|
43
|
13-mai-1962
|
2x1
|
Portuguesa-SP
|
Amistoso
|
|
|
30
|
44
|
20-mai-1962
|
3x1
|
Santa Cruz-MG
|
Amistoso
|
|
2
|
32
|
45
|
1-jul-1962
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
34
|
46
|
8-jul-1962
|
3x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
47
|
15-jul-1962
|
0x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
48
|
21-jul-1962
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
49
|
04-ago-1962
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
50
|
12-ago-1962
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
51
|
19-ago-1962
|
4x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
36
|
52
|
26-ago-1962
|
3x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
3
|
39
|
53
|
02-set-1962
|
2x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
40
|
54
|
09-set-1962
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
55
|
16-set-1962
|
0x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
56
|
21-set-1962
|
7x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
42
|
57
|
30-set-1962
|
1x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
43
|
58
|
06-out-1962
|
3x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
44
|
59
|
14-out-1962
|
1x3
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
45
|
60
|
21-out-1962
|
3x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
46
|
61
|
4-nov-1962
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
46
|
62
|
10-nov-1962
|
5x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
47
|
63
|
15-nov-1962
|
5x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
48
|
64
|
18-nov-1962
|
1x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
49
|
65
|
25-nov-1962
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
66
|
02-dez-1962
|
0x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
67
|
09-dez-1962
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
68
|
14-dez-1962
|
3x3
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
50
|
69
|
6-jan-1963
|
4x0
|
Alajuelense (COSTA RICA)
|
Amistoso
|
|
1
|
51
|
70
|
10-jan-1963
|
1x0
|
América (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
1
|
52
|
71
|
17-jan-1963
|
5x0
|
Oro (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
52
|
72
|
20-jan-1963
|
1x1
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
1
|
53
|
73
|
31-jan-1963
|
1x1
|
Dukla Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
53
|
74
|
03-fev-1963
|
1x1
|
Toluca (MÉXICO)
|
Amistoso
|
|
|
53
|
75
|
10-fev-1963
|
2x0
|
Seleção de El Salvador
|
Amistoso
|
|
|
53
|
76
|
13-fev-1963
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
53
|
77
|
16-fev-1963
|
2x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
53
|
78
|
13-mar-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
53
|
79
|
17-mar-1963
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
54
|
80
|
31-mar-1963
|
2x2
|
Universidad Católica (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
|
54
|
81
|
09-abr-1963
|
3x2
|
Peñarol (URUGUAI)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
|
54
|
82
|
11-abr-1963
|
3x1
|
Colo-Colo (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
55
|
83
|
14-abr-1963
|
2x2
|
Universidad de Chile (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
|
55
|
84
|
05-mai-1963
|
3x0
|
Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)
|
Amistoso
|
|
3
|
58
|
85
|
09-mai-1963
|
3x0
|
Asante Kotoko (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
58
|
86
|
12-mai-1963
|
0x0
|
Real Republicans (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
58
|
87
|
25-mai-1963
|
6x0
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
4
|
62
|
88
|
7-jun-1963
|
1x2
|
Al-Hilal (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
|
62
|
89
|
9-jun-1963
|
1x1
|
Al-Merreikh (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
1
|
63
|
90
|
11-jun-1963
|
0x3
|
Sporting (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
|
63
|
91
|
13-jun-1963
|
2x0
|
Málaga (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
1
|
64
|
92
|
16-jun-1963
|
2x3
|
Monaco (FRANÇA)
|
Troféu Teresa Herrera
|
|
1
|
65
|
93
|
19-jun-1963
|
3x2
|
Elche (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
2
|
67
|
94
|
22-jun-1963
|
0x1
|
Espanyol (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
|
67
|
95
|
30-jun-1963
|
4x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
69
|
96
|
7-jul-1963
|
1x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
97
|
24-ago-1963
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
98
|
03-set-1963
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
99
|
06-set-1963
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
69
|
100
|
26-jan-1964
|
1x1
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
69
|
101
|
27-fev-1964
|
1x0
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
69
|
102
|
6-mar-1964
|
1x2
|
Guarani (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
69
|
103
|
8-mar-1964
|
1x1
|
Racing (ARGENTINA)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
69
|
104
|
10-mar-1964
|
1x2
|
Cerro Porteño (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
69
|
105
|
14-mar-1964
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
106
|
29-mar-1964
|
0x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
107
|
04-abr-1964
|
3x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
108
|
01-mai-1964
|
3x2
|
Atlético Paranaense-PR
|
Amistoso
|
|
|
69
|
109
|
03-mai-1964
|
1x2
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
110
|
06-mai-1964
|
0x1
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
69
|
111
|
14-jun-1964
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
69
|
112
|
18-jun-1964
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
69
|
113
|
21-jun-1964
|
2x0
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
1
|
70
|
114
|
25-jun-1964
|
3x0
|
Villa Nova-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
71
|
115
|
28-jun-1964
|
0x0
|
América-RJ
|
Torneio Início
|
1x2 pen
|
|
71
|
116
|
4-jul-1964
|
1x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
71
|
117
|
25-jul-1964
|
0x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
|
71
|
118
|
13-ago-1964
|
3x0
|
Porto (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
1
|
72
|
119
|
13-set-1964
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
72
|
120
|
20-set-1964
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
72
|
121
|
27-set-1964
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
72
|
122
|
01-out-1964
|
2x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
73
|
123
|
04-out-1964
|
2x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
73
|
124
|
07-out-1964
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
73
|
125
|
11-out-1964
|
1x0
|
Paysandu-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
73
|
126
|
14-out-1964
|
3x1
|
Tuna Luso-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
73
|
127
|
17-out-1964
|
3x2
|
Remo-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
73
|
128
|
20-out-1964
|
1x1
|
Transvaal (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
|
73
|
129
|
25-out-1964
|
4x2
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
75
|
130
|
31-out-1964
|
4x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
76
|
131
|
7-nov-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
76
|
132
|
13-nov-1964
|
5x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
77
|
133
|
15-nov-1964
|
2x0
|
Porto Alegre-RJ
|
Amistoso
|
|
|
77
|
134
|
22-nov-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
77
|
135
|
06-dez-1964
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
77
|
136
|
12-dez-1964
|
1x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
77
|
137
|
17-jan-1965
|
3x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
|
77
|
138
|
21-jan-1965
|
4x1
|
Flamengo-RJ
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
79
|
139
|
24-jan-1965
|
1x0
|
Independente-MG
|
Amistoso
|
|
|
79
|
140
|
26-jan-1965
|
4x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
1
|
80
|
141
|
31-jan-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
|
80
|
142
|
04-fev-1965
|
3x1
|
Sport-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
81
|
143
|
07-fev-1965
|
2x0
|
Santa Cruz-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
|
81
|
144
|
10-fev-1965
|
1x1
|
Náutico-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
|
81
|
145
|
14-fev-1965
|
1x3
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
81
|
146
|
20-fev-1965
|
2x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
82
|
147
|
7-mar-1965
|
1x4
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
148
|
14-mar-1965
|
0x1
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
82
|
149
|
17-mar-1965
|
2x0
|
Remo-PA
|
Amistoso
|
|
|
82
|
150
|
24-mar-1965
|
4x2
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
151
|
04-abr-1965
|
3x0
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
152
|
07-abr-1965
|
2x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
153
|
10-abr-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
154
|
21-abr-1965
|
1x1
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
82
|
155
|
24-abr-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
156
|
02-mai-1965
|
2x3
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
157
|
05-mai-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
158
|
09-mai-1965
|
1x4
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
159
|
20-mai-1965
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
82
|
160
|
6-jun-1965
|
1x1
|
Entrerriense-RJ
|
Amistoso
|
|
|
82
|
161
|
10-jun-1965
|
1x0
|
Vila Nova-GO
|
Amistoso
|
|
|
82
|
162
|
13-jun-1965
|
0x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
|
82
|
163
|
17-jun-1965
|
7x2
|
Seleção de Manaus-AM
|
Amistoso
|
|
2
|
84
|
164
|
20-jun-1965
|
4x0
|
Nacional-AM
|
Amistoso
|
|
1
|
85
|
165
|
24-jun-1965
|
3x0
|
Bahia-BA
|
Amistoso
|
|
1
|
86
|
166
|
27-jun-1965
|
2x1
|
Bahia-BA
|
Amistoso
|
|
1
|
87
|
167
|
29-jun-1965
|
2x1
|
Ceará-CE
|
Amistoso
|
|
1
|
88
|
168
|
8-jul-1965
|
1x1
|
Benfica (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
1
|
89
|
169
|
01-ago-1965
|
4x0
|
Tupi-MG
|
Amistoso
|
|
|
89
|
170
|
29-ago-1965
|
4x0
|
River-PI
|
Amistoso
|
|
1
|
90
|
171
|
07-set-1965
|
0x0
|
Portuguesa-RJ
|
Torneio Início
|
3x0 pen
|
|
90
|
172
|
07-set-1965
|
1x0
|
São Cristóvão-RJ
|
Torneio Início
|
|
|
90
|
173
|
26-set-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Amistoso
|
|
|
90
|
174
|
02-out-1965
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
175
|
17-out-1965
|
2x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
176
|
24-out-1965
|
0x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
177
|
3-nov-1965
|
2x2
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
|
90
|
178
|
7-nov-1965
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
90
|
179
|
01-dez-1965
|
1x5
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
|
90
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Saulzinho está entre os 10 artilheiros
vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os três
primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963, contra a
seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas o árbitro
anulara um “sem nenhum problema no lance”.
Assim, ele fica empatado com Ismael e
Romário, com quatro encaçapadas em um só prélio desta lista: 6 gols: Lelé –
08.05.1946 - Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 – Vasco
da Gama 6 x 0 União São João-SP; . 5 gols: Russinho –
01.05.1927 – Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da Gama
8 x 0 Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio;
Djayr – 15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite –
04.05.1980 – Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians.
4 gols – Ismael –
06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho - 25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da
Nigéria - e Romário – 24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ. 17 -
ENTREVISTA/SAULZINHO Único atacante a obter uma média
de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais da década-1960, e maior
artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o Saulzinho,
tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade, em sua
terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo time
profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:
P – Rapaz, você começou a
carreira arrumando confusão entre o Bagé e o Guarany? R – Arroubos da juventude, tchê! Eu
tinha contrato de gaveta (antiga estratagema de prender atleta ao clube)
com o Bagé, e o troquei, pelo Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira
proibido de jogar. Castigo só não mais duro do que o serviço militar, quando
ralei muito. Compensei tudo, porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui
campeão municipal, até 1959. Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos
vice-campeões gaúchos, pra minha carreira decolar e vez. Como você foi parar no Vasco da Gama? No início de 1961, o Guarany venceu o
Internacional (de Porto Alegre), em dois amistosos: 2 x 1, no Estádio dos
Eucaliptos (antiga e já demolida casa do Inter), com um gol meu, e 4 x
2, em Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz gol, mas o treinador deles (do
Inter), o Martim Francisco, gostou do meu futebol e, pouco depois de chegar ao
Vasco (da Gama), pediu a minha contratação. O Vasco daquele tempo tinha
feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel, Sabará, Pinga, etc. Como você
arrumou uma vaguinha naquele time? Cheguei a São Januário no 1º de abril
de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite, marquei três gols, no primeiro
tempo, atuando pelo time reserva, que tinha, entre os que me lembro, Brito (zagueiro)
e Maranhão (apoiador). Por conta daquele meu cartão de
apresentação, tchê, o presidente vascaíno, o João Silva,
empresário muito forte, dono das Carrocerias Metropolitana, mandou
fazerem, logo, o meu contrato. Quando você chegava, a torcida
vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o espanhol Atlético de Madrid) e
de Almir (foi para o Corinthians). Sem os dois, facilitou a sua vida? Nã foi nada fácil. A concorrência
foidura, pois o Vasco tinha outros três bons centroavantes, o Wilson Moreira (filho
do técnico Zezé Moreira), o cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e o
Javan (fez o nome no México). Eu era
um garoto interiorano no meio de tantos cobrões, mas fui logo me enturmando. Ainda se lembra da sua estréia no
Vasco? Foi pouco depois da minha contratação.
Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos contra aquele timaço do Santos, do
Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez um gol, batendo do meio do campo;
o Sabará empatou e o Wilson Moreira desempatou. Ganhei um belo bicho (gratificação por resultado). Por falar
no Pelé, nos meus outros jogos contra ele, levamos de 5 x 1, mas num outro lhe
mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve, também, um empate, por 2 x
2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito e
o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um
golaço, gol de cinema. No segundo (gol de
Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola. Comentou-se muito que o Brito
e o Fontana curtiram bastante com a cara do homem (Pelé), quando o Vasco vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma
abelheira. O cara era cruel. Antes disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1
x 1, em Bagé, defendendo o Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também
contra o Pelé, na decisão da Taça Brasil, em dezembro de 1965. Como você herdou a vaga de
titular no time vascaíno? Entre maio e junho de 1961, fizemos uma
longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma ecalação que
nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel;
Nivaldo e Lorico; Sabará, eu, Roberto
Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia marcado dois
gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o outro contra o
América Mineiro (fora de casa). Você considera 1962 a sua grande
temporada? Sim, pois estava em grande forma e fui
o (principal) artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols. Fiquei de
fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também, uma temporada em que a sorte me
abandonou. Estava cotado para a Seleção Brasileira (que foi bi
mundial na Copa do Chile-1962), mas tive um problema de garganta, que
exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na virilha, problemas que me
deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de jogo. Como a convocação levou
muito em conta a atuação de quem disputou o Torneio Rio-São Paulo, perdi
qualquer chance por ali. Você disputou e ganhou do
Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O rival, tmabém, não foi à
Copa do Chile... Eu morava na Avenida Nossa Senhora de
Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e
batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos,
dizendo, um para o outro: “Hoje é comigo”.
Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae. Tinha outras
feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o Amoroso e o
Amarildo, do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me lembro, agora.
Não sei porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção Brasileira. Aponte uma gloríssima, depois
do Campeonato Carioca-1962? No início de 1963, conquistamos um
torneio internacional, no México, muito famoso, na época. Marquei gols,
goleamos o Oro, o campeão nacional (5 x 0), vencemos (1 x 0) o
time mexicano de maior torcida, o América (da
Cidade do México) e fomos campeões em cima do Dukla (de Praga, da antiga Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e aquela
turma toda que enfentara o Brasil na final da Copa do Mundo de 62. Contra o
América, por sinal, marquei um gol antológico, de bicicleta, que foi capa da
revista mexicana “Futbol”. O Sabará cruzou, da direita, a bola
bateu no chão, veio no meu peito, e finalizei, de bicicleta, antes da
chegada do marcador. O seu Vasco foi campeão de
torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol brasileiro, nacionais,
porquê? Em 1962, tínhamos chances de chegar ao
títul carioca, mas, perdemos quatro pontos para o Olaria (à época, vitórias
contavam dois pontos), levando um baile, dentro de São
Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na segunda
partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival), fizeram um
gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram. Terminamos a três
pontos do campeão (Botafogo). Mas o
Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson, que
foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo Fluminense, o
Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa equipe. No início da temporada de
1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra. Porquê? Eu estava com 28 de idade, tinha
convites do (português) Benfica e
daquele grande time do Bahia, do Alencar, do Nadinho, do Henricão, contra
quem marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se interresou por
mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã). Por sinal, quando marquei um
dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci um marcador, com um corte (tirando-o
do lance sem tocá-lo), e soltei um foguete, quase da intermediária. Eu era
rápido dentro da área, mas não de chutar muito forte, de longe. Já o Bahia
gostou do que joguei diante deles, também em um amistoso, quando marquei dois
gols. Pra voltar pra casa, coloquei o lado familiar em primeiro plano, pois a
minha mulher, também de Bagé, nunca se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora
de ficar, ou sair do Vasco, sugeri à Marilu (nome a esposa): “Vamos voltar?”.
Era o que ela mais queria, e voltamos
O seu nome era muito gritado
pela torcida vascaína? Quando eu fazia gols, o Maracanã vinha
abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o maior goleador do time, sem ser
um jogador de rush. Tinha, porém,
rapidez, driblava, batia bem de perto e raciociava rápido pra intuir
o lance se estivesse marcado. Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra
área do rival) que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque,
tocava pra ele, que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos
muitos gols. O Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor
companheiro de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça
o Sabará. Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso
cazsdo, não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava).
Só não xingagava o Célio. Qual foi a grande partida de sua vida? Contra o Flamengo, decidindo o Torneio
do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite da quarta-feira 21 de
janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma outra partidaça foi
contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção uruguaia (Vasco 3
x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do Chile, Estádio
Nacional de Santiago). Você só vestiu a camisa da
Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany, de Bagé...! O Carlos
Froner (então), técnico do Grêmio (de Porto Alegre), formou
uma seleção gaúcha para representar o Brasil na disputa da Taça O´Higgins,
contra o Chile, em 1966. Joguei 30 minutos em uma partida e mais 15 na outra.
Fomos campeões, foi emocionante. Tão emocionante como jogar por um ataque do
Gurany que tinha Eusébio, Max Ravazza, Saulzinho, Tupãzinho e João Borges.
Aqueles companheiros eram craques, principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da Rosa) que foi ídolo da torcida do Palmeiras (década-1960) e o Max, maior goleador do futebol de Bagé (da
época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo de 1955.
Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o Vasco. Calculo que
marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística exata, mas a minha
carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa média! Se o Pelé jogasse hoje (a entevista foi
feita na primeira metade da primeira década-2000), nesse chamado futebol
moderno, faria muitos gol? Uns dois mil, porque as defesas
sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que viraram alas, se mandam. Se, enfrentando zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez
o que fez, imagine agora. Antes, para
se entrar na área, teria que ser muito rápido, ter talento, ou ficava sem as
canelas. Vejo o futebol atual sendo
70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide, ainda, é o talento,
reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a base, o cara (preparador
físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra lá, pra cá, ajuda
muito, mas tem e ter talento pra
decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de enfrentar o Luís
Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr Egídio de
Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que enfrentei. Eram
durões, sem serem desleais. O futebol atual paga fortunas
aos seus ídolos. No seu tempo, dava
pra ficar rico? Quando cheguei ao Vasco, o maior
salário era o do (zagueiro e
capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer
juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um
automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento
por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de
figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam. Não
existia empresários, procuradores,
além de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos, estudos. O futebol
tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava a carreira, o pai de
uma namorada minha não queria o namoro porque eu era jogador de futebol. Éramos
muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco por exemplo, levava muitos fãs
para a frente dos hotéis onde nos hospedávamos, querendo autógrafos, tirar
fotografias conosco, conversar. Atendíamos a todos, com civilidade. Você passou por quantos
treinadores? Beto Camélia, Alfeu Cachapuz e
Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim Francisco, Paulo Amaral, Oto
Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e Carlos Fronter, na Seleção
Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas achei o ofício muito
estressante, desesti. CÉLIO Como você escalaria a
sua Seleção Brasileira? Barbosa; Paulinho de Almeida,
Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino
e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente
era muito boa. Acho que eu pegaria uma reservinha, junto com o Amarildo, o
Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que
defendeu o Flamengo entre 1958/1969 e
formou meio-de-campo com Gérson de Oliveira Nunes.
CÉLIO
1
O GAROTO DA PRAIA Célio Taveira Filho,
paulista, nascido na praiana Santos, no 17 de outubro de 1940, chegou a
São Januário, também, com a missão de substituir um ídolo da torcida
cruzmaltina, o atacante Delém, negociado com o argentino River Plate. Um
desafio e tanto! Mas ele encarou. Entre 1963 e 1966, quando foi para o uruguaio
Nacional, de Montevidéu, tornou-se uma das grandes Feras da Colina. De estilo “brigão, entrão”,
como o definiu o repórter De Santis, da Revista do Esporte – Nº 343, de
2 de outubro de 1965 - Célio era cavador de gols, dono de muita
mobilidade, “parecendo, em algumas ocasiões, um serelepe, tentando iludir os
marcadores, para evitar rasgos em suas canelas”, comparava o jornalista,
indo além e citando nele outras qualidades: “Cabeceia bem, testando a bola
com pontaria certeira e é veloz com ela nos pés, ou quando se desloca para
receber um lançamento”. Na edição anterior do semanário, de 25
de setembro do mesmo 1965, pela matéria “Os maiores inimigos dos
goleiros”, Célio era incluído entre os terribilíssimos artilheiros da
primeira metade da década-1960, juntocom os santistas Pelé e Pepe; os
alvinegros Garrincha e Didi (este pela excelência nas cobranças de faltas); o
corintiano Flávio Peito-de-Aço; o banguense, Parada (outro grande
batedor de faltas); o rubro-negro Dida e os palmeirenses Tupãzinho e Servílio.
Sobre Célio, a revista citou que ele se destacava “pelo arremesso violento e
que havia marcado muitos gols graças à potência do seu chute”. Antes de ser um vascaíno, Célio havia
passado pelos paulistas Portuguesa Santista, Ponte Preta e Jabaquara, e até
disputara amistosos pelo italiano Milan. Desembarcou no Vasco da Gama, em
janeiro de 1963, quando o time excursionava por gamados cucarachas,
sendo recebido, friamente, pelo treinador Jorge
Vieira, que não o havia solicitado. Por conta daquilo, o cara negava-he
cumprimentos. Mas terminou abrindo-lhe o caminho para se tornar o maior
artilheiros do clube carioca enquanto vestiu a camisa cruzmaltinada e formar dupla fatal com Saulzinho Célio chegou a São
Januário indicado pelo meia Lorico (velho
amigo de Santos) e o técnico Aymoré Moreira, e não demorou a mostrar que o
valor pago pelo Vasco da Gama ao Jabaquara, de Santos, fora bem
empregado – Cr$ 11 milhões de cruzeiros, tendo ele recebido Cr$ 2 milhões,
pelos 15% do valor da transação (lei da
época), sendo Cr$ 1,5 milhão pago pelos cruzmaltinos e o restante
pelo Jabuca. Entre luvas e ordenado, começou ganhando Cr$ 115 mil
mensais, além de moradia e alimentação às custas do Almirante. Em sua
primeia entrevista como um vascaíno, Célio contou que a sua intimidade com os
gramados começara quando era garoto e residia próximo ao estádio da Portuguesa
Santista, em sua terra. “Eu ia assistir ao treinos, dava uma de gandula e,
nos intervalos, até batia bola com a rapaziada. Aos 12 anos de idade, entrei
para os juvenis da Lusinha. Aos 16, já era aspirante. Mas não fiquei no clube.
Em 1958, fui para a Ponte Preta, de Campinas. Pelo final de 1959, voltei a
Santos e joguei pelo Jabaquara”, contou à Revista do Esporte
- Nº 205, de 16 de fevereiro de 1963. FOTO DO TIME DO
JABAQUARA
2 SANGUE
NOS OLHOS
Aos 16 de idade, Célio tentou jogar pelo Santos, mas o treinador
Ramiro Valente o dispensou. Antes, fora colega de Pelé durante o serviço
militar,
pestado na 6ª Guarda Costeira, em Santos, em 1959. FOTRO MILITAR
COMPELÉ. Pouco depois, enquanto o velho colega dos tempos de recruta
assombrava goleiros pelo mundo a fora, ele o repetia no futebol carioca. Uma
de suas matanças que mais o alegrou
foi pra cima do rivalaço Flamengo, nos 4 x 1 da noite do 21 janeiro de 1965,
no Maracanã, pela final do torneio internacional do IV Centenário do Rio
de Janeiro – ver tempo dos gols e escalação nas fichas técnicas.
Conforme o lido, lá atrás, ao ser recebido, friamente, por Jorge
Vieira, ao se apresentar ao Vasco da Gama, no México - da mesma forma que
ocorrera com o Mário Tilico, o outro contratado pela mesma época
-, Célio até dava um desconto para o treinador, pois o seu currículo de
artilheiro, até então, só registava 35 gols marcados entre Ponte Preta (1959 a
1960) e Jabaquara (1960 a 1962). Além dquilo, o mais importante em
sua vida, além de ter sido recruta junto com Pelé, só mesmo ter nascido neto
de Antônio Taveira de Magalhães, remador nos
primeiros títulos de campeão carioca de remo-1905/1906 do Vasco da Gama.
Pouco? Mas, logo, começaria a ser muito. Célio agarrou a chance quando
Jorge Vieira mandou-o a campo. Entrosou-se bem com o gaúcho Saulzinho, para
sair do México usando a sua primeira faixa de campeão cruzmaltino. Em sua
estreia vascaína, ele substituira, exatamente, o futuro grande parceiro
Saulzinho, no decorrer de Vasco 5 x 0 El Oro. Uma semana
antes, ainda sem ele, o time do Jorge havia iniciado a disputa,
vencendo o América, da Cidade do México, por 1 x 0, com gol marcado por
Saulzinho. Em 20 de janeiro, Célio voltou a entrar no decorrer da partida,
daquela vez, substituindo Viladônega, no 1 x 1 Chivas Guadalajara, com novo
gol de Saulzinho. Por ali, ele passaria a conhecer o que, sem demora, lhe
seria comum: estádios lotados: 80 mil pagantes, em Vasco 5 x 0 Oro; 60 mil,
em 1 x 1 Chivas e 50 mil do 1 x 1 Dukla, no também já citado título do 31 de
janeiro de 1963.
De volta ao Rio de Janeiro, Célio disputou o Torneio Rio-São
Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, e marcou gol
(28.03.1963), aos 41 minutos do 1º tempo de Vasco da Gama 1 x 1 Palmeiras,
seu primeiro tento vascaíno no Brasil. A torcida vascaína, porém, só o viu
como gostaria quando ele voltou do Torneio Pentagonal do Chile (31.03 a
14.04), tendo por lá sido o cara, autor de cinco gols, em
quatro jogos - título dividido com a Universidad de Chile, por falta de datas
para uma decisão, como seria, também,
no Torneio Rio-São Paulo-1966.
Etapa seguinte: amistoso caça-níquel, com
o Goytacaz, de Campos-RJ e nova excursão, daquela vez por África e
Europa. Na volta, Célio estreou no Campeonato Carioca, marcando um dos três
gols mais rápidos da história do futebol vascaíno: aos 45 segundos dos 4 x 1
Portuguesa-RJ (30.06.1963) - Saulzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo e
aos 26 do segundo, também bateu no barbante, como falavam os locutores
radiofônicos da época, ainda não acostumados com as redes de náilon. Aquele
tento rapidão o inscreveu entre os “matadores mais rápidos da Colina
– atrás só de Reginaldo (7seg87), em Vasco 4 x 0 Duque
de Caxias (23.03.2014); Thiago Galhardo (18seg) dos 3 x 1 Volta
Redonda (04.02.202(?)) e de Nenê (23seg), de Vasco 1 x 0 Oeste-SP
(31.05.2016).
Durante o Campeonato Carioca-1963, Célio perdeu o seu primeiro pênalti
como vascaíno, nos 5 x 1 Madureira. Mas terminou a competição com 15 bolas na
rede, sendo o segundo artilheiro da disputa. Pouco tempo depois, em
1964, ele avisou à torcida cruzmaltina que tinha sangue nos olhos. A Turma da Colina excursionava
ao Paraguai, disputando torneio quadrangular, quando
ele cometeu a sua primeira indisciplina como vascaíno. Revoltado
com o juiz, que favorecia, desavergonhadamente, a turma da casa, ele o
agrediu, mas não foi expulsou de
campo. E repetiu indisciplina (09.05.1964), aos 51 minutos de Vasco 3 x 3
Portuguesa de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, trocando tapas com um
adversário.
Por
ali, a imprensa passou a escalá-lo no time dos irritadinhos, por
já ter sido excluído de Vasco 0 x 0 Olaria (06.03.1963), aos 18 minutos do
segundo tempo, e durante o Torneio Rio-São Paulo, disputa em que fora
excluído, também, no jogo (04.04.1964), quando marcou o tento da virada Vasco
3 x 2 Palmeiras, no campo do adversário.
3
CRAQUE NA INTIMIDADE
Zagueiro que se prezasse
jamais poderia bobear diante de Célio. Aquele sujeito calmo, que gostava de
ficar em casa, só de calção e de chinelos, como todo bom descendente de
português, não dispensando um animado jogo de buraco (baralho), junto
com a sua mulher, Nilda, e o vizinho Dari, defensor do Fluminense, era uma fera, feríssima nos grmados. Que
o diga os 106 gols marcados com a jaqueta cruzmaltina, em tempos em que se
jogava uma vez por semana, sem preocupações com as estatísticas. Como o
definiu a Revista do Esporte, principal publicação esportiva do
país da década-1960 – Nº 246, de 23 de novembro de 1963 -,
Célio aliava “a valentia e a determinação de completar uma jogada à
inteligência com que conduzia a bola ou a lançava um companheiro”.
Devido tais características do
goleador, a publicação o incluiu entre os 17 atacantes que considerava os
melhores do país, para um deles ser o companheiro de Pelé durante a Copa do
Mundo-1966, na Inglaterra – os outros eram Coutinho, parceiro do “Rei”
no ataque do Santos; Aírton e Dida (Flamengo); Amarildo e Quarentinha
(Botafogo); Joaquinzinho (Fluminense); Parada (Bangu); Nei e Silva
(Corinthians); Ivair (Portuguesa de Desportos); Servílio e Vavá
(Palmeiras); Prado e Pagão (São Paulo); Flávio (Internacional); Marco Antônio
(Cruzeiro) e Picolé (São Bento, de
Sorocaba-SP).
Célio foi 100% atleta. Jamais
bebia alcoólicos e nem freqüentava as badaladas noitadas cariocas. Preferia
colocar o pijama, entre as 22 e 23 horas, para ter uma boa noite de sono e,
no dia seguinte, por volta das seis manhã, ir ao chuveiro – usava sabonete
Gessi e escovava os dentes com o creme Eucalol. Acreditava que,
cuidando-se bem, camisa ganhava: “Influi, sim, a depender do estado psicológico de cada um”, afirmava e falava
o mesmo das concentrações antes das partidas: “Só concenrtações
longa, não beneficiam o atleta”.
Os
gramados do Maracanã e do Estádio Nacional, de Santiago do Chile eram considerados
por Célio os melhores em que jogara. Pior: “O do XV de Novembro, em Jaú-SP”, apontava. Ao mesmo tempo em que,
brincando dizendo “não sou dos piores”, considerava Pelé e Gérson
dois supercraques, e admirava muito, também, o ex-vascaíno Vavá, então no
Palmeiras. E contava emocionar-se com todas as vitórias, das quais destacava
Vasco 1 x 0 Flamengo, com gol dele, cobrando falta, de fora da área, pelo
Torneio Rio-São Paulo de 1964.
A sua simplicidade era o que Célio
mais admirava em si. Como bom descendente de português, preferia as
morenas. Pesando 70 quilos, comia de tudo, principalmente os “saborosos
quitutes da Dona Nilda” (Maria Gianjulio Taveira).
Cuidava-se, porém, para não passar dos limites e perder a mobilidades dos
centroavantes impiedosos.
Terminadas as partidas, Célio corria
para uma chuveirada fria. Dificilmente, usava uma banheira, onde muitos
atletas até tiravam uma soneca. Deixava o soninho para depois do almoço,
principalmente nos dias em que podia ir à praia, junto com a sua mulher. Só
não a levava aos seus jogos, porque a parceira, desde os tempos de namorados,
não suportava vê-lo recebendo bordoadas dos zagueiros. Se bem que, depois dos
jogos, não deixasse de lhe indagar pelo placar.
Além das partidas de baralho, Célio
tinha outro programa noturno, em sua casa, na Ilha do Governador:
assistir videoteipes dos jogos que pudesse. Achava ser
preciso analisar as suas atuações e “espionar” possíveis futuros
marcadores. Se dependesse da sua vontade, o seu primeiro herdeiro seria um
garoto. Mas a “cegonha” atendeu o pedido da Dona Nilda e lhe
entregou Flávia Giangiulio Taveira, no domingo 5 de julho de 1964, na
Maternidade Arnaldo de Morais, em Copacabana, às 20h45, pesando 3,550 quilos
e medindo 51 centímetros de altura.
Naquele dia, Célio estava convidado,
pelo presidente vascaíno, Manoel Joaquim Lopes, para ir com ele à cidade de
Leopoldina-NG, onde haveria amistoso de time misto cruzmaltino. Só não foi
porque a sua mulher - acompanhada, desde o início da gestação, pela médica
Teresinha Mota -, sentiu-se indisposta. Então, em vez de ir às Minas Gerais, “viajei, da Ilha do Governador até Copacabana, dirigindo um Dauphine que fui
buscar, em Santos, emprestado por meu pai”, contou – aquilo, uns 20 dias
antes da chegada da hoje arquiteta Flávial, mãe da Miss Paraíba-2010, Natália
Taveira. Era pensamento dele esperar umas duas temporadas para encomendar um
menino e formar um casal. “Depois, iria dispensar a cegonha”,
brincava, até a chegada de Marcelo, que antecedeu a futura jornalista Camila
Taveira, hoje, na TV Record-Brasília.
Desde garoto, Célio era de assumir
posições políticas sem tergiversar. Em 1965, por exemplo, quando os
cartolas cariocas queriam abolir o dinheiro extra que os jogadores levavam
das assinaturas de contratos, as luvas, por considerarem-nas
inflacionárias – prometendo salários mais altos, na realidade, luvas parceladas
–, ele ficou contra, por não ver benefícios com a inovação. “Seremos
obrigados a pedir, por favor, algum dinheiro, quando temos um direito”, protestou. Não
titubeava diante de posturas a assumir. Quando um repórter o indagou sobre
que o que faria se recebesse uma proposta para amolecer um jogo - seção
Bate Bola, Nº 310, da Revista do Esporte, de 13 de fevereiro de 1965 -,
avisou que, se estivesse calmo, não daria atenção. Caso ficasse nervoso, não
se responsabilizaria pelo que sucedesse.
Sempre ligado na partida, Célio não
jogava calado e jamais deixava de alertar um companheiro que tivesse a posse
da bola ameaçada por um “ladrão”. Com os árbitros – considerava
Armando Marques o melhor – discutira muito em seus inícios de carreira,
quando era o capitão do time do Jabaquara e via-se, muitas vezes,
esbulhado. “No interior paulista não era fácil. Era obrigado a
gritar”, lembrava o sujeito que revoltava-se ao receber críticas
infundadas.
Célio, além de de sua vida vascaína,
foi capaz de tabelar não só com Saulzinho. Exerceu, também,
atividades fora do futebol, como apresentar o programa de rádio “Discoteca
do Célio”, quando era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, em
Monevidéu. Certa vez, conseguiu entrevista exclusiva com o cantor
Roberto Carlos, que vivia grandes momentos com a sua Jovem Guarda. Na
paraibana João Pessoa, onde viveu, após o final da carreira, esteve
comentarista esportivo da Rádio CBN, e foi sócio-administrador de empresa de
embalagens para exportação de frutas.
4
TEMPORADA-1963
O Vasco começara mal
o Campeonato Carioca, perdendo do Campo Grande e empatando com o
Madureira. Levou vaias, consideradas injustas por Célio, que avisou à
torcida - Revista do Esporte - Nº 233, de 24 de agosto de 1963 – que apupos poderiam atrapalhar
mais. Tinha moral para reclamar, pois voltara campeão do Pentagonal do
México e elogiado por um dos mais experientes e respeitados colegas
do futebol carioca, o defensor Barbosinha, para quem "Célio é um
craque. Em tudo ele nos faz recordar o Delém o (ídolo que fora substituir).
Até o físico é igual. Impetuoso, lutador, poderá dar muitas alegrias à
torcida vascaína" – o que aconteceu.
Célio justificava atuações
fracas do time do início do Estadual-1963, pelo cansaço do grupo voltado de
estafantes excursões ao exterior, pouco antes. “Entramos quase sem pernas
no campeonato (Carioca)”, afirmou, referindo-se ao desgaste físico
deixado pelo giro por El Salvador, México, Chile, África e Europa, entre
janeiro, maio e junho. “Lá fora, eu e o Saulzinho não jogamos juntos
três vezes seguidas, e o time não conseguia atuar duas partidas com a mesma
formação”, queixou-se. Também, chamava a atenção para o fato de
peças-chaves do time serem jovens e, embora elogiando o meio-de-campo
vascaíno - Maranhão e Lorico -, que o via a nível de Seleção Brasileira para
a Copa do Mundo-66, achava que a dupla ainda não tinha “o necessário
traquejo e a indispensável experiência para prender e passar a bola, conforme
o caso”. Por isso, pedia o incentivo da torcida e lembrava que
aquela mesma turma criticada ganhara, recentemente, excursionando,
de times de primeira categoria. “Foram provas duríssimas,
nas quais o Vasco saiu-se bem, ganhando os maiores elogios da crítica e do
público (estrangeiro)”, ressaltou.
Sobre o giro pelo continerte
africano, Célio lembrou ter o time vascaíno enfrentado temperaturas de 47
graus à sombra, jogando seguidamente, até chegar à Espanha. “Os colegas
resistiram à dureza da excursão por força da obrigação, pois todo o grupo já
estava saturado de bola”, garantiu, acrescentando que seriam
necessário uns 15 dias de descanso para reposição de energia. “Nos
esperava era a dureza do campeonato (Carioca) que já estava correndo. Como
não poderia deixar de ser, o Vasco sentiu o efeito de excursões cansativas e
prejudiciais, perdendo, para o Campo Grande, na segunda rodada”, discutiu,
cobrando que, durante a passagem pelo Chile, sem muitos desgastes físicos,
ainda, “fazíamos gols por música, o gol já vinha feito”.
Embora não tivesse merecido a
atenção do treinador Jorge Vieira, quando juntara-se à delegação vascaína, em
janeiro, no México, Célio elogiava o sistema tático do comandante da equipe,
considerando-o “ótimo”, por fechar o meio-de-campo e
possibilitar ataque em massa.
Esquisitamente, ao final da temporada-1963, ele foi apontado, pela Revista
do Esporte, entre as revelações do Campeonato Carioca, palpite nada
correto, pois já havia passado da fase de revelação, por já
ter participado de campanhas paulistas por Ponte Preta e Jabaquara. E até
disputado amistosos pelo italiano Milan, que não o levou devido desacertos
financeiros com o dono do seu passe.
FOTO NO MILAN
Durante o Campeonato Carioca em que
os vascaínos começaram vaiados, Célio atingiu a marca de 15 gols (três a
menos do que o principal matador, o banguense Bianchini), em 22
jogos, atuando ao lado de Saulzinho, Altamiro, Mário Tilico ou
Vevé. Destaque no ataque de São Januário, como homem-base da dupla
fatal, aos 23 anos, ele não era mesmo pra ser considerado revelação
de temporada. Já era uma realidade.
|
EXCESSO DE
AMÉRICA
Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama
enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato
Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro
pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã,
por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro,
o rival conseguiu segurar a Turma da Colina e ficar
nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada
enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0
(10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o
início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na
foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.
5
CASAMENTO
O ofício de fazer gols para o
Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de
adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar
da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma
terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela
passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.
Fora grande o número de
presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre
outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no
Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua
rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo
fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo
enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca.
Célio entrou na igreja ás 16h45,
apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda,
às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto
Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela
usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo
sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de
laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda
Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo
trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no
mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.
Célio conheceu Ilda quando jogava pelo
Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um
jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de
ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais
forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou
com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início,
Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca,
mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado
na área, em junho de 1962.
Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no
altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas,
São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a
promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o
ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de
entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos
jogadores (para a festinha de final de
ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros
mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de
imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto
previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara
das luvas recebidas pela mudança do
Jabaquara para o Vasco da Gama.
Em junho de 1964, quando
esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao
assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam
aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do
período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura
fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido
Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só
oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar
desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três
partidas nas quais entrara.
6
MELHORES DE 1964
Durante as a década-1960, era
tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o
Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho
e Célio no time dos melhores, após
o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara
fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.
No caso da Revista do
Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta
ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio
Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal),
Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo
Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir
Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do
Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos
Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio
Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio
Mauá); Ricardo Serran (O Globo); Luís Alberto (Diário
de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence
(Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don
Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora);
Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O
Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio
Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio
e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta
seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres
(Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo),
com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair
(Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da
Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).
A fase vivida por Célio era boa, mas
o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em
sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América.
Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a
menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11
vitórias, marcara 44 gols - 16 de Célio - e levara 28.
Célio considerou o seu gol mais
bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0
Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e
Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres, fez-me o
passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou
entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o
Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia
saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola
bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o
equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que
enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.
O jogo em que Célio fez o seu
considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964 foi no domingo
13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio
assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além
de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo
e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele, um boa temporada nas redes.
7
CAPA DE REVISTA
FOTO DA REVESP
A Revista do
Esporte - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na
capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia:
"Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou,
de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com
suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava
que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão
que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie
de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu
time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há
ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de
iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam
devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche
os olhos da torcida: cabeceando bem, testando a bola com pontaria
certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz
com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”.
Tempos depois, pelo Nº 378, de
4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das
muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente
dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo
sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do
Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia
chamada espantativ: “Ele é vascaíno desde garotinho,
mas.. - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer
deixar o Vasco”.
Segundo a publicação,
Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor,
dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da
família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com
ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de
1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir
Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho
(agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de
cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição
dos braços.
Quando lançou as duas tiragens,
a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua
Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do
Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os
repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho,
Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton
Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com
o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não
seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o
diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”.
Célio voltou a estampar uma revista
pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que
circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se
intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com
sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli
e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu:
Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da
esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e
Zezinho (agachados, na mesma ordem).
FOTO
Célio mereceu, também,
contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho
do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da
Gama.
FOTO
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PENALTIEIRO
Em 1965, Célio fazia parte da
galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time
de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo),
Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio
(Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na
época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei
Pelé” e que andou sendo proibida.
Embora fosse considerada um deboche, por entrevista
à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia
não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a
imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro
canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.
De sua parte, Célio tinha esta
receita para a sua cobrança: “A
maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente,
gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida,
sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair
para um lado, procuro colocar a bola no outro”.
E gols com bola rolando, qual a
receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte -
Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos
pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica;
4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.
A publicação considerou Célio
um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol
carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do
corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua
presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura,
firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um
atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e,
muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no
peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara,
quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”. À
época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e
dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar
muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.
Em uma outra edição na qual ele
voltara a ser capa da Revista do Esporte - Nº 378, de 4 de
junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera
boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o
escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas
folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” -
queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste
proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco
mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi),
além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15%
que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso.
Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube
paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do
Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia,
a fera.
9
GOLS MAIS BONITOS
Célio
considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no
Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo.
Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me
abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho
ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu
lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei
na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu
com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes.
FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO
Dois
anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra
o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti
contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos
animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e
igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante,
para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .
Também,
valeu muito, para Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra
o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi
a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi
recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra
arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé
trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1
x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.
Também,
diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols
que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes,
à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O
lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela
ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação.
Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a
ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e
corri para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de
bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três,
naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco
minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.
Ainda
de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles
vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga
mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé
Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance.
A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços
levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos
e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” ,
descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa
inicial, e aos nove da final, no Maracanã.
Célio sempre achou que “quem não tenta
não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos
goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o
melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de
vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não
botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito
confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a
cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito
efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil
cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou,
do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774
pagantes – o forte ataque alvinegro tinha Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo.
Dos
seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo
Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro
(estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela
intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da
Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida,
ele foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e
a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu
primeiro grande gol como profissional”, recordava.
O outro
golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o
Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso
zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga.
Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a
bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém
pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área
deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no
esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que
foi um belo gol”.
10
AMIGO DA REDE
Nem só de visitas às
redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central,
lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente,
em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.
Antes de começar a desempregar
goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a
Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio
Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três
goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo
fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos
cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem
saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente,
o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os
bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei
daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.
Estava escrito, porém, que
chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em
1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o
argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20
minutos para o final de uma partida contra o Corinthians, no Parque São
Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.
O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e
os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao
Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas
vezes, ele acertou um murro na cabeça de zagueiro colega,
nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o
Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o
Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me
uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas
chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola
pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma
dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou.
A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio
da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que
tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me
defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos
Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de tropa de choque policial até
serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi
apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro",
reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio
Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.
O temperamento de não levar desaforos
para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária
esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo
Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da
Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele
jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É
fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os
meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que
eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de
opinião", afirmava.
Para exemplificar o que Célio sofria
dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino
saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e
Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro
Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o
médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros,
bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda
duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o
Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um
lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe
que foi num lance de meio do campo, sem perigo de gol. Deixou-me
de fora de muitos treinos e jogos”.
O que foi lido acima era até pouco
diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus
ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para
tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini
acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu
estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar,
dizendo: ‘Aqui é assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou,
sorrindo, muito tempo depois.
11
O ÍDOLO DE
CRISTAL
Os zagueiros fizeram Célio ser o “Rei
das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele
nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta
daquilo, vivia na na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias
lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro
semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres
apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a
frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem
ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que
me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes
mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de de vidro ou de
cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para
conferir" - Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.
Célio imputava às retrancas
grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol
carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com
isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais
pontapés e cabeçadas", criticava.
Quando era parado pelos becões na
pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em
cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande
distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor
visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo
novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem
por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita,
Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me
paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.
Em quatro tempradas vestindo a
jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores
goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó –
à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a
1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado
à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2
- Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a
1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes
(44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o
segundo esteve vascaíno, de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42
gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958.
12
VOO CANARINHO
FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo,
Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná foi a
primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965
Célio chegou à Seleção Brasileira,
mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos
políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito
(zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa
das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual
CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção
Brasileira, em 1965.
Convocado pelo treinador Vicente Feola, para
amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas
partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo
testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha
Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o
que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.
FOTO
Aquele jogo rolou em 6 de julho de
1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob
o apito do peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma
Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha
(Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo
estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no
decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi
um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –, com novo apito
peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki, e o time brasileiro
sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da
Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo.
Célio não foi escalado em nenhum dos
quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União
Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra,
ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no
Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O
escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e
Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho,
Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.
FOTO
Da esquerda para a dirieta, em pé:
Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem:
Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.
Perto da Copa do Mundo, os
cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a
imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante
jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um
minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa
do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no
feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter
Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo;
Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem
para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir
Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e
Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio
(Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).
FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson,
Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados
Dos atletas vascaínos – os
zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas
do primeiro jogo -, o apoiador/lateral Oldair Barchi e o atacante Célio
– convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da
Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19
de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no
estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De
candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do
Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo
mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal.
Para aquela campanha, a CBD
convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o
principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a
vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do
Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por
aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse
por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos
extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.
13
CÉLIO &
MÁRIO TILICO
Marcado em um dos supercílio e
por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo
assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto,
ou no chão, é minha. Ninguém tasca”.
Foi assim que ele saiu para o abraço,
em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal
com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico.
Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1
x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando
o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até
os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar
juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2
x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.
No Brasil, a primeria reunião
da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo
Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo,
o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no
6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato
Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento
cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0
Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de
dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1
Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio
marcando seis e Mário quatro gols.
Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de
setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São
Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco)
por chefes, até o final de 1963. Veio a temporada seguinte e Pelegrino
manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG
e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por
torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era
Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol
marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio
foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que
marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2
Cerro Porteño, a dupla Célio & Mário foi mantida e
este marcou o chamado gol de honra.
A seguir, rolou o Torneio Rio-São
Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0
Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o
comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três
gols, e Mário nenhum.
Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco
amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio
& Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro
amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque
preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou
o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de
julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até
o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns
deles em triunviratos ofensivaço com a presença de
Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3
x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo
Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.
Em 1965, entregando o seu
comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela
popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio
Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e
4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com
o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais
36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara,
Taça Brasil e Torneio Início do Campeonato Carioca. Quando Célio ficou
fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.
FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV
CENTENÁRIO
Em 1966, o treinador Zezé
Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que
atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x 3 Chivas
Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que
significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio
Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e
Corinthians). Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a
ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo
Mata.
14
CÉLIO & PELÉ
FOTO
Aos 29 de idade, em 1969, quando já
estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de
Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro
de Pelé no ataque do Peixe,
sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando
a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o
treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com
o “Rei” querendo.
Célio e
Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu
em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo
entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em Vasco 3 x 0 Santos, pelo
Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante
de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados
por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano.
O troco sanista aconteceu durante a
primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de
16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil
cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela Taça Brasil. Daquela vez,
Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou
devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro,
no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o
pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e
que, também, valia vaga na Taça Libertadores.
Aquele jogo, no entanto, não foi
tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os
quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo
no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de
Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e
Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do
Santos.
Célio voltou a encara
Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A
primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de
Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos
15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha
Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La
Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.
Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o
Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas,
Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago,
Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram:
Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo
e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.
Os dois outros encontros Célio
& Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos
pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém
venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do
Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto
Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas,
Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos,
treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda;
Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.
O último encontro da dupla nos gramados foi
no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem
vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910
presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os
corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue,
Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam:
Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo
Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu
Américo. OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos,
vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols.
Com a camisa canarinha, os
dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção
Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio
entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano,
escalado pelo treinador Vicente Feola, que mandou ao
gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e
Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em
09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o
time do jogo anterior e as substituições.
15
ENTORTOU
O DEMÔNIO
O que seria que o cidadão
Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha,
maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio
das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se
devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do
Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega
pra lá no também chamado Torto.
Embora tivesse desembarcado em São Januário,
em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de
abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,
em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro
tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico;
Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos
astros Manga, Rildo, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo
– ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.
No segundo pega, em 11 de agosto de 1965,
pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3
x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha;
Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará,
Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos,
Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha,
Jairzinho, Arlindo e Zagallo.
FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio,
Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete
Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à
frente do Mané. Era a decisão
da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra
carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O
Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel,
Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho,
Sicupira e Roberto.
|
FILME
DOS GOLS DE CÉLIO
O último
confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para
o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154
pagantes ao Pacaembu, na capital paulista, lotando o
estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37
e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele:
Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por
Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e
Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano,
Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da
história: Célio 3 x 1 Garrincha.
16
TEMPORADA-1966
Foi a últma de Célio com a camisa
cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio
internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A
sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 -
Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo
Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu
último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373
torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos
do segundo tempo – ver ficha técnica.
Célio começou a
temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos,
entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora
de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra
times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco
2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora
boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse
conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que
deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians
-, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos
da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.
Por
ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito
abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11
jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando
11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final,
subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com sete pontos, em
sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols
e deixou pasar 11 gols.
Durante
a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era
fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo,
abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais
cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado
pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais
nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei
a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia
que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No
entanto, ao
deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio
Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio
Francisco Vasques-1964; I Torneio Internacional IV Centenário do
Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São
Paulo-1966.
17
ILUMINADO
Célio
foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da
Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando
os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e
aos nove da etapa final.
O jogo rolou em noite festiva, com a a
Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio
Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão
mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na
capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha
poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil
para se chegar ao local da partida
Antes daquele clássico carioca em que
Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em
Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo
aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o
Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de
Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo
(empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta
recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x
- 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 –
1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além
daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por
1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes
No jogo em Brasília,
Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54,
em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel
(Gama), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo
Menezes; William, Picolé (Zezinho), Célio e Tião (Ronildo).
18 - DO
OUTRO LADO DO BALCÃO
Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no
Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331
pagantes, Célio enfrentou a Turma
da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de
Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas,
Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero;
Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente
que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e
Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini,
Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos
16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da
Silva, o Zizinho, era o trinador.
Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama
levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo
contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato
Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de
Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado,
contra a Lusa do Canindé
(apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve
24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira
Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas
de 1989.
A partir de 1967, quando foi viver
Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas
e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça
Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela
competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos
nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em
sua homenagem. Quem diria: o matador
virou tango! Com esta letra e a foto da partitura: COLOCAR
AQUI A PARTITURA
Onze meninos entram em
campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente...
Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os
jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com
louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua
ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do
Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os
onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas
ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São
campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o
entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A
grande bandeira flamejante está.
Pra merecer tango da torcida de
tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago
Grazzi, Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de
Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2);
Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de
Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2);
Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4);
DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2);
Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg
(2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2);
Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2);
Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1);
Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4);
Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1);
River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1);
Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2);
Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc
(1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de
Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).
19 - REPATRIADO
Em
1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e
parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário,
de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”,
segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi
tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas,
na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo,
de João Pessoa.
Gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando
quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as
suas partidas e gols da temporada -1966:
09.01.1966 - Vasco 2 x 0
Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador.
Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino),
Célio (Benê) e Zezinho.
11.01.1966 – Vasco
0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público:
40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS:
ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador
Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e
Danilo Menezes.
18.01.1966 - Vasco 0x 3
Chivas Guadalajara-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio:
da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael
Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Tião.
23.01.1966 - Vasco 0 x 2
Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco:
Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes
(Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes
fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação
como ponta-esquerda.
27.01.1966 – 2 x 2
Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho
Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Acelino, Célio e Danilo Menezes.
03.03.1966 - Vasco
0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México.
Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di
Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e
Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil,
pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.
06.02.1966 – Vasco 2 x 0
Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA. Juiz:
Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo.
Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico
(Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante
porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo
Menezes foram expulsos de campo.
26.02.1966 – Vasco 1 x 0
Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694.
Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º
tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico
(Rubilotas) e Tião (Zezinho).
02.03.1966 – Vasco 3 x 0
Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos
23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho
Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro
Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time
corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio
Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador
Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio
foi considerado o principal nome da noite.
05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358.
520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião
(Altamiro Capixaba).
09.03.1966 – Vasco 1 x 0
São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel
Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e
Tião.
13.03.1966 – Vasco 1 x 2
Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min
do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e
Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho),
Célio, Lorico (Picolé) e Tião.
17.03.1966 – Vasco
1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho,
aos 22 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito,
Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé),
Célio, Lorico (Zezinho) e Tião.
20.03.1966 – Vasco 2 x 5
Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16
do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.
24.03.1966 – Vasco 1 x 0
Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ.
Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$
13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico);
Zezinh, Célio, Picolé e Tião.
27.03.1966 – Vasco 0 x 3
Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário
Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho
(Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.
31.03.1966 – Vasco 2 x 1
Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio
Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e
aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício
(Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo
Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS:
o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a
mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito
dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito
Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto,
o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.
29.05.1966 – Vasco 1 x 2
Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT. Juiz: Alessandro
D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari,
Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico
e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito
amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua
Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e
Standard-BEL.
02.06.1966 – Vasco 1 x 2
Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz:
Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro
Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado,
Célio, Acelino e Danilo Menezes.
04.06.1966 - Vasco 2 x 3
Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau.
Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e
Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio),
Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico),
Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).
08.06.1966 – Vasco 1 x 1
Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz:
Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos 30 min
do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade;
Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira),
Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes.
15.06.1966 – Vasco 0 x 2
Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des
Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge
Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson
Moreira), Bianchini e Danilo Menezes.
17.06.1966 – Vasco 1 x 1
Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin.
Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º
tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do
treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2
Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta,
porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em
Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de
Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio
marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.
17.07.1966 – Vasco 0 x 0
Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do
Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha;
Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas;
Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na
escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o
meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé
Moreira descansar um pouco.
24.07.1966 – Vasco 1 x 1
Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gol: Danilo Menezes, no 2º tempo.
Vasco: Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo;
2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de
Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento
vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.
18.08.1966 – Vasco 1 x 1
Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de
Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo
Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito,
Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e
escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não
atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo,
respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.
27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo
Menzes.
03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira
e Moraes.
07.09.1966 – Vasco
1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG.
Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão
(Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino),
Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.
18.09.1966 – Vasco 3 x 1
Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos
4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado,
Célio, Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não
participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São
Cristóvão.
22.09.1966 – Vasco 3 x 0
Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de
Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e
Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
25.09.1966 – Vasco 3 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols:
Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º
tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.
29.09.1966 – Vasco 0 x 1
América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira
de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
16.10.1966 – Vasco 0 x 0
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de
Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson
Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado,
Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas
duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10
–Vasco 0 x 0 Flamengo.
19.10.1966 – Vasco 1 x 2
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol:
Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri);
Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,
Madureira e Danilo Menezes.
25.10.1966 – Vasco 1 x 2
Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata,
aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo
Mata e Zezinho.
30.10.1966 – Vasco 1 x 2
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair
(pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana
e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e
Zezinho. OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.
03.11.1966 – Vasco 1 x 1
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo
Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata,
aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e
Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.
06.11.1966 – Vasco 1 x 2
Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da
Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do
1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair
(Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César
(Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio
Lomanto Júnior.
10.11.1966 – Vasco 0 x 3
América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de
Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco:
Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo
Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este
jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não
comandou mais o time vascaíno.
13.11.1966 – Vasco 1 x 0
Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa,
em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra),
aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari,
Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado,
Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do
Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do
Amparo comandou a equipe.
19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela
Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís
César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por
Célio.
26.11.196 - Vasco 2 x 1
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols:
Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e
Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno
marcado por Célio.
03.12.1966 – Vasco 0 x 3
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson
Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio,
Paulo Mata e Zezinho.
11.12.1966 – Vasco 2 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43
min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas;
Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último
jogo de Célio pelo Vasco da Gama.
TODOS OS JOGOS E
GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA
|
Jogo
|
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição
|
Complemento
|
Gols
|
Total
|
1
|
17-jan-1963
|
5x0
|
Oro (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
2
|
20-jan-1963
|
1x1
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
3
|
31-jan-1963
|
1x1
|
Dukla Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
4
|
03-fev-1963
|
1x1
|
Toluca (MÉXICO)
|
Amistoso
|
|
|
0
|
5
|
10-fev-1963
|
2x0
|
Seleção de El Salvador
|
Amistoso
|
|
|
0
|
6
|
13-fev-1963
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
7
|
16-fev-1963
|
2x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
8
|
21-fev-1963
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
9
|
6-mar-1963
|
0x0
|
Olaria-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
10
|
9-mar-1963
|
1x2
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
11
|
13-mar-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
12
|
17-mar-1963
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
13
|
24-mar-1963
|
1x2
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
14
|
28-mar-1963
|
1x1
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
1
|
15
|
31-mar-1963
|
2x2
|
Universidad Católica (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
2
|
16
|
09-abr-1963
|
3x2
|
Peñarol (URUGUAI)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
3
|
17
|
11-abr-1963
|
3x1
|
Colo-Colo (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
2
|
5
|
18
|
14-abr-1963
|
2x2
|
Universidad de Chile (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
6
|
19
|
27-abr-1963
|
2x3
|
Goytacaz-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
7
|
20
|
05-mai-1963
|
3x0
|
Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)
|
Amistoso
|
|
|
7
|
21
|
09-mai-1963
|
3x0
|
Asante Kotoko (GANA)
|
Amistoso
|
|
1
|
8
|
22
|
12-mai-1963
|
0x0
|
Real Republicans (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
8
|
23
|
25-mai-1963
|
6x0
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
|
8
|
24
|
26-mai-1963
|
3x1
|
Seleção da Nigéria Ocidental
|
Amistoso
|
|
2
|
10
|
25
|
29-mai-1963
|
2x1
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
1
|
11
|
26
|
4-jun-1963
|
4x1
|
Al-Mourada (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
27
|
11-jun-1963
|
0x3
|
Sporting (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
28
|
30-jun-1963
|
4x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
12
|
29
|
7-jul-1963
|
1x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
12
|
30
|
14-jul-1963
|
5x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
14
|
31
|
28-jul-1963
|
1x3
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
15
|
32
|
04-ago-1963
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
16
|
33
|
10-ago-1963
|
1x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
17
|
34
|
24-ago-1963
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
35
|
03-set-1963
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
36
|
06-set-1963
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
18
|
37
|
06-out-1963
|
1x1
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
19
|
38
|
09-out-1963
|
0x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
39
|
20-out-1963
|
0x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
40
|
26-out-1963
|
2x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
21
|
41
|
3-nov-1963
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
22
|
42
|
10-nov-1963
|
4x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
24
|
43
|
15-nov-1963
|
3x4
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
25
|
44
|
22-nov-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
45
|
01-dez-1963
|
2x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
46
|
07-dez-1963
|
1x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
26
|
47
|
14-dez-1963
|
2x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
26
|
48
|
26-jan-1964
|
1x1
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
27
|
49
|
27-fev-1964
|
1x0
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
28
|
50
|
6-mar-1964
|
1x2
|
Guarani (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
28
|
51
|
8-mar-1964
|
1x1
|
Racing (ARGENTINA)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
1
|
29
|
52
|
10-mar-1964
|
1x2
|
Cerro Porteño (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
29
|
53
|
14-mar-1964
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
29
|
54
|
21-mar-1964
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
30
|
55
|
29-mar-1964
|
0x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
30
|
56
|
04-abr-1964
|
3x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
31
|
57
|
12-abr-1964
|
1x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
31
|
58
|
15-abr-1964
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
32
|
59
|
19-abr-1964
|
0x0
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
60
|
23-abr-1964
|
0x0
|
Siderúrgica-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
61
|
26-abr-1964
|
1x0
|
Valeriodoce-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
62
|
01-mai-1964
|
3x2
|
Atlético Paranaense-PR
|
Amistoso
|
|
1
|
33
|
63
|
03-mai-1964
|
1x2
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
64
|
06-mai-1964
|
0x1
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
65
|
09-mai-1964
|
3x3
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
66
|
14-jun-1964
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
34
|
67
|
18-jun-1964
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
34
|
68
|
21-jun-1964
|
2x0
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
34
|
69
|
25-jun-1964
|
3x0
|
Villa Nova-MG
|
Amistoso
|
|
|
34
|
70
|
28-jun-1964
|
0x0
|
América-RJ
|
Torneio Início
|
1x2 pen
|
|
34
|
71
|
4-jul-1964
|
1x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
72
|
12-jul-1964
|
2x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
35
|
73
|
19-jul-1964
|
1x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
36
|
74
|
23-jul-1964
|
1x2
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
36
|
75
|
25-jul-1964
|
0x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
|
36
|
76
|
09-ago-1964
|
3x3
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
37
|
77
|
16-ago-1964
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
78
|
19-ago-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
79
|
23-ago-1964
|
2x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
80
|
27-ago-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
38
|
81
|
30-ago-1964
|
1x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
|
38
|
82
|
01-set-1964
|
1x0
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
1
|
39
|
83
|
06-set-1964
|
2x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
39
|
84
|
13-set-1964
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
40
|
85
|
20-set-1964
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
86
|
27-set-1964
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
42
|
87
|
01-out-1964
|
2x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
43
|
88
|
04-out-1964
|
2x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
89
|
07-out-1964
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
90
|
11-out-1964
|
1x0
|
Paysandu-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
43
|
91
|
14-out-1964
|
3x1
|
Tuna Luso-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
44
|
92
|
17-out-1964
|
3x2
|
Remo-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
45
|
93
|
18-out-1964
|
3x2
|
Robinhood (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
1
|
46
|
94
|
20-out-1964
|
1x1
|
Transvaal (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
|
46
|
95
|
25-out-1964
|
4x2
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
47
|
96
|
31-out-1964
|
4x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
49
|
97
|
7-nov-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
98
|
13-nov-1964
|
5x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
3
|
52
|
99
|
15-nov-1964
|
2x0
|
Porto Alegre-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
53
|
100
|
22-nov-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
54
|
101
|
29-nov-1964
|
3x1
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
102
|
06-dez-1964
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
103
|
12-dez-1964
|
1x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
55
|
104
|
17-jan-1965
|
3x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
57
|
105
|
21-jan-1965
|
4x1
|
Flamengo-RJ
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
59
|
106
|
24-jan-1965
|
1x0
|
Independente-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
60
|
107
|
26-jan-1965
|
4x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
2
|
62
|
108
|
31-jan-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
|
62
|
109
|
04-fev-1965
|
3x1
|
Sport-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
63
|
110
|
07-fev-1965
|
2x0
|
Santa Cruz-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
|
63
|
111
|
10-fev-1965
|
1x1
|
Náutico-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
64
|
112
|
14-fev-1965
|
1x3
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
113
|
20-fev-1965
|
2x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
114
|
7-mar-1965
|
1x4
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
65
|
115
|
14-mar-1965
|
0x1
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
65
|
116
|
17-mar-1965
|
2x0
|
Remo-PA
|
Amistoso
|
|
|
65
|
117
|
24-mar-1965
|
4x2
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
66
|
118
|
04-abr-1965
|
3x0
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
119
|
07-abr-1965
|
2x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
120
|
10-abr-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
121
|
14-abr-1965
|
4x0
|
América-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
68
|
122
|
17-abr-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
123
|
21-abr-1965
|
1x1
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
68
|
124
|
24-abr-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
125
|
02-mai-1965
|
2x3
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
126
|
05-mai-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
69
|
127
|
09-mai-1965
|
1x4
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
70
|
128
|
16-mai-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
129
|
20-mai-1965
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
130
|
14-jul-1965
|
5x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
72
|
131
|
22-jul-1965
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
72
|
132
|
28-jul-1965
|
1x0
|
América-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
73
|
133
|
01-ago-1965
|
4x0
|
Tupi-MG
|
Amistoso
|
|
3
|
76
|
134
|
07-ago-1965
|
3x1
|
Bangu-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
135
|
11-ago-1965
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
136
|
21-ago-1965
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
78
|
137
|
25-ago-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
79
|
138
|
05-set-1965
|
2x0
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
79
|
139
|
19-set-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
80
|
140
|
02-out-1965
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
141
|
09-out-1965
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
142
|
17-out-1965
|
2x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
82
|
143
|
24-out-1965
|
0x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
82
|
144
|
30-out-1965
|
4x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
83
|
145
|
3-nov-1965
|
2x2
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
2
|
85
|
146
|
7-nov-1965
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
86
|
147
|
10-nov-1965
|
1x0
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
|
86
|
148
|
14-nov-1965
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
87
|
149
|
20-nov-1965
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
150
|
28-nov-1965
|
0x1
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
151
|
01-dez-1965
|
1x5
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
1
|
88
|
152
|
08-dez-1965
|
0x1
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
|
88
|
153
|
12-dez-1965
|
5x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
89
|
154
|
15-dez-1965
|
2x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
89
|
155
|
9-jan-1966
|
2x0
|
Universidad (EL SALVADOR)
|
Amistoso
|
|
2
|
91
|
156
|
11-jan-1966
|
0x0
|
América (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
157
|
18-jan-1966
|
0x3
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
158
|
23-jan-1966
|
0x2
|
Atlas (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
159
|
27-jan-1966
|
2x2
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
1
|
92
|
160
|
03-fev-1966
|
0x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
92
|
161
|
06-fev-1966
|
2x1
|
Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)
|
Amistoso
|
|
1
|
93
|
162
|
26-fev-1966
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
93
|
163
|
2-mar-1966
|
3x0
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
95
|
164
|
5-mar-1966
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
96
|
165
|
9-mar-1966
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
97
|
166
|
13-mar-1966
|
1x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
98
|
167
|
17-mar-1966
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
98
|
168
|
20-mar-1966
|
2x5
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
99
|
169
|
24-mar-1966
|
1x0
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
170
|
27-mar-1966
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
171
|
31-mar-1966
|
2x1
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
2
|
101
|
172
|
29-mai-1966
|
1x2
|
Napoli (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
|
101
|
173
|
2-jun-1966
|
1x2
|
Arezzo (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
102
|
174
|
4-jun-1966
|
2x3
|
Bordeaux (FRANÇA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
175
|
8-jun-1966
|
1x1
|
Barcelona (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
176
|
15-jun-1966
|
0x2
|
Anderlecht (BÉLGICA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
|
102
|
177
|
17-jun-1966
|
1x1
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
1
|
103
|
178
|
17-jul-1966
|
0x0
|
Royal-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
179
|
24-jul-1966
|
1x1
|
Seleção de Novos de Vitória da
Conquista-BA
|
Amistoso
|
|
|
103
|
180
|
18-ago-1966
|
1x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
181
|
27-ago-1966
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
182
|
03-set-1966
|
0x3
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
183
|
07-set-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
184
|
18-set-1966
|
3x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
103
|
185
|
22-set-1966
|
3x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
104
|
186
|
25-set-1966
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
105
|
187
|
29-set-1966
|
0x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
188
|
16-out-1966
|
0x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
189
|
19-out-1966
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
190
|
25-out-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
191
|
30-out-1966
|
1x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
192
|
3-nov-1966
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
193
|
6-nov-1966
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
105
|
194
|
10-nov-1966
|
0x3
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
195
|
13-nov-1966
|
1x0
|
Fluminense-BA
|
Amistoso
|
|
|
105
|
196
|
19-nov-1966
|
0x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
197
|
26-nov-1966
|
2x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
106
|
198
|
03-dez-1966
|
0x3
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
199
|
11-dez-1966
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
AGRADECIMENTOS
Aos
amigos Carlos Molinari, Gustavo
Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita
(organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore,
Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e
gols marcados por Saulzinho e Célio.
|
|
|
Nascido em
Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020. Entre
1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.
|
EXCESSO DE
AMÉRICA
Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama
enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato
Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro
pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã,
por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro,
o rival conseguiu segurar a Turma da Colina e ficar
nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada
enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0
(10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o
início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na
foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.
5
CASAMENTO
O ofício de fazer gols para o
Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de
adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar
da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma
terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela
passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.
Fora grande o número de
presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre
outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no
Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua
rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo
fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo
enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca.
Célio entrou na igreja ás 16h45,
apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda,
às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto
Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela
usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo
sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de
laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda
Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo
trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no
mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.
Célio conheceu Ilda quando jogava pelo
Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um
jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de
ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais
forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou
com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início,
Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca,
mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado
na área, em junho de 1962.
Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no
altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas,
São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a
promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o
ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de
entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos
jogadores (para a festinha de final de
ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros
mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de
imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto
previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara
das luvas recebidas pela mudança do
Jabaquara para o Vasco da Gama.
Em junho de 1964, quando
esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao
assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam
aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do
período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura
fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido
Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só
oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar
desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três
partidas nas quais entrara.
6
MELHORES DE 1964
Durante as a década-1960, era
tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o
Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho
e Célio no time dos melhores, após
o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara
fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.
No caso da Revista do
Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta
ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio
Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal),
Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo
Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir
Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do
Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos
Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio
Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio
Mauá); Ricardo Serran (O Globo); Luís Alberto (Diário
de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence
(Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don
Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora);
Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O
Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio
Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio
e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta
seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres
(Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo),
com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair
(Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da
Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).
A fase vivida por Célio era boa, mas
o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em
sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América.
Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a
menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11
vitórias, marcara 44 gols - 16 de Célio - e levara 28.
Célio considerou o seu gol mais
bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0
Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e
Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres, fez-me o
passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou
entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o
Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia
saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola
bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o
equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que
enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.
O jogo em que Célio fez o seu
considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964 foi no domingo
13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio
assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além
de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo
e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele, um boa temporada nas redes.
7
CAPA DE REVISTA
FOTO DA REVESP
A Revista do
Esporte - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na
capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia:
"Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou,
de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com
suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava
que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão
que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie
de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu
time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há
ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de
iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam
devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche
os olhos da torcida: cabeceando bem, testando a bola com pontaria
certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz
com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”.
Tempos depois, pelo Nº 378, de
4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das
muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente
dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo
sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do
Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia
chamada espantativ: “Ele é vascaíno desde garotinho,
mas.. - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer
deixar o Vasco”.
Segundo a publicação,
Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor,
dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da
família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com
ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de
1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir
Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho
(agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de
cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição
dos braços.
Quando lançou as duas tiragens,
a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua
Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do
Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os
repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho,
Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton
Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com
o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não
seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o
diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”.
Célio voltou a estampar uma revista
pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que
circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se
intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com
sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli
e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu:
Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da
esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e
Zezinho (agachados, na mesma ordem).
FOTO
Célio mereceu, também,
contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho
do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da
Gama.
FOTO
8
PENALTIEIRO
Em 1965, Célio fazia parte da
galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time
de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo),
Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio
(Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na
época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei
Pelé” e que andou sendo proibida.
Embora fosse considerada um deboche, por entrevista
à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia
não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a
imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro
canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.
De sua parte, Célio tinha esta
receita para a sua cobrança: “A
maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente,
gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida,
sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair
para um lado, procuro colocar a bola no outro”.
E gols com bola rolando, qual a
receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte -
Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos
pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica;
4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.
A publicação considerou Célio
um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol
carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do
corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua
presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura,
firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um
atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e,
muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no
peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara,
quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”. À
época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e
dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar
muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.
Em uma outra edição na qual ele
voltara a ser capa da Revista do Esporte - Nº 378, de 4 de
junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera
boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o
escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas
folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” -
queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste
proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco
mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi),
além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15%
que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso.
Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube
paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do
Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia,
a fera.
9
GOLS MAIS BONITOS
Célio
considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no
Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo.
Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me
abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho
ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu
lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei
na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu
com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes.
FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO
Dois
anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra
o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti
contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos
animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e
igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante,
para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .
Também,
valeu muito, para Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra
o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi
a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi
recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra
arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé
trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1
x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.
Também,
diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols
que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes,
à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O
lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela
ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação.
Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a
ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e
corri para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de
bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três,
naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco
minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.
Ainda
de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles
vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga
mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé
Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance.
A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços
levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos
e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” ,
descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa
inicial, e aos nove da final, no Maracanã.
Célio sempre achou que “quem não tenta
não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos
goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o
melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de
vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não
botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito
confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a
cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito
efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil
cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou,
do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774
pagantes – o forte ataque alvinegro tinha Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo.
Dos
seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo
Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro
(estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela
intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da
Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida,
ele foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e
a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu
primeiro grande gol como profissional”, recordava.
O outro
golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o
Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso
zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga.
Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a
bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém
pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área
deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no
esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que
foi um belo gol”.
10
AMIGO DA REDE
Nem só de visitas às
redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central,
lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente,
em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.
Antes de começar a desempregar
goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a
Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio
Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três
goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo
fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos
cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem
saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente,
o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os
bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei
daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.
Estava escrito, porém, que
chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em
1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o
argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20
minutos para o final de uma partida contra o Corinthians, no Parque São
Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.
O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e
os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao
Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas
vezes, ele acertou um murro na cabeça de zagueiro colega,
nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o
Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o
Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me
uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas
chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola
pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma
dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou.
A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio
da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que
tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me
defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos
Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de tropa de choque policial até
serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi
apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro",
reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio
Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.
O temperamento de não levar desaforos
para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária
esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo
Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da
Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele
jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É
fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os
meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que
eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de
opinião", afirmava.
Para exemplificar o que Célio sofria
dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino
saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e
Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro
Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o
médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros,
bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda
duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o
Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um
lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe
que foi num lance de meio do campo, sem perigo de gol. Deixou-me
de fora de muitos treinos e jogos”.
O que foi lido acima era até pouco
diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus
ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para
tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini
acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu
estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar,
dizendo: ‘Aqui é assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou,
sorrindo, muito tempo depois.
11
O ÍDOLO DE
CRISTAL
Os zagueiros fizeram Célio ser o “Rei
das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele
nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta
daquilo, vivia na na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias
lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro
semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres
apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a
frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem
ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que
me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes
mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de de vidro ou de
cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para
conferir" - Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.
Célio imputava às retrancas
grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol
carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com
isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais
pontapés e cabeçadas", criticava.
Quando era parado pelos becões na
pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em
cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande
distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor
visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo
novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem
por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita,
Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me
paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.
Em quatro tempradas vestindo a
jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores
goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó –
à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a
1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado
à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2
- Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a
1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes
(44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o
segundo esteve vascaíno, de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42
gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958.
12
VOO CANARINHO
FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo,
Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná foi a
primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965
Célio chegou à Seleção Brasileira,
mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos
políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito
(zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa
das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual
CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção
Brasileira, em 1965.
Convocado pelo treinador Vicente Feola, para
amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas
partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo
testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha
Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o
que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.
FOTO
Aquele jogo rolou em 6 de julho de
1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob
o apito do peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma
Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha
(Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo
estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no
decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi
um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –, com novo apito
peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki, e o time brasileiro
sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da
Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo.
Célio não foi escalado em nenhum dos
quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União
Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra,
ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no
Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O
escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e
Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho,
Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.
FOTO
Da esquerda para a dirieta, em pé:
Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem:
Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.
Perto da Copa do Mundo, os
cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a
imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante
jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um
minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa
do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no
feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter
Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo;
Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem
para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir
Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e
Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio
(Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).
FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson,
Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados
Dos atletas vascaínos – os
zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas
do primeiro jogo -, o apoiador/lateral Oldair Barchi e o atacante Célio
– convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da
Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19
de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no
estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De
candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do
Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo
mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal.
Para aquela campanha, a CBD
convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o
principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a
vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do
Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por
aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse
por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos
extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.
13
CÉLIO &
MÁRIO TILICO
Marcado em um dos supercílio e
por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo
assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto,
ou no chão, é minha. Ninguém tasca”.
Foi assim que ele saiu para o abraço,
em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal
com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico.
Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1
x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando
o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até
os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar
juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2
x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.
No Brasil, a primeria reunião
da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo
Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo,
o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no
6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato
Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento
cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0
Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de
dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1
Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio
marcando seis e Mário quatro gols.
Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de
setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São
Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco)
por chefes, até o final de 1963. Veio a temporada seguinte e Pelegrino
manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG
e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por
torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era
Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol
marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio
foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que
marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2
Cerro Porteño, a dupla Célio & Mário foi mantida e
este marcou o chamado gol de honra.
A seguir, rolou o Torneio Rio-São
Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0
Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o
comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três
gols, e Mário nenhum.
Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco
amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio
& Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro
amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque
preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou
o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de
julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até
o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns
deles em triunviratos ofensivaço com a presença de
Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3
x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo
Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.
Em 1965, entregando o seu
comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela
popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio
Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e
4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com
o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais
36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara,
Taça Brasil e Torneio Início do Campeonato Carioca. Quando Célio ficou
fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.
FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV
CENTENÁRIO
Em 1966, o treinador Zezé
Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que
atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x 3 Chivas
Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que
significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio
Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e
Corinthians). Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a
ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo
Mata.
14
CÉLIO & PELÉ
FOTO
Aos 29 de idade, em 1969, quando já
estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de
Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro
de Pelé no ataque do Peixe,
sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando
a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o
treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com
o “Rei” querendo.
Célio e
Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu
em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo
entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em Vasco 3 x 0 Santos, pelo
Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante
de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados
por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano.
O troco sanista aconteceu durante a
primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de
16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil
cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela Taça Brasil. Daquela vez,
Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou
devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro,
no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o
pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e
que, também, valia vaga na Taça Libertadores.
Aquele jogo, no entanto, não foi
tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os
quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo
no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de
Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e
Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do
Santos.
Célio voltou a encara
Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A
primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de
Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos
15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha
Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La
Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.
Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o
Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas,
Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago,
Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram:
Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo
e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.
Os dois outros encontros Célio
& Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos
pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém
venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do
Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto
Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas,
Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos,
treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda;
Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.
O último encontro da dupla nos gramados foi
no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem
vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910
presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os
corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue,
Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam:
Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo
Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu
Américo. OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos,
vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols.
Com a camisa canarinha, os
dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção
Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio
entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano,
escalado pelo treinador Vicente Feola, que mandou ao
gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e
Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em
09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o
time do jogo anterior e as substituições.
15
ENTORTOU
O DEMÔNIO
O que seria que o cidadão
Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha,
maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio
das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se
devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do
Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega
pra lá no também chamado Torto.
Embora tivesse desembarcado em São Januário,
em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de
abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,
em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro
tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico;
Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos
astros Manga, Rildo, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo
– ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.
No segundo pega, em 11 de agosto de 1965,
pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3
x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha;
Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará,
Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos,
Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha,
Jairzinho, Arlindo e Zagallo.
FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio,
Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete
Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à
frente do Mané. Era a decisão
da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra
carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O
Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel,
Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho,
Sicupira e Roberto.
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FILME
DOS GOLS DE CÉLIO
O último
confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para
o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154
pagantes ao Pacaembu, na capital paulista, lotando o
estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37
e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele:
Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por
Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e
Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano,
Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da
história: Célio 3 x 1 Garrincha.
16
TEMPORADA-1966
Foi a últma de Célio com a camisa
cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio
internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A
sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 -
Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo
Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu
último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373
torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos
do segundo tempo – ver ficha técnica.
Célio começou a
temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos,
entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora
de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra
times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco
2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora
boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse
conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que
deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians
-, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos
da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.
Por
ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito
abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11
jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando
11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final,
subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com sete pontos, em
sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols
e deixou pasar 11 gols.
Durante
a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era
fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo,
abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais
cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado
pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais
nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei
a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia
que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No
entanto, ao
deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio
Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio
Francisco Vasques-1964; I Torneio Internacional IV Centenário do
Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São
Paulo-1966.
17
ILUMINADO
Célio
foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da
Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando
os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e
aos nove da etapa final.
O jogo rolou em noite festiva, com a a
Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio
Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão
mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na
capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha
poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil
para se chegar ao local da partida
Antes daquele clássico carioca em que
Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em
Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo
aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o
Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de
Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo
(empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta
recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x
- 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 –
1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além
daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por
1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes
No jogo em Brasília,
Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54,
em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel
(Gama), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo
Menezes; William, Picolé (Zezinho), Célio e Tião (Ronildo).
18 - DO
OUTRO LADO DO BALCÃO
Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no
Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331
pagantes, Célio enfrentou a Turma
da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de
Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas,
Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero;
Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente
que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e
Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini,
Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos
16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da
Silva, o Zizinho, era o trinador.
Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama
levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo
contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato
Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de
Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado,
contra a Lusa do Canindé
(apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve
24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira
Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas
de 1989.
A partir de 1967, quando foi viver
Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas
e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça
Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela
competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos
nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em
sua homenagem. Quem diria: o matador
virou tango! Com esta letra e a foto da partitura: COLOCAR
AQUI A PARTITURA
Onze meninos entram em
campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente...
Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os
jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com
louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua
ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do
Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os
onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas
ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São
campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o
entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A
grande bandeira flamejante está.
Pra merecer tango da torcida de
tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago
Grazzi, Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de
Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2);
Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de
Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2);
Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4);
DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2);
Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg
(2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2);
Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2);
Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1);
Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4);
Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1);
River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1);
Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2);
Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc
(1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de
Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).
19 - REPATRIADO
Em
1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e
parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário,
de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”,
segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi
tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas,
na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo,
de João Pessoa.
Gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando
quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as
suas partidas e gols da temporada -1966:
09.01.1966 - Vasco 2 x 0
Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador.
Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino),
Célio (Benê) e Zezinho.
11.01.1966 – Vasco
0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público:
40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS:
ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador
Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e
Danilo Menezes.
18.01.1966 - Vasco 0x 3
Chivas Guadalajara-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio:
da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael
Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Tião.
23.01.1966 - Vasco 0 x 2
Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco:
Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes
(Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes
fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação
como ponta-esquerda.
27.01.1966 – 2 x 2
Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho
Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Acelino, Célio e Danilo Menezes.
03.03.1966 - Vasco
0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México.
Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di
Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e
Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil,
pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.
06.02.1966 – Vasco 2 x 0
Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA. Juiz:
Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo.
Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico
(Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante
porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo
Menezes foram expulsos de campo.
26.02.1966 – Vasco 1 x 0
Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694.
Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º
tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico
(Rubilotas) e Tião (Zezinho).
02.03.1966 – Vasco 3 x 0
Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos
23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho
Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro
Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time
corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio
Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador
Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio
foi considerado o principal nome da noite.
05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358.
520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião
(Altamiro Capixaba).
09.03.1966 – Vasco 1 x 0
São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel
Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e
Tião.
13.03.1966 – Vasco 1 x 2
Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min
do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e
Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho),
Célio, Lorico (Picolé) e Tião.
17.03.1966 – Vasco
1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho,
aos 22 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito,
Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé),
Célio, Lorico (Zezinho) e Tião.
20.03.1966 – Vasco 2 x 5
Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16
do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.
24.03.1966 – Vasco 1 x 0
Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ.
Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$
13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico);
Zezinh, Célio, Picolé e Tião.
27.03.1966 – Vasco 0 x 3
Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário
Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho
(Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.
31.03.1966 – Vasco 2 x 1
Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio
Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e
aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício
(Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo
Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS:
o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a
mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito
dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito
Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto,
o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.
29.05.1966 – Vasco 1 x 2
Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT. Juiz: Alessandro
D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari,
Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico
e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito
amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua
Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e
Standard-BEL.
02.06.1966 – Vasco 1 x 2
Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz:
Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro
Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado,
Célio, Acelino e Danilo Menezes.
04.06.1966 - Vasco 2 x 3
Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau.
Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e
Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio),
Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico),
Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).
08.06.1966 – Vasco 1 x 1
Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz:
Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos 30 min
do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade;
Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira),
Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes.
15.06.1966 – Vasco 0 x 2
Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des
Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge
Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson
Moreira), Bianchini e Danilo Menezes.
17.06.1966 – Vasco 1 x 1
Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin.
Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º
tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do
treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2
Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta,
porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em
Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de
Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio
marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.
17.07.1966 – Vasco 0 x 0
Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do
Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha;
Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas;
Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na
escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o
meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé
Moreira descansar um pouco.
24.07.1966 – Vasco 1 x 1
Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gol: Danilo Menezes, no 2º tempo.
Vasco: Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo;
2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de
Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento
vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.
18.08.1966 – Vasco 1 x 1
Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de
Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo
Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito,
Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e
escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não
atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo,
respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.
27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo
Menzes.
03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira
e Moraes.
07.09.1966 – Vasco
1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG.
Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão
(Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino),
Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.
18.09.1966 – Vasco 3 x 1
Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos
4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado,
Célio, Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não
participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São
Cristóvão.
22.09.1966 – Vasco 3 x 0
Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de
Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e
Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
25.09.1966 – Vasco 3 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols:
Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º
tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.
29.09.1966 – Vasco 0 x 1
América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira
de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
16.10.1966 – Vasco 0 x 0
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de
Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson
Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado,
Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas
duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10
–Vasco 0 x 0 Flamengo.
19.10.1966 – Vasco 1 x 2
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol:
Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri);
Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,
Madureira e Danilo Menezes.
25.10.1966 – Vasco 1 x 2
Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata,
aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo
Mata e Zezinho.
30.10.1966 – Vasco 1 x 2
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair
(pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana
e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e
Zezinho. OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.
03.11.1966 – Vasco 1 x 1
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo
Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata,
aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e
Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.
06.11.1966 – Vasco 1 x 2
Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da
Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do
1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair
(Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César
(Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio
Lomanto Júnior.
10.11.1966 – Vasco 0 x 3
América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de
Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco:
Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo
Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este
jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não
comandou mais o time vascaíno.
13.11.1966 – Vasco 1 x 0
Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa,
em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra),
aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari,
Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado,
Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do
Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do
Amparo comandou a equipe.
19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela
Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís
César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por
Célio.
26.11.196 - Vasco 2 x 1
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols:
Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e
Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno
marcado por Célio.
03.12.1966 – Vasco 0 x 3
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson
Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio,
Paulo Mata e Zezinho.
11.12.1966 – Vasco 2 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43
min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas;
Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último
jogo de Célio pelo Vasco da Gama.
TODOS OS JOGOS E
GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA
|
Jogo
|
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição
|
Complemento
|
Gols
|
Total
|
1
|
17-jan-1963
|
5x0
|
Oro (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
2
|
20-jan-1963
|
1x1
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
3
|
31-jan-1963
|
1x1
|
Dukla Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
4
|
03-fev-1963
|
1x1
|
Toluca (MÉXICO)
|
Amistoso
|
|
|
0
|
5
|
10-fev-1963
|
2x0
|
Seleção de El Salvador
|
Amistoso
|
|
|
0
|
6
|
13-fev-1963
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
7
|
16-fev-1963
|
2x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
8
|
21-fev-1963
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
9
|
6-mar-1963
|
0x0
|
Olaria-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
10
|
9-mar-1963
|
1x2
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
11
|
13-mar-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
12
|
17-mar-1963
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
13
|
24-mar-1963
|
1x2
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
14
|
28-mar-1963
|
1x1
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
1
|
15
|
31-mar-1963
|
2x2
|
Universidad Católica (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
2
|
16
|
09-abr-1963
|
3x2
|
Peñarol (URUGUAI)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
3
|
17
|
11-abr-1963
|
3x1
|
Colo-Colo (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
2
|
5
|
18
|
14-abr-1963
|
2x2
|
Universidad de Chile (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
6
|
19
|
27-abr-1963
|
2x3
|
Goytacaz-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
7
|
20
|
05-mai-1963
|
3x0
|
Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)
|
Amistoso
|
|
|
7
|
21
|
09-mai-1963
|
3x0
|
Asante Kotoko (GANA)
|
Amistoso
|
|
1
|
8
|
22
|
12-mai-1963
|
0x0
|
Real Republicans (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
8
|
23
|
25-mai-1963
|
6x0
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
|
8
|
24
|
26-mai-1963
|
3x1
|
Seleção da Nigéria Ocidental
|
Amistoso
|
|
2
|
10
|
25
|
29-mai-1963
|
2x1
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
1
|
11
|
26
|
4-jun-1963
|
4x1
|
Al-Mourada (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
27
|
11-jun-1963
|
0x3
|
Sporting (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
28
|
30-jun-1963
|
4x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
12
|
29
|
7-jul-1963
|
1x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
12
|
30
|
14-jul-1963
|
5x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
14
|
31
|
28-jul-1963
|
1x3
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
15
|
32
|
04-ago-1963
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
16
|
33
|
10-ago-1963
|
1x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
17
|
34
|
24-ago-1963
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
35
|
03-set-1963
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
36
|
06-set-1963
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
18
|
37
|
06-out-1963
|
1x1
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
19
|
38
|
09-out-1963
|
0x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
39
|
20-out-1963
|
0x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
40
|
26-out-1963
|
2x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
21
|
41
|
3-nov-1963
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
22
|
42
|
10-nov-1963
|
4x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
24
|
43
|
15-nov-1963
|
3x4
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
25
|
44
|
22-nov-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
45
|
01-dez-1963
|
2x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
46
|
07-dez-1963
|
1x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
26
|
47
|
14-dez-1963
|
2x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
26
|
48
|
26-jan-1964
|
1x1
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
27
|
49
|
27-fev-1964
|
1x0
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
28
|
50
|
6-mar-1964
|
1x2
|
Guarani (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
28
|
51
|
8-mar-1964
|
1x1
|
Racing (ARGENTINA)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
1
|
29
|
52
|
10-mar-1964
|
1x2
|
Cerro Porteño (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
29
|
53
|
14-mar-1964
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
29
|
54
|
21-mar-1964
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
30
|
55
|
29-mar-1964
|
0x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
30
|
56
|
04-abr-1964
|
3x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
31
|
57
|
12-abr-1964
|
1x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
31
|
58
|
15-abr-1964
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
32
|
59
|
19-abr-1964
|
0x0
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
60
|
23-abr-1964
|
0x0
|
Siderúrgica-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
61
|
26-abr-1964
|
1x0
|
Valeriodoce-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
62
|
01-mai-1964
|
3x2
|
Atlético Paranaense-PR
|
Amistoso
|
|
1
|
33
|
63
|
03-mai-1964
|
1x2
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
64
|
06-mai-1964
|
0x1
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
65
|
09-mai-1964
|
3x3
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
66
|
14-jun-1964
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
34
|
67
|
18-jun-1964
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
34
|
68
|
21-jun-1964
|
2x0
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
34
|
69
|
25-jun-1964
|
3x0
|
Villa Nova-MG
|
Amistoso
|
|
|
34
|
70
|
28-jun-1964
|
0x0
|
América-RJ
|
Torneio Início
|
1x2 pen
|
|
34
|
71
|
4-jul-1964
|
1x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
72
|
12-jul-1964
|
2x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
35
|
73
|
19-jul-1964
|
1x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
36
|
74
|
23-jul-1964
|
1x2
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
36
|
75
|
25-jul-1964
|
0x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
|
36
|
76
|
09-ago-1964
|
3x3
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
37
|
77
|
16-ago-1964
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
78
|
19-ago-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
79
|
23-ago-1964
|
2x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
80
|
27-ago-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
38
|
81
|
30-ago-1964
|
1x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
|
38
|
82
|
01-set-1964
|
1x0
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
1
|
39
|
83
|
06-set-1964
|
2x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
39
|
84
|
13-set-1964
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
40
|
85
|
20-set-1964
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
86
|
27-set-1964
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
42
|
87
|
01-out-1964
|
2x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
43
|
88
|
04-out-1964
|
2x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
89
|
07-out-1964
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
90
|
11-out-1964
|
1x0
|
Paysandu-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
43
|
91
|
14-out-1964
|
3x1
|
Tuna Luso-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
44
|
92
|
17-out-1964
|
3x2
|
Remo-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
45
|
93
|
18-out-1964
|
3x2
|
Robinhood (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
1
|
46
|
94
|
20-out-1964
|
1x1
|
Transvaal (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
|
46
|
95
|
25-out-1964
|
4x2
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
47
|
96
|
31-out-1964
|
4x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
49
|
97
|
7-nov-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
98
|
13-nov-1964
|
5x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
3
|
52
|
99
|
15-nov-1964
|
2x0
|
Porto Alegre-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
53
|
100
|
22-nov-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
54
|
101
|
29-nov-1964
|
3x1
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
102
|
06-dez-1964
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
103
|
12-dez-1964
|
1x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
55
|
104
|
17-jan-1965
|
3x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
57
|
105
|
21-jan-1965
|
4x1
|
Flamengo-RJ
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
59
|
106
|
24-jan-1965
|
1x0
|
Independente-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
60
|
107
|
26-jan-1965
|
4x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
2
|
62
|
108
|
31-jan-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
|
62
|
109
|
04-fev-1965
|
3x1
|
Sport-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
63
|
110
|
07-fev-1965
|
2x0
|
Santa Cruz-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
|
63
|
111
|
10-fev-1965
|
1x1
|
Náutico-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
64
|
112
|
14-fev-1965
|
1x3
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
113
|
20-fev-1965
|
2x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
114
|
7-mar-1965
|
1x4
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
65
|
115
|
14-mar-1965
|
0x1
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
65
|
116
|
17-mar-1965
|
2x0
|
Remo-PA
|
Amistoso
|
|
|
65
|
117
|
24-mar-1965
|
4x2
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
66
|
118
|
04-abr-1965
|
3x0
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
119
|
07-abr-1965
|
2x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
120
|
10-abr-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
121
|
14-abr-1965
|
4x0
|
América-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
68
|
122
|
17-abr-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
123
|
21-abr-1965
|
1x1
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
68
|
124
|
24-abr-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
125
|
02-mai-1965
|
2x3
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
126
|
05-mai-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
69
|
127
|
09-mai-1965
|
1x4
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
70
|
128
|
16-mai-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
129
|
20-mai-1965
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
130
|
14-jul-1965
|
5x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
72
|
131
|
22-jul-1965
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
72
|
132
|
28-jul-1965
|
1x0
|
América-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
73
|
133
|
01-ago-1965
|
4x0
|
Tupi-MG
|
Amistoso
|
|
3
|
76
|
134
|
07-ago-1965
|
3x1
|
Bangu-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
135
|
11-ago-1965
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
136
|
21-ago-1965
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
78
|
137
|
25-ago-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
79
|
138
|
05-set-1965
|
2x0
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
79
|
139
|
19-set-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
80
|
140
|
02-out-1965
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
141
|
09-out-1965
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
142
|
17-out-1965
|
2x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
82
|
143
|
24-out-1965
|
0x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
82
|
144
|
30-out-1965
|
4x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
83
|
145
|
3-nov-1965
|
2x2
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
2
|
85
|
146
|
7-nov-1965
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
86
|
147
|
10-nov-1965
|
1x0
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
|
86
|
148
|
14-nov-1965
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
87
|
149
|
20-nov-1965
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
150
|
28-nov-1965
|
0x1
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
151
|
01-dez-1965
|
1x5
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
1
|
88
|
152
|
08-dez-1965
|
0x1
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
|
88
|
153
|
12-dez-1965
|
5x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
89
|
154
|
15-dez-1965
|
2x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
89
|
155
|
9-jan-1966
|
2x0
|
Universidad (EL SALVADOR)
|
Amistoso
|
|
2
|
91
|
156
|
11-jan-1966
|
0x0
|
América (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
157
|
18-jan-1966
|
0x3
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
158
|
23-jan-1966
|
0x2
|
Atlas (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
159
|
27-jan-1966
|
2x2
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
1
|
92
|
160
|
03-fev-1966
|
0x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
92
|
161
|
06-fev-1966
|
2x1
|
Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)
|
Amistoso
|
|
1
|
93
|
162
|
26-fev-1966
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
93
|
163
|
2-mar-1966
|
3x0
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
95
|
164
|
5-mar-1966
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
96
|
165
|
9-mar-1966
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
97
|
166
|
13-mar-1966
|
1x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
98
|
167
|
17-mar-1966
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
98
|
168
|
20-mar-1966
|
2x5
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
99
|
169
|
24-mar-1966
|
1x0
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
170
|
27-mar-1966
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
171
|
31-mar-1966
|
2x1
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
2
|
101
|
172
|
29-mai-1966
|
1x2
|
Napoli (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
|
101
|
173
|
2-jun-1966
|
1x2
|
Arezzo (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
102
|
174
|
4-jun-1966
|
2x3
|
Bordeaux (FRANÇA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
175
|
8-jun-1966
|
1x1
|
Barcelona (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
176
|
15-jun-1966
|
0x2
|
Anderlecht (BÉLGICA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
|
102
|
177
|
17-jun-1966
|
1x1
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
1
|
103
|
178
|
17-jul-1966
|
0x0
|
Royal-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
179
|
24-jul-1966
|
1x1
|
Seleção de Novos de Vitória da
Conquista-BA
|
Amistoso
|
|
|
103
|
180
|
18-ago-1966
|
1x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
181
|
27-ago-1966
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
182
|
03-set-1966
|
0x3
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
183
|
07-set-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
184
|
18-set-1966
|
3x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
103
|
185
|
22-set-1966
|
3x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
104
|
186
|
25-set-1966
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
105
|
187
|
29-set-1966
|
0x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
188
|
16-out-1966
|
0x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
189
|
19-out-1966
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
190
|
25-out-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
191
|
30-out-1966
|
1x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
192
|
3-nov-1966
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
193
|
6-nov-1966
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
105
|
194
|
10-nov-1966
|
0x3
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
195
|
13-nov-1966
|
1x0
|
Fluminense-BA
|
Amistoso
|
|
|
105
|
196
|
19-nov-1966
|
0x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
197
|
26-nov-1966
|
2x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
106
|
198
|
03-dez-1966
|
0x3
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
199
|
11-dez-1966
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
AGRADECIMENTOS
Aos
amigos Carlos Molinari, Gustavo
Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita
(organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore,
Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e
gols marcados por Saulzinho e Célio.
|
|
|
Nascido em
Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020. Entre
1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.
|
EXCESSO DE
AMÉRICA
Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama
enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato
Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro
pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã,
por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro,
o rival conseguiu segurar a Turma da Colina e ficar
nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada
enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0
(10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o
início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na
foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.
5
CASAMENTO
O ofício de fazer gols para o
Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de
adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar
da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma
terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela
passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.
Fora grande o número de
presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre
outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no
Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua
rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo
fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo
enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca.
Célio entrou na igreja ás 16h45,
apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda,
às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto
Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela
usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo
sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de
laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda
Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo
trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no
mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.
Célio conheceu Ilda quando jogava pelo
Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um
jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de
ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais
forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou
com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início,
Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca,
mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado
na área, em junho de 1962.
Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no
altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas,
São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a
promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o
ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de
entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos
jogadores (para a festinha de final de
ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros
mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de
imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto
previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara
das luvas recebidas pela mudança do
Jabaquara para o Vasco da Gama.
Em junho de 1964, quando
esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao
assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam
aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do
período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura
fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido
Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só
oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar
desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três
partidas nas quais entrara.
6
MELHORES DE 1964
Durante as a década-1960, era
tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o
Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho
e Célio no time dos melhores, após
o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara
fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.
No caso da Revista do
Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta
ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio
Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal),
Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo
Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir
Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do
Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos
Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio
Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio
Mauá); Ricardo Serran (O Globo); Luís Alberto (Diário
de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence
(Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don
Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora);
Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O
Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio
Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio
e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta
seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres
(Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo),
com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair
(Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da
Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).
A fase vivida por Célio era boa, mas
o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em
sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América.
Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a
menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11
vitórias, marcara 44 gols - 16 de Célio - e levara 28.
Célio considerou o seu gol mais
bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0
Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e
Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres, fez-me o
passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou
entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o
Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia
saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola
bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o
equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que
enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.
O jogo em que Célio fez o seu
considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964 foi no domingo
13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio
assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além
de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo
e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele, um boa temporada nas redes.
7
CAPA DE REVISTA
FOTO DA REVESP
A Revista do
Esporte - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na
capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia:
"Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou,
de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com
suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava
que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão
que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie
de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu
time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há
ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de
iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam
devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche
os olhos da torcida: cabeceando bem, testando a bola com pontaria
certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz
com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”.
Tempos depois, pelo Nº 378, de
4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das
muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente
dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo
sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do
Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia
chamada espantativ: “Ele é vascaíno desde garotinho,
mas.. - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer
deixar o Vasco”.
Segundo a publicação,
Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor,
dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da
família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com
ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de
1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir
Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho
(agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de
cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição
dos braços.
Quando lançou as duas tiragens,
a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua
Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do
Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os
repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho,
Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton
Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com
o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não
seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o
diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”.
Célio voltou a estampar uma revista
pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que
circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se
intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com
sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli
e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu:
Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da
esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e
Zezinho (agachados, na mesma ordem).
FOTO
Célio mereceu, também,
contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho
do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da
Gama.
FOTO
8
PENALTIEIRO
Em 1965, Célio fazia parte da
galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time
de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo),
Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio
(Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na
época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei
Pelé” e que andou sendo proibida.
Embora fosse considerada um deboche, por entrevista
à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia
não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a
imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro
canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.
De sua parte, Célio tinha esta
receita para a sua cobrança: “A
maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente,
gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida,
sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair
para um lado, procuro colocar a bola no outro”.
E gols com bola rolando, qual a
receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte -
Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos
pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica;
4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.
A publicação considerou Célio
um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol
carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do
corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua
presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura,
firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um
atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e,
muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no
peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara,
quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”. À
época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e
dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar
muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.
Em uma outra edição na qual ele
voltara a ser capa da Revista do Esporte - Nº 378, de 4 de
junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera
boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o
escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas
folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” -
queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste
proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco
mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi),
além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15%
que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso.
Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube
paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do
Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia,
a fera.
9
GOLS MAIS BONITOS
Célio
considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no
Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo.
Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me
abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho
ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu
lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei
na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu
com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes.
FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO
Dois
anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra
o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti
contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos
animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e
igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante,
para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .
Também,
valeu muito, para Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra
o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi
a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi
recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra
arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé
trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1
x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.
Também,
diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols
que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes,
à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O
lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela
ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação.
Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a
ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e
corri para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de
bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três,
naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco
minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.
Ainda
de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles
vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga
mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé
Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance.
A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços
levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos
e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” ,
descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa
inicial, e aos nove da final, no Maracanã.
Célio sempre achou que “quem não tenta
não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos
goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o
melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de
vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não
botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito
confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a
cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito
efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil
cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou,
do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774
pagantes – o forte ataque alvinegro tinha Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo.
Dos
seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo
Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro
(estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela
intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da
Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida,
ele foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e
a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu
primeiro grande gol como profissional”, recordava.
O outro
golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o
Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso
zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga.
Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a
bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém
pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área
deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no
esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que
foi um belo gol”.
10
AMIGO DA REDE
Nem só de visitas às
redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central,
lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente,
em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.
Antes de começar a desempregar
goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a
Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio
Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três
goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo
fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos
cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem
saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente,
o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os
bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei
daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.
Estava escrito, porém, que
chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em
1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o
argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20
minutos para o final de uma partida contra o Corinthians, no Parque São
Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.
O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e
os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao
Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas
vezes, ele acertou um murro na cabeça de zagueiro colega,
nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o
Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o
Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me
uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas
chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola
pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma
dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou.
A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio
da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que
tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me
defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos
Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de tropa de choque policial até
serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi
apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro",
reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio
Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.
O temperamento de não levar desaforos
para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária
esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo
Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da
Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele
jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É
fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os
meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que
eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de
opinião", afirmava.
Para exemplificar o que Célio sofria
dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino
saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e
Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro
Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o
médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros,
bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda
duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o
Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um
lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe
que foi num lance de meio do campo, sem perigo de gol. Deixou-me
de fora de muitos treinos e jogos”.
O que foi lido acima era até pouco
diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus
ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para
tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini
acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu
estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar,
dizendo: ‘Aqui é assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou,
sorrindo, muito tempo depois.
11
O ÍDOLO DE
CRISTAL
Os zagueiros fizeram Célio ser o “Rei
das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele
nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta
daquilo, vivia na na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias
lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro
semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres
apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a
frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem
ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que
me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes
mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de de vidro ou de
cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para
conferir" - Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.
Célio imputava às retrancas
grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol
carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com
isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais
pontapés e cabeçadas", criticava.
Quando era parado pelos becões na
pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em
cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande
distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor
visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo
novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem
por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita,
Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me
paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.
Em quatro tempradas vestindo a
jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores
goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó –
à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a
1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado
à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2
- Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a
1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes
(44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o
segundo esteve vascaíno, de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42
gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958.
12
VOO CANARINHO
FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo,
Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná foi a
primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965
Célio chegou à Seleção Brasileira,
mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos
políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito
(zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa
das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual
CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção
Brasileira, em 1965.
Convocado pelo treinador Vicente Feola, para
amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas
partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo
testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha
Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o
que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.
FOTO
Aquele jogo rolou em 6 de julho de
1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob
o apito do peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma
Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha
(Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo
estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no
decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi
um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –, com novo apito
peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki, e o time brasileiro
sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da
Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo.
Célio não foi escalado em nenhum dos
quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União
Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra,
ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no
Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O
escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e
Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho,
Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.
FOTO
Da esquerda para a dirieta, em pé:
Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem:
Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.
Perto da Copa do Mundo, os
cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a
imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante
jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um
minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa
do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no
feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter
Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo;
Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem
para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir
Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e
Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio
(Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).
FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson,
Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados
Dos atletas vascaínos – os
zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas
do primeiro jogo -, o apoiador/lateral Oldair Barchi e o atacante Célio
– convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da
Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19
de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no
estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De
candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do
Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo
mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal.
Para aquela campanha, a CBD
convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o
principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a
vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do
Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por
aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse
por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos
extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.
13
CÉLIO &
MÁRIO TILICO
Marcado em um dos supercílio e
por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo
assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto,
ou no chão, é minha. Ninguém tasca”.
Foi assim que ele saiu para o abraço,
em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal
com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico.
Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1
x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando
o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até
os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar
juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2
x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.
No Brasil, a primeria reunião
da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo
Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo,
o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no
6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato
Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento
cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0
Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de
dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1
Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio
marcando seis e Mário quatro gols.
Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de
setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São
Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco)
por chefes, até o final de 1963. Veio a temporada seguinte e Pelegrino
manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG
e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por
torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era
Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol
marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio
foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que
marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2
Cerro Porteño, a dupla Célio & Mário foi mantida e
este marcou o chamado gol de honra.
A seguir, rolou o Torneio Rio-São
Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0
Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o
comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três
gols, e Mário nenhum.
Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco
amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio
& Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro
amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque
preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou
o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de
julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até
o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns
deles em triunviratos ofensivaço com a presença de
Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3
x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo
Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.
Em 1965, entregando o seu
comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela
popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio
Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e
4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com
o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais
36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara,
Taça Brasil e Torneio Início do Campeonato Carioca. Quando Célio ficou
fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.
FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV
CENTENÁRIO
Em 1966, o treinador Zezé
Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que
atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x 3 Chivas
Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que
significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio
Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e
Corinthians). Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a
ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo
Mata.
14
CÉLIO & PELÉ
FOTO
Aos 29 de idade, em 1969, quando já
estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de
Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro
de Pelé no ataque do Peixe,
sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando
a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o
treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com
o “Rei” querendo.
Célio e
Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu
em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo
entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em Vasco 3 x 0 Santos, pelo
Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante
de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados
por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano.
O troco sanista aconteceu durante a
primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de
16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil
cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela Taça Brasil. Daquela vez,
Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou
devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro,
no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o
pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e
que, também, valia vaga na Taça Libertadores.
Aquele jogo, no entanto, não foi
tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os
quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo
no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de
Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e
Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do
Santos.
Célio voltou a encara
Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A
primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de
Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos
15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha
Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La
Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.
Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o
Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas,
Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago,
Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram:
Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo
e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.
Os dois outros encontros Célio
& Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos
pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém
venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do
Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto
Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas,
Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos,
treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda;
Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.
O último encontro da dupla nos gramados foi
no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem
vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910
presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os
corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue,
Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam:
Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo
Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu
Américo. OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos,
vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols.
Com a camisa canarinha, os
dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção
Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio
entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano,
escalado pelo treinador Vicente Feola, que mandou ao
gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e
Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em
09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o
time do jogo anterior e as substituições.
15
ENTORTOU
O DEMÔNIO
O que seria que o cidadão
Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha,
maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio
das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se
devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do
Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega
pra lá no também chamado Torto.
Embora tivesse desembarcado em São Januário,
em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de
abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,
em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro
tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo
Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico;
Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos
astros Manga, Rildo, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo
– ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.
No segundo pega, em 11 de agosto de 1965,
pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3
x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha;
Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará,
Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos,
Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha,
Jairzinho, Arlindo e Zagallo.
FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio,
Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete
Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à
frente do Mané. Era a decisão
da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra
carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O
Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel,
Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho,
Sicupira e Roberto.
|
FILME
DOS GOLS DE CÉLIO
O último
confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para
o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154
pagantes ao Pacaembu, na capital paulista, lotando o
estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37
e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele:
Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por
Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e
Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano,
Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da
história: Célio 3 x 1 Garrincha.
16
TEMPORADA-1966
Foi a últma de Célio com a camisa
cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio
internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A
sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 -
Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo
Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu
último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373
torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos
do segundo tempo – ver ficha técnica.
Célio começou a
temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos,
entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora
de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra
times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco
2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora
boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse
conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que
deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians
-, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos
da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.
Por
ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito
abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11
jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando
11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final,
subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com sete pontos, em
sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols
e deixou pasar 11 gols.
Durante
a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era
fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo,
abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais
cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado
pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais
nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei
a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia
que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No
entanto, ao
deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio
Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio
Francisco Vasques-1964; I Torneio Internacional IV Centenário do
Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São
Paulo-1966.
17
ILUMINADO
Célio
foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da
Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando
os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e
aos nove da etapa final.
O jogo rolou em noite festiva, com a a
Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio
Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão
mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na
capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha
poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil
para se chegar ao local da partida
Antes daquele clássico carioca em que
Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em
Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo
aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o
Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de
Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo
(empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta
recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x
- 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 –
1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além
daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por
1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes
No jogo em Brasília,
Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54,
em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel
(Gama), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo
Menezes; William, Picolé (Zezinho), Célio e Tião (Ronildo).
18 - DO
OUTRO LADO DO BALCÃO
Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no
Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331
pagantes, Célio enfrentou a Turma
da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de
Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas,
Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero;
Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente
que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e
Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini,
Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos
16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da
Silva, o Zizinho, era o trinador.
Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama
levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo
contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato
Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de
Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado,
contra a Lusa do Canindé
(apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve
24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira
Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas
de 1989.
A partir de 1967, quando foi viver
Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas
e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça
Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela
competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos
nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em
sua homenagem. Quem diria: o matador
virou tango! Com esta letra e a foto da partitura: COLOCAR
AQUI A PARTITURA
Onze meninos entram em
campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente...
Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os
jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com
louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua
ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do
Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os
onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas
ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São
campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o
entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A
grande bandeira flamejante está.
Pra merecer tango da torcida de
tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago
Grazzi, Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de
Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2);
Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de
Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2);
Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4);
DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2);
Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg
(2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2);
Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2);
Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1);
Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4);
Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1);
River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1);
Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2);
Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc
(1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de
Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).
19 - REPATRIADO
Em
1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e
parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário,
de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”,
segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi
tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas,
na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo,
de João Pessoa.
Gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando
quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as
suas partidas e gols da temporada -1966:
09.01.1966 - Vasco 2 x 0
Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador.
Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino),
Célio (Benê) e Zezinho.
11.01.1966 – Vasco
0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público:
40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS:
ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador
Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e
Danilo Menezes.
18.01.1966 - Vasco 0x 3
Chivas Guadalajara-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio:
da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael
Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio
e Tião.
23.01.1966 - Vasco 0 x 2
Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco:
Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes
(Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes
fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação
como ponta-esquerda.
27.01.1966 – 2 x 2
Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade
Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho
Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Acelino, Célio e Danilo Menezes.
03.03.1966 - Vasco
0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México.
Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di
Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e
Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil,
pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.
06.02.1966 – Vasco 2 x 0
Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA. Juiz:
Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo.
Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico
(Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante
porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo
Menezes foram expulsos de campo.
26.02.1966 – Vasco 1 x 0
Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694.
Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º
tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico
(Rubilotas) e Tião (Zezinho).
02.03.1966 – Vasco 3 x 0
Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos
23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho
Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro
Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time
corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio
Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador
Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio
foi considerado o principal nome da noite.
05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358.
520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião
(Altamiro Capixaba).
09.03.1966 – Vasco 1 x 0
São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel
Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e
Tião.
13.03.1966 – Vasco 1 x 2
Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio
de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min
do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e
Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho),
Célio, Lorico (Picolé) e Tião.
17.03.1966 – Vasco
1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho,
aos 22 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito,
Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé),
Célio, Lorico (Zezinho) e Tião.
20.03.1966 – Vasco 2 x 5
Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16
do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes;
Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.
24.03.1966 – Vasco 1 x 0
Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ.
Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$
13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico);
Zezinh, Célio, Picolé e Tião.
27.03.1966 – Vasco 0 x 3
Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário
Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel
Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho
(Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.
31.03.1966 – Vasco 2 x 1
Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio
Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e
aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício
(Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo
Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS:
o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a
mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito
dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito
Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto,
o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.
29.05.1966 – Vasco 1 x 2
Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT. Juiz: Alessandro
D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari,
Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico
e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito
amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua
Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e
Standard-BEL.
02.06.1966 – Vasco 1 x 2
Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz:
Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro
Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado,
Célio, Acelino e Danilo Menezes.
04.06.1966 - Vasco 2 x 3
Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau.
Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e
Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio),
Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico),
Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).
08.06.1966 – Vasco 1 x 1
Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz:
Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos 30 min
do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade;
Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira),
Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes.
15.06.1966 – Vasco 0 x 2
Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des
Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge
Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson
Moreira), Bianchini e Danilo Menezes.
17.06.1966 – Vasco 1 x 1
Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin.
Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º
tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do
treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2
Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta,
porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em
Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de
Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio
marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.
17.07.1966 – Vasco 0 x 0
Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do
Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha;
Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas;
Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na
escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o
meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé
Moreira descansar um pouco.
24.07.1966 – Vasco 1 x 1
Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gol: Danilo Menezes, no 2º tempo.
Vasco: Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo;
2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de
Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento
vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.
18.08.1966 – Vasco 1 x 1
Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de
Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo
Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito,
Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo
Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e
escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não
atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo,
respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.
27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo
Menzes.
03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira
e Moraes.
07.09.1966 – Vasco
1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG.
Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão
(Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino),
Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.
18.09.1966 – Vasco 3 x 1
Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos
4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado,
Célio, Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não
participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São
Cristóvão.
22.09.1966 – Vasco 3 x 0
Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de
Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e
Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
25.09.1966 – Vasco 3 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols:
Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º
tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.
29.09.1966 – Vasco 0 x 1
América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira
de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
16.10.1966 – Vasco 0 x 0
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de
Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson
Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado,
Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas
duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10
–Vasco 0 x 0 Flamengo.
19.10.1966 – Vasco 1 x 2
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol:
Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri);
Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,
Madureira e Danilo Menezes.
25.10.1966 – Vasco 1 x 2
Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata,
aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo
Mata e Zezinho.
30.10.1966 – Vasco 1 x 2
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz:
Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair
(pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana
e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e
Zezinho. OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.
03.11.1966 – Vasco 1 x 1
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo
Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata,
aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e
Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.
06.11.1966 – Vasco 1 x 2
Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da
Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do
1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair
(Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César
(Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio
Lomanto Júnior.
10.11.1966 – Vasco 0 x 3
América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de
Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco:
Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo
Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este
jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não
comandou mais o time vascaíno.
13.11.1966 – Vasco 1 x 0
Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa,
em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra),
aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari,
Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado,
Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do
Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do
Amparo comandou a equipe.
19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela
Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair,
Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís
César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por
Célio.
26.11.196 - Vasco 2 x 1
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols:
Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco:
Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e
Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno
marcado por Célio.
03.12.1966 – Vasco 0 x 3
Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson
Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio,
Paulo Mata e Zezinho.
11.12.1966 – Vasco 2 x 0
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43
min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas;
Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último
jogo de Célio pelo Vasco da Gama.
TODOS OS JOGOS E
GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA
|
Jogo
|
Data
|
Placar
|
Adversário
|
Competição
|
Complemento
|
Gols
|
Total
|
1
|
17-jan-1963
|
5x0
|
Oro (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
2
|
20-jan-1963
|
1x1
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
3
|
31-jan-1963
|
1x1
|
Dukla Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
0
|
4
|
03-fev-1963
|
1x1
|
Toluca (MÉXICO)
|
Amistoso
|
|
|
0
|
5
|
10-fev-1963
|
2x0
|
Seleção de El Salvador
|
Amistoso
|
|
|
0
|
6
|
13-fev-1963
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
7
|
16-fev-1963
|
2x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
8
|
21-fev-1963
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
9
|
6-mar-1963
|
0x0
|
Olaria-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
10
|
9-mar-1963
|
1x2
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
11
|
13-mar-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
12
|
17-mar-1963
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
13
|
24-mar-1963
|
1x2
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
0
|
14
|
28-mar-1963
|
1x1
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
1
|
15
|
31-mar-1963
|
2x2
|
Universidad Católica (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
2
|
16
|
09-abr-1963
|
3x2
|
Peñarol (URUGUAI)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
3
|
17
|
11-abr-1963
|
3x1
|
Colo-Colo (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
2
|
5
|
18
|
14-abr-1963
|
2x2
|
Universidad de Chile (CHILE)
|
Torneio Internacional do Chile
|
|
1
|
6
|
19
|
27-abr-1963
|
2x3
|
Goytacaz-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
7
|
20
|
05-mai-1963
|
3x0
|
Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)
|
Amistoso
|
|
|
7
|
21
|
09-mai-1963
|
3x0
|
Asante Kotoko (GANA)
|
Amistoso
|
|
1
|
8
|
22
|
12-mai-1963
|
0x0
|
Real Republicans (GANA)
|
Amistoso
|
|
|
8
|
23
|
25-mai-1963
|
6x0
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
|
8
|
24
|
26-mai-1963
|
3x1
|
Seleção da Nigéria Ocidental
|
Amistoso
|
|
2
|
10
|
25
|
29-mai-1963
|
2x1
|
Seleção da Nigéria
|
Amistoso
|
|
1
|
11
|
26
|
4-jun-1963
|
4x1
|
Al-Mourada (SUDÃO)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
27
|
11-jun-1963
|
0x3
|
Sporting (PORTUGAL)
|
Amistoso
|
|
|
11
|
28
|
30-jun-1963
|
4x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
12
|
29
|
7-jul-1963
|
1x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
12
|
30
|
14-jul-1963
|
5x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
14
|
31
|
28-jul-1963
|
1x3
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
15
|
32
|
04-ago-1963
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
16
|
33
|
10-ago-1963
|
1x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
17
|
34
|
24-ago-1963
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
35
|
03-set-1963
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
17
|
36
|
06-set-1963
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
18
|
37
|
06-out-1963
|
1x1
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
19
|
38
|
09-out-1963
|
0x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
39
|
20-out-1963
|
0x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
19
|
40
|
26-out-1963
|
2x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
21
|
41
|
3-nov-1963
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
22
|
42
|
10-nov-1963
|
4x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
24
|
43
|
15-nov-1963
|
3x4
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
25
|
44
|
22-nov-1963
|
1x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
45
|
01-dez-1963
|
2x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
25
|
46
|
07-dez-1963
|
1x1
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
26
|
47
|
14-dez-1963
|
2x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
26
|
48
|
26-jan-1964
|
1x1
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
27
|
49
|
27-fev-1964
|
1x0
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
28
|
50
|
6-mar-1964
|
1x2
|
Guarani (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
28
|
51
|
8-mar-1964
|
1x1
|
Racing (ARGENTINA)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
1
|
29
|
52
|
10-mar-1964
|
1x2
|
Cerro Porteño (PARAGUAI)
|
Torneio Internacional de Assunção
|
|
|
29
|
53
|
14-mar-1964
|
0x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
29
|
54
|
21-mar-1964
|
1x3
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
30
|
55
|
29-mar-1964
|
0x2
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
30
|
56
|
04-abr-1964
|
3x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
31
|
57
|
12-abr-1964
|
1x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
31
|
58
|
15-abr-1964
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
32
|
59
|
19-abr-1964
|
0x0
|
Atlético Mineiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
60
|
23-abr-1964
|
0x0
|
Siderúrgica-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
61
|
26-abr-1964
|
1x0
|
Valeriodoce-MG
|
Amistoso
|
|
|
32
|
62
|
01-mai-1964
|
3x2
|
Atlético Paranaense-PR
|
Amistoso
|
|
1
|
33
|
63
|
03-mai-1964
|
1x2
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
64
|
06-mai-1964
|
0x1
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
65
|
09-mai-1964
|
3x3
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
33
|
66
|
14-jun-1964
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
34
|
67
|
18-jun-1964
|
2x1
|
Bangu-RJ
|
Amistoso
|
|
|
34
|
68
|
21-jun-1964
|
2x0
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
34
|
69
|
25-jun-1964
|
3x0
|
Villa Nova-MG
|
Amistoso
|
|
|
34
|
70
|
28-jun-1964
|
0x0
|
América-RJ
|
Torneio Início
|
1x2 pen
|
|
34
|
71
|
4-jul-1964
|
1x2
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
34
|
72
|
12-jul-1964
|
2x2
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
35
|
73
|
19-jul-1964
|
1x1
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
36
|
74
|
23-jul-1964
|
1x2
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
36
|
75
|
25-jul-1964
|
0x2
|
Nacional (URUGUAI)
|
Amistoso
|
|
|
36
|
76
|
09-ago-1964
|
3x3
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
37
|
77
|
16-ago-1964
|
3x0
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
78
|
19-ago-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
79
|
23-ago-1964
|
2x1
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
37
|
80
|
27-ago-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
38
|
81
|
30-ago-1964
|
1x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
|
38
|
82
|
01-set-1964
|
1x0
|
Atlético Goianiense-GO
|
Amistoso
|
|
1
|
39
|
83
|
06-set-1964
|
2x0
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
39
|
84
|
13-set-1964
|
1x0
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
40
|
85
|
20-set-1964
|
0x0
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
40
|
86
|
27-set-1964
|
2x0
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
42
|
87
|
01-out-1964
|
2x0
|
Campo Grande-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
43
|
88
|
04-out-1964
|
2x2
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
89
|
07-out-1964
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
43
|
90
|
11-out-1964
|
1x0
|
Paysandu-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
|
43
|
91
|
14-out-1964
|
3x1
|
Tuna Luso-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
44
|
92
|
17-out-1964
|
3x2
|
Remo-PA
|
Torneio Francisco Vasques
|
|
1
|
45
|
93
|
18-out-1964
|
3x2
|
Robinhood (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
1
|
46
|
94
|
20-out-1964
|
1x1
|
Transvaal (SURINAME)
|
Amistoso
|
|
|
46
|
95
|
25-out-1964
|
4x2
|
São Cristóvão-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
47
|
96
|
31-out-1964
|
4x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
49
|
97
|
7-nov-1964
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
49
|
98
|
13-nov-1964
|
5x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
3
|
52
|
99
|
15-nov-1964
|
2x0
|
Porto Alegre-RJ
|
Amistoso
|
|
1
|
53
|
100
|
22-nov-1964
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
54
|
101
|
29-nov-1964
|
3x1
|
Canto do Rio-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
102
|
06-dez-1964
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
54
|
103
|
12-dez-1964
|
1x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
55
|
104
|
17-jan-1965
|
3x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
57
|
105
|
21-jan-1965
|
4x1
|
Flamengo-RJ
|
IV Centenário do Rio de Janeiro
|
|
2
|
59
|
106
|
24-jan-1965
|
1x0
|
Independente-MG
|
Amistoso
|
|
1
|
60
|
107
|
26-jan-1965
|
4x1
|
Atlético Goianiense-GO
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
2
|
62
|
108
|
31-jan-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Gilberto Alves
|
|
|
62
|
109
|
04-fev-1965
|
3x1
|
Sport-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
63
|
110
|
07-fev-1965
|
2x0
|
Santa Cruz-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
|
63
|
111
|
10-fev-1965
|
1x1
|
Náutico-PE
|
Troféu 50 Anos Federação Pernambucana
|
|
1
|
64
|
112
|
14-fev-1965
|
1x3
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
113
|
20-fev-1965
|
2x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
64
|
114
|
7-mar-1965
|
1x4
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
65
|
115
|
14-mar-1965
|
0x1
|
Cruzeiro-MG
|
Amistoso
|
|
|
65
|
116
|
17-mar-1965
|
2x0
|
Remo-PA
|
Amistoso
|
|
|
65
|
117
|
24-mar-1965
|
4x2
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
66
|
118
|
04-abr-1965
|
3x0
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
119
|
07-abr-1965
|
2x1
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
120
|
10-abr-1965
|
0x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
66
|
121
|
14-abr-1965
|
4x0
|
América-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
68
|
122
|
17-abr-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
123
|
21-abr-1965
|
1x1
|
Rio Branco-ES
|
Amistoso
|
|
|
68
|
124
|
24-abr-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
125
|
02-mai-1965
|
2x3
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
68
|
126
|
05-mai-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
69
|
127
|
09-mai-1965
|
1x4
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
70
|
128
|
16-mai-1965
|
0x1
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
129
|
20-mai-1965
|
1x0
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
70
|
130
|
14-jul-1965
|
5x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
72
|
131
|
22-jul-1965
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
72
|
132
|
28-jul-1965
|
1x0
|
América-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
73
|
133
|
01-ago-1965
|
4x0
|
Tupi-MG
|
Amistoso
|
|
3
|
76
|
134
|
07-ago-1965
|
3x1
|
Bangu-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
135
|
11-ago-1965
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
76
|
136
|
21-ago-1965
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
2
|
78
|
137
|
25-ago-1965
|
1x0
|
Flamengo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
1
|
79
|
138
|
05-set-1965
|
2x0
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
79
|
139
|
19-set-1965
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
80
|
140
|
02-out-1965
|
2x0
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
141
|
09-out-1965
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
80
|
142
|
17-out-1965
|
2x1
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
2
|
82
|
143
|
24-out-1965
|
0x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
82
|
144
|
30-out-1965
|
4x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
83
|
145
|
3-nov-1965
|
2x2
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
2
|
85
|
146
|
7-nov-1965
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
86
|
147
|
10-nov-1965
|
1x0
|
Náutico-PE
|
Taça Brasil
|
|
|
86
|
148
|
14-nov-1965
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
87
|
149
|
20-nov-1965
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
150
|
28-nov-1965
|
0x1
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
87
|
151
|
01-dez-1965
|
1x5
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
1
|
88
|
152
|
08-dez-1965
|
0x1
|
Santos-SP
|
Taça Brasil
|
|
|
88
|
153
|
12-dez-1965
|
5x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
89
|
154
|
15-dez-1965
|
2x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
89
|
155
|
9-jan-1966
|
2x0
|
Universidad (EL SALVADOR)
|
Amistoso
|
|
2
|
91
|
156
|
11-jan-1966
|
0x0
|
América (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
157
|
18-jan-1966
|
0x3
|
Guadalajara (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
158
|
23-jan-1966
|
0x2
|
Atlas (MÉXICO)
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
91
|
159
|
27-jan-1966
|
2x2
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional do México
|
|
1
|
92
|
160
|
03-fev-1966
|
0x2
|
Seleção da Alemanha Oriental
|
Torneio Internacional do México
|
|
|
92
|
161
|
06-fev-1966
|
2x1
|
Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)
|
Amistoso
|
|
1
|
93
|
162
|
26-fev-1966
|
1x0
|
Bangu-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
93
|
163
|
2-mar-1966
|
3x0
|
Corinthians-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
2
|
95
|
164
|
5-mar-1966
|
2x0
|
Fluminense-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
96
|
165
|
9-mar-1966
|
1x0
|
São Paulo-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
97
|
166
|
13-mar-1966
|
1x2
|
Palmeiras-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
98
|
167
|
17-mar-1966
|
1x1
|
Flamengo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
98
|
168
|
20-mar-1966
|
2x5
|
Santos-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
1
|
99
|
169
|
24-mar-1966
|
1x0
|
Portuguesa-SP
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
170
|
27-mar-1966
|
0x3
|
Botafogo-RJ
|
Torneio Rio-São Paulo
|
|
|
99
|
171
|
31-mar-1966
|
2x1
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
2
|
101
|
172
|
29-mai-1966
|
1x2
|
Napoli (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
|
101
|
173
|
2-jun-1966
|
1x2
|
Arezzo (ITÁLIA)
|
Amistoso
|
|
1
|
102
|
174
|
4-jun-1966
|
2x3
|
Bordeaux (FRANÇA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
175
|
8-jun-1966
|
1x1
|
Barcelona (ESPANHA)
|
Amistoso
|
|
|
102
|
176
|
15-jun-1966
|
0x2
|
Anderlecht (BÉLGICA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
|
102
|
177
|
17-jun-1966
|
1x1
|
Sparta Praha (CHÉQUIA)
|
Torneio Internacional de Paris
|
|
1
|
103
|
178
|
17-jul-1966
|
0x0
|
Royal-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
179
|
24-jul-1966
|
1x1
|
Seleção de Novos de Vitória da
Conquista-BA
|
Amistoso
|
|
|
103
|
180
|
18-ago-1966
|
1x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
181
|
27-ago-1966
|
0x2
|
Botafogo-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
182
|
03-set-1966
|
0x3
|
Fluminense-RJ
|
Taça Guanabara
|
|
|
103
|
183
|
07-set-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
103
|
184
|
18-set-1966
|
3x1
|
Madureira-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
103
|
185
|
22-set-1966
|
3x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
104
|
186
|
25-set-1966
|
3x1
|
Portuguesa-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
105
|
187
|
29-set-1966
|
0x1
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
188
|
16-out-1966
|
0x0
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
189
|
19-out-1966
|
1x2
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
190
|
25-out-1966
|
1x2
|
Botafogo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
191
|
30-out-1966
|
1x2
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
192
|
3-nov-1966
|
1x1
|
Fluminense-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
193
|
6-nov-1966
|
1x2
|
Flamengo-RJ
|
Amistoso
|
|
|
105
|
194
|
10-nov-1966
|
0x3
|
América-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
195
|
13-nov-1966
|
1x0
|
Fluminense-BA
|
Amistoso
|
|
|
105
|
196
|
19-nov-1966
|
0x2
|
Flamengo-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
105
|
197
|
26-nov-1966
|
2x1
|
Bonsucesso-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
1
|
106
|
198
|
03-dez-1966
|
0x3
|
Bangu-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
199
|
11-dez-1966
|
2x0
|
Olaria-RJ
|
Campeonato Carioca
|
|
|
106
|
AGRADECIMENTOS
Aos
amigos Carlos Molinari, Gustavo
Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita
(organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore,
Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e
gols marcados por Saulzinho e Célio.
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Nascido em
Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará
Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca
pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020. Entre
1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.
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