Vasco

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domingo, 31 de outubro de 2021

REVISTA DO KIKE - Nº 31 - O CHOCOLATE

  Não havia jogador mais habilidoso e veloz do que Aldemário na Liga de Futebol de Anandera. Bola lançada pra ele disputar com os beques na corrida, seguramente, era o mesmo que sair pro abraço: ganhava todas. Quando pegava de frente quem ía combatê-lo, aplicava-lhe uma quebra-de-asa, jogando o corpo para a sua direita e puxando a pelota para a esquerda, pra mandar um chutaço para as redes. 

 Em uma das tardes de domingo em que ele extrapolou na velocidade, correndo contra a marcação, ganhou o apelido de Vitório Brambilla, por conta do que fizera um piloto italiano de Fórmula-1 durante o GP que a TV mostrara pela manhã, batendo recordes de velocidade na pista de Brands Hatch, na Inglaterra. Era ele sair pra correr e a galera gritar:

-  Brambilla! Brambilla! Bramba! Bramba! – que virou BrambaBamba, promoção que incendiava as disputas ananderenses.

    A fase era boa e BrambaBamba tornou-se a figura mais popular da terra. De repente, ele apareceu meio-gordinho em um dos jogos do Vasco das Gramas, levando o português Seu Vasco Dines, criador e mantenedor do time, a se virar para arrumar uma desculpa pro súbito desleixo do seu artilheiro. Bem que o preparador físico tentou dar um jeito na coisa, matando-o durante os teinos da semana seguinte. Mas não adiantou. O BrambaBamba entrou em campo, no jogo seguinte, pesando 771 gramas acima do seu peso normal, nem tanto incondizentes com a sua altura, de 1m71cm. Mas a torcida adversária não o perdoou, gritando:

- Gordinho! Gordinho! Gordinho!

             Arte: Renato Aparecida - desenhosrosart@gmail.com

 Treinos e mais treinos vieram, ele fora exigido ao máximo para perder peso, mas não fazia as pazes com a balança. Houve rodada em que pesou até mais: 866 gramas acima do seu peso normal, de 63 quilos, levando o seu treinador a perdere a paciência e coloca-lo no banco dos reservas.

 Sem o veloz e habilidoso BrambaBamba em seu ataque, o Vasco das Gramas empatou cinco partidas consecutivas, desperdiçando 10 pontos e permitindo ao rival Fluísco ir para a decisão do Torneio da Páscoa em vantagem de gols, três a mais. Para aumentar o clima de competição, faltando dois dias para a  decisão, cartolas do adversário espalharam que o irmão (de 10 de idade) do  Bramba contara ser o artilheiro muito guloso e  passar o dia comendo chocolates. Sacanagem que asssanhou ainda mais a galera.

 Veio o dia da finalíssima do torneio, em um muito, muitão ensolarado domingão pascoaleta, como falava o Seu Vasco Sines, e os dois finalistas foram afiar os bigodes dentro das quatro linhas – sem contar, evidentemente, as meias-luas das grande áreas e as pequenas e grandes áreas. Rolava conternda duríssima. Até parecia que o caneco teria de ser carregado por disputas penaltrísticas, como brincava o apoiador vascaíno Gula, batizado e registrado por Augusto.

 Eram decorridos 40 minutos do segundo tempo, quando o treinador vascaineiro chamou o BrambaBamba pra entrer em ação. Assim que ele pintou à beira do gramado, a torcida rival soltou o grito:

- Gordinho! Gordnho! Gordo! Gordo!

Brincalhão, sempre alegre que ele era, nem ligou para as gozações dos rivais e acenou, com as duas mãos estendidas para cima, no rumo da galera que lhe apupava. Em resposta às gozações, aos 42 mintos, lançado pelo ponta-direita Tiça, acertou o travessão superior fluisquense, no dizer do seu colega e também atacante Pé-de-Ferro. Fez a torcida roer as unhas. Aos 45, em bola esticada pelo apoiador Korcino Eletricidade, ele superou os seus 874 gramas a mais naquela tarde, bateu o marcador, em velocidade, e marcou mais um golaço para o seu currículo, tirando a diferença de gols que dava vantagem ao adversário. E só deu tempo de o juizão autorizar um novo pontapé de reinício e encerrar a contenda.

 Rolavam as comemorações pelo título, quando o BrambaBamba correu para a sua torcida, pra fazer mais festa, ainda. Foi quando um torcedor lhe atirou um chocolate, que ele o despapelou e mordeu diante do fotógrafo Zé de Neco, que estampou uma fotaça no jornal do dia seguite, acompanhada pela manchete: Chocolate: 4 x 0.     

Eis os plikativos: o termo  CHOCOLATE no futebol surgiu na tarde do 25 de janeiro de 1981, quando o Vasco da Gama mandou 4 x 0 Internacional-RS, pelo Campeonato Brasileiro, no Maracanã. Goleada rolando, uma emissora de rádi começou a tocar a música “El Bodeguero”, gravada pelo cubano Richared Egües, que cantava:: “Toma chocolate/Paga lo que debes”. Na época, torcedores gostavam de assistir jogos os ouvindo por rádinhos à pilha. Depois daquele sacode vascaíno, a galera saiu do Maraca cantando a música cubana. Pegou e  goleada virou siônimo de chocolate - mais  uma contribuição vascaína ao dicionário do futebolês.

sábado, 30 de outubro de 2021

REVISTA DO KIKE - O ESTADISTA

  Seu Vasco Sines, fundador do Vasco da Gramas, time que disputava os campeonatos da Liga Ananderense de Futebol, fazia de tudo para a sua rapaziada ganhar de qualquer ser - até extraplanetário - que, por acaso, lhe aparecesse pela frente. Também, para o seu município mudar de nome, de Ananderanthera, para Anandera, como for apelidado pelo povo - mais fácil de falar -, o que suscitava debates acirrados entre os munícipes pela troca ade nomenclatura. A turma da bola, por exemplo, já nomeara a sua entidade por Liga Ananderense de Futebol, o que contara com o apoio publicitário de sua empresa de vendas de gramas para jardins - e o que mais rolasse, inclusive campos de futebol.

 De tão apaixonado que era pelo seu Vasco das Gramas, o fanático Vasco Sines criou um jornalzinho que circulava às segundas-feiras, ou depois de jogos em outros dias, divulgando as vitórias de sua rapaziada. Empates até poderiam ir para as páginas, desde que fossem com sabor de um triunfo.

Pelo final daquela temporada, com o seu Vasgrama - como ele falava, quando estava apressado na conversa -, campeão em várias modalidades e categorias, ele presenteou os seus astros com uma excursão à terrinha, como se referia a Portugal, a sua pátria. Até conseguiu estender o giro da equipe futebolistas à Moscou, enviando junto com os atletas  um repórter e uma fotógrafa para cobrir o giro europeu. Queria tudo estampado no jornal do seu time, o que parecia significar estar vendendo muitas gramas.

 Em Moscou, o seus enviados especiais de imprensa mantiveram contatos com os colegas de profissão e visitaram várias redações de jornais, revistas, rádio e TV. Em uma delas, o repórter contou que, no Brasil, era comum jornalistas serem homenageados com os seus nomes em estádios. E ouviu de um dos moscovitas:

 - Então, quando eu for à sua terra poderei ter o prazer de visitar um estádio com o seu nome.

-  Nem pensar! Pra ser nome de estádio, em meu país, o homenageado já deve ter partido dessa para uma melhor, como falavam os antigos. E eu quero me demorar mais pelo pedaço – retrucou ele que, de volta a Anandera, sofreu um acidente automobilístico que o deixou mais pra lá do que pra cá.

  ARTE: RENATO APARECIDA - DESENHOS ROSART@GMAIL.COM

O carinha entrou em estado de coma e deixou toda a comunidade esportiva municipal ananderense – ou ananderantherense – esperando que ele chegasse ao ponto final de linha. Num desses dias de expectativa pelo seu futuro, surgiu  fake news em uma emissora de rádio, dando conta de sua partida para o outro mundo. Apressadamente, sem apurar a notícia, a Liga anunciou, imediatamente, que o estádio que construía teria o nome do jornalista vascogramense –  e, assim procedeu.

 Não se sabe qual santo fora o responsável pelo milagre, mas, dias depois, o carinha saiu do coma e, aos poucos, se recuperar, totalmente. Ao saber da homenagem recebida, pediu à Liga para reconsiderar o seu ato homemageatório, por achar que aquilo poderia agourar a sua vida. Como a entidade demorava-se a atende-lo, ele recorreu à Justiça, para tirar o seu nome do estádio.

- Não quero ser estadista – justificou, supersticiosamente.


   

    

          

ÁLBUM DA COLINA - PAGINAS 2001/2002

 FOTO REPRODUZIDA WWW.NETVACO - AGRADECIMENTO

A "astra" Janete exibe a glória do título conquistado pelas meninas do basquete vascaíno durante o Campeonato Brasileiro-2001, quando decidiu contra o Atlétici-PR e o venceu, por 98 x 100; 90 x 74; 82 x 75; 83 x 85 97 x 8. Ates, havia manado 65 x 71; 79 x 57; 98 x 79 e 89 x 65 pra cima do paulista Ourinhos. Na primeira fase, 96 x 83  e 92 x 80 Guaru-SP; 85 x 59 e 101 x 64 Seleção Brasileira juvenil; 97 x 62  e 107 x 68 Joinville-SC; 91 x 79 e 85 x 90 Paraná-PR; 79 x 63 e 83 x 79 Ourinhos-SP; 80 x 88 e  82 x 77 Santo André-SP; 95 x 67 e 111 x 58 Jundiaí-SP.

Em 2002, as garotas cruzmaltinas disputaram a Liga Sul-Americana de Clubes e foram as campeãs, decidindo contra o chileno Deportivo Maullín. Confira a conta: 90 x 47 Regatas Lima (Peru); 92 x 27 Diosas de Yaracuy (Venezuela); 89 x 44 Cruz Blanca (Colômbia) e 80 x 77 Sport Uruguay (Equador);  120 x 75 Economia (Bolívia); 109 x 62 Sport Uruguay (Equador) e 78 x 65 Desportivo Maullin (Chile). O grupo campeão teve por dirigente Guilherme Kroll, a treinadora Maria Helena e as atletas Flávia, Erika, Rafaela, Luciana, Ferreira, Heleninha, Micaela, Betânia, Bruna, Mina, Tata e Aline.




 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

HISTORI&LENDAS - DATAS COM FINAL TRÊS

                                FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA DO ESPORTE

Saulzinho (E) ao lado de
Viladônega
 Nunca foi fácil para o Almirante dobrar os seus rivais no futebol carioca, que lhe exigiam muitas braçadas, caso de botafoguenses. Mas quando um deles dava mole, ia pro fundo do polo. Como a Turma da Ilha. Conferindo?   

1º de julho de 1923 0 Vasco da Gama 3 x 2 Botafogo - segundo jogo da história entre os dois clubes. Valeu pelo segundo turno do Campeonato Carioca, em um domingo, no tricolor estádio das Laranjeiras, com gols vascaínos marcados por Arlindo (2) e Cecy. A pugna fez parte da campanha do primeiro título de campeão estadual do time do Almira, comandado pelo uruguaio Ramón Platero, que escalou: Nélson, Leitão e Cláudio; Nicolino, Claudinor e  Arthur; Paschoal, Arlindo, Torterolli, Cecy e Negrito. OBS: o primeiro Vasco x Botafogo foi em 24 de abril de 1922, no alvinetro EstádioGeneral Severiano.

30 de junho de 1963 - Vasco da Gama 4 x 1 Portuguesa  – desta vez, a Zebra da Ilha do Govrnador foi pastar no Maracanã. Ração cruzmaltina com a marca Campeonato Carioca. Laçadores da ocasião: Saulzinho (2), Célio e Sabará. Eles foram ao pescoço dela, para comemoração do treinador Jorge Vieira, que entegrou o laço para: Humberto Torgado, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Célio Saulzinho e Ronaldo.   

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

ROLOU CACHOPAS NA ESQUINA DA COLINA

Portugada na caçapa. O adversário podera ser da terrinha, mas o Almirante não queria saber de onde provinha. Sapecava a botina, encantava as meninas e balançava a redinha. Podes crer:   


1º de julho de 1951 - Vasco da Gama 5 x 1 Sporting-POR -  refrega válida pela Copa Rio, um autêntico Mundial de Clubes. Preliado em um domingo, no Maracanã, com apitagem francesa (por Gabriel Fordjaman) e tentos vascaínos marcados por Friaça, Tesourinha, Ipojucan e Djayr. O treinador era Oto Glória e os malvadões chamavam-se: Barbosa, Augusto (Laerte) e Clarel; Ely, Danilo e Alfredo II; Tesourinha, Maneca, Ipojucan, Friaça e Dejayr. 

29 de junho de 1957 - Vasco da Gama 5 x 2 Benfica-POR - história de excursão por canchas europeias. Domingo com sol rachando sobre Lisboa, para o treinador Martim Francisco acertar o seu time. Embora tenha sido um amistoso, Válter Marciano (2), Sabará, Livinho e Pinga levaram a coisa a sério maltrataram a torcida benfiquista. Esquadra do dia: Carlos Alberto Cavalheiro (Hélio), Viana e Ortunho; Orlando, Laerte e Dario; Sabará, Livinho, Vavá, Valter  (Roberto Pinto)  e Pinga. OBSsegundo dos quatro amistosos disputados com os clube encarnado da capital portuguesa. No primeiro, Vasco 5 x 0, em julho de 1931. Depois, 1 x 1, em 1965, no Maracanã, e  1 x 1 repetido no 1984.

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

ESQUINARIA DA COLINA BITRICOLADA

Tem dia que o Almirante quase engasga. Dois deles foi traçando o cardápio colocado diante da tricolada. Mas deu pra deglutir legal. Vamos ver? 

15 de agosto de 1971 - Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense -  jogava-se o 46º embate entre os dois velhos rivais, por Campeonatos Brasileiros. Com maricota sasssaricando no Maracanã, o malandro Aranha Dé sacudiu a rede e a galera, diante de 25. 685 pagantes dominicais , acalmando o nervosão treinador Paulo Amaral, que escalou: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir, Afonsinho e Buglê; Luiz Carlos Lemos (Neném), Dé e Rodrigues. 

14 de setembro de 2003 - Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense - sétima rodada do returno do Campeonato Brasileiro, em um domingo, no Maracanã. Dia de muito caronas no estádio, pois 10.548 pagaram pelas emoções,enquanto 965 entraram sem mexer no bolso. Ozéia foi o cara e, naquele domingo, o ex-zagueiro vascaíno Mauro Galvão, que tanto havia brilhando no mesmo gramado, era o treinador que escalou: Fábio; Wellington, Wescley, Henrique e Ozéia; Da Silva, Ygior, Beto (Rodrigo Souto) e Edmundo; Régis (Bruno Lazaroni) e Donizete (Fabiano). 


terça-feira, 26 de outubro de 2021

TRIPUDIOU LEGAL NA ESQUINA DA COLINA

Quatro, cinco , seis...! Quero que vocês fiquem todos meu freguês. Canto malandro da galera, em dias de balaiadas. Que beleza!  

 2 de agosto de 1931 - Vasco da Gama  4 x 1 SPORTING-POR - parte da primeira excursãso de um time carioca à Europa. Rolou em Portugal, mais precisamente no estádio de Campo Gande, em Lisboa, com Nilo (2), Carvalho Leite e Ghizone comparecendo ao placar. O treinador das fase erao inglês Harry Welfare, que escalou: Jaguaré, Benedicto e Itália; Tinoco, Fausto e Fernando; Bahianinho, Nilo, Carvalho Leite, Ghizone e  Mário Mattos. 

19 de março de 1944 - Vasco da Gama 5 x 2 Flamengo  -  clássico no estadinho General Severiano, para a rapaziada carregar a taça do Torneio Relâmpago. Emocionantíssimo! Todos os gols marcados no segundo tempo, com as vascainagem incluíndo Chico, Lelé, Djalma, Isaías e Jair Rosa Pinto, treinados pelo uruguaio Ondino Vieira, que usou: Yustrich, Zago e Rafagnelli; Ely do Amparo, Alfredo II e Argemiro; Djalma (Cordeiro), Lelé, Isaías, Jair e Chico. OBS: Vasco x Flamengo tem quatro pegas pelo Torneio Relâmpago: 16.03.1943 - Vasco 1 x 1; 19.03.1944 - Vasco 5 x 2 ; 08.04.1945 - Vasco 3 x 4; 24.03.1946 - Vasco 2 x 0.

16 de março de 18945 - VASCO DA GAMA 6 X 1 GRÊMIO-RS - tempos do antigo Estádio da Timbaúva, em Porto Alegre, com Chico Aramburu (2), Berascochea, Jair, João Pinto e Lelé pampeando na rede. Tempos, ainda, do treinador uruguaio Ondino Vieira, que mandou à luta: Barbosa, Sampaio e Rafanelli (Djalma); Berascochea, Nílton e Cordeiro; João Pinto (Massinha), Argemiro, Lelé, Jair  e Chico.  OBS: Vasco X Grêmio registra oito amistosos na história do confronto: 18.03.185 - Vasco 6 x 1; 10.04.1952 - Vasco 0 x 0 Grêmio; 23.11.1955 - Vasco 0 x 2; 21.02.1957 - Vasco 1 x 0;  05.02.1958 - Vasco 4 x 1; 01.06.1960 Vasco 5 x 2; 21.06.1980 - Vasco 0 x 1; 19.05.1983 - Vasco 2 x 1. 

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

REVISTA DO KIKE - Nº 30 - GATASFERAS

                Arte: Renato Aparecida - desenhosrosart@gmail.com

O basquetebol chegou ao Vasco em 1920, por uma quadra de terra batida, na garagem de barcos da Rua Santa Luzia, em uma das sedes antigas do clube. Entre de 1965/66, o Vasco da Gama montou as suas primeiras equipes femininas de basquetebol, tendo por atletas Sueli, Sueli Lopes, Ceiça, Lena, Helô, Diô, Iara e Maria.

Basqueteiras da década-1960 - reprodução Revista do Esporte

Agande fase do basquete das meninas vacaínas foi pelos inícios da década-2000, quando montou-se uma superequipe. Em 2001, veio o título brasileiro, em cinco jogos finais contra o Atlético-PR, com moçada dirigida pela ex-atleta do selcionado nacional Maria Helena, tendo Janete como a principal figura. Naquelas partidas, o Vasco venceu por: 98 x 100; 90 x 74; 82 x 75; 83 x 85 97 x 83. Ates, disso, mandou, contra o paulista Ourinhos: 65 x 71; 79 x 57; 98 x 79 e 89 x 65. Na primeira fase, rolaram: 96 x 83  e 92 x 80 Guaru-SP; 85 x 59 e 101 x 64 Seleção Brasileira juvenil; 97 x 62  e 107 x 68 Joinville-SC; 91 x 79 e 85 x 90 Paraná-PR; 79 x 63 e 83 x 79 Ourinhos-SP; 80 x 88 e  82 x 77 Santo André-SP; 95 x 67 e 111 x 58 Jundiaí-SP.

Além do título brasileiro, as Menina da Colina conquistaram, ainda,  os Estaduais-RJ-2000/2001/2003 e a Copa Eugenia Borer. Em sua participações nos Campeonatos Cariocas, as vascaínas tivram as cestinhas de quatro ediçõeso: Catita (117 pontos), em 1982; Simone (2003), em 1987; Micaela (383), em 2001, e Adriana (216), em 2003.

NAS ESTRANJAS  - Em 2002, as garotas cruzmaltinas disputaram a Liga Sul-Americana de Clubes, chegando invictas à decisão. contra o chileno Deportivo Maullín, na casa das adversárias. Com supergarra e uma gande atuação da ala Caé, cestinha da partida, com 26 pontos, mais um caneco pintou na sala de troféus da sede vascaína da carioca Rua General Almério de Moura.

A primeira fase foi na equatoriana Guaiaquil, com as vascaínas vencendo por: 90 x 47 Regatas Lima (Peru); 92 x 27 Diosas de Yaracuy (Venezuela); 89 x 44 Cruz Blanca (Colômbia) e 80 x 77 Sport Uruguay (Equador). Como se lê, superioridade indiscutível, indo para a fase final, em Puerto Montt, no Chile, vencer por: 120 x 75 Economia (Bolívia); 109 x 62 Sport Uruguay (Equador) e 78 x 65 Desportivo Maullin (Chile). O grupo campeão teve por dirigente Guilherme Kroll, a treinadora Maria Helena e as atleas Flávia, Erika, Rafaela, Luciana, Ferreira, Heleninha, Micaela, Betânia, Bruna, Mina, Tata e Aline

 

domingo, 24 de outubro de 2021

REVISTAS DO KIKE - Nº 29 - SANGUE NOVO

 

                Arte: Renato Aparecida - www.desenhosrosarst@gmail.com

Roberto Dinamite e Edmundo, aos 21; Romário, aos 22, e Ademir Menezes, aos 23 de idade, foram os mais jovens vascaínos famosos do futebol a serem convocados para a Seleção Brasileira principal. Em média, outros astros vascocanarinhos tinham entre 24 e 25 nos costados quando envergaram a camisa da Confederação Brasileira de Desportos (futura CBFutebol). Entre alguns desses, tivemos: Moacir Barbosa, Célio Silva, Odvan e Maneca (24); Célio Taveira, Brito e Sabará (25). Vejos os mais guris:  

Vejamos:

Carlos Roberto de Oliveira, o Dinamite, nascido no 13 de abrl de 1954, em Duque de Caxias-RJ, roloua a sua primeira bola canária no 30 de setembro de 1975, em Brasil 1 x 3 Peru, pela Copa América, no Mineirão, em Belo Horizonte. Convocado por Osvaldo Brandão fez parte de um combinado-base Cruzeiro-Atlético-MG, que alinhou: Raul; Nelinho, Miguel/Vsc, Wilson Piazza e Getúlio; Vanderlei e Geraldo/Fla (Zé Carlos); Roberto Batata, Palhinha, Roberto Dinamite (Reinaldo Lima) e Romeu. Antes disso, havia atuado no amistoso Brasil 0 x 0 Bonsucesso, das equipe olímpicas, em 30 de setembro de 1975, aos 21 de idade. Disputou 47 prélios e marcou 28 gols, tendo sido campeão da Copa Rio Branco, Taça do Atlântico e do Torneio Bicentenário da Independência dos Estados Unidos, todos em 1976.                    

Edmundo Alves de Souza Neto, carioca, nascido no 2 de abril de 1971, estreou no 2 de asgosto de 1992, sem marcar gols, em Brasil 5 x 0 Mexico, no Coliseum Stadium, de Los Angeles-EUA, pela Copa da Amizade. Substitiui o também vascaíno Bebeto (José Roberto Gama de Oliveira), no segundo tempo, quando eset já havia marcao dois gol. Convocado pelo treinador Carlo Alberto Parreira, o primeiro Edmundo canarinho entrou neste time: Carlos; Luíz Carlos Winck (também, vascaíno), Antônio Carlos Zago, Ronaldão (Válber, futuro cruzmaltino) e Robrto Carlos: Mauro Silva, Leovegildo Júnior, Raí (Palhinha) e Zinho (César Sampio); Renato Gaúcho (Paulo Sérgio) e Bebeto (Edmundo). Pelo escrete nacional, Edmundo conquistou as Copas da Amizade-1992; Stanley Rous-1995 e América-1997. Disputou 39 jogos e marcou 10 gols.

Romário de Sousa Faria, também carioca, nascido no 29 de janeiro de 1966, fez o seu primeiro jogo canarinho durante a derrapada Brasil  0 x 1 Eire, em 23 de maio de 1987, no Landisdowne Roade, em Dublin, amistosamente. Convocado por Carlos Alberto Silva, entrou no jogo, também, durante o segundo tempo, pelo time que foi: Carlos; Josimar, Geraldão, Ricardo Rocha (futuro vascaíno) e Nelsinho; Douglas, Edu Manda (Raí) e Valdo; Müller (João Paulo) e Mirandinha (Romario). O Baixinho, como foi apelidado, conquistou cinco títulos canarinhos - Torneio Bicenternário da Independência da Austrália-1988; Copas América-1989 e 1997; Copa do Mundo-1994 e Copa das Confederações-1997 – e anotou 55 gols, em 73 partidas. Detalhe: jogou pela seleção olímpica - 24.08.1988 – marcando quatro gols, em Brasil 6 x 1 Seleção Alagoana, amistosamente, depois de já ter defendido a equipe principal.

Ademir Marques de Menezes, pernambucano, de Recife, nascido no 8 de janeirde 1922, canarinhou pela primeira vez, em 21 de janeiro de 1945, em Brasil 3 x 0 Colômbia, pelo Campeonato Sul-Americano, no Estádio Nacional de Santiago do Chile. Dirigido pelo treinador Flávio Costa, entou nesta escaolação: Oberdan, Domingos das Guia (esteve vascaíno) e Norival; Biguá, Ruy e Jaime de Almeida; TEsoourinha (futuro vascaíno), Zizinho (fez dois amistosos pelo Vasco), Heleno de Freitas (esteve vascaíono) (Servílio), Ademir Menezes e Jorginho Cecliano (Vevé). O goleador pernambucano ajudou o Brasil a conquistar os Campeonatos Sul-Americano-1949 e Pan-Americano-1952 e fez, em 41 jogos, 35 gols, tendo sido o principal artilheiro da Copa do Mundo-1950, com 9 tentos.


REVISTA DO KIKE - Nº 28 - LIGADERAÇA

Para aquela temporada, a Liga Desportiva de Anandera prometia o seu maior e mais sensacional campeonato infanto-juvenil de futebol. Para aumentar a temperatura no termômetro das torcidas, colocou os jogos do torneio feminino nas preliminares dos garotos.

 A disputa teria  - AlVinagre, Baianinho, BlauGrana, Celestial, Colorado, Mandin, Real Matismo, Tricoline e Vasco das Gramas – seis times fortes, que bem o demonstraram durante os amistosos preparativos para as refregas que movimentava a desportividade de Anadenanthera, terra que herdara o seu nome de uma planta tropical macrocarpa, de presença marcante em ritos religiosos de tribos indígenas - e que o estava reduzindo, na Câmara Municipal,  para Anandera, como o povo falava.

 O marketing promocional da temporada incluía o time Tricoline feminino jogando com o nome de Tricoloras, com todas as meninas tingindo os cabelos de loiro; o Alvinegro sendo AlVinagre, patrocinado pelo Vinagre Bertin; o Real Matismo tendo o patrocínio da Farmácia Bandeira Coité; o Celestial formado pelos rapazes do grupo Jovens Ananderenses Sportivos Católicos; o Colorado, impulsionado por produtores de soja gaúchos, e o Vasco das Gramas, do comerciante vendedor de gramas Vasco Sines, poitugu|ês que vivia noBrasil há mais de 30 temporadas. Faltava patrocinadores só para o BalGrana, que negociava com o Banco da Bahia-Oeste, e o Baianinho, que abria conversações com a Casa Bahia Festas.           

 Pela opinião dos experts, “não tinha pra ninguém”. Segundo os tais,  a Liga poderia até começar logo um outro campeonato, pois aquele já estaria no papo do Vasco das Gramas, principalmente por causa do garoto da sua camisa 10, um “menino estratosférico” - diziam em realmente, jogava demais. 

 Era tradição na Ligandera, após o final das temporadas das categorias infanto-juvenil, juvenil, principal e feminino promover amistosos dos três primeiros colocados, os chamados “jogos da consagração”, contra convidados de vizinhas cidades de Barrila, Camandaroba e Jupaguá,  podendo neles incluir o  craque do campeonato, reforçando a sua equipe. E o jogo das seleções (masculina e feminina)  canarinhas, formadas pelos 11 melhores de cada posição durante a temporada, tradicionalmente patrocinado por uma fábrica de brinquedos que lançara um canarinho em suas vendas. 

 Como es experts previam, no infanto-juvenil, que vinha sendo o campeonato mais emocionante, o Vasco das Gramas, com uma defezaça rocha, foi caminhando sem ver ninguém pelas suas proximidades. Só o seu astro fatal, o FeraFerinha, como ficou apelidado, marcara 19 gols, em nove jogos do primeiro turno.

                Arte: Renato Aparecida - www.desenhosrosart@gmail.com


 2 – Com os vascaínos campeões, invictos da etapa inicial do certame, marcando 44 gols e levando só dois, sem nenhuma perspectiva de os demais lhe incomodarem,  a mãe do Fera, Ferinha,  que era a treinadora do juvenil da vasquense, o tirou dos infantos–juvenis e o levou para o seu grupo, pelos inícios do returno, pois a sua moçada não conseguia liderar a competição, que tinha o BlauGrana na frente, desde a terceira rodada do turno.

Com aquilo, o torneio infanto-juvenil perdeu muito do seu atrativo, que foi herdado pelos juvenis. O FeraFerinha seguiu repetindo as mesmas grandes atuações dos tempos de infanto, como se não tivesse passado a jogar contra garotos um pouco mais velhos.

Quando o Vasco das Gramas tomou a ponta do BlauGrana, o assessor de imprensa da Lingandera  aproveitou para fazer, pela Revista do Esporte, que cobria todas as modalidades presentes na entidade - grande publicidade em torno do feito da treinadora do novo líder, Mária Petras, como lhe chamavam os europeus que não conseguiam  pronunciar o brasileiro nome dela nos tempos em que ela jogava por um time da então Tchecoeslováquia - até disputou um amistoso festivo pela seleção do país e se benzeu, após marcar um gol, razão do apelido. Como era noiva de um jornalista que a promovia, as diretorias da sua equipe e do JASC – este tinha por treinador o Padre Geraldo, que jogava no time principal -  aproveitaram para enaltecer os “valores cristãos da família unida”. E rolou marketing e bola.

 A Tia Mária (para a galera), além de treinadora da garotada, jogava pelo time das Tricoloras, das quais ela fora a primeira a tingir os cabelos de blonde. Ao levar os seus dois esquadrões aos títulos da temporada, ela ganhou duas páginas inteiras da revista da Ligandera, pela seção A Ficha do Craque (da Craca, para seus fãs), desfilando as suas particularidades e preferências. Durante os três amistosos chamados por Jogos da Consagração, esquisitamente, ela anunciou o fim de sua carreira de atleta e de treinadora, para fazer curso de arbitragem e mudar tudo em sua vida desportiva.

 De sua parte, o a fase dos , campeão infanto-juvenil e juvenil, quando rolou  a fase dos  Jogos da Consagração, foi encarregado de recepcionar o Rei do Futebol, o convidado especial do evento. E provocou grandiosa agitação entre os desportistas anandetherenses, ao anunciar a sua transferência para o Bahia, que seria no novo nome do Baianinho, por exigência do patrocinador Banco da Bahia-Oeste. 

 Pelo time do Bahia, o artilheiro Fera Ferinha, que crescia na bola e no corpo,  teve o seu apelido (criado pela torcida) trocado para Feraça. E não demorou para a Liga enaltecê-lo pela sua Revista do Esporte. Mas o que aconteceu depois com a careira dele? Isso você lerá em "CCCP - Companhieiros Cuidado com Pelé". Aguarde lançamento do livro.

sábado, 23 de outubro de 2021

PLEONASMADAS NA ESQUINA DA COLINA

 Se o repeteco no idioma português tem o apelido de pleonasmo, na bola rolando isso pode ser aplicado nos pegas do Almirante contra os banguenses. É sempre assim. Por exemplo:  

20 de julho de 1958 - Vasco da Gama 3 x 1 Bangu  - um domingo de primeiro turno de Campeonato Carioca em que os alvirrubros forma deglutidos, com Pinga embebedando os marcadores e mandando duas doses no filó - Vavá mandou mais um gole. Saboredo por 34.833 pagantes, o placara foi construído com armação do treinador Francisco de Sousa Ferreira, o Gradim, que mandou à vitória: Barbosa, Dario e Bellini; Écio, Orlando e Ortunho; Sabará, Almir, Vavá, Rubens e Pinga.

3 de abril de 1977 - Vasco da Gama 6 x 0 Bangu -  mais um domingo de primeiro turno do Estadual-RJ, em São Januário, neste com 11.921 pagantes. Naquela temproada, o time montado pelo "titio" Orlando Fantoni saiu estraçalhando a concorrência, como fizeram os placarzudos Ramon Pernambucano (2), Orlando Lelé (2), Roberto Dinamite e Luís Fumanchu. A esquadra almiranteira da vez embarcou: Mazzaropi; Orlando Lelé, Abel, Geraldo e MarcoAntônio ( Luís Auigusto); Zé Mário, Helinho (Zandonaide) e Dirceu Guimarães; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e Ramon.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

ANTIGOS ÍDOLOS NA ESQUINA DA COLINA

 Quando ex-amores se reencontram, já pulados para o outro lado do balcão, a expectativa é grande. Veja o que aconteceu nestes dois casos:

1  - 5 de abril de 1960  - primeira partida disputada pelo atacante Almir Albuquerque Morais contra o Vasco da Gama, que ele havia trocado, pelo Corinthians. E marcou gol, aos seis minutos dos 0 x 3 ante os paulistanos, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São PauloO Timão (apelido do clube paulista) havia levado Almir para rivalizá-lo com Pelé e até tentou fazê-lo de Pelé branco, levando a expectativa pela sua estreia gerar a boa arracadadção de Cr$ 1 milhão, 76 mil e 900 cruzeiros. Mas Almir não teve o mesmo sucesso dos tempos vascaínos durante os nove meses e nas 29 partidas em que estrevce corintiano. Marcou apenas cinco gols e saiu acusando os companheiros por boicote, devido ao seu alto salário.  

2 - O primeiro Vasco contra Almir foi escalado pelo técnico argentino Filpo Nuñes com: Miguel; Paulinho de Almeida (Dario) e Bellini; Écio (Russo), Orlando (Barbosinha) e Coronel; Sabará, Pinga (Pacoti), Teotônio, Roberto Pinto (Valdemar) e Roberto Peniche. A nova turma do “Pernambuquinho”, treinada por Alfredo Ramos, era: Gilmar (Cabeção); Egídio, Olavo (Marcos) e Ari Clemente; Benedito (Sidnei) e Oreco; Lanzoninho, Almir (Luizinho), Higino (Bataglia), Rafael e Evanir

3 - 25 de  maio de 1967 – Vasco da Gama 2 x 0 Nacional-URU -  Célio foi a atração do amistoso em que o Vasco (gols por Maranhão e Paulo Bim) enfrentou, pela primeira vez, o seu maior artilheiro naqeula década. Em jogo noturno, no Maracanã, valeu a Taça Negrão de Lima, que o terceiro governador do então estado da Guanabara entregou ao capitão vascaíno Oldair Barchi. A partida integrou parte da venda do passe de Célio para o clube tricolor (azul, branco e vermelho) uruguaio.

4  Vasco 2 x 0 Nacional integrou parte da venda do passe de Célio para o clube tricolor (azul, branco e vermelho) uruguaio, com os vascaínos, treinados por  Zizinho (Thomas Soares da Silva), sendo: Franz; Ari (Nilton), Ananias, Jorge Andrade e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes, jogado uruguaio; Zezinho, Bianchini, Paulo Bim e Moraes. OBS: residindo em Montevidéu, Célio ganhou um filho por lá Marcelo.  

 

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

SETEMBRINHADAS NA ESQUINA DA COLINA

 O  21 do 9 não é bom para alvinegro enfrentar o Almirante. Vai a pique, no fundo da rede. Conferindo?

21 de setembro de 1947 - Vasco da Gama 2 x 0 Botafogo - pegou fogo na na casa do rival, em General Severiano, domincalmente, pelo Campeonato Carioca. No placar, compareceu o matador Dimas, por duas vezes. Flávio Costa era o técnico e o time dele alinhava: Barbosa, Augusto e Rafagnelli; Ely, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Dimas, Ismael e Chico. Naquele ano, foi covardia. O Almira passou passou por cima da concorrência, como um trator. Venceu  17 das 20 refregas e empatou três. Segundo título estadual invicto, na era do profissionalismo, com sete pontos de frente sobre o vice e carregado o caneco por antecipação. co Antônio; Pintinho, Paulo César ‘Caju” e Marquinho; Wilsinho, Roberto Dinamite e João Luís. 

21 de setembro de 1980 - Vasco da Gama 1 x 0 Botafogo - pancadinha leve na alvinegrada, em um domingo, no Maracanã,  com Carlos Alberto Pintinho cantando de galo em cima da Estrela Solitária. Treinado por Mário Jorge Lobo Zagallo, o Almirante do dia fez a sua rota rumo aos três pontos levando: Mazzaropi; Paulinho Pereira (Léo), Orlando Lelé, Ivan e Marco Antônio; Pintinho, Paulo César Caju e Marquinho; Wilsinho, Roberto Dinamite e João Luís. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

NA ESQUINA DA TERRA DOS PINHERAIS

A rapaziada do Coritiba poderia ter coxas fortes, mase não deu para encarar o Almirnte. Da mesma forma que o Furacão, que virouava um ventinho. É só conferir:

29 de agosto de 1971 - Vasco da Gama 2 x 0 Corituba -  valeu pelo Campeonato Brasileiro, em um domingo em que esqueceram de divulgar o público pagante. Mas a galera anotou os gols marcados por Adílson Albuquerque e o Aranha Dé, no tempo em que o treiandor era Admildo Chirol, que escalou: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete; Alcir e Afonsinho; Adílson, Dé (Buglê), Ferreti (Luiz Carlos Lmos) e Rodrigues.  OBS:  o Almira a enfrenrtava o Coxa Branca (apelido do Coritiba) desde 1º de fevereiro de 1948, quando disputou um amistoso, no então Estádio Belfort Duarte (atual Couto Pereira), em um domingo, na capital paranaense,goleandol, por 7 x 2.

2 de maio de 1991 – Vasco da Gama 3 x 2 Athlético-PR – rolou em um aqunta-feira, em São Januário, da primeira fase do Campeonato Brasileiro, com Sorato, William e Bismarck resolvendo a parada pesada. O placar, aplaudido pela maioria dos 1.363 pagantes,  fez a rapaziada aumentar, para seis, a série de vitórias sobre o Furacão, em jogos do Brasileirão unificado, isto é, as disputas anteriores válidas pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa. Os cruzmaltinos da ocasião foram assim definidos pelo treinador Antônio Lopes: Acácio; Raulli, Dedé (Sidnei), Jorge Luis e Cássio;  Zé do Carmo, Luisinho, Júnior e Bismarck; Sorato (Anderson) e William.

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terça-feira, 19 de outubro de 2021

DUPLA DO BARBANTE 3

ÃO

 O gaúcho Saulzinho e o paulista  Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas. Assim, a pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na conta do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia conseguido depois do SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice estadual, em 1961, junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos critérios de desempate técnico.

 Para reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília  até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só se for do Pelé!

                                                     Gustavo Mariani

                                                                             

 

                                                   1

                             O GAROTO DOS PAMPAS

 

                                      

 Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante de feras,  como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet, Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador, por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.

 Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé, rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso incomum.  Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que, futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo

Saul Santos, o Saulzinho, ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o defensor Saul Mujica. Garoto peleador (brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para os zagueiros  da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954, vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre, marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol Clube roubou-o do rivaltornando-o um índio, como jogador do clube alvirrubro era chamado.

 Foto do álbum de famíia 

    Valera muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da  bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal Bageense de 1956.  Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4 x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não ficou com o caneco da Liga.

 Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só restavam  Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”. 

 Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre  time fortíssimo para os padrões do então futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.

Tempos depois, já era Martim Francisco o treinador do Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada recomendável para um centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital gaúcha. E pediu a  contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De cara, o presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não se interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos". Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê, preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros, de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros, de gratificação, do Guarany.

Até fevereiro de 1966, Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm) zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias Metropolitana.

Garoto interiorano no meio de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se, com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro? 

Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma da Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid, deixando em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre 1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular, pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.

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                                                                                   O GUARANY

 

 Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar, sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado, em 2008. Vejamos algumas histórias do clube: 

  Guarany-1960, da esquerda para a direita, em pé: Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e Augusto; agachados, na mesma ordem: Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e João Borges, reproduzidos de saulzinho70.blogspot.com.br

1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do Botafogo, e  o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também, as Copas de 1986 e de 1990.

 2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129 gols) e  Picão (125). Saulzinho calcula ter feito cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter batido o recorde de Max. 

3 -   Em 1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e 4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).

4 -  Campeões estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o campeão, vencendo, por  1x 0 (duas vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga, Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho, Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz Silva e Juca.   

5 – Ao deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960,  Saulzinho voltou a jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo, marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada, ainda rolava a pelota.

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                                                      CRUZMALTINO

   O Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians,  no paulistano Pacaembu. No dia  10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0 Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1 River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27 de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x 0.

 De volta ao Brasil, a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo, empatando, por 2 x 2,  diante de  122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes - renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado (contra), aos 7, e  Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam: Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).

 Quando Saulzinho desembarcou em São Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi  nos 3 x 1 América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre o  5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.

O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0 Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular, em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:

16.04.1961 (domingo) – Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1 milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

22.04.1961 (sábado) – Vasco da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo (contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

01.05.1961 (segunda-feira) - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson); Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e Pinga.    

05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.        

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                                                   PRIMEIRA EXCURSÃO

   O primeiro grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e  3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2 x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as fichas técnicas:

07.05.1961 - Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha, Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).

 10.05.1961 - Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos 3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha) e Pinga.

Tinha, portanto, Saulzinho atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0 Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x 2 Uberaba  - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre maio e julho daquele 1961, atuando em estádios  europeus e africanos, pelas formações abaixo comandadas pelo treinador  Martim Francisco. Confira:

27.05.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público. 9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

30.05.1961 – Vasco da Gama 3 x 2  Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público: 25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43  min do 1º tempo e aos 16 do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

01.06.1961 – Vasco da Gama 11 x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR. Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho, aos 25 e aos  35 min do  1º tempo; Sabará, aos  5 e aos  8; Saulzinho, aos  18, Roberto Pinto, aos  25, e Laerte, aos  30 min do  2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito), Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).

04.06.1961 – Vasco da Gama 10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000. Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho, aos  45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10; Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos  22, e Saulzinho (pen), aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.

06.06.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga.

11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga, aos  35, e Saulzinho, aos  43 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga.

14.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE. Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga, aos 16; Lorico, aos 20; e Saulzinho, aos  44  min do 1ºT; Lorico, aos  27 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Pinga e Da Silva.

18.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10; Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. 

21.06.1961 – Vasco da Gama 8 x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841. Gols: Roberto Pinto, aos  4; Lorico, aos 7 e aos 33; Roberto Pinto, aos 42 min do  1º tempo; Saulzinho, aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos  28, e Lorico, aos 33 min do  2º tempo. Vasco:  Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.

27.06.1961 – Vasco da Gama 1 x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE. Gol: Roberto Pinto, aos  26 min do 1º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.

Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão, respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 29.06 – Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco 0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos:  Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3); Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco  4 x 1 Frem/DIN (2); Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8 x 1 Bodens-SUE (1).

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                                                      O CRAQUE DA CAPA

 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                                                      O CRAQUE DA CAPA

 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                                                     TEMPORADA-1962

 O treinador Paulo Amaral começou a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense, Maracanã. 

 Encerrada a série amistosa, a rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1) e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América  (14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo (25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois empates e 43 gols (oito contra).

Um dos amistosos do giro foi no 21 de abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43 minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira, alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 

Paulo Amaral dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de janeiro a 10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de 21 de abril. Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando do time ficou, interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo. Ao final desta nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas partidas: 23.05 - Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06 - 0 x 0 Guarani de Campinas-SP.  

 Indiscutivelmente, 1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele chegou à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio Rio-São Paulo – contra Flamengo (1) e Fluminense (2)  - e  seis de giro de oito jogos pelo Nordeste -  diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL (1); Moto Clube-MA (1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os goleiros que foram ao fundo das redes buscar bolas enviadas por ele defendiam: Bonsucesso (3); Canto do Rio (4); São Cristóvão (4); América (1); Campo Grande (3); Portuguesa (1); Olaria (1) e Bangu (1).

Para o tchê, o Vasco da Gama-1962, sobretudo no Campeonato Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava tarimba e cancha. Éramos um time jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº 224, de 22 de junho de 1963.

Mesmo com as irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962, quando o jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos do Rio de Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da temporada - Troféu Atlas-1962 -  Saulzinho foi um dos reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar nesta seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos (Flamengo) e Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco), Amarildo (Botafogo) e Zagallo (Botafogo). 

Embora premiado como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile, entre 30 de maio e 17 de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um dos possíveis parceiros de dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte do grupo que fora ao Mundial saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do qual ele só participara de duas partidas. 

Além dos citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian Moreira, natação e Eder Jofre, pugilista.                                               

 

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                                                     JOGOS DE SAULZINHO

 14.01.1962 -  Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho), em Recife, com gol de Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho (Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho.  

17.01.1962  - Vasco da Gama 2 x 0 Bahia-BA - amistoso, na Fonte Nova (Estádio Octávio Mangabeira), em Salvador, com Lorico (2) marcando os gols deste time: Ita; Paulinho de Almeida,  Brito, Barbosinha e Laerte; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 

21.01.1962 - Vasco da Gama  6 x 0 CRB-AL - amistoso  no Estádio da Pajuçara (Severino Gomes Filho), em Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho, Vevé e Laerte escrevendo no placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado); Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e Lorico (Roberto Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará. 

24.01.1962 - Vasco da Gama 4 x 0 Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza,  com redes visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita; Paulinho de Almeida (Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo).  

28.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em São Luís do Maranhão, com gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega. Time: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e Lorico (Roberto Pinto; Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e  Sabará (Ronaldo).  

31.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas, em Forteleza, com Saulzinho marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita; Dario, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 

25.02.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo  - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com gol marcado por Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Villadônega, Saulzinho (Javan) e Da Silva. 

10.03.1962 - Vasco da Gama 4 x 3 Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário, com público de 4.143 pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos do segundo tempo, por este Vasco:  Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo); Nivaldo e Barbosinha; Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico (Roberto) e Da Silva.

21.04.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana de Andrade, do Núcleo Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva.  

01.05.1962 - Vasco da Gama 4 x 1 Vila Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida Paranaíba, em Goiânia, com Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro tempo. Vevé (2) e Loricoa fizeram os outros nesta vitória com virada de placar por esta rapaziada:  Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.   

06.05.1962 - Vasco da Gama 5 x 0 Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia, com Saulzinho batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo - Joãozinho, Sabará, Lorico e Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico (Milton); Joãozinho, Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará.       

10.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie Davids, com gols marcados por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laeerte) e Lorico (Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.  OBS: última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma da Colina.

13.05.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano Estádio do Canindé (Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas de Sabará e de Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.      

20.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da mineira Santa Luzia, com virada de placar assinada por Saulzinho, Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da Silva. 

01.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Bonsucesso – Prmeiro turno do Campeoanto Carioca.  Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00. Gols: Saulzinho, aos 14 do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32 da mesma etapa. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.


08.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols: Joãozinho, a 1 minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos 14 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

15.07.1962 – Vasco da Gama 0 x 1 Olaria. Estádio: da Rua Bariri-RJ (Antônio Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,3167.250,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

21.07.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda|: Cr$ 1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

04.08.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 47.629 pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

12.08.1962  – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

19.08.1962 – Vasco da Gama 4 x 0 Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e Nivaldo: Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

26.08.1962 – Vasco da Gama 3 x 1 São Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de Lima, na Rua Figueira de Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 712.680,00. Gols: Saulzinho, aos 6 min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do 2ºtempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.   

02.09.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 América. Estádio: de São Januário-RJ.  Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 10 min da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

09.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:  Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

16.09.1962 – Vasco da Gama 0 x 2 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

21.09.1962 – Vasco da Gama 7 x 0 Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 585. 490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34; Lorico, aos 42 e aos 44 min do 1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e Lorico, 21 do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

30.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Bonsucesso – Returno - Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes. Renda: Cr$ 1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

06.10.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 2.686 pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e aos  43, e Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

14.10.1962 – Vasco da Gama 1 x 3 Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes de Castro. Renda: Cr$ 1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

21.10.1962 - Vasco da Gama 3 x 2 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 18.726. Renda: Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos  31 min do 1º tempo; Lorico, aos 23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 

04.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 69.461. Renda: Cr$ 10.077.210.00.|  Gol: Sabará, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Humberto Torgado (Ita), Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel, Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.

10.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 1 Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: Guálter Gama de Castro. Renda: Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15; Sabará, aos 19; Maranhão, aos 25; Da Silva, 39 do 1º tempo e  Viladônega, aos 7 min da fase final. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.

15.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 0 Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita (Humberto Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Villadônega, Saulzinho e Da Silva.

18.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 São Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Wilson Lopes de Souza. Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 

25.11.1962 - Vasco da Gama 2 x 0 América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes: Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Da Silva.

02.12.1962 - Vasco da Gama 0 x 2 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 57.393. Renda: Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e  Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Tiriça. 

09.12.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 79.181. Renda: Cr$ 11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Fagundes. 

14.12.1962 - Vasco da Gama 3 x 3 Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar Ferreira: Renda: Cr$ 196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18); Saulzinho, aos 34 min do 1º tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.  

1 - A partir dos próximos capítulos as rendas não serão mais divulgadas, porque a moeda brasileira mudou várias vezes e o leitor precisaria de uma tabela de conversão para mensurar o valor atual. Só foram separadas etas por terem sido as da melhor temporada vascaína do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador do time em todos os jogos do Estadual-RJ.

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                                                               POLIMENTO

 Embora tenha ido para São Januário a pedido do treinador Martim Francisco, foi com Jorge Vieira que Saulzinho conseguiu ser titular absoluto no time vascaíno. “Aprendi muito com os dois”, afirmava, mas creditando ao Jorge os últimos retoques em seu futebol. “Quando cheguei ao Vasco, ainda não estava maduro. Tinha que aprender muito”, constatou. 

 Provocado por um repórter sobre as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do Campeonato Carioca - Revista do Esporte - Nº   188, de 13 de outubro de 1962 -  Saulzinho via muitas dificuldades para encarar tantas feras e fazia-se de político gaúcho, plantando não querer que a torcida vascaína esquecesse de ídolos como Ademir Menezes e Vavá, embora deixando claro querer ficar no coração dela. “Pretendo marcar muitos gols, para ser lembrado como um dos que mais fizeram a torcida cruzmaltina vibrar”, deixou claro.

 Saulzinho colocou todos os concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962, marcando 18 gols, contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista Dida; 15 de outro botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do rubro-negro Henrique Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu, até então, o maior bicho de sua carreira, além de prêmios oferecidos por uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o ponteiro dos goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde 1950, quando Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida ao barbante, como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes.

Depois de Saulzinho, o Vasco da Gama só voltou a liderar a disputa dos goleadores após 16 temporadas, em  1978, quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes, para o abraço. Os artilheiros vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929 - Russinho (23 gols); 1931 - Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé (13); 1947 - Dimas (18); 1949 - Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes (25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 - Roberto Dinamite (19); 1981 - Roberto Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte (12); 1986, Romário (20); 1987 - Romário (16); 1993 - Valdir Bigode (19); 2000 - Romário (19); 2004 - Valdir Bigode (14); 2012 – Alecasandro (12) e 2014 – Edmilson (11). No total de gols marcados por várfias competições e amistosos,os três primeiros são: Roberto Dinamite, 698, em 1.110 jogos;  Romário, 322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429 prélios – seguem: Lelé (147); Pinga (250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca (137) e Chico (127).

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                                                  TEMPORADA 1963

 Saulzinho iniciou a temporada-1963 marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na Costa Rica, amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a disputar o Torneio Pentagonal Cidade do México,  que valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge Vieira.

 Por gramados mexicanos, Saulzinho começou escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x 0 América-MEX, na Cidade do México. No dia 17, fez o seu terceiro gol na excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade do México. Voltou à rede no dia 20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto tento na excursão. Em 31 de janeiro, em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então Tchecoeslováquia, saiu de campo campeão do Pentagonal mexicano e começou a formar, com Célio Taveira, a dupla mais importante de ataque cruzmaltino da década-1960.

 Após o Pentagonal do México, Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro, Vasco 1 x 1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time fez mais um amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San Salvador, mas ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi ao Chile ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá fora. Após a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo Torneio Rio-São Paulo.

 Em 13 de fevereiro, Saulzinho entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o  Vasco da Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma história interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua turma chegou a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e Fontana tirando um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou a partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta nos 2 x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto o seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse que o jogo havia terminado empatado (2 x 2)."

 A primeira bola mandada à rede por Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de março, em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto, teve fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No mais, foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano.

 No Estadual-1963, a Turma da Colina  começou comandada pelo  treinador Jorge Vieira, que prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos comandos de Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de Mário Tilico. A rapaziada  não fez uma boa campanha, terminando  em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e levou 23 gols. Célio foi o principal artilheiro, com 14 gols. Como este  havia marcado um, pelo Torneio Rio-São Paulo; cinco no giro pelo Chile; mais um em amistoso com o Goytacaz-RJ e três entre Europa/África, estes 10 tentos, somados aos 14 do Estadual-RJ totalizaram 23, em sua primeira temporada cruzmaltina. Saulzinho aparece só com duas bolas nas redes, totalizando 19 na temporada. Confira os jogos vascaínos a temporada:                                                               

06.01.1963  - Vasco 4 x 0 Alajuelense. Amistoso, em Alajuela-CRI, em San José da Costa Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols: Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo); Sabará, Lorico, Saulzinho (Vevé) e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge Vieira. OBS: na véspera desta partida, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico”, junto à Portuguesa de Desportos-SP, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP, por Cr$ 11.500.000,00, para eles se juntarem ao grupo excursionista.

1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gol: Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento marcado por Saulzinho, de bicicleta, foi capa de uma revista mexicana e considerado “sensacional” pelos jornalistas cariocas que cobriam a viagem vascaína. (foto)

17.01.63 – Vasco 5 x 0 El Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão mexicano-1962 marcou a estreia de Célio no time vascaíno, a partir dos 25 minutos do segundo tempo.

20.01.1963 - Vasco 1 x 1 Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do México. Estádio: da Cidade Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.

31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla de Praga (TCH). Torneio Pentagonal Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 70.000. Gol: Ronaldo. VASCO: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).

03.02.63 - Vasco 1 x 1 Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio Diez, em Toluca-MEX. Gol: Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.

10.02.1963 – Vasco 2 x 0 Seleção de El Salvador. Amistoso, em San Salvador. Gols: Écio, aos 14, e Mário Tilico, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário Tilico.     

13.02.1963 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 18.485. Renda: Cr$ 3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico).

16.02.1963 - Vasco 2 x  2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Stefan Walter Glanz. Público: 29.200. Renda: Cr$ 9.652.000,00. Gols: Ronaldo, aos 32 min do 1º tempo; Sabará, aos 12, e Pelé, aos 42 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Dario, Maranhão, Barbosinha (Fontana), Sabará, Viladônega, Saulzinho, Lorico (Fagundes) e Ronaldo - Santos: Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo, Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe.

21.02.1963 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 30.539. Renda: Cr$: 6.836.249,00. Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado: Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico).  

06.03.1963 – Vasco 0 x 0 Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio e Ronaldo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 18 min do 2º tempo.

09.03.1963 – Vasco 1 x 2 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 13.444. Renda: Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado;  Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo: OBS: expulso de campo na partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não havia suspensão automática.                     

13.03.1963 - Vasco 1 x  1 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 4.106.444,00. Gol: Sabará. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana)e Dario; Écio (Maranhão) e  Lorico; Sabará (Ronaldo), Saulzinho, Célio e Mario Tilico.  

17.03.1963 - Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00. Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio, (Viladônega) e Ronaldo.

24.03.1963 – Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ . 1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes).

28.03.1963 – Vasco 1 x 1 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol: Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Vevé (Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 -  neste jogo o Vasco encerrou a sua participação na competição interestadual, tendo Saulzinho ficado de fora das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo (21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04); Vasco 1 x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos (24.04) e Vasco 1 x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só não enfrentou o Santos (16.02).  

 31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, a 1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico: Jorge Vieira. 

 09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI. Carlos Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3,  e Joãozinho, aos 14 e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS: primeiro pênalti vascaíno batido por Célio.

11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo Colo-CHI. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI. Gols: Célio (2), um em cada tempo, e Saulzinho, na etapa final. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico.

14.04.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad do Chile. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago. Juiz: Carlos Robles-CHI.  Gols: Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Mário Tilico.

27.04.1963 – Vasco 2 x 3 Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de Oliveira e Sousa, em Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Ronaldo, aos 22, e Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e Lorico; Sabará, Rodarte (Viladônega), Célio e Ronaldo.

05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade d´Abidjan- Amistoso. Estádio: Felix Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do Marfim. Público: cerca de 17.000. Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º tempo, e aos 35 da etapa final. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo.

09.05.1963 – Vasco 3 x 0 Kotoco. Amistoso, em Kumasi, em Gana.  Público: cerca de 20.000. Gols: Célio, Lorico e Fagundes. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Fagundes.

12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real Republikans. Amistoso, no Estádio Nacional Accra, em Gana. Público: cerca de 30 mil. Juiz: Frank Mils. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo.

25.05.1963 – Vasco 6 x 0 Seleção da Nigéria. Amistoso, no Estádio George, em Lagos, na Nigéria. Gols: Saulzinho (4), Célio e Lorico. Time: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e  Barbosinha; Maranhão e  Fagundes; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Ronaldo

26.05.1963 – Vasco 3 x 1 Seleção West África. Amistoso, no Liberty Stadium, em Ikadan, na Nigéria. Gols: Célio (2) e Sabará. Vasco: Humberto Torgado, Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Célio, Fagundes e Ronaldo.    

29.05.1963 – Vasco 2 x 1 Seleção da Nigéria Ocidental. Amistoso, no estádio de Lagos, na NigériaGols: Fagundes e Célio: Vasco: Ita, Joel Felicio, Brito (Russo), Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Célio e Ronaldo.

04.06.1963 – Vasco 4 x 2 Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Russo (Barbosinha) e Fontana (Dario); Écio e Lorico (Maranhão); Joãozinho, Célio (Sabará), Fagundes e Ronaldo.

07.06.1963 – Vasco 1 x 2 El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol de Lorico, no 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; João, Sabará, Fagundes (Saulzinho) e  Ronaldo.     

09.06.1963 – Vasco 1 x 1 Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol vascaíno por Sulzinho. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).  

OBS: 1 – Saulznho contava ter o treinador Jorge Vieira dirigido o time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só no primeiro tempo, segundo ele, por ter se desentendido com os cartolas, tendo o veterano lateral-direito Paulinho de Almeida, que ainda era atleta, comandado a rapaziada durante a etapa final, e devolvido o posto, no jogo seguinte, contra o português Sporting; 2 Saulzinho alegava ter marcado quatro gols e, ainda, tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963, Vasco 6 x 0 Nigéria. Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação. A bola quicou dentro do gol e voltou para o meio da área, em um lance limpo, sem qualquer impedimento, nenhum problema. Incluive, a torcida aplaudiu”.   

11.06.1963 –Vasco 0 x 3 Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de Feitas. Vasco: Humberto Torgado: Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio (Joãozinh) e Ronaoldo. 

13.06.1963 – Vasco 2 x 0 Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos 10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Écio).

16.06.1963 – Vasco 2 x 3 Mônaco.  Troféu Teresa Herrera. Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz: Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca de 26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).

19.06.1963 – Vasco 3 x 2 Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix, em Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez. Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos 35 e aos 40 min, todos no 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Joãozinho (Lorico); Sabará, Saulzinho, Fagundes e Ronaldo.           

22.06.1963 – Vasco 0 x 1 Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio: Sarriá, em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Joãozinho; Sabará, Saulzinho (Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia seguinte, rolaria o Torneio Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o Vasco escalou time reserva e foi eliminado no primeiro jogo.     

30.06.1963 - Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto; Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo, e Sabará, aos 31 da mesma fase final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS: o gol de Célio é um dos mais rápidos da história do futebol vascaíno. Ele voltava a time após quatro partidas de fora.

07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gol: Sabará. Detalhe: Joel Felício marcou gol-contra. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico.

14.07.1963 -  Vasco 5 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Maurinho, aos 7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º tempo, e Célio, aos 18 e aos 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo da ponta-direita da Seleção Brasileira da estreia de Pelé, em 1957. 

28.07.1963 – Vasco 1 x 3 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 63.168. Renda: Cr$ 17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho.     

04.08.1963 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos 25, e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio e Mário Tilico.  

10.08.1963 – Vasco 1 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: arcana-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Maurinho.   

18.08.1963 – Vasco 1 x 1 Madureira. Estádio: Conselheiro Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS: por o atleta Jalmir, do Madureira, estar inscrito, também, na Federação Fluminense de Futebol, o jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Carioca de Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no dia 25 de setembro, quando os vascaínos mandaram 2 x 1.

24.08.1963 - Vasco 0 x 0 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550. Renda: Cr$ 21.448,760,00.  Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha, Dario, Écio, Lorico, Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará.

03.09.1963 - Vasco 0 x 2 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Claudio Magalhães. Renda: Cr$ 5.326.688,00.  Vasco: Ita; Joel Felício, Brito e Dario; Ecio e Barbosinha; Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e Sabará.

06.09.1963 - Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico, aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos 20, e Célio, aos 33  min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Maurinho.

08.09.1963 – Vasco 0 x 1 Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo Cunha), Paulinho de Almeida (Joel Felício),  Fontana Russo e Juraci (Barbosinha); Maranhão e Milton; Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho (Odmar). OBS: Sulzinho e Célio não entram nesta escalação porque o treinador Jorge Vieira usou vários reservas.   

15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Sabará e Maurinho. OBS: 1 – o placar derrubou o treinador Jorge Vieira, substituído por Oto Glória, até 10 de novembro. Depois, este passou o cargo a Eduardo Pelegrini, que ficou, de  15 de novembro e 14 de dezembro; 2 - de 8 de setembro até 14 de dezembro,  último prélio do calendário-1963, Saulzinho esteve fora do time, pelas nove vezes em que Oto Glória o dirigiu, e em mais cinco sob o comando de Eduardo Pelegrini. Só voltou, em 26 de janeiro de 1964, substituindo Célio, em partida amistosa – ver ficha técnica da data.

21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. OBS: 1 - início do comando de Oto Glória, sem Saulzinho e Célio, que não atuaram, também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1 Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x 0 Portuguesa-RJ.

06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Gol: Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado: Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé, Lorico, Célio e Mário Tilico.  

09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico.    

20.10.1963 – Vasco 0 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.255. Renda: Cr$ 8.664.618,00. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Ocimar e  Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Milton.   

26.10.1963 – Vasco 2 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols: Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

03.11.1963 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito. Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

10.11.1963 – Vasco 4 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho, aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

15.11.1963 – Vasco 3 x 4 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.373. Renda: Cr$ 10.506.590,00. Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico, aos 16 min do 1º tempo, e aos 15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado “Clássico dos Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo Pelegrini, substituindo Oto Glória.    

22.11.1963 – Vasco 1 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.  Juiz: Antônio Viug. Público: 7.448. Renda: Cr$ 1.725.858,00. Gol: Mário Tilico, aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Maranhão, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS:  Maranhão na ponta-direita? Na verdade, Pelegrini armou o time no esquema tático 4-3-3, com o apoiador fechando o meio-de-campo e deixando só o Tilico e Célio mais ofensivos.

01.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz:  Gualter Portela Filho. Gols: Milton, aos 18 do 1º tempo, e Mário Tilico, aos  36 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 

07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José Monteiro. Gol: Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede.

14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Lorico, aos 14, e Mário Tito (contra), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede. OBS: Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à época não havia suspensão automática.    

                                                

                                                           11

                                          TEMPORADA-1964

  O Vascoco da Gama iniciou a temporada com dois amistosos, vencendo um e empatando o outro, com times mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São Paulo, empatando, novamente. A seguir, levou dois tombos, para se recuperar com uma virada de placar, no paulistano Pacaembu, a 13 minutos do final da partida em que chegou a ter dois gols de desvantagem. Após aquele grande resultado, mais um empate e uma vitória. O time andava muito irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois e empatou um, Enfim, encerrou a sua participação no torneio interestadual com apenas duas vitórias, em nove jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14 gols. No Campeonato Carioca, apresentou-se com time forte no papel, mas ficou devendo no gramado. Terminou em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas. Seu ataque funcionou bem por 44 vezes, enquanto a defensiva bobeou em 26. Nesses jogos, Eduardo Pelegrino dirigiu a equipe nos dois primeiros compromissos. O já veterano lateral-direito Paulinho de Almeida o substituiu nas três partidas seguintes, e passou o cargo para Davi Ferreira, o Duque. Nos seis primeiros jogos da temporada, Saulzinho entrou, em quatro oportunidades, no lugar de Célio. Toda a história de 1964 ficou desse jeito:

Nesta imagem reproduzida da Revista do Esporte, vemos, em pé, da esquerda paras a direita: Ita, Joel Felício, Caxias, Maranhão, Fontana e Barbosinha; agachados, na mesma ordem: Mário Tilico, Célio, Saulzinho, Lorico e Zezinho. 

26.01.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro. Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva. 

27.02.1964 – Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Gol: Célio, aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão) e Lorico; Joãozinho (Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.     

06.03.1964 - Vasco 1 x 2 Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao Zarate. Gol: Mário Tilico aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

08.03.1964 - Vasco 1 x 1 Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Manuel Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen), aos 4 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro), Célio (Saulzinho) e Da Silva.

10.03.1964 - Vasco 1 x 2 Cerro Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol: Mário Tilico, 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton (Maurinho), Mário Tllico, Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS: primeira expulsão de campo de Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo tempo.  

14.03.1964 – Vasco 0 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Flávio de Magalhães. Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.  

21.04.1964 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Teixeira Portela Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol: Célio (pen), aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva), Mário Tilico, Célio e Ramos. OBS: pela primeira vez na temporada, Saulzinho não foi escalado.   

29.03.1954 – Vasco 0 x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico (Sabará), Célio e Ramos (Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista.

04.04.1964 – Vasco 3 x 2 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Público: Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e Lorico, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Saulzinho).

12.04.1964 – Vasco 1 x 1 São Paulo. Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico (Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho, Célio e Sabará. OBS: segundo jogo da temporada sem Saulzinho no time.      

15.04.1964 – Vasco 1 x 0 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela. Público:  18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 - o Botafogo tinha um dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com Garrincha, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da temporadas sem Saulzinho no time vascaíno.    

19.04.1964 – Vasco 0 x 0 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo Sanches. Público: 5.588. Renda: Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio (Altamiro) e Sabará (Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na temporada.    

21.04.1964 – Vasco 2 x 2 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos 42 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira (Barbosinha); Milton (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará (Ramos). OBS: 1 - quinta ausência de Saulzinho e primeira de Célio na temporada.   

23.04.1964 - Vasco 0 x 0 Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz: Elmo Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta ausência de Saulzinho. 

26.04.1964 - Vasco 1 x 0 Valério Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG. Juiz: Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima ausência de Saulzinho. 

01.05.1964 - Vasco 3 x 2  Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba. JuizKalil Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo; Célio, aos 6, e Lorico, aos 13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho), Zezinho, Célio e Sabará (Da Silva). OBS: após seis jogos sem atuar, Saulzinho voltou ao time.

03.05.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.  Gol: Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Sabará), Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde 06.09.1963 que Saulzinho e Célio não iniciavam uma partida juntos

06.05.1964 – Vasco 0 x 1 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Púbico: 2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha (Joel Felício), Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Altamiro), Saulzinho (Sabará), Célio e Zezinho.         

09.05.1964 – Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos 41 min do 1º tempo; Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e Lorico; Joãozinho, Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho desfalcou o time e Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por brigar com um adversário.        

14.06.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano Segismundo. Gol: Célio, aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício. Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo), Saulzinho, Célio e Da Silva (Altamiro).     

18.06.1964 – Vasco 2 x 1 Bangu. Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: Jorge Paes Leme. Gols: Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10 da etapa complementar. Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará (Milton). OBS: os dois times não disputavam  amistosos desde 22 de janeiro de 1944, quando os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário. Nessa retomada, público pagante (pp) e renda foram insignificantes, respectivamente, 2.093 (pp) e Cr$ 793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780 (pp) e Cr$ 619.500,00, no segundo, o que demonstrava que o torcedor carioca da época só se interessava por grandes jogos e competições famosas. 

21.06.1964 – Vasco 2 x 0 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: Mauro Guimarães. Gols: Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 32 da segunda etapa. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: primeiro gol de Saulzinho, em 1964.  

25.06.1964 – Vasco 3 x 0 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e Saulzinho, aos 18 da segunda etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton); Zezinho (Joãozinho), Saulzinho (Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS: 1 – segundo gol de Saulzinho na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito criticado pela torcida vascaína, pois o Villa não tinha torcida no Rio de Janeiro, onde só havia jogado (e perdido para o Almirante) em três longínquas ocasiões: 19 de dezembro de 1953; em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de 1930. O jogo de 1964 só teve 1.215 pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não cobriu os custos das partida. 

28.05.1964 – nesta data, em tarde de domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes, o Vasco das Gama disputou o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0 x 0 América e sendo eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou e o time vascaíno alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão e Milton; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. 

04.07.1964 – Vasco 1 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Da Silva.

12.07.1964 – Vasco 2 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Célio, aos 5, e Joãozinho, aos  33 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: após cinco partidas, a dupla Saulzinho-Célio era interrompida. 

19.07.1964 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho continuou de fora

23.07.1964 – Vasco 1 x 2 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: foi neste jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os vascaínos eram os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de novembro de 1958. Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo: “Não montei na zebra”.    

25.07.1964 – Vasco 0 x 2 Nacional-URU. Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU. Público: 13.286. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e Pereira; Zé Carlos (Maranhão) e Lorico; Altamiro, Mário Tilico, Célio (Joãozinho) e Zezinho (Saulzinho).  

09.08.1964 – Vasco 3 x 3 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos 43 minutos do 1º tempo, e Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha Fontana, Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da Portuguesa-RJ e a “pisada na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que foi substituído pelo antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não esteve presente nas duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate cruzmaltino, por 3 x 3, na temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu.   

13.08.1964 – Vasco 3 x 0 Porto-POR. Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 20.914. Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min do 1º tempo; Saulzinho, aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Alcir Portela; Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro) e Da Silva. OBS: pela primeira vez na temporada, Célio desfalcava o time.               

16.08.1964 – Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz: Joé Monteiro. Público: 6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho, aos 24, todos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da Silva.     

19.08.1964 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Federico Lopes. Público: 290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo Cunha;  Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.  

23.08.1964 -  Vasco 2 x 1 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico, aos 31, ambos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.

27.08.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Gol: Célio (pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo Cunha apresentou duas falhas inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do Amparo, saiu de campo aplaudido pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a careira naquele momento. Depois daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia.     

30.08.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-GO. Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Cândido de Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Alcir); Zezinho, Mário Tilico (Altamiro), Célio e Ronaldo.   

01.09.19674 – Vasco 1 x 0 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis (Miltão); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ramos. 

06.09.1964 – Vasco 2 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17 da segunda etapa.  Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 

13.09.1964 – Vasco 1 x 0 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo voltava a ser escalada. 

20.09.1964 –Vasco 0 x 0 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: esde o início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O segundo havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo.

27.09.1964 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 54.626. Renda: Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen), aos 39 min do 1º tempo e aos 41 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: a renda foi citada para efeitos históricos e porque o América da época era “grande” no futebol lcarioa.  

01.10.1964 – Vasco 2 x 0 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de junho de1963, em Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, que Saulzinho e Célio não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele dia, Célio bateu na rede a 1 minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º tempo.

04.10.1964 – Vasco 2 x 2 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 8.407. Gols: Mario Tito (contra) aos 11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não fazia parte do dos ‘grandes” cariocas.   

07.10.1964 – Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e Mário Tilico, aos 11, um em cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

11.10.1964 – Vasco 1 x 0 Paysandu-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Fernando de Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da partida é chamado por “Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O homenageado é um ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico Vasques.   

14.10.1964 – Vasco 3 x 1 Tuna Luso-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Sena Muniz. Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais (contra), aos 12, e Zezinho, aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão); Massinha, Caxias, Fontana (Russo) e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho).

17.10.1964 – Vasco 3 x 2 Remo-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA. Juiz: Antônio Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º tempo, e Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel Felício), Caxias, Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o Paraguai. O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré. 

18 de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2 Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo. Gols: Célio, Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: o Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor país sul-americano e que teve colonização holandesa.

20.10.1964 – Vasco 1 x 1 Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR. Gol: Célio. Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS: terceira vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu Célio.   

25.10.1964 – Vasco 4 x 2 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e aos 26, e Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

31.10.1964 – Vasco 4 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da etapa final, e Saulzinho, aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 

07.11.1964 –Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

13.11.1964 – Vasco 5 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols: Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5 do 1º (pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

15.11.1964 – Vasco 2 x 0 Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César. Gols: Mário é aos 28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, (Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Clemente) e Zezinho (Da Silva). OBS: em 1964, o adversário vascaíno chamava-se Porto Alegre e só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987. Duas temporadas depois, trocou de nome, adotando o de sua cidade.   

22.11.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.  

29.11.1964 – Vasco 3 x 1 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e Maranhão, aos 41 min, todos do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Zezinho, Célio e Da Silva. OBS: após seis escalações sucessivas, o treinador Ely do Amparo separou a dupla Saulzinho-Célio.                 

06.12.1964 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho, aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho.

12.12.1964 – Vasco 1 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.      

                       

                                                             12

                                           TEMPORADA 1965

  Nada melhor do que iniciar campanha carregando um caneco. Fez a dupla Saulzinho-Célio, vencendo o seu primeiro desafio do calendário-1965, o I Torneio Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 21 de janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol Atlético de Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo.

 O Almirante arrancou para o título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de Célio (2) e de Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões, durante a noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de 59.814 pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era vice-campeão carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente cruzmaltinos que vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé Moreira. Mas nada daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez grande final,  goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho e Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida.

FOTO Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Mário Tilico, Saulzinho, Célio, Lorico e Zezinho (agachados, na mesma ordem|). 

 

Após conquistar aquela competição, o Vasco da Gama saiu para fazer nove amistosos longe de São Januário, os chamados “me dá um dinheiro aí”, apelidados, também, por “caça-níqueis”. Em todos, o treinador Zezé Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o paulista marcado cinco tentos e o gaúcho dois.

 A seguir, o Torneio Rio-São Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de Célio - contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os dois artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols marcados, em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na competição teve 10 times divididos em dois grupos regionalizados, em turno único, com prélios dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e com fase final de oito equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco da Gama totalizou os mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa, pelo saldo de gols. Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16 compromissos.

 A próxima competição que deveria ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso acontecer. Naquela temporada em que tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a Federação Carioca de Futebol criou um torneio para o campeão ser o seu representante na Taça Brasil, disputada por campeões regionais e abriando vaga à Taça Libertadores da América. O tchê, no entantonão atuou nesta disputa, só voltando a jogar durante a estreia vascaína no Campeonato Carioca (ver ficha técnica, adiante), passados 25 dias após o final da Taça GB.

 Disputada, inicialmente, por seis times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama, com americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve, depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas, a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma, totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante, teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6 gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e Paulistinha (Botafogo/contra) fizeram a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos recordes de público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na final. 

Caneco na prateleira da Colina, Saulzinho e Célio, depois, foram disputar  o Torneio Início do Campeonato Carioca-1965, no Maracanã, um festival de futebol antecedendo à primeira rodada do Estadual - jogos de 15 minutos, por etapa, e final em tempo dobrado. Eles rolaram a bola no 7 de setembro, jornada de responsabilidades extras para Saulzinho. Escolhido batedor de pênaltis do time (em caso de empates), ele fez o “dever de casa”, em Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ, transformando-o em Vasco 3 x 0 - o centroavante Benê levou as glórias da partida seguinte, mas, na terceira, a viagem do Almirante ficou pelo caminho, sem o Saul em campo.  

 Para encerrar a temporada, o Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito de ter vencido a I Taça Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar, a Revista do Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 - circulou com chamada de capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time do Vasco”. Para a semanária, a empolgação dos cartolas pelo título conquistado em setembro fizera o clube desconsiderar os alertas do treinador Zezé Moreira, para quem o “a equipe não estava certinha, sem qualquer ponto falho”. Tinha razão o Seu Zezé. O seu time perdeu, surpreendentemente, muitos pontos e despediu-se da disputa pela faixa de campeão - grande projeto do presidente Manoel Joaquim Lopes -, exatamente, por não ouvir o seu treinador. Além disso, a revista pôs na conta dos insucessos vascaínos a missão de disputar a Taça Brasil, estafando Saulzinho, Célio e toda a rapaziada por duas frentes de batalhas.

 Na verdade, a Revista do Esporte exagerava. Após os 2 x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo oficial uma semana depois (12.09). O terceiro prélio do mês rolou após mais uma semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro, respectivamente, entrou na Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x 0) e, depois, decidir a competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º e 8 de dezembro, quando Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do Campeonato Carioca, só mesmo 0 x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por surpresa. Os tropeços ante Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense – 1 x 2 (07.11) – e Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por terem sido em clássicos em que a lógica nunca prevalece.

Saulzinho e Célio terminaram o Campeonato Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco somando 15 pontos, de sete vitórias, um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14 jogos, com seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro partidas -  contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso (24.10) e Fluminense (07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com sete gols – diante de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e Bonsucesso. Já o gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a classificação de 1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e Madureira à Divisão de Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação Carioca de Futebol.

A Taça Brasil marcou a despedida de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante do Santos-SP, durante a noite do 1º de dezembro de 1965, no paulistano Pacaembu, encerrando, também, a parceria dele com Célio que, por sinal, foi o artilheiro do time naquela disputa, com três gols, em quatro jogos. Saulzinho não renovou contrato, ao final de 1965, porque a sua mulher não se dava bem no Rio de Janeiro. Preferiu voltar para Bagé, onde encerrou a carreira, defendendo, mais uma vez, o Guarany local. Concluiu a sua história vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando em dois jogos - outro na semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio dos Aflitos, em Recife, nos 2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em campo no decorrer da partida, substituindo Luizinho Goiano.

 Em sua despedida do Vasco da Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho Saulzinho comemorou, com um abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo sobe os santistas, quando o parceiro ainda não sabia que aquele seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano); Zezinho, Saulzinho, Célio e Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho.

 Antes daquele prélio, Saulzinho havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos em amistosos contra o português Benfica e o piauiense River. O penúltimo, testemunhado por 37.383 pagantes, aos 28 minutos do amistoso, abrindo o placar, em chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à esquerda do goleiro Costa Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último gol vascaíno foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo Monteiro, da piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e bateu na rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas técnicas de 1965.

Quanto ao duelo Saulzinho x Eusébio, que era considerado um dos principais atacantes do planeta, aconteceu durante a efervecentre de badalações dentro do IV Centenario carioca. Todos queriam homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o Vasco da Gama que, para tal, convidou o Benfica para um prélio de confraternização dos portugueses com a colônia luso-brasileira, em 8 de julho de 1965, quando o Maracanã recebeu 38.838 pagantes para o amistoso Vasco x Benfica, base da seleção portuguesa, com 10 titulares do time que, em 1966, ficaria em terceiro lugar na Copa do Mundo disputada na Inglaterra.

 O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado - Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa; do outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós -  auxiliado por Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de lado a defender e mandou as feras se pegarem.

 O Benfica começou  melhor  e assim o foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos os setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava. Até os 27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu time. No minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades da área fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de pé direito, pelo alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar. O presidente vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube vencendo o bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira, pois os patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a coisa seria bem complicada.

 A farra do Almirante durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando a pelota foi ao pés de Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque português bateu na pelota  à meia altura, com muito efeito, iludindo o  gaúcho Gainete, concunhado de Saulzinho e que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver a bola chutada por Eusébio indo para fora.

 Para o segundo tempo, os portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no intervalo, enquanto o Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e mandar Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares e, quando os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas ficou só por aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto o anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou. Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de Cr$ 56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho.

Confira tudo o que os dois artilheiros escrevram durante a temporada-1965:

17.01.1965 - Vasco 3 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00. Gols: Célio (pen), aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39,  da mesma etapa final. Vasco:  Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: 1 - o Muro de Berlim que dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II Guerra Mundial, só caiu em 1989, quando os orientais deixaram de ser da República Democrática Alemã; 2 - no segundo semestre de 1965, no mesmo Maracanã, houve um segundo torneio homenaageando o IV Centário do Rio de Janeiro, com a participação do Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a seleção paraguaia.

21.01.1965 - Vasco 4 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques. Público: 59.814. Renda: Cr$ 58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos 42 do 1º tempo, e Saulzinho, aos 24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Joãozinho), Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados juntos por Saulzinho e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no México e do Chile-1963 e o paraense Francisco Vasques, em 1964.  

24.01.1965 – Vasco 1 x 0 Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz: Adalberto Silva. Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco:  Ita (Lévis); Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro), Célio (Quincas) e Zezinho. OBS: forte chuva obrigou o árbitro a encerar o amistoso aos 15 minutos do segundo tempo.

26.01.1965 - Vasco  4 x 1 Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14; Célio, aos 22 min do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho.

31.01.1965 - Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ. Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: José Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho (Joãozinho), Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho.

04.02.1965 - Vasco 3 x 1 Sport Recife. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: Cr$ 2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo; Célio, aos 12, e Lorico, aos 30  min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial do estádio.

07.02.1965 - Vasco 2 x 0 Santa Cruz-PE. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: 6.387.200,00.  Gols: Luizinho Goiano, aos 2 e aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.

10.02.1965 - Vasco 1 x 1 Náutico. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes Torres. Renda: Cr$ 4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel  Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e Lorico, Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto título cruzmaltinado conquistado por Saulzinho e Célio.

14.02.1965 – Vasco 1 x 3 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário Tilico, aos 46 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.    

20.02.1965 – Vasco 2 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho, aos 27 do 1º tempo, e Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico (Qincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.   

07.03.1965 – Vasco 1 x 4 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público: 39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Lorico (Saulzinho), Célio e Zezinho.        

14.03.1965 - Vasco 0 x 1 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS: Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo.

17.03.1965 -  Vasco 2 x 0 Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz: Teodorico Rodrigues. Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos 43 da etapa final. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio (Mário Tilico) e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como meia nesta escalação, mas o treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3, fechando o meio-de-campo, pois ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o estádio é chamado, também, por Baenão, por se localizar na Travessa Antônio Baena, da capital paraense.     

24.03.1965 – Vasco 4 x2 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols: Joel Felício, aos 10; Maranhão, aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e Zezinho, aos 22 da etapa final. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho (Da Silva).  

04.04.1965 – Vasco 3 x 0 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico, aos 37 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. OBS: uma das maiores vitórias de Saulzinho e Célio, pois o Santos tinha time fortissimo que chegou a pentacampeão da Taça Brasil. Naquele dia, alinhou: Laércio; Ismael (Olavo), Joel, Modesto e Geeraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), treinado por Luiz Alonso Perez, o Lula.

07.04.1965 – Vasco 2 x 1 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público: 16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21, e Luizinho Goiano, aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho

10.04.1965 – Vasco 0 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho (Nivaldo), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.

14.04.1965 – Vasco 4 x 0 América-RJ. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols: Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio, aos 24 da etapa inicial e aos 9 min da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Nivaldo) e Zezinho (Da Silva).

17.04.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

21.04.1965 -  Vasco 1 x 1 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: José Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão); Joãozinho (Aloísio), Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva (Walmir). 

24.04.1965 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Célio e Zezinho.   

02.05.1965 – Vasco 2 x 3 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Albino Zanferrari. Público: 40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols: Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Oldair, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho (Joãozinho). OBS: durante a década-1960, divulgava-se a formação do meio-de-campo só com dois homens. No entanto, já se usava três, como Oldair entra nesta formação. 

05.05.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen), aos 3 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio (Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4 - Vasco 3 x 0 Santos – e no 5 do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho.

09.05.1965 – Vasco 1 x 4 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos 31 do 2º tempo. Vasco: Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano (Benê), Célio e Zezinho

16.05.1965 -  Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$ 4.137.500,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano (Araken), Célio (Benê), Mário Tilico e Zezinho.

20.05.1965 - Vasco 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando Marques. Público: 11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho (Saulzinho). OBS: Saulzinho e Célio não participaram das quatro partidas seguintes: 23.05 - Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x 2 Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x 0 Criciúma-SC e 03.06.1965 -  Vasco 1 x 4 Santos, amistosas.

06.06.1965 – Vasco 1 x 1 Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ. Juiz: Almir Salini. Gol: Mário Tilico (pen), aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho.

10.06.1965 – Vasco 1 x 0 Vila Nova-GO. Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Gol: Zezinho, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho.

13.06.1965 – Vasco 0 x 1 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e Zezinho. 

17.06.1965 – Vasco 7 x 2 Combinado de Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Manuel Luís Bastos. Gols: Mário Tilico, aos 10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos 23 e aos 13 do 1º tempo; Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari); Oldair (Maranhão) e Lorico; Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo) e Zezinho.         

20.06.1965 – Vasco 4 x 0 Nacional-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Carlos Amato. Gols: Luizinho Goiano, aos 12, Saulzinho, aos 30, Mário Tilico, aos 32 min do 1º tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício (Ari), Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico; Luizinho Goiano (Maranhão), Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém) e Zezinho.        

24.06.1965 –Vasco 3 x 0 Bahia. Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves. Gols: Mário Tilico, aos 28, Saulzinho, aos 37 min do 1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Caxias), Saulzinho, Mário Tilico (Benê) e Zezinho.  27.06.1965 – Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz: Nivaldo de Oliveira. Gols: Mário Tilico, aos 2 do 1º, e Saulzinho, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felicio (Ari), Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho.  

29.06.1965 – Vasco 2 x 1 Ceará. Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE. Gols: Joel Felício e Mário Tilico, ambos no 2º tempo. Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho.  

08.07.1965 – Vasco 1 x 1 Benfica-POR. Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 37.838. Renda: Cr$ 56.258.660. Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair): Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho, Mário Tilico e Zezinho.

14.07.1965 – Vasco 5 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.397. Renda: Cr$ 8.303.309.00. Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano, aos 34 min do 1º tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa. Vasco: Gainete (Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: volta de Célio ao time, após 13 jogos de fora. 

22.07.1965 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 44.990. Renda: Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos 7 min do 2º tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do primeiro tempo, por desentender-se com o rubro-negro Fefeu.

28.07.1965 – Vasco 1 x 0 América-RJ. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta partida porque ainda não havia suspensão automática.  

01.08.1965 – Vasco 4 x 1 Tupi-MG. Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz de Fora-MG. Juiz: Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do 2º tempo, e Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel Felício), Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico (Bonin); Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e Zezinho. 

07.08.1965 – Vasco 3 x 1 Bangu. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 27.657. Renda: 14.476.240,00. Gols: Mário Tilico, aos 34 do 1º e aos 4 do 2º, e Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

11.08.1965 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 48.557. Renda: Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 

21.08.1965 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos 44 do 1º e aos 24 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

25.08.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Público: 34.368. Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 

 29.08.1965 - Vasco 4 x 0 River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no Piauí. Gols: Mário Tilico, aos 24 do 1º; Oldair (pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Ari, Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin (Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará,  Rio Grande do Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0 Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club; 29.08.1965 – Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE; 14.01.1962 -  Pernambuco - Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama  6 x 0 CRB-AL; 27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia.

05.09.1965 – Vasco 2 x 0 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 115.064. Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º, e Paulistinha (contra), aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e ZezinhoOBS: 1 - Vasco campeão invicto da I Taça Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como seis gols: contra Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista Futebol e Outros Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol consideraria o seu campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe representaria na Taça Brasil e a revista Manchete estampou: “Vasco  campeão do IV Centenário do Rio de Janeiro”. O Flamengo, no entanto, reivindica o título, por ter vencido o Estadual. FOTO DA MANCHETE

07.09.1965 – Torneio Início do Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ. Juiz: Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis: Vasco 3 x 0, com Saulzinho cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins. Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1 Flamengo. OBS: Saulzinho não atuou nesta partida em que defesa e meio-de-campo não mudaram em relação aos dois jogos anteriores, enquanto o ataque teve Rubilota em sua vaga.

19.09.1965 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio, Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a estreia vascaína no Estadual.

26.09.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana (Silas) e Oldair; Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado para atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira.  

 02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols: Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: inauguração do Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade do adversário.

09.10.1965 - Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol:  Mário Tilico. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.  

17.10.1965 - Vasco 2 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 43.216. Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos 31 min do 2 tempo.  Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

24.10.1965 - Vasco 0 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.  

30.10.1965 - Vasco 4 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do 1º; Célio, aos 5 do 2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

03.11.1965 – Vasco 2 x 2 Náutico-PE. Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE. Juiz: Armando Marques. Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio, aos 44 do 1º e aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Zezinho.     

07.11.1965 - Vasco 1 x 2 Fluminense. Cmpeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 8.171. Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol: Célio, aos min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho.

14.11.1965 - - Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols:  Lorico, aos 6; Célio, aos 18, e Telê Santana, aos 28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 

21.11.1965 - Vasco 1 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes, aos 6 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 

28.11.1965 - Vasco 0 x 1 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.  Juiz: Armando Marques. Público: 73.243. Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes.  

 04.12.1965 - Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. OBS: Célio não atou nessa partida..

12.12.1965 - Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca.  Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.108.000. Gols: Oldair, e Célio,  aos 18 min do 1º tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico. Vasco: Gainete (Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS: Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por Tião Cavadinha.

15.12.1965 - Vasco 2 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e Danilo Menezes. Vasco: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião.

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                                   GOLS MAIS BONITOS           

  Saulzinho considerava estes os seus maiores golaços, sem estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro:

 1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o Torneio Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou ter sido o gol mais bonito de sua carreira: Contou: O Sabará fez um cruzamento, da direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista mexicana Futbol”.

FOTO DO GOL DE BICICLETA

2 - Em 1954, estreava, como atleta profissional, em Bagé x Nacional, de Porto Alegre, amistosamente. Faltavam 10 minutos para o final da partida, quando o treinador Francisco Brochado mandou-o entrar, pela ponta esquerda. Lá pelas tantas, o ponta-direita Camacho, em grande velocidade, passou pelo marcador, foi à linha de fundo e centrou para a área. “A bola tocou no chão, a amaciei, no peito e, de costas para o gol, apliquei uma bicicleta. Um golaço, em meu primeiro lance no jogo que terminou 1 x 0 para nós. Eu estava com 17 de idade”.

2 - Era 1956 e ele defendia o Guarany, diante do Bagé, quando rolou nova jogada com participação de Camacho que, perto da linha de fundo, cruzou a bola para a frente da grande área. “Eu estava no lugar certo para apará-la, com uma das coxas. Antes de deixá-la cair ao chão, chutei, entre dois zagueiros, para a pelota passar sobre a cabeça do goleiro. Eram jogados 13 minutos do segundo tempo e aquele único tento da partida valeu o título municipal à nossa equipe”.

3 -– Enfrentava o Flamengo, pelo Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os vascaínos pressionando pelo empate. "O Coronel (lateral-esquerdo) chutou a bola para a área rubro-negra, entrei na jogadas, de carrinho, desviando a pelota para o canto oposto ao que o goleiro Fernando esperava. Foi o gol do empate".

4 – O Vasco da Gama  estreava no Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso (01.07. 1962), com dois gols dele, que narrou este lance assim: "O Joãozinho (ponta-direita) apanhou a bola pela intermediária deles, a conduziu até a lateral da grande área e fez o centro pelo alto. Quando a pelota caía, pela altura da marca do pênalti, mandei o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo fulminante, sem que o goleiro pudessem nem tocá-la. Foi um gol, realmente, sensacional e que valeu instantes de delírio para a nossa torcida".

5 – Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu (04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato Carioca: "Houve um chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre indecisos Mário Tito e Zózimo, e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol. Formou-se jogada de incertezas, de parte a parte, e eu cheguei a passar da bola. No entanto, improvisei uma bicicleta, tocando na pelota com o bico da chuteira, num impulso firme que terminou em gol”.

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                                     VIDA DO CRAQUE

   Casado, com Marilu, o goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia dormindo oito horas diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69 se abusasse um pouco do garfo, principalmente do seu prato predileto, o churrasco gaúcho, bem tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que chegara ao Rio de Janeiro, pois gostava da praia do bairro.

Na época desta foto, Saulzinho ainda era noivo de Marilu 

Devoto de Nossa Senhora Aparecida, o católico Saulzinho fazia as suas orações antes dos jogos, pedindo proteção física, por ser muito visado pelos zagueiros, que temiam as suas chuteiras, de número 39, sempre perigosas. Embora fosse considerado baixinho para um centroavante, ele não via problemas com a fita métrica e brincava:  “Não encolho quando tenho de enfrentar becões grandalhõs e durões”.

Quando desembarcou em São Januário, em 1961, com os seus olhos verdes claros admirando muito as belezas cariocas, Saulzinho usava os seus cabelos castanhos claros mais curtos do que em 1964, quando já cultivava uma cabeleira mais à moda da efervecente década-1960. Mantinha o hobby de colecionar flâmulas e distintivos de clubes, do que corria atrás, durantes as excursões vascaínas, e tinha uma variada coleção de blusões. Depois do futebol, o seu esporte preferido era o basquete, mas o cinema era o seu passatempo predileto, sendo fã do ator norte-americano Paul Newman.

 Por ter nascido na gaúcha Bagé - 31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom relações públicas de sua terra, no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de louvar os encantos do seu pedaço e dizia que, “quando as pernas não dessem mais par correr”, voltaria, depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o que, realmente, o fez. 

 Saulzinho começoua a carreira pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de idade. Em 1955, mais encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal agremiação, ganhando Cr$ 700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm de altura, encarar zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como garantira, em entrevista, também,  à Revista do Esporte -  Nº 122, de 8 de julho de 1961, na qual estivera na capa: “Na luta contra os zagueirões altos, dentro da área, compenso o que me falta (mais altura) com boa colocação e impulsão”. Realmente, fato visto durante os jogos vascaínos que faziam os repórteres concluírem que ele supria a falta de centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a lutaDe sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não  precisa ser nenhum gigante”.

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                                                             SAULZINHO x GARRINCHA

   Saulzinho disputou quatros jogos contra o maior nome do futebol carioca de sua época, o ponta-direita Garrincha, do Botafogo, também apelidado por Mané Garrincha, por ser Manoel. O último, em 1965, mas tudo começa no 19 de novembro de 1961, com goleada botafoguense, por 4 x 0, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Tempos em que os botafoguenses tinham um dos melhores times do planeta, rivalizando, no Brasil, só com o Santos, de Pelé. Time de feras, feríssimas: Manga, Rildo, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagallo, sete titulares que formavam quase uma Seleção Brasileira, dispondo, ainda, de Zé Maria, Chicão, Airton e Amoroso, reservas  nunca  convocados pela CBD, mas de muito bom nível técnico – ver Vasco do dia na ficha técnica da temporada.

 Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual, e no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o Garrincha no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção Brasileira da conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais um apelido dele) ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à sua torcida a expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois foi o Saulzinho quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse marcado o gol da vitória – ver fichas técnica de 1962.

 Exatos quatro meses depois, em 4 de novembro, Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo returno do Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.  Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira  e Marinho Rodrigues usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962.

 O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20 de maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o placar de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno  Zezé Moreira só mandou o tchê à cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel Felício, Brito e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio, Mário Tilico e Zezinho (Saulzinho).                                                                           

                                                     SAULZINHO E PELÉ

 O duelo do camisa 9 vascaíno com o camisa 10 santista só aconteceu em duas oportunidades, ambas pelo Torneio Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2 x 2 Santos, em 16 de fevereiro de 1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de 1965.

 Na primeira delas, assistida por perto de 30 mil almas, o tchê  não foi a rede, mas o “Rei do Futebol” bateu nela, por duas vezes, e em grande estilo. Por sinal, história muito contada. Quando o Almirante tinha 2 x 0 de frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o 10 santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram boa resposta:  a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a bola no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a para a sua mãe. É presente do Rei”.

 O Vasco, que se deu mal mexendo com a fera, alinhou: Ita; Joel Felício, Brito, Dario e Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge Vieira. O Santos, de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro Ramos, Calvet e Zé Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe.

  - Naquela noite, um conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de Janeiro e aproveitou para rever o velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final (da partida), pegou um táxi e falou pro  taxista: ‘Que bom. Vi o meu velho amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o rapaz surpreendeu-lhe, dizendo que o jogo terminara em 2 x 2”, contou o Saulzinho.

 Capa montada atendendo pedido de leitor da Revista do Esporte (ler abaixo)

O segundo Saulzinho x Pelé foi tarde de grandecíssima glória para o artilheiro cruzmaltinom, diante de 42.250 pagantes. Oo ponta-direita Luizinho Goiano (Luiz Oliveira e Silva) abriu o placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar de bater o Peixe (apelido do Santos), aos  83 e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que escalou: Gainete; Jol Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho – a turma do “Rei” fora: Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), ainda comandados por Lula. 

O primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé está registrado por jogo 2.055 do Almirante e o segundo por 2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o futuro “Rei do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já havia ocorrido um encontro dos dois artilheiros, no  Estádio Antônio Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado Guarany/Bagé x Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e Calvet para os anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica, Ataíde e Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O Santos foi:  Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros, sem público pagante conhecido.

                                    14 - SELEÇÃO BRASILEIRA

 A temporada-1966 marcou a oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete nacional, durante a Taça Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a Federação Gaúcha de Futebol de formar equipe para representa-la diante dos chilenos. Tendo por treinador de campo Carlos Froner (oficialmente, o cargo era de Fernando Brunelli), o já ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer do segundo tempo de dois prélios, substituindo David (cunhado de Pelé).

Com o time usando, em ambas as vezes, camisa canarinha, calção azul e meiões brancos, em 17 de abril, o Brasil venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo, aos 18 minutos (73, para a FIFA) do segundo tempo. No segundo, no Estádio Sausalito, o mesmo em que o time canarinho havia jogado a maior parte de suas partidas da Copa do Mundo-1966, em Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima arbitragem do mesmo Howley que validou gol ilegal dos chilenos -  a bola não entrou, Ari Hercílio a cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o prélio cinco minutos antes do tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda poderiam empatar. Confira as fichas técnicas das duas partidas:

Sulzinho (D) fardado pela CBD, com Áureo (E) e Sérgio Lopes (C)

17. 04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em Santiago do Chile. Árbitro: Kevin Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol: João Severiano, o Joãozinho, aos 15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir. Técnico: Carlos Froner.

20.05.1966 – Brasil 1 x 2 Chile – Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça O´Higgins – Árbitro: Kevin Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols: Joãozinho, aos 19 min do 1º tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do 2º tempo. Brasil:  Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira). Técnico: Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste selecionado pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense - Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano, Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá; Brasil; Brasil de Pelotas - Birinha; Guarani de Bagé - Didi Pedalada e Saulzinho; Rio Grande - Lambari; Aymoré - Jadir e Joaquim.   

                                              15 -  BARBANTEIRO

  Quando o tchê Sasulzinho vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente, ele sacudia o barbante. As redes aina nã era de náilon.

 Mais de meio-século antes, na Inglaterra, de onde o futebol bateu asas e voou para o restante do planeta, não havia rede. Só muita discusão entre torcedores, se a bola entrou, não entrou. Para acabara com os bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie criou a rede, em 1889. Mas ficou na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada fez um jogo-teste pra ver se a invenção daria certo – deu!

 Foi na cidade de Nottingham que o primeiro goleiro - chamava-se Geary - foi  “buscar a pelota no fundo da rede” - como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante produzidas do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o grande avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas - sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em 1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes branquinhas, evidentemente, criado pelos narradores esportivos.

 No futebol carioca, já nos tempos de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma rede de náilon foi o goleador Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960. De Norte a Sul do Brasil, tchê Saulzinho balançou a rede em todas as regiões brazucas. Há estados, porém, em que ele nunca o fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande do Norte. Os cariocas São Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e Fluminense (4) foram os times que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS, saiu em 90 oportunidades pro abraço. Eis os times que ele mandou o goleiro buscar a bola no barbante:

Alajuelense-CRICA (1); Al-Merreikh-SUD (1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2); Atlético-GO (1); Bahia-BA (2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1); Bonsucesso-RJ (4); Campo Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará Sporting-CE (1); Colo-Colo-CHI (1); Combinado de Brasília (1); Combinado IFK Mamô-Malmô FF (1); Combinado Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de Manaus-AM (2); CRB-AL (1); Dalarna-SUE (2); EIK-NOR (3); Elche-ESP (2); Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3); Fluminense-RJ (4); Frem-DIN (2); Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1); Málaga-ESP (1); Mônaco-MON (1); Moto Clube-MA (1); Nacional-AM (1); Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2); Porto-POR (1); Portuguesa-RJ (3); Rio Branco-ES (1); River-PI (1); São Cristóvão-RJ (6); São Paulo-SP (1); Santa Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan- CMarfim (3); Sport-PE (1); Seleção da Nigéria (4); Uberlândia-MG (2); Vila Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1).

                                         16 – TODOS OS JOGOS E GOLS DE SAULZINHO

                                

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

16-abr-1961

2x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

2

22-abr-1961

0x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

3

01-mai-1961

2x1

Santa Cruz-PE

Amistoso

 

 

0

4

05-mai-1961

3x1

América-MG

Amistoso

 

1

1

5

07-mai-1961

0x0

Uberaba-MG

Amistoso

 

 

1

6

10-mai-1961

2x2

Uberaba-MG

Amistoso

 

 

1

7

27-mai-1961

2x0

St. Pauli (ALEMANHA)

Amistoso

 

 

1

8

30-mai-1961

3x2

Alemannia Aachen (ALEMANHA)

Amistoso

 

 

1

9

1-jun-1961

11x0

Comb. Freidig-Rosenborg (NORUEGA)

Amistoso

 

3

4

10

4-jun-1961

10x0

Eik (NORUEGA)

Amistoso

 

3

7

11

6-jun-1961

2x0

Comb. Skeid-Lyn (NORUEGA)

Amistoso

 

 

7

12

11-jun-1961

4x1

Frem (DINAMARCA)

Amistoso

 

2

9

13

14-jun-1961

4x1

Comb. IFK Malmö-Malmö FF (SUÉCIA)

Amistoso

 

1

10

14

18-jun-1961

4x2

Seleção de Dalarna (SUÉCIA)

Amistoso

 

2

12

15

21-jun-1961

8x1

Bodens (SUÉCIA)

Amistoso

 

1

13

16

27-jun-1961

1x1

Comb. Hammarby-Djurgarden (SUÉCIA)

Amistoso

 

 

13

17

09-set-1961

0x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

18

16-set-1961

0x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

19

21-set-1961

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

20

30-set-1961

1x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

14

21

04-out-1961

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

22

08-out-1961

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

23

14-out-1961

0x3

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

16

24

1-nov-1961

2x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

1

17

25

12-nov-1961

1x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

26

19-nov-1961

0x4

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

27

25-nov-1961

2x0

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

28

01-dez-1961

3x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

29

06-dez-1961

2x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

30

09-dez-1961

0x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

31

14-jan-1962

1x0

Santa Cruz-PE

Amistoso

 

1

18

32

17-jan-1962

2x0

Bahia-BA

Amistoso

 

 

18

33

21-jan-1962

6x0

CRB-AL

Amistoso

 

1

19

34

24-jan-1962

4x0

Ceará-CE

Amistoso

 

 

19

35

28-jan-1962

3x0

Moto Club-MA

Amistoso

 

1

20

36

31-jan-1962

3x1

Ferroviário-CE

Amistoso

 

3

23

37

25-fev-1962

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

24

38

10-mar-1962

4x3

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

26

39

21-abr-1962

1x1

Seleção de Brasília-DF

Amistoso

 

1

27

40

01-mai-1962

4x1

Vila Nova-GO

Amistoso

 

1

28

41

06-mai-1962

5x0

Uberlândia-MG

Amistoso

 

2

30

42

10-mai-1962

3x0

Maringá-PR

Amistoso

 

 

30

43

13-mai-1962

2x1

Portuguesa-SP

Amistoso

 

 

30

44

20-mai-1962

3x1

Santa Cruz-MG

Amistoso

 

2

32

45

1-jul-1962

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

34

46

8-jul-1962

3x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

47

15-jul-1962

0x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

48

21-jul-1962

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

49

04-ago-1962

1x0

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

50

12-ago-1962

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

51

19-ago-1962

4x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

36

52

26-ago-1962

3x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

3

39

53

02-set-1962

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

54

09-set-1962

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

55

16-set-1962

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

56

21-set-1962

7x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

57

30-set-1962

1x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

58

06-out-1962

3x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

44

59

14-out-1962

1x3

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

45

60

21-out-1962

3x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

46

61

4-nov-1962

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

46

62

10-nov-1962

5x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

63

15-nov-1962

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

1

48

64

18-nov-1962

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

49

65

25-nov-1962

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

66

02-dez-1962

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

67

09-dez-1962

1x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

68

14-dez-1962

3x3

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

50

69

6-jan-1963

4x0

Alajuelense (COSTA RICA)

Amistoso

 

1

51

70

10-jan-1963

1x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

1

52

71

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

52

72

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

1

53

73

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

53

74

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

53

75

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

53

76

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

77

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

78

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

79

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

54

80

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

 

54

81

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

 

54

82

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

55

83

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

 

55

84

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

3

58

85

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

 

58

86

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

58

87

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

4

62

88

7-jun-1963

1x2

Al-Hilal (SUDÃO)

Amistoso

 

 

62

89

9-jun-1963

1x1

Al-Merreikh (SUDÃO)

Amistoso

 

1

63

90

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

63

91

13-jun-1963

2x0

Málaga (ESPANHA)

Amistoso

 

1

64

92

16-jun-1963

2x3

Monaco (FRANÇA)

Troféu Teresa Herrera

 

1

65

93

19-jun-1963

3x2

Elche (ESPANHA)

Amistoso

 

2

67

94

22-jun-1963

0x1

Espanyol (ESPANHA)

Amistoso

 

 

67

95

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

2

69

96

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

97

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

98

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

99

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

100

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

69

101

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

69

102

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

103

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

104

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

105

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

106

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

107

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

108

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

 

69

109

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

110

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

111

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

69

112

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

69

113

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

1

70

114

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

1

71

115

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

71

116

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

71

117

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

71

118

13-ago-1964

3x0

Porto (PORTUGAL)

Amistoso

 

1

72

119

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

120

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

121

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

122

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

73

123

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

73

124

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

73

125

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

126

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

127

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

128

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

73

129

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

2

75

130

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

76

131

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

76

132

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

77

133

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

 

77

134

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

135

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

136

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

137

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

 

77

138

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

79

139

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

 

79

140

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

1

80

141

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

80

142

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

81

143

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

81

144

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

81

145

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

81

146

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

82

147

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

148

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

82

149

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

82

150

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

151

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

152

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

153

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

154

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

82

155

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

156

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

157

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

158

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

159

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

160

6-jun-1965

1x1

Entrerriense-RJ

Amistoso

 

 

82

161

10-jun-1965

1x0

Vila Nova-GO

Amistoso

 

 

82

162

13-jun-1965

0x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

82

163

17-jun-1965

7x2

Seleção de Manaus-AM

Amistoso

 

2

84

164

20-jun-1965

4x0

Nacional-AM

Amistoso

 

1

85

165

24-jun-1965

3x0

Bahia-BA

Amistoso

 

1

86

166

27-jun-1965

2x1

Bahia-BA

Amistoso

 

1

87

167

29-jun-1965

2x1

Ceará-CE

Amistoso

 

1

88

168

8-jul-1965

1x1

Benfica (PORTUGAL)

Amistoso

 

1

89

169

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

 

89

170

29-ago-1965

4x0

River-PI

Amistoso

 

1

90

171

07-set-1965

0x0

Portuguesa-RJ

Torneio Início

3x0 pen

 

90

172

07-set-1965

1x0

São Cristóvão-RJ

Torneio Início

 

 

90

173

26-set-1965

0x1

Portuguesa-SP

Amistoso

 

 

90

174

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

175

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

176

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

177

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

90

178

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

179

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

90

 Saulzinho está entre os 10 artilheiros vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os três primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963, contra a seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas o árbitro anulara um “sem nenhum problema no lance”. Assim, ele fica empatado com Ismael e  Romário, com quatro encaçapadas em um só prélio desta lista:

6 gols: Lelé – 08.05.1946 - Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 – Vasco da Gama 6 x 0 União São João-SP; .

5 gols: Russinho – 01.05.1927 – Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da Gama 8 x 0 Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Djayr – 15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite – 04.05.1980 – Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians. 

4 gols – Ismael – 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho -  25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da Nigéria - e Romário – 24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ.     

                                           17 - ENTREVISTA/SAULZINHO

 Único atacante a obter uma média de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais da década-1960, e maior artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o Saulzinho, tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade, em sua terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo time profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:      

 P –  Rapaz, você começou a carreira arrumando confusão entre o Bagé e o Guarany?

R – Arroubos da juventude, tchê! Eu tinha contrato de gaveta (antiga estratagema de prender atleta ao clube) com o Bagé, e o troquei, pelo Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira proibido de jogar. Castigo só não mais duro do que o serviço militar, quando ralei muito. Compensei tudo, porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui campeão municipal, até 1959. Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos vice-campeões gaúchos, pra minha carreira decolar e vez.

 Como você foi parar no Vasco da Gama?

No início de 1961, o Guarany venceu o Internacional (de Porto Alegre), em dois amistosos: 2 x 1, no Estádio dos Eucaliptos (antiga e já demolida casa do Inter), com um gol meu, e 4 x 2, em Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz gol, mas o treinador deles (do Inter), o Martim Francisco, gostou do meu futebol e, pouco depois de chegar ao Vasco (da Gama), pediu a minha contratação.  

 O Vasco daquele tempo tinha feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel, Sabará, Pinga, etc. Como você arrumou uma vaguinha naquele time? 

Cheguei a São Januário no 1º de abril de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite, marquei três gols, no primeiro tempo, atuando pelo time reserva, que tinha, entre os que me lembro, Brito (zagueiro) e Maranhão (apoiador). Por conta daquele meu cartão de apresentação, tchê, o presidente vascaíno, o João Silva, empresário muito forte, dono das Carrocerias Metropolitana, mandou fazerem, logo, o meu contrato.

 Quando você chegava, a torcida vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o espanhol Atlético de Madrid) e de Almir (foi para o Corinthians). Sem os dois, facilitou a sua vida?

Nã foi nada fácil. A concorrência foidura, pois o Vasco tinha outros três bons centroavantes, o Wilson Moreira (filho do técnico Zezé Moreira), o cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e o Javan (fez o nome no México). Eu era um garoto interiorano no meio de tantos cobrões, mas fui logo me enturmando.

Ainda se lembra da sua estréia no Vasco?

Foi pouco depois da minha contratação. Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos contra aquele timaço do Santos, do Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez um gol, batendo do meio do campo; o Sabará empatou e o Wilson Moreira desempatou. Ganhei um belo bicho (gratificação por resultado). Por falar no Pelé, nos meus outros jogos contra ele, levamos de 5 x 1, mas num outro lhe mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve, também, um empate, por 2 x 2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito e o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um golaço, gol de cinema. No segundo (gol de Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola. Comentou-se muito que o Brito e o Fontana curtiram bastante com a cara do homem (Pelé), quando o Vasco vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma abelheira. O cara era cruel. Antes disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1 x 1,  em Bagé, defendendo o Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também contra o Pelé, na decisão da Taça Brasil, em dezembro de 1965.

 Como você herdou a vaga de titular no time vascaíno?

 Entre maio e junho de 1961, fizemos uma longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma ecalação que nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, eu, Roberto Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia marcado dois gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o outro contra o América Mineiro (fora de casa). 

Você considera 1962 a sua grande temporada?

Sim, pois estava em grande forma e fui o (principal) artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols. Fiquei de fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também, uma temporada em que a sorte me abandonou. Estava cotado para a Seleção Brasileira (que foi bi mundial na Copa do Chile-1962), mas tive um problema de garganta, que exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na virilha, problemas que me deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de jogo. Como a convocação levou muito em conta a atuação de quem disputou o Torneio Rio-São Paulo, perdi qualquer chance por ali.  

 Você disputou e ganhou do Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O rival, tmabém, não foi  à Copa do  Chile... 

 Eu morava na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos, dizendo, um para o outro: “Hoje é comigo”. Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae. Tinha outras feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o Amoroso e o Amarildo, do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me lembro, agora. Não sei porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção Brasileira. 

 Aponte uma gloríssima, depois do Campeonato Carioca-1962?

No início de 1963, conquistamos um torneio internacional, no México, muito famoso, na época. Marquei gols, goleamos o Oro, o campeão nacional (5 x 0), vencemos (1 x 0) o time mexicano de maior torcida, o América (da Cidade do México) e fomos campeões em cima do Dukla (de Praga, da antiga Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e aquela turma toda que enfentara o Brasil na final da Copa do Mundo de 62. Contra o América, por sinal, marquei um gol antológico, de bicicleta, que foi capa da revista mexicana “Futbol”. O Sabará cruzou, da direita, a bola bateu no chão, veio no meu peito, e finalizei, de bicicleta, antes da  chegada do marcador.

 O seu Vasco foi campeão de torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol brasileiro, nacionais, porquê?

Em 1962, tínhamos chances de chegar ao títul carioca, mas, perdemos quatro pontos para o Olaria (à época, vitórias contavam dois pontos), levando um baile, dentro de São Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na segunda partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival), fizeram um gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram. Terminamos a três pontos do campeão (Botafogo). Mas o Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson, que foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo Fluminense, o Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa equipe.

 No início da temporada de 1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra. Porquê?

 Eu estava com 28 de idade, tinha convites do (português) Benfica e daquele grande time do Bahia, do Alencar, do Nadinho, do Henricão, contra quem marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se interresou por mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã). Por sinal, quando marquei um dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci um marcador, com um corte (tirando-o do lance sem tocá-lo), e soltei um foguete, quase da intermediária. Eu era rápido dentro da área, mas não de chutar muito forte, de longe. Já o Bahia gostou do que joguei diante deles, também em um amistoso, quando marquei dois gols. Pra voltar pra casa, coloquei o lado familiar em primeiro plano, pois a minha mulher, também de Bagé, nunca se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora de ficar, ou sair do Vasco, sugeri à Marilu (nome a esposa): “Vamos voltar?”.  Era o que ela mais queria, e voltamos  

 O seu nome era muito gritado pela torcida vascaína?

Quando eu fazia gols, o Maracanã vinha abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o maior goleador do time, sem ser um jogador de rush. Tinha, porém, rapidez, driblava, batia bem de perto e raciociava rápido pra intuir o lance se estivesse marcado. Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra área do rival) que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque, tocava pra ele, que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos muitos gols. O Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor companheiro de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça o Sabará. Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso cazsdo, não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava). Só não xingagava o Célio.

Qual foi a grande partida de sua vida?

Contra o Flamengo, decidindo o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite da quarta-feira 21 de janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma outra partidaça foi contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção uruguaia (Vasco 3 x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do Chile, Estádio Nacional de Santiago). 

 Você só vestiu a camisa da Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany, de Bagé...!

 O Carlos Froner (então), técnico do Grêmio (de Porto Alegre), formou uma seleção gaúcha para representar o Brasil na disputa da Taça O´Higgins, contra o Chile, em 1966. Joguei 30 minutos em uma partida e mais 15 na outra. Fomos campeões, foi emocionante. Tão emocionante como jogar por um ataque do Gurany que tinha Eusébio, Max Ravazza, Saulzinho, Tupãzinho e João Borges. Aqueles companheiros eram craques, principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da Rosa) que foi ídolo da torcida do Palmeiras (década-1960) e o Max,  maior goleador do futebol de Bagé (da época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo de 1955. Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o Vasco. Calculo que marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística exata, mas a minha carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa média!

Se o Pelé jogasse hoje (a entevista foi feita na primeira metade da primeira década-2000), nesse chamado futebol moderno, faria muitos gol?

 Uns dois mil, porque as defesas sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que viraram alas, se mandam. Se, enfrentando zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez o que fez, imagine agora. Antes, para se entrar na área, teria que ser muito rápido, ter talento, ou ficava sem as canelas. Vejo o futebol atual sendo 70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide, ainda, é o talento, reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a base,  o cara (preparador físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra lá, pra cá, ajuda muito, mas tem e ter talento pra decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de enfrentar o Luís Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr Egídio de Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que enfrentei. Eram durões, sem serem desleais.

 O futebol atual paga fortunas aos seus ídolos. No seu tempo, dava pra ficar rico?

 Quando cheguei ao Vasco, o maior salário era o do (zagueiro e capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam. Não existia empresários, procuradores, além de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos, estudos. O futebol tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava a carreira, o pai de uma namorada minha não queria o namoro porque eu era jogador de futebol. Éramos muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco por exemplo, levava muitos fãs para a frente dos hotéis onde nos hospedávamos, querendo autógrafos, tirar fotografias conosco, conversar. Atendíamos a todos, com civilidade. 

 Você passou por quantos treinadores?

 Beto Camélia, Alfeu Cachapuz e Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim Francisco, Paulo Amaral, Oto Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e Carlos Fronter, na Seleção Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas achei o ofício muito estressante, desesti. CÉLIO

  Como você escalaria a sua Seleção Brasileira?

 Barbosa; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente era muito boa. Acho que eu pegaria uma reservinha, junto com o Amarildo, o Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que defendeu o Flamengo entre 1958/1969 e  formou meio-de-



 EXCESSO DE AMÉRICA

Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã, por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro, o rival conseguiu  segurar a Turma da Colina e ficar nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0 (10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.

 

5

                                                              CASAMENTO

 O ofício de fazer gols para o Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.

 Fora grande o número de presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca. 

Célio entrou na igreja ás 16h45, apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda, às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.

 Célio conheceu Ilda quando jogava pelo Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início, Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca, mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado  na área, em junho de 1962.    

 Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas, São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos jogadores (para a festinha de final de ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara das luvas recebidas  pela mudança do Jabaquara para o Vasco da Gama.

 Em junho de 1964,  quando esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três partidas nas quais entrara.   

                                                                      6

                                                MELHORES DE 1964

 Durante as a década-1960, era tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho e Célio no time dos melhores, após o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.

 No caso da Revista do Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal), Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio Mauá); Ricardo Serran (O Globo);  Luís Alberto (Diário de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence (Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora); Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo), com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair (Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).

A fase vivida por Célio era boa, mas o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América. Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11 vitórias, marcara 44 gols -  16 de Célio - e levara 28.

Célio considerou o seu gol mais bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres,  fez-me o passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.

O jogo em que Célio fez o seu considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964  foi no domingo 13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele,  um boa temporada nas redes.

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                                               CAPA DE REVISTA  

FOTO DA REVESP

  A Revista do Esporte  - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia: "Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou, de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche os olhos da torcidacabeceando bem, testando a bola com pontaria certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”. 

 Tempos depois, pelo Nº 378, de 4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia chamada espantativ“Ele é vascaíno desde garotinho, mas..  - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer deixar o Vasco”.

  Segundo a publicação, Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor, dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de 1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho (agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição dos braços.

 Quando lançou as duas tiragens, a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho, Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”. 

Célio voltou a estampar uma revista pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu: Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e Zezinho (agachados, na mesma ordem).

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Célio mereceu, também,  contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da Gama.

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                                             PENALTIEIRO

 Em 1965, Célio fazia parte da galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo), Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio (Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei Pelé” e que andou sendo proibida. 

Embora fosse considerada um debochepor entrevista à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.

 De sua parte, Célio tinha esta receita para a sua cobrança: “A maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente, gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida, sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair para um lado, procuro colocar a bola no outro”.                                                                        

 E gols com bola rolando, qual a receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte - Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica; 4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.

 A publicação considerou Célio um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura, firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e, muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara, quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”.  À época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.  

 Em uma outra edição na qual ele voltara a ser capa da Revista do Esporte -  Nº 378, de 4 de junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” - queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi), além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15% que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso. Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia, a fera.

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                                               GOLS MAIS BONITOS

 Célio considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo. Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes. FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO

  Dois anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante, para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .

Também, valeu muito, para  Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1 x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.

Também, diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes, à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação. Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e corri  para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três, naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.

Ainda de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance. A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” , descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa inicial, e aos nove da final, no Maracanã.

 Célio sempre achou que “quem não tenta não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou, do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774 pagantes – o forte ataque alvinegro tinha  Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo. 

Dos seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro (estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida, ele  foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu primeiro grande gol como profissional”, recordava.

O outro golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga. Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que foi um belo gol”.

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                                  AMIGO DA REDE

  Nem só de visitas às redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central, lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente, em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.

 Antes de começar a desempregar goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente, o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.

 Estava escrito, porém, que chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em 1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20 minutos para o final de uma partida contra o  Corinthians, no Parque São Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.

O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas vezes, ele acertou um  murro na cabeça de zagueiro colega, nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou. A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de  tropa de choque policial até serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro", reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.

O temperamento de não levar desaforos para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo  Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de opinião", afirmava.

Para exemplificar o que Célio sofria dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro  Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros, bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe que foi num lance de meio do campo, sem perigo de golDeixou-me de fora de muitos treinos e jogos”.

O que foi lido acima era até pouco diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar, dizendo: ‘Aqui é  assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou, sorrindo, muito tempo depois.

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                                                O ÍDOLO DE CRISTAL                                                                    

   Os zagueiros fizeram Célio  ser o “Rei das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta daquilo,  vivia na  na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de  de vidro ou de cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para conferir" -  Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.

 Célio imputava às retrancas grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais pontapés e cabeçadas", criticava.

Quando era parado pelos becões na pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita, Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.      

 Em quatro tempradas vestindo a jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó – à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a 1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2 - Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a 1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes (44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o segundo esteve vascaíno,  de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42 gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958. 

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                                            VOO CANARINHO

FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo, Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná  foi a primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965    

Célio chegou à Seleção Brasileira, mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito (zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção Brasileira, em 1965.

 Convocado pelo treinador Vicente Feola, para amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.

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Aquele jogo rolou em 6 de julho de 1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob o apito do  peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –,  com novo apito peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki,  e o time brasileiro sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. 

Célio não foi escalado em nenhum dos quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra, ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho, Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.

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Da esquerda para a dirieta, em pé: Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem: Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.        

 Perto da Copa do Mundo, os cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo; Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio (Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).  

FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson, Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados

Dos atletas vascaínos – os zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas do primeiro jogo -, o apoiador/lateral  Oldair Barchi e o atacante Célio – convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19 de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal. 

 Para aquela campanha, a CBD convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.  

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                              CÉLIO & MÁRIO TILICO

 Marcado em um dos supercílio e por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto, ou no chão, é minha. Ninguém tasca”

Foi assim que ele saiu para o abraço, em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico. Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1 x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2 x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.

 No Brasil, a primeria reunião da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo, o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no 6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0 Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1 Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio marcando seis e Mário quatro gols.

Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco) por chefes, até o final de 1963.  Veio a temporada seguinte e Pelegrino manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2 Cerro Porteño,  a dupla Célio & Mário foi mantida e este marcou o chamado gol de honra.

  A seguir, rolou o Torneio Rio-São Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0 Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três gols, e Mário nenhum.

Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio & Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns deles em triunviratos ofensivaço com a presença de Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3 x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.

 Em 1965, entregando o seu comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e 4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais 36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara, Taça Brasil e Torneio Início do  Campeonato Carioca. Quando Célio ficou fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.

FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENÁRIO

  Em 1966, o treinador Zezé Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x  3 Chivas Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e Corinthians).  Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo Mata. 

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                                               CÉLIO & PELÉ

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 Aos 29 de idade, em 1969, quando já estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro de Pelé no ataque do Peixe, sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com o “Rei” querendo. 

Célio e  Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em  Vasco 3 x 0 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano. 

O troco sanista aconteceu durante a primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de 16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela  Taça Brasil. Daquela vez, Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro, no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e que, também, valia vaga na Taça Libertadores.

Aquele jogo, no entanto, não foi tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do Santos.

 Célio voltou a encara Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos 15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.

 Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas, Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago, Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.

Os dois outros encontros Célio & Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas, Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos, treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda; Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.

 O último encontro da dupla nos gramados foi no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910 presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue, Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam: Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu Américo.  OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos, vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols. 

 Com a camisa canarinha, os dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano, escalado pelo  treinador Vicente Feola, que mandou ao gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em 09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o time do jogo anterior e as substituições. 

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                             ENTORTOU O DEMÔNIO

  O que seria que o cidadão Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha, maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega pra lá no também chamado Torto.

Embora tivesse desembarcado em São Januário, em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,  em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos astros Manga, Rildo,  Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo – ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.

No segundo pega, em 11 de agosto de 1965, pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3 x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha, Jairzinho, Arlindo e Zagallo.

FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio, Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete

 

Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à frente do Mané. Era a decisão da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho, Sicupira e Roberto. 

FILME DOS GOLS DE CÉLIO

O último confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154 pagantes ao  Pacaembu, na capital paulista, lotando o estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37 e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da história: Célio 3 x 1 Garrincha.

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                                         TEMPORADA-1966                                          

 Foi a últma de Célio com a camisa cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 - Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373 torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos do segundo tempo – ver ficha técnica.

Célio começou a temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos, entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians -, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.

 Por ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11 jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando 11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final, subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com  sete pontos, em sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols e deixou pasar 11 gols.

 Durante a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo, abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No entanto, ao deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio Francisco Vasques-1964;  I Torneio Internacional IV Centenário do Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São Paulo-1966. 

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                                              ILUMINADO

  Célio foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e aos nove da etapa final.

O jogo rolou em noite festiva, com a a Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil para se chegar ao local da partida

 Antes daquele clássico carioca em que Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo (empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x - 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 – 1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por 1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes

 No jogo em Brasília, Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54, em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel (Gama), Brito  (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo Menezes;  William, Picolé (Zezinho), Célio  e Tião (Ronildo).

 

                               18 - DO OUTRO LADO DO BALCÃO

 

Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331 pagantes, Célio enfrentou a Turma da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas, Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero; Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini, Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos 16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da Silva, o Zizinho, era o trinador.

Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado, contra a Lusa do Canindé (apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve 24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas de 1989.

A partir de 1967, quando foi viver Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em sua homenagem. Quem diria: o matador virou tango! Com esta letra e a foto da partitura:  COLOCAR AQUI A PARTITURA

Onze meninos entram em campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente... Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A grande bandeira flamejante está.

Pra merecer tango da torcida de tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago Grazzi,  Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2); Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2); Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4); DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2); Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg (2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2); Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2); Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1); Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4); Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1); River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1); Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2); Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc (1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).

                                                                  19 - REPATRIADO 

 Em 1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário, de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”, segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas, na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo, de João Pessoa.

Gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as suas partidas e gols da temporada -1966:    

09.01.1966 - Vasco 2 x 0 Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador. Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino), Célio (Benê) e Zezinho.  

 11.01.1966 – Vasco 0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS: ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e Danilo Menezes.      

18.01.1966 - Vasco 0x 3 Chivas Guadalajara-MEX.  Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael  Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Tião.  

23.01.1966 - Vasco 0 x 2 Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco: Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes (Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação como ponta-esquerda.   

 27.01.1966 – 2 x 2 Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Acelino, Célio e Danilo Menezes.   

 03.03.1966 - Vasco 0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil, pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.

06.02.1966 – Vasco 2 x 0 Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA.  Juiz: Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo Menezes foram expulsos de campo.

26.02.1966 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694. Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico (Rubilotas) e Tião (Zezinho).      

02.03.1966 – Vasco 3 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos 23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio foi considerado o principal nome da noite.    


05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358. 520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião (Altamiro Capixaba). 

09.03.1966 – Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.  

13.03.1966 – Vasco 1 x 2 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.            

 17.03.1966 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho, aos 22 min do 2º tempo:  Vasco:  Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. 

20.03.1966 – Vasco 2 x 5 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16 do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo.  Vasco: Amauri; Joel Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.

24.03.1966 – Vasco 1 x 0 Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$ 13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico); Zezinh, Célio, Picolé e Tião.

27.03.1966 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho (Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.

31.03.1966 – Vasco 2 x 1 Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício (Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS: o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto, o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.

29.05.1966 – Vasco 1 x 2 Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT.  Juiz: Alessandro D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e Standard-BEL.

02.06.1966 – Vasco 1 x 2 Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz: Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado, Célio, Acelino e Danilo Menezes.         

04.06.1966 - Vasco 2 x 3 Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau. Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio), Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico), Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).   

08.06.1966 – Vasco 1 x 1 Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz: Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos  30 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes. 

15.06.1966 – Vasco 0 x 2 Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini e Danilo Menezes. 

17.06.1966 – Vasco 1 x 1 Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2 Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta, porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.

17.07.1966 – Vasco 0 x 0 Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha; Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé Moreira descansar um pouco.

24.07.1966 – Vasco 1 x 1 Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz: Gualter Portela FilhoGol: Danilo Menezes, no 2º tempo. Vasco:  Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo; 2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.

18.08.1966 – Vasco 1 x 1 Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo, respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.

27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menzes.

03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira e Moraes.

 07.09.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG. Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão (Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino), Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.

18.09.1966 – Vasco 3 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos 4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,  Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São Cristóvão.

22.09.1966 – Vasco 3 x 0 Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.       

25.09.1966 – Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols: Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.

29.09.1966 – Vasco 0 x 1 América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.

16.10.1966 – Vasco 0 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10 –Vasco 0 x 0 Flamengo.  

19.10.1966 – Vasco 1 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol: Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri); Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.  

25.10.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.

30.10.1966 – Vasco 1 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair (pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.  OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.

03.11.1966 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata, aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.

06.11.1966 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair (Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César (Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio Lomanto Júnior.

10.11.1966 – Vasco 0 x 3 América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não comandou mais o time vascaíno. 

13.11.1966 – Vasco 1 x 0 Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa, em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra), aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do Amparo comandou a equipe.

19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por Célio. 

26.11.196 - Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols: Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno marcado por Célio.  

03.12.1966 – Vasco 0 x 3 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio, Paulo Mata e Zezinho.

11.12.1966 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último jogo de Célio pelo Vasco da Gama. 

 

                            TODOS OS JOGOS E GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA

 

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

2

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

3

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

0

4

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

0

5

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

0

6

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

7

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

8

21-fev-1963

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

9

6-mar-1963

0x0

Olaria-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

10

9-mar-1963

1x2

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

11

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

12

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

13

24-mar-1963

1x2

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

14

28-mar-1963

1x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

1

15

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

2

16

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

1

3

17

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

2

5

18

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

6

19

27-abr-1963

2x3

Goytacaz-RJ

Amistoso

 

1

7

20

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

 

7

21

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

1

8

22

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

8

23

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

 

8

24

26-mai-1963

3x1

Seleção da Nigéria Ocidental

Amistoso

 

2

10

25

29-mai-1963

2x1

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

1

11

26

4-jun-1963

4x1

Al-Mourada (SUDÃO)

Amistoso

 

 

11

27

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

11

28

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

12

29

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

12

30

14-jul-1963

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

14

31

28-jul-1963

1x3

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

32

04-ago-1963

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

33

10-ago-1963

1x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

17

34

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

35

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

36

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

18

37

06-out-1963

1x1

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

19

38

09-out-1963

0x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

39

20-out-1963

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

40

26-out-1963

2x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

21

41

3-nov-1963

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

22

42

10-nov-1963

4x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

2

24

43

15-nov-1963

3x4

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

25

44

22-nov-1963

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

45

01-dez-1963

2x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

46

07-dez-1963

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

26

47

14-dez-1963

2x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

26

48

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

1

27

49

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

1

28

50

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

28

51

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

1

29

52

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

29

53

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

29

54

21-mar-1964

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

30

55

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

30

56

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

31

57

12-abr-1964

1x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

31

58

15-abr-1964

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

32

59

19-abr-1964

0x0

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

32

60

23-abr-1964

0x0

Siderúrgica-MG

Amistoso

 

 

32

61

26-abr-1964

1x0

Valeriodoce-MG

Amistoso

 

 

32

62

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

1

33

63

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

64

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

65

09-mai-1964

3x3

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

66

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

1

34

67

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

34

68

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

34

69

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

 

34

70

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

34

71

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

72

12-jul-1964

2x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

35

73

19-jul-1964

1x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

36

74

23-jul-1964

1x2

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

36

75

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

36

76

09-ago-1964

3x3

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

37

77

16-ago-1964

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

78

19-ago-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

79

23-ago-1964

2x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

80

27-ago-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

38

81

30-ago-1964

1x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

38

82

01-set-1964

1x0

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

1

39

83

06-set-1964

2x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

39

84

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

85

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

86

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

87

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

88

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

89

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

90

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

43

91

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

44

92

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

45

93

18-out-1964

3x2

Robinhood (SURINAME)

Amistoso

 

1

46

94

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

46

95

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

96

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

49

97

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

98

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

3

52

99

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

1

53

100

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

54

101

29-nov-1964

3x1

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

102

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

103

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

55

104

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

57

105

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

59

106

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

1

60

107

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

2

62

108

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

62

109

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

63

110

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

63

111

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

64

112

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

113

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

114

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

65

115

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

65

116

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

65

117

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

66

118

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

119

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

120

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

121

14-abr-1965

4x0

América-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

68

122

17-abr-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

123

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

68

124

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

125

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

126

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

69

127

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

70

128

16-mai-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

129

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

130

14-jul-1965

5x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

72

131

22-jul-1965

1x1

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

 

72

132

28-jul-1965

1x0

América-RJ

Taça Guanabara

 

1

73

133

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

3

76

134

07-ago-1965

3x1

Bangu-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

135

11-ago-1965

0x3

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

136

21-ago-1965

2x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

78

137

25-ago-1965

1x0

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

1

79

138

05-set-1965

2x0

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

79

139

19-set-1965

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

80

140

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

141

09-out-1965

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

142

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

2

82

143

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

82

144

30-out-1965

4x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

83

145

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

2

85

146

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

86

147

10-nov-1965

1x0

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

86

148

14-nov-1965

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

87

149

20-nov-1965

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

150

28-nov-1965

0x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

151

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

1

88

152

08-dez-1965

0x1

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

88

153

12-dez-1965

5x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

89

154

15-dez-1965

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

89

155

9-jan-1966

2x0

Universidad (EL SALVADOR)

Amistoso

 

2

91

156

11-jan-1966

0x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

157

18-jan-1966

0x3

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

158

23-jan-1966

0x2

Atlas (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

159

27-jan-1966

2x2

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

1

92

160

03-fev-1966

0x2

Seleção da Alemanha Oriental

Torneio Internacional do México

 

 

92

161

06-fev-1966

2x1

Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)

Amistoso

 

1

93

162

26-fev-1966

1x0

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

93

163

2-mar-1966

3x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

2

95

164

5-mar-1966

2x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

96

165

9-mar-1966

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

97

166

13-mar-1966

1x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

98

167

17-mar-1966

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

98

168

20-mar-1966

2x5

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

99

169

24-mar-1966

1x0

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

170

27-mar-1966

0x3

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

171

31-mar-1966

2x1

Flamengo-RJ

Amistoso

 

2

101

172

29-mai-1966

1x2

Napoli (ITÁLIA)

Amistoso

 

 

101

173

2-jun-1966

1x2

Arezzo (ITÁLIA)

Amistoso

 

1

102

174

4-jun-1966

2x3

Bordeaux (FRANÇA)

Amistoso

 

 

102

175

8-jun-1966

1x1

Barcelona (ESPANHA)

Amistoso

 

 

102

176

15-jun-1966

0x2

Anderlecht (BÉLGICA)

Torneio Internacional de Paris

 

 

102

177

17-jun-1966

1x1

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional de Paris

 

1

103

178

17-jul-1966

0x0

Royal-RJ

Amistoso

 

 

103

179

24-jul-1966

1x1

Seleção de Novos de Vitória da Conquista-BA

Amistoso

 

 

103

180

18-ago-1966

1x1

Bonsucesso-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

181

27-ago-1966

0x2

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

182

03-set-1966

0x3

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

183

07-set-1966

1x2

Botafogo-RJ

Amistoso

 

 

103

184

18-set-1966

3x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

103

185

22-set-1966

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

104

186

25-set-1966

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

105

187

29-set-1966

0x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

188

16-out-1966

0x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

189

19-out-1966

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

190

25-out-1966

1x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

191

30-out-1966

1x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

192

3-nov-1966

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

193

6-nov-1966

1x2

Flamengo-RJ

Amistoso

 

 

105

194

10-nov-1966

0x3

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

195

13-nov-1966

1x0

Fluminense-BA

Amistoso

 

 

105

196

19-nov-1966

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

197

26-nov-1966

2x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

106

198

03-dez-1966

0x3

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

199

11-dez-1966

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

                                            AGRADECIMENTOS

 Aos amigos Carlos Molinari, Gustavo Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita (organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore, Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e gols marcados por Saulzinho e Célio.

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                  

 

 

 

 

         

 

 

 

 

 

 

Nascido em Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020.  Entre 1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.

         

 

 

 

                                                                                                   

                                                                                           

 

 

 

 

                                                                                                                                                                  

 

 

     

                                                      APRESENTAÇÃO

 O gaúcho Saulzinho e o paulista  Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas. Assim, a pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na conta do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia conseguido depois do SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice estadual, em 1961, junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos critérios de desempate técnico.

 Para reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília  até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só se for do Pelé!

                                                     Gustavo Mariani

                                                                             

 

                                                   1

                             O GAROTO DOS PAMPAS

 

                                      

 Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante de feras,  como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet, Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador, por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.

 Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé, rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso incomum.  Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que, futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo

Saul Santos, o Saulzinho, ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o defensor Saul Mujica. Garoto peleador (brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para os zagueiros  da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954, vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre, marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol Clube roubou-o do rivaltornando-o um índio, como jogador do clube alvirrubro era chamado.

 Foto do álbum de famíia 

    Valera muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da  bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal Bageense de 1956.  Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4 x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não ficou com o caneco da Liga.

 Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só restavam  Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”. 

 Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre  time fortíssimo para os padrões do então futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.

Tempos depois, já era Martim Francisco o treinador do Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada recomendável para um centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital gaúcha. E pediu a  contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De cara, o presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não se interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos". Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê, preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros, de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros, de gratificação, do Guarany.

Até fevereiro de 1966, Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm) zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias Metropolitana.

Garoto interiorano no meio de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se, com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro? 

Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma da Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid, deixando em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre 1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular, pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.

                                                                                             2  

                                                                                   O GUARANY

 

 Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar, sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado, em 2008. Vejamos algumas histórias do clube: 

  Guarany-1960, da esquerda para a direita, em pé: Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e Augusto; agachados, na mesma ordem: Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e João Borges, reproduzidos de saulzinho70.blogspot.com.br

1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do Botafogo, e  o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também, as Copas de 1986 e de 1990.

 2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129 gols) e  Picão (125). Saulzinho calcula ter feito cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter batido o recorde de Max. 

3 -   Em 1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e 4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).

4 -  Campeões estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o campeão, vencendo, por  1x 0 (duas vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga, Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho, Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz Silva e Juca.   

5 – Ao deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960,  Saulzinho voltou a jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo, marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada, ainda rolava a pelota.

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                                                      CRUZMALTINO

   O Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians,  no paulistano Pacaembu. No dia  10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0 Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1 River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27 de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x 0.

 De volta ao Brasil, a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo, empatando, por 2 x 2,  diante de  122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes - renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado (contra), aos 7, e  Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam: Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).

 Quando Saulzinho desembarcou em São Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi  nos 3 x 1 América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre o  5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.

O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0 Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular, em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:

16.04.1961 (domingo) – Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1 milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

22.04.1961 (sábado) – Vasco da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo (contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

01.05.1961 (segunda-feira) - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson); Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e Pinga.    

05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.        

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                                                   PRIMEIRA EXCURSÃO

   O primeiro grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e  3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2 x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as fichas técnicas:

07.05.1961 - Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha, Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).

 10.05.1961 - Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos 3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha) e Pinga.

Tinha, portanto, Saulzinho atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0 Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x 2 Uberaba  - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre maio e julho daquele 1961, atuando em estádios  europeus e africanos, pelas formações abaixo comandadas pelo treinador  Martim Francisco. Confira:

27.05.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público. 9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

30.05.1961 – Vasco da Gama 3 x 2  Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público: 25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43  min do 1º tempo e aos 16 do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

01.06.1961 – Vasco da Gama 11 x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR. Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho, aos 25 e aos  35 min do  1º tempo; Sabará, aos  5 e aos  8; Saulzinho, aos  18, Roberto Pinto, aos  25, e Laerte, aos  30 min do  2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito), Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).

04.06.1961 – Vasco da Gama 10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000. Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho, aos  45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10; Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos  22, e Saulzinho (pen), aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.

06.06.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga.

11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga, aos  35, e Saulzinho, aos  43 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga.

14.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE. Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga, aos 16; Lorico, aos 20; e Saulzinho, aos  44  min do 1ºT; Lorico, aos  27 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Pinga e Da Silva.

18.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10; Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. 

21.06.1961 – Vasco da Gama 8 x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841. Gols: Roberto Pinto, aos  4; Lorico, aos 7 e aos 33; Roberto Pinto, aos 42 min do  1º tempo; Saulzinho, aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos  28, e Lorico, aos 33 min do  2º tempo. Vasco:  Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.

27.06.1961 – Vasco da Gama 1 x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE. Gol: Roberto Pinto, aos  26 min do 1º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.

Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão, respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 29.06 – Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco 0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos:  Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3); Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco  4 x 1 Frem/DIN (2); Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8 x 1 Bodens-SUE (1).

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                                                      O CRAQUE DA CAPA

 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                                                      O CRAQUE DA CAPA

 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                                                     TEMPORADA-1962

 O treinador Paulo Amaral começou a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense, Maracanã. 

 Encerrada a série amistosa, a rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1) e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América  (14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo (25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois empates e 43 gols (oito contra).

Um dos amistosos do giro foi no 21 de abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43 minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira, alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 

Depois daquele amistoso, o time vascaíno foi à Goiânia golear o Vila Nova, por 4 x 1, no 1º de maio, com Saulzinho visitando a rede, aos 25 minutos da etapa inicial. Em Uberlândia-MG, cinco dias depois, nos 5 x 0 Uberelândia, ele fez mais um, aos 24 do primeiro tempo. Seguindo para o Sul, mais um, em 10 de maio, nos 3 x 1 Grêmio, de Maringá-PR, no estádio Willie Davids. Do Paraná, o time rumou para o estádio do Canindé, em São Paulo, onde mandou 2 x 1 Portuguesa de Desportos. Houve, ainda, dois amistosos fora de casa - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG, em Santa Luzia, com Saulzinho na rede; um outro 3 x 1, contra o Atlético-MG, e mais dois, em São Januário, escrevendo 2 x 0 Juventus-SP e 0 x 0 Guarani, de Campinas-SP.                                                      APRESENTAÇÃO

 O gaúcho Saulzinho e o paulista  Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas. Assim, a pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 na conta do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando conquistaram o titulo, o máximo que o Almirante havia conseguido depois do SuperSuper Campeanto Crioca-1958 – além disso, só um vice estadual, em 1961, junto com Flamengo e Fluminense, mas inferiorizados nos critérios de desempate técnico.

 Para reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília  até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns jogos não aparecendo árbitros, tempo dos gol, públicos e nem rendas que não foram encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só se for do Pelé!

                                                     Gustavo Mariani

                                                                             

 

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                             O GAROTO DOS PAMPAS

 

                                      

 Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante de feras,  como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet, Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador, por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.

 Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé, rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso incomum.  Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que, futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo

Saul Santos, o Saulzinho, ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o defensor Saul Mujica. Garoto peleador (brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para os zagueiros  da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954, vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre, marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol Clube roubou-o do rivaltornando-o um índio, como jogador do clube alvirrubro era chamado.

 Foto do álbum de famíia 

    Valera muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da  bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal Bageense de 1956.  Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4 x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não ficou com o caneco da Liga.

 Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só restavam  Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”. 

 Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre  time fortíssimo para os padrões do então futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.

Tempos depois, já era Martim Francisco o treinador do Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada recomendável para um centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital gaúcha. E pediu a  contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De cara, o presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não se interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos". Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê, preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros, de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros, de gratificação, do Guarany.

Até fevereiro de 1966, Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm) zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias Metropolitana.

Garoto interiorano no meio de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se, com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro? 

Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma da Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid, deixando em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre 1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular, pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.

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                                                                                   O GUARANY

 

 Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar, sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado, em 2008. Vejamos algumas histórias do clube: 

  Guarany-1960, da esquerda para a direita, em pé: Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e Augusto; agachados, na mesma ordem: Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e João Borges, reproduzidos de saulzinho70.blogspot.com.br

1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do Botafogo, e  o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também, as Copas de 1986 e de 1990.

 2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129 gols) e  Picão (125). Saulzinho calcula ter feito cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter batido o recorde de Max. 

3 -   Em 1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e 4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).

4 -  Campeões estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o campeão, vencendo, por  1x 0 (duas vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga, Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho, Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz Silva e Juca.   

5 – Ao deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960,  Saulzinho voltou a jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo, marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada, ainda rolava a pelota.

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                                                      CRUZMALTINO

   O Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians,  no paulistano Pacaembu. No dia  10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0 Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1 River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27 de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x 0.

 De volta ao Brasil, a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo, empatando, por 2 x 2,  diante de  122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes - renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado (contra), aos 7, e  Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam: Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).

 Quando Saulzinho desembarcou em São Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi  nos 3 x 1 América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre o  5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.

O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0 Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular, em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:

16.04.1961 (domingo) – Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1 milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

22.04.1961 (sábado) – Vasco da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo (contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

01.05.1961 (segunda-feira) - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson); Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e Pinga.    

05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.        

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                                                   PRIMEIRA EXCURSÃO

   O primeiro grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e  3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2 x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as fichas técnicas:

07.05.1961 - Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha, Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).

 10.05.1961 - Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos 3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha) e Pinga.

Tinha, portanto, Saulzinho atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0 Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x 2 Uberaba  - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre maio e julho daquele 1961, atuando em estádios  europeus e africanos, pelas formações abaixo comandadas pelo treinador  Martim Francisco. Confira:

27.05.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público. 9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

30.05.1961 – Vasco da Gama 3 x 2  Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público: 25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43  min do 1º tempo e aos 16 do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

01.06.1961 – Vasco da Gama 11 x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR. Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho, aos 25 e aos  35 min do  1º tempo; Sabará, aos  5 e aos  8; Saulzinho, aos  18, Roberto Pinto, aos  25, e Laerte, aos  30 min do  2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito), Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).

04.06.1961 – Vasco da Gama 10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000. Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho, aos  45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10; Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos  22, e Saulzinho (pen), aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.

06.06.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga.

11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga, aos  35, e Saulzinho, aos  43 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga.

14.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE. Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga, aos 16; Lorico, aos 20; e Saulzinho, aos  44  min do 1ºT; Lorico, aos  27 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Pinga e Da Silva.

18.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10; Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. 

21.06.1961 – Vasco da Gama 8 x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841. Gols: Roberto Pinto, aos  4; Lorico, aos 7 e aos 33; Roberto Pinto, aos 42 min do  1º tempo; Saulzinho, aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos  28, e Lorico, aos 33 min do  2º tempo. Vasco:  Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.

27.06.1961 – Vasco da Gama 1 x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE. Gol: Roberto Pinto, aos  26 min do 1º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.

Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão, respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 29.06 – Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco 0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos:  Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3); Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco  4 x 1 Frem/DIN (2); Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8 x 1 Bodens-SUE (1).

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                                                      O CRAQUE DA CAPA

 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                                                      O CRAQUE DA CAPA

 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores dotados de quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                                                     TEMPORADA-1962

 O treinador Paulo Amaral começou a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense, Maracanã. 

 Encerrada a série amistosa, a rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1) e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América  (14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo (25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois empates e 43 gols (oito contra).

Um dos amistosos do giro foi no 21 de abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43 minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira, alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 

Depois daquele amistoso, o time vascaíno foi à Goiânia golear o Vila Nova, por 4 x 1, no 1º de maio, com Saulzinho visitando a rede, aos 25 minutos da etapa inicial. Em Uberlândia-MG, cinco dias depois, nos 5 x 0 Uberelândia, ele fez mais um, aos 24 do primeiro tempo. Seguindo para o Sul, mais um, em 10 de maio, nos 3 x 1 Grêmio, de Maringá-PR, no estádio Willie Davids. Do Paraná, o time rumou para o estádio do Canindé, em São Paulo, onde mandou 2 x 1 Portuguesa de Desportos. Houve, ainda, dois amistosos fora de casa - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG, em Santa Luzia, com Saulzinho na rede; um outro 3 x 1, contra o Atlético-MG, e mais dois, em São Januário, escrevendo 2 x 0 Juventus-SP e 0 x 0 Guarani, de Campinas-SP.

Paulo Amaral dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de janeiro a 10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de 21 de abril. Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando do time ficou, interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo. Ao final desta nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas partidas: 23.05 - Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06 - 0 x 0 Guarani de Campinas-SP.  

 Indiscutivelmente, 1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele chegou à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio Rio-São Paulo – contra Flamengo (1) e Fluminense (2)  - e  seis de giro de oito jogos pelo Nordeste -  diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL (1); Moto Clube-MA (1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os goleiros que foram ao fundo das redes buscar bolas enviadas por ele defendiam: Bonsucesso (3); Canto do Rio (4); São Cristóvão (4); América (1); Campo Grande (3); Portuguesa (1); Olaria (1) e Bangu (1).

Para o tchê, o Vasco da Gama-1962, sobretudo no Campeonato Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava tarimba e cancha. Éramos um time jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº 224, de 22 de junho de 1963.

Mesmo com as irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962, quando o jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos do Rio de Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da temporada - Troféu Atlas-1962 -  Saulzinho foi um dos reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar nesta seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos (Flamengo) e Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco), Amarildo (Botafogo) e Zagallo (Botafogo). 

Embora premiado como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile, entre 30 de maio e 17 de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um dos possíveis parceiros de dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte do grupo que fora ao Mundial saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do qual ele só participara de duas partidas. 

Além dos citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian Moreira, natação e Eder Jofre, pugilista.                                               

 

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                                                     JOGOS DE SAULZINHO

 14.01.1962 -  Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho), em Recife, com gol de Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho (Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho.  

17.01.1962  - Vasco da Gama 2 x 0 Bahia-BA - amistoso, na Fonte Nova (Estádio Octávio Mangabeira), em Salvador, com Lorico (2) marcando os gols deste time: Ita; Paulinho de Almeida,  Brito, Barbosinha e Laerte; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 

21.01.1962 - Vasco da Gama  6 x 0 CRB-AL - amistoso  no Estádio da Pajuçara (Severino Gomes Filho), em Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho, Vevé e Laerte escrevendo no placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado); Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e Lorico (Roberto Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará. 

24.01.1962 - Vasco da Gama 4 x 0 Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza,  com redes visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita; Paulinho de Almeida (Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo).  

28.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em São Luís do Maranhão, com gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega. Time: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e Lorico (Roberto Pinto; Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e  Sabará (Ronaldo).  

31.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas, em Forteleza, com Saulzinho marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita; Dario, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 

25.02.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo  - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com gol marcado por Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Villadônega, Saulzinho (Javan) e Da Silva. 

10.03.1962 - Vasco da Gama 4 x 3 Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário, com público de 4.143 pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos do segundo tempo, por este Vasco:  Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo); Nivaldo e Barbosinha; Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico (Roberto) e Da Silva.

21.04.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana de Andrade, do Núcleo Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva.  

01.05.1962 - Vasco da Gama 4 x 1 Vila Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida Paranaíba, em Goiânia, com Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro tempo. Vevé (2) e Loricoa fizeram os outros nesta vitória com virada de placar por esta rapaziada:  Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.   

06.05.1962 - Vasco da Gama 5 x 0 Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia, com Saulzinho batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo - Joãozinho, Sabará, Lorico e Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico (Milton); Joãozinho, Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará.       

10.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie Davids, com gols marcados por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laeerte) e Lorico (Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.  OBS: última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma da Colina.

13.05.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano Estádio do Canindé (Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas de Sabará e de Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.      

20.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da mineira Santa Luzia, com virada de placar assinada por Saulzinho, Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da Silva. 

01.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Bonsucesso – Prmeiro turno do Campeoanto Carioca.  Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00. Gols: Saulzinho, aos 14 do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32 da mesma etapa. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.


08.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols: Joãozinho, a 1 minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos 14 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

15.07.1962 – Vasco da Gama 0 x 1 Olaria. Estádio: da Rua Bariri-RJ (Antônio Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,3167.250,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

21.07.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda|: Cr$ 1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

04.08.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 47.629 pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

12.08.1962  – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

19.08.1962 – Vasco da Gama 4 x 0 Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e Nivaldo: Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

26.08.1962 – Vasco da Gama 3 x 1 São Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de Lima, na Rua Figueira de Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 712.680,00. Gols: Saulzinho, aos 6 min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do 2ºtempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.   

02.09.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 América. Estádio: de São Januário-RJ.  Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 10 min da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

09.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:  Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

16.09.1962 – Vasco da Gama 0 x 2 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

21.09.1962 – Vasco da Gama 7 x 0 Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 585. 490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34; Lorico, aos 42 e aos 44 min do 1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e Lorico, 21 do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

30.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Bonsucesso – Returno - Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes. Renda: Cr$ 1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

06.10.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 2.686 pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e aos  43, e Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

14.10.1962 – Vasco da Gama 1 x 3 Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes de Castro. Renda: Cr$ 1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

21.10.1962 - Vasco da Gama 3 x 2 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 18.726. Renda: Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos  31 min do 1º tempo; Lorico, aos 23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 

04.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 69.461. Renda: Cr$ 10.077.210.00.|  Gol: Sabará, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Humberto Torgado (Ita), Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel, Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.

10.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 1 Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: Guálter Gama de Castro. Renda: Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15; Sabará, aos 19; Maranhão, aos 25; Da Silva, 39 do 1º tempo e  Viladônega, aos 7 min da fase final. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.

15.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 0 Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita (Humberto Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Villadônega, Saulzinho e Da Silva.

18.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 São Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Wilson Lopes de Souza. Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 

25.11.1962 - Vasco da Gama 2 x 0 América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes: Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Da Silva.

02.12.1962 - Vasco da Gama 0 x 2 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 57.393. Renda: Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e  Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Tiriça. 

09.12.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 79.181. Renda: Cr$ 11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Fagundes. 

14.12.1962 - Vasco da Gama 3 x 3 Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar Ferreira: Renda: Cr$ 196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18); Saulzinho, aos 34 min do 1º tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.  

1 - A partir dos próximos capítulos as rendas não serão mais divulgadas, porque a moeda brasileira mudou várias vezes e o leitor precisaria de uma tabela de conversão para mensurar o valor atual. Só foram separadas etas por terem sido as da melhor temporada vascaína do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador do time em todos os jogos do Estadual-RJ.

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                                                               POLIMENTO

 Embora tenha ido para São Januário a pedido do treinador Martim Francisco, foi com Jorge Vieira que Saulzinho conseguiu ser titular absoluto no time vascaíno. “Aprendi muito com os dois”, afirmava, mas creditando ao Jorge os últimos retoques em seu futebol. “Quando cheguei ao Vasco, ainda não estava maduro. Tinha que aprender muito”, constatou. 

 Provocado por um repórter sobre as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do Campeonato Carioca - Revista do Esporte - Nº   188, de 13 de outubro de 1962 -  Saulzinho via muitas dificuldades para encarar tantas feras e fazia-se de político gaúcho, plantando não querer que a torcida vascaína esquecesse de ídolos como Ademir Menezes e Vavá, embora deixando claro querer ficar no coração dela. “Pretendo marcar muitos gols, para ser lembrado como um dos que mais fizeram a torcida cruzmaltina vibrar”, deixou claro.

 Saulzinho colocou todos os concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962, marcando 18 gols, contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista Dida; 15 de outro botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do rubro-negro Henrique Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu, até então, o maior bicho de sua carreira, além de prêmios oferecidos por uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o ponteiro dos goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde 1950, quando Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida ao barbante, como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes.

Depois de Saulzinho, o Vasco da Gama só voltou a liderar a disputa dos goleadores após 16 temporadas, em  1978, quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes, para o abraço. Os artilheiros vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929 - Russinho (23 gols); 1931 - Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé (13); 1947 - Dimas (18); 1949 - Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes (25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 - Roberto Dinamite (19); 1981 - Roberto Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte (12); 1986, Romário (20); 1987 - Romário (16); 1993 - Valdir Bigode (19); 2000 - Romário (19); 2004 - Valdir Bigode (14); 2012 – Alecasandro (12) e 2014 – Edmilson (11). No total de gols marcados por várfias competições e amistosos,os três primeiros são: Roberto Dinamite, 698, em 1.110 jogos;  Romário, 322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429 prélios – seguem: Lelé (147); Pinga (250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca (137) e Chico (127).

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                                                  TEMPORADA 1963

 Saulzinho iniciou a temporada-1963 marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na Costa Rica, amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a disputar o Torneio Pentagonal Cidade do México,  que valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge Vieira.

 Por gramados mexicanos, Saulzinho começou escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x 0 América-MEX, na Cidade do México. No dia 17, fez o seu terceiro gol na excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade do México. Voltou à rede no dia 20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto tento na excursão. Em 31 de janeiro, em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então Tchecoeslováquia, saiu de campo campeão do Pentagonal mexicano e começou a formar, com Célio Taveira, a dupla mais importante de ataque cruzmaltino da década-1960.

 Após o Pentagonal do México, Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro, Vasco 1 x 1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time fez mais um amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San Salvador, mas ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi ao Chile ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá fora. Após a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo Torneio Rio-São Paulo.

 Em 13 de fevereiro, Saulzinho entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o  Vasco da Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma história interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua turma chegou a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e Fontana tirando um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou a partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta nos 2 x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto o seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse que o jogo havia terminado empatado (2 x 2)."

 A primeira bola mandada à rede por Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de março, em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto, teve fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No mais, foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano.

 No Estadual-1963, a Turma da Colina  começou comandada pelo  treinador Jorge Vieira, que prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos comandos de Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de Mário Tilico. A rapaziada  não fez uma boa campanha, terminando  em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e levou 23 gols. Célio foi o principal artilheiro, com 14 gols. Como este  havia marcado um, pelo Torneio Rio-São Paulo; cinco no giro pelo Chile; mais um em amistoso com o Goytacaz-RJ e três entre Europa/África, estes 10 tentos, somados aos 14 do Estadual-RJ totalizaram 23, em sua primeira temporada cruzmaltina. Saulzinho aparece só com duas bolas nas redes, totalizando 19 na temporada. Confira os jogos vascaínos a temporada:                                                               

06.01.1963  - Vasco 4 x 0 Alajuelense. Amistoso, em Alajuela-CRI, em San José da Costa Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols: Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo); Sabará, Lorico, Saulzinho (Vevé) e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge Vieira. OBS: na véspera desta partida, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico”, junto à Portuguesa de Desportos-SP, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP, por Cr$ 11.500.000,00, para eles se juntarem ao grupo excursionista.

1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gol: Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento marcado por Saulzinho, de bicicleta, foi capa de uma revista mexicana e considerado “sensacional” pelos jornalistas cariocas que cobriam a viagem vascaína. (foto)

17.01.63 – Vasco 5 x 0 El Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão mexicano-1962 marcou a estreia de Célio no time vascaíno, a partir dos 25 minutos do segundo tempo.

20.01.1963 - Vasco 1 x 1 Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do México. Estádio: da Cidade Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.

31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla de Praga (TCH). Torneio Pentagonal Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 70.000. Gol: Ronaldo. VASCO: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).

03.02.63 - Vasco 1 x 1 Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio Diez, em Toluca-MEX. Gol: Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.

10.02.1963 – Vasco 2 x 0 Seleção de El Salvador. Amistoso, em San Salvador. Gols: Écio, aos 14, e Mário Tilico, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário Tilico.     

13.02.1963 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 18.485. Renda: Cr$ 3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico).

16.02.1963 - Vasco 2 x  2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Stefan Walter Glanz. Público: 29.200. Renda: Cr$ 9.652.000,00. Gols: Ronaldo, aos 32 min do 1º tempo; Sabará, aos 12, e Pelé, aos 42 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Dario, Maranhão, Barbosinha (Fontana), Sabará, Viladônega, Saulzinho, Lorico (Fagundes) e Ronaldo - Santos: Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo, Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe.

21.02.1963 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 30.539. Renda: Cr$: 6.836.249,00. Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado: Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico).  

06.03.1963 – Vasco 0 x 0 Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio e Ronaldo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 18 min do 2º tempo.

09.03.1963 – Vasco 1 x 2 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 13.444. Renda: Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado;  Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo: OBS: expulso de campo na partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não havia suspensão automática.                     

13.03.1963 - Vasco 1 x  1 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 4.106.444,00. Gol: Sabará. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana)e Dario; Écio (Maranhão) e  Lorico; Sabará (Ronaldo), Saulzinho, Célio e Mario Tilico.  

17.03.1963 - Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00. Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio, (Viladônega) e Ronaldo.

24.03.1963 – Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ . 1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes).

28.03.1963 – Vasco 1 x 1 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol: Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Vevé (Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 -  neste jogo o Vasco encerrou a sua participação na competição interestadual, tendo Saulzinho ficado de fora das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo (21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04); Vasco 1 x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos (24.04) e Vasco 1 x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só não enfrentou o Santos (16.02).  

 31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, a 1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico: Jorge Vieira. 

 09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI. Carlos Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3,  e Joãozinho, aos 14 e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS: primeiro pênalti vascaíno batido por Célio.

11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo Colo-CHI. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI. Gols: Célio (2), um em cada tempo, e Saulzinho, na etapa final. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico.

14.04.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad do Chile. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago. Juiz: Carlos Robles-CHI.  Gols: Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Mário Tilico.

27.04.1963 – Vasco 2 x 3 Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de Oliveira e Sousa, em Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Ronaldo, aos 22, e Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e Lorico; Sabará, Rodarte (Viladônega), Célio e Ronaldo.

05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade d´Abidjan- Amistoso. Estádio: Felix Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do Marfim. Público: cerca de 17.000. Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º tempo, e aos 35 da etapa final. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo.

09.05.1963 – Vasco 3 x 0 Kotoco. Amistoso, em Kumasi, em Gana.  Público: cerca de 20.000. Gols: Célio, Lorico e Fagundes. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Fagundes.

12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real Republikans. Amistoso, no Estádio Nacional Accra, em Gana. Público: cerca de 30 mil. Juiz: Frank Mils. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo.

25.05.1963 – Vasco 6 x 0 Seleção da Nigéria. Amistoso, no Estádio George, em Lagos, na Nigéria. Gols: Saulzinho (4), Célio e Lorico. Time: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e  Barbosinha; Maranhão e  Fagundes; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Ronaldo

26.05.1963 – Vasco 3 x 1 Seleção West África. Amistoso, no Liberty Stadium, em Ikadan, na Nigéria. Gols: Célio (2) e Sabará. Vasco: Humberto Torgado, Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Célio, Fagundes e Ronaldo.    

29.05.1963 – Vasco 2 x 1 Seleção da Nigéria Ocidental. Amistoso, no estádio de Lagos, na NigériaGols: Fagundes e Célio: Vasco: Ita, Joel Felicio, Brito (Russo), Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Célio e Ronaldo.

04.06.1963 – Vasco 4 x 2 Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Russo (Barbosinha) e Fontana (Dario); Écio e Lorico (Maranhão); Joãozinho, Célio (Sabará), Fagundes e Ronaldo.

07.06.1963 – Vasco 1 x 2 El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol de Lorico, no 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; João, Sabará, Fagundes (Saulzinho) e  Ronaldo.     

09.06.1963 – Vasco 1 x 1 Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol vascaíno por Sulzinho. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).  

OBS: 1 – Saulznho contava ter o treinador Jorge Vieira dirigido o time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só no primeiro tempo, segundo ele, por ter se desentendido com os cartolas, tendo o veterano lateral-direito Paulinho de Almeida, que ainda era atleta, comandado a rapaziada durante a etapa final, e devolvido o posto, no jogo seguinte, contra o português Sporting; 2 Saulzinho alegava ter marcado quatro gols e, ainda, tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963, Vasco 6 x 0 Nigéria. Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação. A bola quicou dentro do gol e voltou para o meio da área, em um lance limpo, sem qualquer impedimento, nenhum problema. Incluive, a torcida aplaudiu”.   

11.06.1963 –Vasco 0 x 3 Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de Feitas. Vasco: Humberto Torgado: Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio (Joãozinh) e Ronaoldo. 

13.06.1963 – Vasco 2 x 0 Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos 10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Écio).

16.06.1963 – Vasco 2 x 3 Mônaco.  Troféu Teresa Herrera. Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz: Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca de 26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).

19.06.1963 – Vasco 3 x 2 Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix, em Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez. Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos 35 e aos 40 min, todos no 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Joãozinho (Lorico); Sabará, Saulzinho, Fagundes e Ronaldo.           

22.06.1963 – Vasco 0 x 1 Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio: Sarriá, em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Joãozinho; Sabará, Saulzinho (Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia seguinte, rolaria o Torneio Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o Vasco escalou time reserva e foi eliminado no primeiro jogo.     

30.06.1963 - Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto; Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo, e Sabará, aos 31 da mesma fase final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS: o gol de Célio é um dos mais rápidos da história do futebol vascaíno. Ele voltava a time após quatro partidas de fora.

07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gol: Sabará. Detalhe: Joel Felício marcou gol-contra. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico.

14.07.1963 -  Vasco 5 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Maurinho, aos 7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º tempo, e Célio, aos 18 e aos 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo da ponta-direita da Seleção Brasileira da estreia de Pelé, em 1957. 

28.07.1963 – Vasco 1 x 3 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 63.168. Renda: Cr$ 17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho.     

04.08.1963 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos 25, e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio e Mário Tilico.  

10.08.1963 – Vasco 1 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: arcana-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Maurinho.   

18.08.1963 – Vasco 1 x 1 Madureira. Estádio: Conselheiro Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS: por o atleta Jalmir, do Madureira, estar inscrito, também, na Federação Fluminense de Futebol, o jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Carioca de Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no dia 25 de setembro, quando os vascaínos mandaram 2 x 1.

24.08.1963 - Vasco 0 x 0 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550. Renda: Cr$ 21.448,760,00.  Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha, Dario, Écio, Lorico, Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará.

03.09.1963 - Vasco 0 x 2 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Claudio Magalhães. Renda: Cr$ 5.326.688,00.  Vasco: Ita; Joel Felício, Brito e Dario; Ecio e Barbosinha; Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e Sabará.

06.09.1963 - Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico, aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos 20, e Célio, aos 33  min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Maurinho.

08.09.1963 – Vasco 0 x 1 Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo Cunha), Paulinho de Almeida (Joel Felício),  Fontana Russo e Juraci (Barbosinha); Maranhão e Milton; Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho (Odmar). OBS: Sulzinho e Célio não entram nesta escalação porque o treinador Jorge Vieira usou vários reservas.   

15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Sabará e Maurinho. OBS: 1 – o placar derrubou o treinador Jorge Vieira, substituído por Oto Glória, até 10 de novembro. Depois, este passou o cargo a Eduardo Pelegrini, que ficou, de  15 de novembro e 14 de dezembro; 2 - de 8 de setembro até 14 de dezembro,  último prélio do calendário-1963, Saulzinho esteve fora do time, pelas nove vezes em que Oto Glória o dirigiu, e em mais cinco sob o comando de Eduardo Pelegrini. Só voltou, em 26 de janeiro de 1964, substituindo Célio, em partida amistosa – ver ficha técnica da data.

21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. OBS: 1 - início do comando de Oto Glória, sem Saulzinho e Célio, que não atuaram, também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1 Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x 0 Portuguesa-RJ.

06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Gol: Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado: Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé, Lorico, Célio e Mário Tilico.  

09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico.    

20.10.1963 – Vasco 0 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.255. Renda: Cr$ 8.664.618,00. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Ocimar e  Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Milton.   

26.10.1963 – Vasco 2 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols: Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

03.11.1963 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito. Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

10.11.1963 – Vasco 4 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho, aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

15.11.1963 – Vasco 3 x 4 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.373. Renda: Cr$ 10.506.590,00. Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico, aos 16 min do 1º tempo, e aos 15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado “Clássico dos Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo Pelegrini, substituindo Oto Glória.    

22.11.1963 – Vasco 1 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.  Juiz: Antônio Viug. Público: 7.448. Renda: Cr$ 1.725.858,00. Gol: Mário Tilico, aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Maranhão, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS:  Maranhão na ponta-direita? Na verdade, Pelegrini armou o time no esquema tático 4-3-3, com o apoiador fechando o meio-de-campo e deixando só o Tilico e Célio mais ofensivos.

01.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz:  Gualter Portela Filho. Gols: Milton, aos 18 do 1º tempo, e Mário Tilico, aos  36 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 

07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José Monteiro. Gol: Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede.

14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Lorico, aos 14, e Mário Tito (contra), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede. OBS: Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à época não havia suspensão automática.    

                                                

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                                          TEMPORADA-1964

  O Vascoco da Gama iniciou a temporada com dois amistosos, vencendo um e empatando o outro, com times mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São Paulo, empatando, novamente. A seguir, levou dois tombos, para se recuperar com uma virada de placar, no paulistano Pacaembu, a 13 minutos do final da partida em que chegou a ter dois gols de desvantagem. Após aquele grande resultado, mais um empate e uma vitória. O time andava muito irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois e empatou um, Enfim, encerrou a sua participação no torneio interestadual com apenas duas vitórias, em nove jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14 gols. No Campeonato Carioca, apresentou-se com time forte no papel, mas ficou devendo no gramado. Terminou em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas. Seu ataque funcionou bem por 44 vezes, enquanto a defensiva bobeou em 26. Nesses jogos, Eduardo Pelegrino dirigiu a equipe nos dois primeiros compromissos. O já veterano lateral-direito Paulinho de Almeida o substituiu nas três partidas seguintes, e passou o cargo para Davi Ferreira, o Duque. Nos seis primeiros jogos da temporada, Saulzinho entrou, em quatro oportunidades, no lugar de Célio. Toda a história de 1964 ficou desse jeito:

Nesta imagem reproduzida da Revista do Esporte, vemos, em pé, da esquerda paras a direita: Ita, Joel Felício, Caxias, Maranhão, Fontana e Barbosinha; agachados, na mesma ordem: Mário Tilico, Célio, Saulzinho, Lorico e Zezinho. 

26.01.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro. Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva. 

27.02.1964 – Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Gol: Célio, aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão) e Lorico; Joãozinho (Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.     

06.03.1964 - Vasco 1 x 2 Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao Zarate. Gol: Mário Tilico aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

08.03.1964 - Vasco 1 x 1 Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Manuel Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen), aos 4 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro), Célio (Saulzinho) e Da Silva.

10.03.1964 - Vasco 1 x 2 Cerro Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol: Mário Tilico, 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton (Maurinho), Mário Tllico, Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS: primeira expulsão de campo de Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo tempo.  

14.03.1964 – Vasco 0 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Flávio de Magalhães. Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.  

21.04.1964 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Teixeira Portela Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol: Célio (pen), aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva), Mário Tilico, Célio e Ramos. OBS: pela primeira vez na temporada, Saulzinho não foi escalado.   

29.03.1954 – Vasco 0 x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico (Sabará), Célio e Ramos (Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista.

04.04.1964 – Vasco 3 x 2 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Público: Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e Lorico, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Saulzinho).

12.04.1964 – Vasco 1 x 1 São Paulo. Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico (Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho, Célio e Sabará. OBS: segundo jogo da temporada sem Saulzinho no time.      

15.04.1964 – Vasco 1 x 0 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela. Público:  18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 - o Botafogo tinha um dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com Garrincha, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da temporadas sem Saulzinho no time vascaíno.    

19.04.1964 – Vasco 0 x 0 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo Sanches. Público: 5.588. Renda: Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio (Altamiro) e Sabará (Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na temporada.    

21.04.1964 – Vasco 2 x 2 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos 42 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira (Barbosinha); Milton (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará (Ramos). OBS: 1 - quinta ausência de Saulzinho e primeira de Célio na temporada.   

23.04.1964 - Vasco 0 x 0 Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz: Elmo Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta ausência de Saulzinho. 

26.04.1964 - Vasco 1 x 0 Valério Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG. Juiz: Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima ausência de Saulzinho. 

01.05.1964 - Vasco 3 x 2  Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba. JuizKalil Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo; Célio, aos 6, e Lorico, aos 13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho), Zezinho, Célio e Sabará (Da Silva). OBS: após seis jogos sem atuar, Saulzinho voltou ao time.

03.05.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.  Gol: Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Sabará), Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde 06.09.1963 que Saulzinho e Célio não iniciavam uma partida juntos

06.05.1964 – Vasco 0 x 1 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Púbico: 2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha (Joel Felício), Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Altamiro), Saulzinho (Sabará), Célio e Zezinho.         

09.05.1964 – Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos 41 min do 1º tempo; Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e Lorico; Joãozinho, Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho desfalcou o time e Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por brigar com um adversário.        

14.06.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano Segismundo. Gol: Célio, aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício. Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo), Saulzinho, Célio e Da Silva (Altamiro).     

18.06.1964 – Vasco 2 x 1 Bangu. Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: Jorge Paes Leme. Gols: Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10 da etapa complementar. Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará (Milton). OBS: os dois times não disputavam  amistosos desde 22 de janeiro de 1944, quando os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário. Nessa retomada, público pagante (pp) e renda foram insignificantes, respectivamente, 2.093 (pp) e Cr$ 793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780 (pp) e Cr$ 619.500,00, no segundo, o que demonstrava que o torcedor carioca da época só se interessava por grandes jogos e competições famosas. 

21.06.1964 – Vasco 2 x 0 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: Mauro Guimarães. Gols: Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 32 da segunda etapa. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: primeiro gol de Saulzinho, em 1964.  

25.06.1964 – Vasco 3 x 0 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e Saulzinho, aos 18 da segunda etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton); Zezinho (Joãozinho), Saulzinho (Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS: 1 – segundo gol de Saulzinho na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito criticado pela torcida vascaína, pois o Villa não tinha torcida no Rio de Janeiro, onde só havia jogado (e perdido para o Almirante) em três longínquas ocasiões: 19 de dezembro de 1953; em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de 1930. O jogo de 1964 só teve 1.215 pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não cobriu os custos das partida. 

28.05.1964 – nesta data, em tarde de domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes, o Vasco das Gama disputou o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0 x 0 América e sendo eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou e o time vascaíno alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão e Milton; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. 

04.07.1964 – Vasco 1 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Da Silva.

12.07.1964 – Vasco 2 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Célio, aos 5, e Joãozinho, aos  33 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: após cinco partidas, a dupla Saulzinho-Célio era interrompida. 

19.07.1964 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho continuou de fora

23.07.1964 – Vasco 1 x 2 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: foi neste jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os vascaínos eram os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de novembro de 1958. Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo: “Não montei na zebra”.    

25.07.1964 – Vasco 0 x 2 Nacional-URU. Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU. Público: 13.286. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e Pereira; Zé Carlos (Maranhão) e Lorico; Altamiro, Mário Tilico, Célio (Joãozinho) e Zezinho (Saulzinho).  

09.08.1964 – Vasco 3 x 3 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos 43 minutos do 1º tempo, e Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha Fontana, Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da Portuguesa-RJ e a “pisada na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que foi substituído pelo antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não esteve presente nas duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate cruzmaltino, por 3 x 3, na temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu.   

13.08.1964 – Vasco 3 x 0 Porto-POR. Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 20.914. Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min do 1º tempo; Saulzinho, aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Alcir Portela; Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro) e Da Silva. OBS: pela primeira vez na temporada, Célio desfalcava o time.               

16.08.1964 – Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz: Joé Monteiro. Público: 6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho, aos 24, todos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da Silva.     

19.08.1964 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Federico Lopes. Público: 290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo Cunha;  Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.  

23.08.1964 -  Vasco 2 x 1 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico, aos 31, ambos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.

27.08.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Gol: Célio (pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo Cunha apresentou duas falhas inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do Amparo, saiu de campo aplaudido pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a careira naquele momento. Depois daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia.     

30.08.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-GO. Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Cândido de Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Alcir); Zezinho, Mário Tilico (Altamiro), Célio e Ronaldo.   

01.09.19674 – Vasco 1 x 0 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis (Miltão); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ramos. 

06.09.1964 – Vasco 2 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17 da segunda etapa.  Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 

13.09.1964 – Vasco 1 x 0 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo voltava a ser escalada. 

20.09.1964 –Vasco 0 x 0 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: esde o início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O segundo havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo.

27.09.1964 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 54.626. Renda: Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen), aos 39 min do 1º tempo e aos 41 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: a renda foi citada para efeitos históricos e porque o América da época era “grande” no futebol lcarioa.  

01.10.1964 – Vasco 2 x 0 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de junho de1963, em Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, que Saulzinho e Célio não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele dia, Célio bateu na rede a 1 minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º tempo.

04.10.1964 – Vasco 2 x 2 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 8.407. Gols: Mario Tito (contra) aos 11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não fazia parte do dos ‘grandes” cariocas.   

07.10.1964 – Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e Mário Tilico, aos 11, um em cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

11.10.1964 – Vasco 1 x 0 Paysandu-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Fernando de Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da partida é chamado por “Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O homenageado é um ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico Vasques.   

14.10.1964 – Vasco 3 x 1 Tuna Luso-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Sena Muniz. Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais (contra), aos 12, e Zezinho, aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão); Massinha, Caxias, Fontana (Russo) e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho).

17.10.1964 – Vasco 3 x 2 Remo-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA. Juiz: Antônio Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º tempo, e Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel Felício), Caxias, Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o Paraguai. O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré. 

18 de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2 Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo. Gols: Célio, Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: o Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor país sul-americano e que teve colonização holandesa.

20.10.1964 – Vasco 1 x 1 Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR. Gol: Célio. Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS: terceira vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu Célio.   

25.10.1964 – Vasco 4 x 2 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e aos 26, e Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

31.10.1964 – Vasco 4 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da etapa final, e Saulzinho, aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 

07.11.1964 –Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

13.11.1964 – Vasco 5 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols: Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5 do 1º (pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

15.11.1964 – Vasco 2 x 0 Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César. Gols: Mário é aos 28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, (Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Clemente) e Zezinho (Da Silva). OBS: em 1964, o adversário vascaíno chamava-se Porto Alegre e só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987. Duas temporadas depois, trocou de nome, adotando o de sua cidade.   

22.11.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.  

29.11.1964 – Vasco 3 x 1 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e Maranhão, aos 41 min, todos do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Zezinho, Célio e Da Silva. OBS: após seis escalações sucessivas, o treinador Ely do Amparo separou a dupla Saulzinho-Célio.                 

06.12.1964 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho, aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho.

12.12.1964 – Vasco 1 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.      

                       

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                                           TEMPORADA 1965

  Nada melhor do que iniciar campanha carregando um caneco. Fez a dupla Saulzinho-Célio, vencendo o seu primeiro desafio do calendário-1965, o I Torneio Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 21 de janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol Atlético de Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo.

 O Almirante arrancou para o título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de Célio (2) e de Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões, durante a noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de 59.814 pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era vice-campeão carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente cruzmaltinos que vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé Moreira. Mas nada daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez grande final,  goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho e Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida.

FOTO Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Mário Tilico, Saulzinho, Célio, Lorico e Zezinho (agachados, na mesma ordem|). 

 

Após conquistar aquela competição, o Vasco da Gama saiu para fazer nove amistosos longe de São Januário, os chamados “me dá um dinheiro aí”, apelidados, também, por “caça-níqueis”. Em todos, o treinador Zezé Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o paulista marcado cinco tentos e o gaúcho dois.

 A seguir, o Torneio Rio-São Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de Célio - contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os dois artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols marcados, em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na competição teve 10 times divididos em dois grupos regionalizados, em turno único, com prélios dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e com fase final de oito equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco da Gama totalizou os mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa, pelo saldo de gols. Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16 compromissos.

 A próxima competição que deveria ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso acontecer. Naquela temporada em que tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a Federação Carioca de Futebol criou um torneio para o campeão ser o seu representante na Taça Brasil, disputada por campeões regionais e abriando vaga à Taça Libertadores da América. O tchê, no entantonão atuou nesta disputa, só voltando a jogar durante a estreia vascaína no Campeonato Carioca (ver ficha técnica, adiante), passados 25 dias após o final da Taça GB.

 Disputada, inicialmente, por seis times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama, com americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve, depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas, a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma, totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante, teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6 gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e Paulistinha (Botafogo/contra) fizeram a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos recordes de público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na final. 

Caneco na prateleira da Colina, Saulzinho e Célio, depois, foram disputar  o Torneio Início do Campeonato Carioca-1965, no Maracanã, um festival de futebol antecedendo à primeira rodada do Estadual - jogos de 15 minutos, por etapa, e final em tempo dobrado. Eles rolaram a bola no 7 de setembro, jornada de responsabilidades extras para Saulzinho. Escolhido batedor de pênaltis do time (em caso de empates), ele fez o “dever de casa”, em Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ, transformando-o em Vasco 3 x 0 - o centroavante Benê levou as glórias da partida seguinte, mas, na terceira, a viagem do Almirante ficou pelo caminho, sem o Saul em campo.  

 Para encerrar a temporada, o Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito de ter vencido a I Taça Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar, a Revista do Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 - circulou com chamada de capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time do Vasco”. Para a semanária, a empolgação dos cartolas pelo título conquistado em setembro fizera o clube desconsiderar os alertas do treinador Zezé Moreira, para quem o “a equipe não estava certinha, sem qualquer ponto falho”. Tinha razão o Seu Zezé. O seu time perdeu, surpreendentemente, muitos pontos e despediu-se da disputa pela faixa de campeão - grande projeto do presidente Manoel Joaquim Lopes -, exatamente, por não ouvir o seu treinador. Além disso, a revista pôs na conta dos insucessos vascaínos a missão de disputar a Taça Brasil, estafando Saulzinho, Célio e toda a rapaziada por duas frentes de batalhas.

 Na verdade, a Revista do Esporte exagerava. Após os 2 x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo oficial uma semana depois (12.09). O terceiro prélio do mês rolou após mais uma semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro, respectivamente, entrou na Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x 0) e, depois, decidir a competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º e 8 de dezembro, quando Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do Campeonato Carioca, só mesmo 0 x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por surpresa. Os tropeços ante Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense – 1 x 2 (07.11) – e Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por terem sido em clássicos em que a lógica nunca prevalece.

Saulzinho e Célio terminaram o Campeonato Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco somando 15 pontos, de sete vitórias, um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14 jogos, com seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro partidas -  contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso (24.10) e Fluminense (07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com sete gols – diante de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e Bonsucesso. Já o gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a classificação de 1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e Madureira à Divisão de Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação Carioca de Futebol.

A Taça Brasil marcou a despedida de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante do Santos-SP, durante a noite do 1º de dezembro de 1965, no paulistano Pacaembu, encerrando, também, a parceria dele com Célio que, por sinal, foi o artilheiro do time naquela disputa, com três gols, em quatro jogos. Saulzinho não renovou contrato, ao final de 1965, porque a sua mulher não se dava bem no Rio de Janeiro. Preferiu voltar para Bagé, onde encerrou a carreira, defendendo, mais uma vez, o Guarany local. Concluiu a sua história vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando em dois jogos - outro na semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio dos Aflitos, em Recife, nos 2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em campo no decorrer da partida, substituindo Luizinho Goiano.

 Em sua despedida do Vasco da Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho Saulzinho comemorou, com um abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo sobe os santistas, quando o parceiro ainda não sabia que aquele seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano); Zezinho, Saulzinho, Célio e Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho.

 Antes daquele prélio, Saulzinho havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos em amistosos contra o português Benfica e o piauiense River. O penúltimo, testemunhado por 37.383 pagantes, aos 28 minutos do amistoso, abrindo o placar, em chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à esquerda do goleiro Costa Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último gol vascaíno foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo Monteiro, da piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e bateu na rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas técnicas de 1965.

Quanto ao duelo Saulzinho x Eusébio, que era considerado um dos principais atacantes do planeta, aconteceu durante a efervecentre de badalações dentro do IV Centenario carioca. Todos queriam homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o Vasco da Gama que, para tal, convidou o Benfica para um prélio de confraternização dos portugueses com a colônia luso-brasileira, em 8 de julho de 1965, quando o Maracanã recebeu 38.838 pagantes para o amistoso Vasco x Benfica, base da seleção portuguesa, com 10 titulares do time que, em 1966, ficaria em terceiro lugar na Copa do Mundo disputada na Inglaterra.

 O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado - Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa; do outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós -  auxiliado por Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de lado a defender e mandou as feras se pegarem.

 O Benfica começou  melhor  e assim o foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos os setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava. Até os 27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu time. No minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades da área fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de pé direito, pelo alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar. O presidente vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube vencendo o bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira, pois os patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a coisa seria bem complicada.

 A farra do Almirante durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando a pelota foi ao pés de Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque português bateu na pelota  à meia altura, com muito efeito, iludindo o  gaúcho Gainete, concunhado de Saulzinho e que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver a bola chutada por Eusébio indo para fora.

 Para o segundo tempo, os portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no intervalo, enquanto o Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e mandar Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares e, quando os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas ficou só por aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto o anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou. Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de Cr$ 56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho.

Confira tudo o que os dois artilheiros escrevram durante a temporada-1965:

17.01.1965 - Vasco 3 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00. Gols: Célio (pen), aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39,  da mesma etapa final. Vasco:  Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: 1 - o Muro de Berlim que dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II Guerra Mundial, só caiu em 1989, quando os orientais deixaram de ser da República Democrática Alemã; 2 - no segundo semestre de 1965, no mesmo Maracanã, houve um segundo torneio homenaageando o IV Centário do Rio de Janeiro, com a participação do Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a seleção paraguaia.

21.01.1965 - Vasco 4 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques. Público: 59.814. Renda: Cr$ 58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos 42 do 1º tempo, e Saulzinho, aos 24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Joãozinho), Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados juntos por Saulzinho e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no México e do Chile-1963 e o paraense Francisco Vasques, em 1964.  

24.01.1965 – Vasco 1 x 0 Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz: Adalberto Silva. Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco:  Ita (Lévis); Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro), Célio (Quincas) e Zezinho. OBS: forte chuva obrigou o árbitro a encerar o amistoso aos 15 minutos do segundo tempo.

26.01.1965 - Vasco  4 x 1 Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14; Célio, aos 22 min do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho.

31.01.1965 - Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ. Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: José Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho (Joãozinho), Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho.

04.02.1965 - Vasco 3 x 1 Sport Recife. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: Cr$ 2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo; Célio, aos 12, e Lorico, aos 30  min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial do estádio.

07.02.1965 - Vasco 2 x 0 Santa Cruz-PE. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: 6.387.200,00.  Gols: Luizinho Goiano, aos 2 e aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.

10.02.1965 - Vasco 1 x 1 Náutico. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes Torres. Renda: Cr$ 4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel  Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e Lorico, Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto título cruzmaltinado conquistado por Saulzinho e Célio.

14.02.1965 – Vasco 1 x 3 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário Tilico, aos 46 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.    

20.02.1965 – Vasco 2 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho, aos 27 do 1º tempo, e Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico (Qincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.   

07.03.1965 – Vasco 1 x 4 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público: 39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Lorico (Saulzinho), Célio e Zezinho.        

14.03.1965 - Vasco 0 x 1 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS: Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo.

17.03.1965 -  Vasco 2 x 0 Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz: Teodorico Rodrigues. Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos 43 da etapa final. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio (Mário Tilico) e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como meia nesta escalação, mas o treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3, fechando o meio-de-campo, pois ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o estádio é chamado, também, por Baenão, por se localizar na Travessa Antônio Baena, da capital paraense.     

24.03.1965 – Vasco 4 x2 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols: Joel Felício, aos 10; Maranhão, aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e Zezinho, aos 22 da etapa final. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho (Da Silva).  

04.04.1965 – Vasco 3 x 0 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico, aos 37 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. OBS: uma das maiores vitórias de Saulzinho e Célio, pois o Santos tinha time fortissimo que chegou a pentacampeão da Taça Brasil. Naquele dia, alinhou: Laércio; Ismael (Olavo), Joel, Modesto e Geeraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), treinado por Luiz Alonso Perez, o Lula.

07.04.1965 – Vasco 2 x 1 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público: 16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21, e Luizinho Goiano, aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho

10.04.1965 – Vasco 0 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho (Nivaldo), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.

14.04.1965 – Vasco 4 x 0 América-RJ. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols: Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio, aos 24 da etapa inicial e aos 9 min da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Nivaldo) e Zezinho (Da Silva).

17.04.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

21.04.1965 -  Vasco 1 x 1 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: José Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão); Joãozinho (Aloísio), Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva (Walmir). 

24.04.1965 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Célio e Zezinho.   

02.05.1965 – Vasco 2 x 3 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Albino Zanferrari. Público: 40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols: Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Oldair, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho (Joãozinho). OBS: durante a década-1960, divulgava-se a formação do meio-de-campo só com dois homens. No entanto, já se usava três, como Oldair entra nesta formação. 

05.05.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen), aos 3 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio (Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4 - Vasco 3 x 0 Santos – e no 5 do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho.

09.05.1965 – Vasco 1 x 4 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos 31 do 2º tempo. Vasco: Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano (Benê), Célio e Zezinho

16.05.1965 -  Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$ 4.137.500,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano (Araken), Célio (Benê), Mário Tilico e Zezinho.

20.05.1965 - Vasco 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando Marques. Público: 11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho (Saulzinho). OBS: Saulzinho e Célio não participaram das quatro partidas seguintes: 23.05 - Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x 2 Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x 0 Criciúma-SC e 03.06.1965 -  Vasco 1 x 4 Santos, amistosas.

06.06.1965 – Vasco 1 x 1 Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ. Juiz: Almir Salini. Gol: Mário Tilico (pen), aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho.

10.06.1965 – Vasco 1 x 0 Vila Nova-GO. Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Gol: Zezinho, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho.

13.06.1965 – Vasco 0 x 1 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e Zezinho. 

17.06.1965 – Vasco 7 x 2 Combinado de Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Manuel Luís Bastos. Gols: Mário Tilico, aos 10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos 23 e aos 13 do 1º tempo; Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari); Oldair (Maranhão) e Lorico; Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo) e Zezinho.         

20.06.1965 – Vasco 4 x 0 Nacional-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Carlos Amato. Gols: Luizinho Goiano, aos 12, Saulzinho, aos 30, Mário Tilico, aos 32 min do 1º tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício (Ari), Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico; Luizinho Goiano (Maranhão), Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém) e Zezinho.        

24.06.1965 –Vasco 3 x 0 Bahia. Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves. Gols: Mário Tilico, aos 28, Saulzinho, aos 37 min do 1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Caxias), Saulzinho, Mário Tilico (Benê) e Zezinho.  27.06.1965 – Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz: Nivaldo de Oliveira. Gols: Mário Tilico, aos 2 do 1º, e Saulzinho, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felicio (Ari), Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho.  

29.06.1965 – Vasco 2 x 1 Ceará. Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE. Gols: Joel Felício e Mário Tilico, ambos no 2º tempo. Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho.  

08.07.1965 – Vasco 1 x 1 Benfica-POR. Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 37.838. Renda: Cr$ 56.258.660. Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair): Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho, Mário Tilico e Zezinho.

14.07.1965 – Vasco 5 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.397. Renda: Cr$ 8.303.309.00. Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano, aos 34 min do 1º tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa. Vasco: Gainete (Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: volta de Célio ao time, após 13 jogos de fora. 

22.07.1965 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 44.990. Renda: Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos 7 min do 2º tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do primeiro tempo, por desentender-se com o rubro-negro Fefeu.

28.07.1965 – Vasco 1 x 0 América-RJ. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta partida porque ainda não havia suspensão automática.  

01.08.1965 – Vasco 4 x 1 Tupi-MG. Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz de Fora-MG. Juiz: Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do 2º tempo, e Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel Felício), Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico (Bonin); Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e Zezinho. 

07.08.1965 – Vasco 3 x 1 Bangu. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 27.657. Renda: 14.476.240,00. Gols: Mário Tilico, aos 34 do 1º e aos 4 do 2º, e Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

11.08.1965 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 48.557. Renda: Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 

21.08.1965 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos 44 do 1º e aos 24 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

25.08.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Público: 34.368. Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 

 29.08.1965 - Vasco 4 x 0 River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no Piauí. Gols: Mário Tilico, aos 24 do 1º; Oldair (pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Ari, Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin (Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará,  Rio Grande do Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0 Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club; 29.08.1965 – Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE; 14.01.1962 -  Pernambuco - Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama  6 x 0 CRB-AL; 27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia.

05.09.1965 – Vasco 2 x 0 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 115.064. Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º, e Paulistinha (contra), aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e ZezinhoOBS: 1 - Vasco campeão invicto da I Taça Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como seis gols: contra Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista Futebol e Outros Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol consideraria o seu campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe representaria na Taça Brasil e a revista Manchete estampou: “Vasco  campeão do IV Centenário do Rio de Janeiro”. O Flamengo, no entanto, reivindica o título, por ter vencido o Estadual. FOTO DA MANCHETE

07.09.1965 – Torneio Início do Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ. Juiz: Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis: Vasco 3 x 0, com Saulzinho cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins. Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1 Flamengo. OBS: Saulzinho não atuou nesta partida em que defesa e meio-de-campo não mudaram em relação aos dois jogos anteriores, enquanto o ataque teve Rubilota em sua vaga.

19.09.1965 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio, Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a estreia vascaína no Estadual.

26.09.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana (Silas) e Oldair; Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado para atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira.  

 02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols: Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: inauguração do Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade do adversário.

09.10.1965 - Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol:  Mário Tilico. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.  

17.10.1965 - Vasco 2 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 43.216. Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos 31 min do 2 tempo.  Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

24.10.1965 - Vasco 0 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.  

30.10.1965 - Vasco 4 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do 1º; Célio, aos 5 do 2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

03.11.1965 – Vasco 2 x 2 Náutico-PE. Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE. Juiz: Armando Marques. Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio, aos 44 do 1º e aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Zezinho.     

07.11.1965 - Vasco 1 x 2 Fluminense. Cmpeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 8.171. Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol: Célio, aos min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho.

14.11.1965 - - Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols:  Lorico, aos 6; Célio, aos 18, e Telê Santana, aos 28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 

21.11.1965 - Vasco 1 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes, aos 6 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 

28.11.1965 - Vasco 0 x 1 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.  Juiz: Armando Marques. Público: 73.243. Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes.  

 04.12.1965 - Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. OBS: Célio não atou nessa partida..

12.12.1965 - Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca.  Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.108.000. Gols: Oldair, e Célio,  aos 18 min do 1º tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico. Vasco: Gainete (Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS: Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por Tião Cavadinha.

15.12.1965 - Vasco 2 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e Danilo Menezes. Vasco: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião.

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                                   GOLS MAIS BONITOS           

  Saulzinho considerava estes os seus maiores golaços, sem estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro:

 1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o Torneio Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou ter sido o gol mais bonito de sua carreira: Contou: O Sabará fez um cruzamento, da direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista mexicana Futbol”.

FOTO DO GOL DE BICICLETA

2 - Em 1954, estreava, como atleta profissional, em Bagé x Nacional, de Porto Alegre, amistosamente. Faltavam 10 minutos para o final da partida, quando o treinador Francisco Brochado mandou-o entrar, pela ponta esquerda. Lá pelas tantas, o ponta-direita Camacho, em grande velocidade, passou pelo marcador, foi à linha de fundo e centrou para a área. “A bola tocou no chão, a amaciei, no peito e, de costas para o gol, apliquei uma bicicleta. Um golaço, em meu primeiro lance no jogo que terminou 1 x 0 para nós. Eu estava com 17 de idade”.

2 - Era 1956 e ele defendia o Guarany, diante do Bagé, quando rolou nova jogada com participação de Camacho que, perto da linha de fundo, cruzou a bola para a frente da grande área. “Eu estava no lugar certo para apará-la, com uma das coxas. Antes de deixá-la cair ao chão, chutei, entre dois zagueiros, para a pelota passar sobre a cabeça do goleiro. Eram jogados 13 minutos do segundo tempo e aquele único tento da partida valeu o título municipal à nossa equipe”.

3 -– Enfrentava o Flamengo, pelo Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os vascaínos pressionando pelo empate. "O Coronel (lateral-esquerdo) chutou a bola para a área rubro-negra, entrei na jogadas, de carrinho, desviando a pelota para o canto oposto ao que o goleiro Fernando esperava. Foi o gol do empate".

4 – O Vasco da Gama  estreava no Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso (01.07. 1962), com dois gols dele, que narrou este lance assim: "O Joãozinho (ponta-direita) apanhou a bola pela intermediária deles, a conduziu até a lateral da grande área e fez o centro pelo alto. Quando a pelota caía, pela altura da marca do pênalti, mandei o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo fulminante, sem que o goleiro pudessem nem tocá-la. Foi um gol, realmente, sensacional e que valeu instantes de delírio para a nossa torcida".

5 – Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu (04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato Carioca: "Houve um chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre indecisos Mário Tito e Zózimo, e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol. Formou-se jogada de incertezas, de parte a parte, e eu cheguei a passar da bola. No entanto, improvisei uma bicicleta, tocando na pelota com o bico da chuteira, num impulso firme que terminou em gol”.

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                                     VIDA DO CRAQUE

   Casado, com Marilu, o goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia dormindo oito horas diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69 se abusasse um pouco do garfo, principalmente do seu prato predileto, o churrasco gaúcho, bem tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que chegara ao Rio de Janeiro, pois gostava da praia do bairro.

Na época desta foto, Saulzinho ainda era noivo de Marilu 

Devoto de Nossa Senhora Aparecida, o católico Saulzinho fazia as suas orações antes dos jogos, pedindo proteção física, por ser muito visado pelos zagueiros, que temiam as suas chuteiras, de número 39, sempre perigosas. Embora fosse considerado baixinho para um centroavante, ele não via problemas com a fita métrica e brincava:  “Não encolho quando tenho de enfrentar becões grandalhõs e durões”.

Quando desembarcou em São Januário, em 1961, com os seus olhos verdes claros admirando muito as belezas cariocas, Saulzinho usava os seus cabelos castanhos claros mais curtos do que em 1964, quando já cultivava uma cabeleira mais à moda da efervecente década-1960. Mantinha o hobby de colecionar flâmulas e distintivos de clubes, do que corria atrás, durantes as excursões vascaínas, e tinha uma variada coleção de blusões. Depois do futebol, o seu esporte preferido era o basquete, mas o cinema era o seu passatempo predileto, sendo fã do ator norte-americano Paul Newman.

 Por ter nascido na gaúcha Bagé - 31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom relações públicas de sua terra, no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de louvar os encantos do seu pedaço e dizia que, “quando as pernas não dessem mais par correr”, voltaria, depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o que, realmente, o fez. 

 Saulzinho começoua a carreira pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de idade. Em 1955, mais encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal agremiação, ganhando Cr$ 700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm de altura, encarar zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como garantira, em entrevista, também,  à Revista do Esporte -  Nº 122, de 8 de julho de 1961, na qual estivera na capa: “Na luta contra os zagueirões altos, dentro da área, compenso o que me falta (mais altura) com boa colocação e impulsão”. Realmente, fato visto durante os jogos vascaínos que faziam os repórteres concluírem que ele supria a falta de centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a lutaDe sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não  precisa ser nenhum gigante”.

                                                                             13

                                                             SAULZINHO x GARRINCHA

   Saulzinho disputou quatros jogos contra o maior nome do futebol carioca de sua época, o ponta-direita Garrincha, do Botafogo, também apelidado por Mané Garrincha, por ser Manoel. O último, em 1965, mas tudo começa no 19 de novembro de 1961, com goleada botafoguense, por 4 x 0, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Tempos em que os botafoguenses tinham um dos melhores times do planeta, rivalizando, no Brasil, só com o Santos, de Pelé. Time de feras, feríssimas: Manga, Rildo, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagallo, sete titulares que formavam quase uma Seleção Brasileira, dispondo, ainda, de Zé Maria, Chicão, Airton e Amoroso, reservas  nunca  convocados pela CBD, mas de muito bom nível técnico – ver Vasco do dia na ficha técnica da temporada.

 Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual, e no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o Garrincha no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção Brasileira da conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais um apelido dele) ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à sua torcida a expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois foi o Saulzinho quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse marcado o gol da vitória – ver fichas técnica de 1962.

 Exatos quatro meses depois, em 4 de novembro, Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo returno do Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.  Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira  e Marinho Rodrigues usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962.

 O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20 de maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o placar de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno  Zezé Moreira só mandou o tchê à cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel Felício, Brito e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio, Mário Tilico e Zezinho (Saulzinho).                                                                           

                                                     SAULZINHO E PELÉ

 O duelo do camisa 9 vascaíno com o camisa 10 santista só aconteceu em duas oportunidades, ambas pelo Torneio Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2 x 2 Santos, em 16 de fevereiro de 1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de 1965.

 Na primeira delas, assistida por perto de 30 mil almas, o tchê  não foi a rede, mas o “Rei do Futebol” bateu nela, por duas vezes, e em grande estilo. Por sinal, história muito contada. Quando o Almirante tinha 2 x 0 de frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o 10 santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram boa resposta:  a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a bola no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a para a sua mãe. É presente do Rei”.

 O Vasco, que se deu mal mexendo com a fera, alinhou: Ita; Joel Felício, Brito, Dario e Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge Vieira. O Santos, de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro Ramos, Calvet e Zé Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe.

  - Naquela noite, um conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de Janeiro e aproveitou para rever o velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final (da partida), pegou um táxi e falou pro  taxista: ‘Que bom. Vi o meu velho amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o rapaz surpreendeu-lhe, dizendo que o jogo terminara em 2 x 2”, contou o Saulzinho.

 Capa montada atendendo pedido de leitor da Revista do Esporte (ler abaixo)

O segundo Saulzinho x Pelé foi tarde de grandecíssima glória para o artilheiro cruzmaltinom, diante de 42.250 pagantes. Oo ponta-direita Luizinho Goiano (Luiz Oliveira e Silva) abriu o placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar de bater o Peixe (apelido do Santos), aos  83 e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que escalou: Gainete; Jol Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho – a turma do “Rei” fora: Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), ainda comandados por Lula. 

O primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé está registrado por jogo 2.055 do Almirante e o segundo por 2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o futuro “Rei do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já havia ocorrido um encontro dos dois artilheiros, no  Estádio Antônio Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado Guarany/Bagé x Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e Calvet para os anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica, Ataíde e Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O Santos foi:  Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros, sem público pagante conhecido.

                                    14 - SELEÇÃO BRASILEIRA

 A temporada-1966 marcou a oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete nacional, durante a Taça Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a Federação Gaúcha de Futebol de formar equipe para representa-la diante dos chilenos. Tendo por treinador de campo Carlos Froner (oficialmente, o cargo era de Fernando Brunelli), o já ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer do segundo tempo de dois prélios, substituindo David (cunhado de Pelé).

Com o time usando, em ambas as vezes, camisa canarinha, calção azul e meiões brancos, em 17 de abril, o Brasil venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo, aos 18 minutos (73, para a FIFA) do segundo tempo. No segundo, no Estádio Sausalito, o mesmo em que o time canarinho havia jogado a maior parte de suas partidas da Copa do Mundo-1966, em Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima arbitragem do mesmo Howley que validou gol ilegal dos chilenos -  a bola não entrou, Ari Hercílio a cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o prélio cinco minutos antes do tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda poderiam empatar. Confira as fichas técnicas das duas partidas:

Sulzinho (D) fardado pela CBD, com Áureo (E) e Sérgio Lopes (C)

17. 04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em Santiago do Chile. Árbitro: Kevin Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol: João Severiano, o Joãozinho, aos 15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir. Técnico: Carlos Froner.

20.05.1966 – Brasil 1 x 2 Chile – Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça O´Higgins – Árbitro: Kevin Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols: Joãozinho, aos 19 min do 1º tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do 2º tempo. Brasil:  Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira). Técnico: Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste selecionado pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense - Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano, Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá; Brasil; Brasil de Pelotas - Birinha; Guarani de Bagé - Didi Pedalada e Saulzinho; Rio Grande - Lambari; Aymoré - Jadir e Joaquim.   

                                              15 -  BARBANTEIRO

  Quando o tchê Sasulzinho vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente, ele sacudia o barbante. As redes aina nã era de náilon.

 Mais de meio-século antes, na Inglaterra, de onde o futebol bateu asas e voou para o restante do planeta, não havia rede. Só muita discusão entre torcedores, se a bola entrou, não entrou. Para acabara com os bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie criou a rede, em 1889. Mas ficou na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada fez um jogo-teste pra ver se a invenção daria certo – deu!

 Foi na cidade de Nottingham que o primeiro goleiro - chamava-se Geary - foi  “buscar a pelota no fundo da rede” - como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante produzidas do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o grande avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas - sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em 1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes branquinhas, evidentemente, criado pelos narradores esportivos.

 No futebol carioca, já nos tempos de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma rede de náilon foi o goleador Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960. De Norte a Sul do Brasil, tchê Saulzinho balançou a rede em todas as regiões brazucas. Há estados, porém, em que ele nunca o fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande do Norte. Os cariocas São Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e Fluminense (4) foram os times que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS, saiu em 90 oportunidades pro abraço. Eis os times que ele mandou o goleiro buscar a bola no barbante:

Alajuelense-CRICA (1); Al-Merreikh-SUD (1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2); Atlético-GO (1); Bahia-BA (2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1); Bonsucesso-RJ (4); Campo Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará Sporting-CE (1); Colo-Colo-CHI (1); Combinado de Brasília (1); Combinado IFK Mamô-Malmô FF (1); Combinado Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de Manaus-AM (2); CRB-AL (1); Dalarna-SUE (2); EIK-NOR (3); Elche-ESP (2); Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3); Fluminense-RJ (4); Frem-DIN (2); Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1); Málaga-ESP (1); Mônaco-MON (1); Moto Clube-MA (1); Nacional-AM (1); Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2); Porto-POR (1); Portuguesa-RJ (3); Rio Branco-ES (1); River-PI (1); São Cristóvão-RJ (6); São Paulo-SP (1); Santa Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan- CMarfim (3); Sport-PE (1); Seleção da Nigéria (4); Uberlândia-MG (2); Vila Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1).

                                         16 – TODOS OS JOGOS E GOLS DE SAULZINHO

                                

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

16-abr-1961

2x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

2

22-abr-1961

0x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

3

01-mai-1961

2x1

Santa Cruz-PE

Amistoso

 

 

0

4

05-mai-1961

3x1

América-MG

Amistoso

 

1

1

5

07-mai-1961

0x0

Uberaba-MG

Amistoso

 

 

1

6

10-mai-1961

2x2

Uberaba-MG

Amistoso

 

 

1

7

27-mai-1961

2x0

St. Pauli (ALEMANHA)

Amistoso

 

 

1

8

30-mai-1961

3x2

Alemannia Aachen (ALEMANHA)

Amistoso

 

 

1

9

1-jun-1961

11x0

Comb. Freidig-Rosenborg (NORUEGA)

Amistoso

 

3

4

10

4-jun-1961

10x0

Eik (NORUEGA)

Amistoso

 

3

7

11

6-jun-1961

2x0

Comb. Skeid-Lyn (NORUEGA)

Amistoso

 

 

7

12

11-jun-1961

4x1

Frem (DINAMARCA)

Amistoso

 

2

9

13

14-jun-1961

4x1

Comb. IFK Malmö-Malmö FF (SUÉCIA)

Amistoso

 

1

10

14

18-jun-1961

4x2

Seleção de Dalarna (SUÉCIA)

Amistoso

 

2

12

15

21-jun-1961

8x1

Bodens (SUÉCIA)

Amistoso

 

1

13

16

27-jun-1961

1x1

Comb. Hammarby-Djurgarden (SUÉCIA)

Amistoso

 

 

13

17

09-set-1961

0x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

18

16-set-1961

0x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

19

21-set-1961

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

20

30-set-1961

1x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

14

21

04-out-1961

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

22

08-out-1961

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

23

14-out-1961

0x3

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

16

24

1-nov-1961

2x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

1

17

25

12-nov-1961

1x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

26

19-nov-1961

0x4

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

27

25-nov-1961

2x0

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

28

01-dez-1961

3x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

29

06-dez-1961

2x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

30

09-dez-1961

0x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

31

14-jan-1962

1x0

Santa Cruz-PE

Amistoso

 

1

18

32

17-jan-1962

2x0

Bahia-BA

Amistoso

 

 

18

33

21-jan-1962

6x0

CRB-AL

Amistoso

 

1

19

34

24-jan-1962

4x0

Ceará-CE

Amistoso

 

 

19

35

28-jan-1962

3x0

Moto Club-MA

Amistoso

 

1

20

36

31-jan-1962

3x1

Ferroviário-CE

Amistoso

 

3

23

37

25-fev-1962

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

24

38

10-mar-1962

4x3

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

26

39

21-abr-1962

1x1

Seleção de Brasília-DF

Amistoso

 

1

27

40

01-mai-1962

4x1

Vila Nova-GO

Amistoso

 

1

28

41

06-mai-1962

5x0

Uberlândia-MG

Amistoso

 

2

30

42

10-mai-1962

3x0

Maringá-PR

Amistoso

 

 

30

43

13-mai-1962

2x1

Portuguesa-SP

Amistoso

 

 

30

44

20-mai-1962

3x1

Santa Cruz-MG

Amistoso

 

2

32

45

1-jul-1962

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

34

46

8-jul-1962

3x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

47

15-jul-1962

0x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

48

21-jul-1962

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

49

04-ago-1962

1x0

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

50

12-ago-1962

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

51

19-ago-1962

4x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

36

52

26-ago-1962

3x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

3

39

53

02-set-1962

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

54

09-set-1962

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

55

16-set-1962

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

56

21-set-1962

7x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

57

30-set-1962

1x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

58

06-out-1962

3x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

44

59

14-out-1962

1x3

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

45

60

21-out-1962

3x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

46

61

4-nov-1962

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

46

62

10-nov-1962

5x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

63

15-nov-1962

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

1

48

64

18-nov-1962

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

49

65

25-nov-1962

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

66

02-dez-1962

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

67

09-dez-1962

1x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

68

14-dez-1962

3x3

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

50

69

6-jan-1963

4x0

Alajuelense (COSTA RICA)

Amistoso

 

1

51

70

10-jan-1963

1x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

1

52

71

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

52

72

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

1

53

73

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

53

74

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

53

75

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

53

76

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

77

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

78

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

79

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

54

80

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

 

54

81

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

 

54

82

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

55

83

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

 

55

84

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

3

58

85

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

 

58

86

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

58

87

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

4

62

88

7-jun-1963

1x2

Al-Hilal (SUDÃO)

Amistoso

 

 

62

89

9-jun-1963

1x1

Al-Merreikh (SUDÃO)

Amistoso

 

1

63

90

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

63

91

13-jun-1963

2x0

Málaga (ESPANHA)

Amistoso

 

1

64

92

16-jun-1963

2x3

Monaco (FRANÇA)

Troféu Teresa Herrera

 

1

65

93

19-jun-1963

3x2

Elche (ESPANHA)

Amistoso

 

2

67

94

22-jun-1963

0x1

Espanyol (ESPANHA)

Amistoso

 

 

67

95

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

2

69

96

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

97

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

98

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

99

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

100

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

69

101

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

69

102

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

103

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

104

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

105

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

106

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

107

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

108

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

 

69

109

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

110

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

111

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

69

112

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

69

113

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

1

70

114

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

1

71

115

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

71

116

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

71

117

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

71

118

13-ago-1964

3x0

Porto (PORTUGAL)

Amistoso

 

1

72

119

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

120

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

121

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

122

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

73

123

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

73

124

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

73

125

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

126

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

127

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

128

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

73

129

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

2

75

130

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

76

131

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

76

132

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

77

133

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

 

77

134

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

135

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

136

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

137

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

 

77

138

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

79

139

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

 

79

140

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

1

80

141

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

80

142

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

81

143

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

81

144

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

81

145

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

81

146

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

82

147

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

148

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

82

149

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

82

150

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

151

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

152

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

153

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

154

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

82

155

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

156

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

157

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

158

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

159

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

160

6-jun-1965

1x1

Entrerriense-RJ

Amistoso

 

 

82

161

10-jun-1965

1x0

Vila Nova-GO

Amistoso

 

 

82

162

13-jun-1965

0x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

82

163

17-jun-1965

7x2

Seleção de Manaus-AM

Amistoso

 

2

84

164

20-jun-1965

4x0

Nacional-AM

Amistoso

 

1

85

165

24-jun-1965

3x0

Bahia-BA

Amistoso

 

1

86

166

27-jun-1965

2x1

Bahia-BA

Amistoso

 

1

87

167

29-jun-1965

2x1

Ceará-CE

Amistoso

 

1

88

168

8-jul-1965

1x1

Benfica (PORTUGAL)

Amistoso

 

1

89

169

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

 

89

170

29-ago-1965

4x0

River-PI

Amistoso

 

1

90

171

07-set-1965

0x0

Portuguesa-RJ

Torneio Início

3x0 pen

 

90

172

07-set-1965

1x0

São Cristóvão-RJ

Torneio Início

 

 

90

173

26-set-1965

0x1

Portuguesa-SP

Amistoso

 

 

90

174

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

175

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

176

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

177

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

90

178

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

179

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

90

 Saulzinho está entre os 10 artilheiros vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os três primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963, contra a seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas o árbitro anulara um “sem nenhum problema no lance”. Assim, ele fica empatado com Ismael e  Romário, com quatro encaçapadas em um só prélio desta lista:

6 gols: Lelé – 08.05.1946 - Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 – Vasco da Gama 6 x 0 União São João-SP; .

5 gols: Russinho – 01.05.1927 – Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da Gama 8 x 0 Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Djayr – 15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite – 04.05.1980 – Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians. 

4 gols – Ismael – 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho -  25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da Nigéria - e Romário – 24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ.     

                                           17 - ENTREVISTA/SAULZINHO

 Único atacante a obter uma média de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais da década-1960, e maior artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o Saulzinho, tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade, em sua terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo time profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:      

 P –  Rapaz, você começou a carreira arrumando confusão entre o Bagé e o Guarany?

R – Arroubos da juventude, tchê! Eu tinha contrato de gaveta (antiga estratagema de prender atleta ao clube) com o Bagé, e o troquei, pelo Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira proibido de jogar. Castigo só não mais duro do que o serviço militar, quando ralei muito. Compensei tudo, porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui campeão municipal, até 1959. Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos vice-campeões gaúchos, pra minha carreira decolar e vez.

 Como você foi parar no Vasco da Gama?

No início de 1961, o Guarany venceu o Internacional (de Porto Alegre), em dois amistosos: 2 x 1, no Estádio dos Eucaliptos (antiga e já demolida casa do Inter), com um gol meu, e 4 x 2, em Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz gol, mas o treinador deles (do Inter), o Martim Francisco, gostou do meu futebol e, pouco depois de chegar ao Vasco (da Gama), pediu a minha contratação.  

 O Vasco daquele tempo tinha feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel, Sabará, Pinga, etc. Como você arrumou uma vaguinha naquele time? 

Cheguei a São Januário no 1º de abril de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite, marquei três gols, no primeiro tempo, atuando pelo time reserva, que tinha, entre os que me lembro, Brito (zagueiro) e Maranhão (apoiador). Por conta daquele meu cartão de apresentação, tchê, o presidente vascaíno, o João Silva, empresário muito forte, dono das Carrocerias Metropolitana, mandou fazerem, logo, o meu contrato.

 Quando você chegava, a torcida vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o espanhol Atlético de Madrid) e de Almir (foi para o Corinthians). Sem os dois, facilitou a sua vida?

Nã foi nada fácil. A concorrência foidura, pois o Vasco tinha outros três bons centroavantes, o Wilson Moreira (filho do técnico Zezé Moreira), o cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e o Javan (fez o nome no México). Eu era um garoto interiorano no meio de tantos cobrões, mas fui logo me enturmando.

Ainda se lembra da sua estréia no Vasco?

Foi pouco depois da minha contratação. Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos contra aquele timaço do Santos, do Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez um gol, batendo do meio do campo; o Sabará empatou e o Wilson Moreira desempatou. Ganhei um belo bicho (gratificação por resultado). Por falar no Pelé, nos meus outros jogos contra ele, levamos de 5 x 1, mas num outro lhe mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve, também, um empate, por 2 x 2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito e o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um golaço, gol de cinema. No segundo (gol de Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola. Comentou-se muito que o Brito e o Fontana curtiram bastante com a cara do homem (Pelé), quando o Vasco vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma abelheira. O cara era cruel. Antes disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1 x 1,  em Bagé, defendendo o Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também contra o Pelé, na decisão da Taça Brasil, em dezembro de 1965.

 Como você herdou a vaga de titular no time vascaíno?

 Entre maio e junho de 1961, fizemos uma longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma ecalação que nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, eu, Roberto Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia marcado dois gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o outro contra o América Mineiro (fora de casa). 

Você considera 1962 a sua grande temporada?

Sim, pois estava em grande forma e fui o (principal) artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols. Fiquei de fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também, uma temporada em que a sorte me abandonou. Estava cotado para a Seleção Brasileira (que foi bi mundial na Copa do Chile-1962), mas tive um problema de garganta, que exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na virilha, problemas que me deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de jogo. Como a convocação levou muito em conta a atuação de quem disputou o Torneio Rio-São Paulo, perdi qualquer chance por ali.  

 Você disputou e ganhou do Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O rival, tmabém, não foi  à Copa do  Chile... 

 Eu morava na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos, dizendo, um para o outro: “Hoje é comigo”. Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae. Tinha outras feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o Amoroso e o Amarildo, do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me lembro, agora. Não sei porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção Brasileira. 

 Aponte uma gloríssima, depois do Campeonato Carioca-1962?

No início de 1963, conquistamos um torneio internacional, no México, muito famoso, na época. Marquei gols, goleamos o Oro, o campeão nacional (5 x 0), vencemos (1 x 0) o time mexicano de maior torcida, o América (da Cidade do México) e fomos campeões em cima do Dukla (de Praga, da antiga Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e aquela turma toda que enfentara o Brasil na final da Copa do Mundo de 62. Contra o América, por sinal, marquei um gol antológico, de bicicleta, que foi capa da revista mexicana “Futbol”. O Sabará cruzou, da direita, a bola bateu no chão, veio no meu peito, e finalizei, de bicicleta, antes da  chegada do marcador.

 O seu Vasco foi campeão de torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol brasileiro, nacionais, porquê?

Em 1962, tínhamos chances de chegar ao títul carioca, mas, perdemos quatro pontos para o Olaria (à época, vitórias contavam dois pontos), levando um baile, dentro de São Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na segunda partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival), fizeram um gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram. Terminamos a três pontos do campeão (Botafogo). Mas o Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson, que foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo Fluminense, o Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa equipe.

 No início da temporada de 1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra. Porquê?

 Eu estava com 28 de idade, tinha convites do (português) Benfica e daquele grande time do Bahia, do Alencar, do Nadinho, do Henricão, contra quem marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se interresou por mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã). Por sinal, quando marquei um dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci um marcador, com um corte (tirando-o do lance sem tocá-lo), e soltei um foguete, quase da intermediária. Eu era rápido dentro da área, mas não de chutar muito forte, de longe. Já o Bahia gostou do que joguei diante deles, também em um amistoso, quando marquei dois gols. Pra voltar pra casa, coloquei o lado familiar em primeiro plano, pois a minha mulher, também de Bagé, nunca se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora de ficar, ou sair do Vasco, sugeri à Marilu (nome a esposa): “Vamos voltar?”.  Era o que ela mais queria, e voltamos  

 O seu nome era muito gritado pela torcida vascaína?

Quando eu fazia gols, o Maracanã vinha abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o maior goleador do time, sem ser um jogador de rush. Tinha, porém, rapidez, driblava, batia bem de perto e raciociava rápido pra intuir o lance se estivesse marcado. Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra área do rival) que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque, tocava pra ele, que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos muitos gols. O Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor companheiro de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça o Sabará. Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso cazsdo, não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava). Só não xingagava o Célio.

Qual foi a grande partida de sua vida?

Contra o Flamengo, decidindo o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite da quarta-feira 21 de janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma outra partidaça foi contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção uruguaia (Vasco 3 x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do Chile, Estádio Nacional de Santiago). 

 Você só vestiu a camisa da Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany, de Bagé...!

 O Carlos Froner (então), técnico do Grêmio (de Porto Alegre), formou uma seleção gaúcha para representar o Brasil na disputa da Taça O´Higgins, contra o Chile, em 1966. Joguei 30 minutos em uma partida e mais 15 na outra. Fomos campeões, foi emocionante. Tão emocionante como jogar por um ataque do Gurany que tinha Eusébio, Max Ravazza, Saulzinho, Tupãzinho e João Borges. Aqueles companheiros eram craques, principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da Rosa) que foi ídolo da torcida do Palmeiras (década-1960) e o Max,  maior goleador do futebol de Bagé (da época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo de 1955. Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o Vasco. Calculo que marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística exata, mas a minha carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa média!

Se o Pelé jogasse hoje (a entevista foi feita na primeira metade da primeira década-2000), nesse chamado futebol moderno, faria muitos gol?

 Uns dois mil, porque as defesas sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que viraram alas, se mandam. Se, enfrentando zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez o que fez, imagine agora. Antes, para se entrar na área, teria que ser muito rápido, ter talento, ou ficava sem as canelas. Vejo o futebol atual sendo 70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide, ainda, é o talento, reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a base,  o cara (preparador físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra lá, pra cá, ajuda muito, mas tem e ter talento pra decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de enfrentar o Luís Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr Egídio de Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que enfrentei. Eram durões, sem serem desleais.

 O futebol atual paga fortunas aos seus ídolos. No seu tempo, dava pra ficar rico?

 Quando cheguei ao Vasco, o maior salário era o do (zagueiro e capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam. Não existia empresários, procuradores, além de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos, estudos. O futebol tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava a carreira, o pai de uma namorada minha não queria o namoro porque eu era jogador de futebol. Éramos muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco por exemplo, levava muitos fãs para a frente dos hotéis onde nos hospedávamos, querendo autógrafos, tirar fotografias conosco, conversar. Atendíamos a todos, com civilidade. 

 Você passou por quantos treinadores?

 Beto Camélia, Alfeu Cachapuz e Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim Francisco, Paulo Amaral, Oto Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e Carlos Fronter, na Seleção Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas achei o ofício muito estressante, desesti. CÉLIO

  Como você escalaria a sua Seleção Brasileira?

 Barbosa; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente era muito boa. Acho que eu pegaria uma reservinha, junto com o Amarildo, o Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que defendeu o Flamengo entre 1958/1969 e  formou meio-de-campo com Gérson de Oliveira Nunes.

                                                                CÉLIO

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                                                 O GAROTO DA PRAIA

   Célio Taveira Filho, paulista, nascido na praiana Santos, no 17 de outubro de 1940, chegou a São Januário, também, com a missão de substituir um ídolo da torcida cruzmaltina, o atacante Delém, negociado com o argentino River Plate. Um desafio e tanto! Mas ele encarou. Entre 1963 e 1966, quando foi para o uruguaio Nacional, de Montevidéu, tornou-se uma das grandes Feras da Colina.

 De estilo “brigão, entrão”, como o definiu o repórter De Santis, da Revista do Esporte – Nº 343, de 2 de outubro de 1965 - Célio era cavador de gols, dono de muita mobilidade, “parecendo, em algumas ocasiões, um serelepe, tentando iludir os marcadores, para evitar rasgos em suas canelas”, comparava o jornalista, indo além e citando nele outras qualidades: “Cabeceia bem, testando a bola com pontaria certeira e é veloz com ela nos pés, ou quando se desloca para receber um lançamento”.

Na edição anterior do semanário, de 25 de setembro do mesmo 1965, pela matéria “Os maiores inimigos dos goleiros”, Célio era incluído entre os terribilíssimos artilheiros da primeira metade da década-1960, juntocom os santistas Pelé e Pepe; os alvinegros Garrincha e Didi (este pela excelência nas cobranças de faltas); o corintiano Flávio Peito-de-Aço; o banguense, Parada (outro grande batedor de faltas); o rubro-negro Dida e os palmeirenses Tupãzinho e Servílio. Sobre Célio, a revista citou que ele se destacava “pelo arremesso violento e que havia marcado muitos gols graças à potência do seu chute”. 

Antes de ser um vascaíno, Célio havia passado pelos paulistas Portuguesa Santista, Ponte Preta e Jabaquara, e até disputara amistosos pelo italiano Milan. Desembarcou no Vasco da Gama, em janeiro de 1963, quando o time excursionava por gamados cucarachas, sendo recebido, friamente, pelo treinador Jorge Vieira, que não o havia solicitado. Por conta daquilo, o cara negava-he cumprimentos. Mas terminou abrindo-lhe o caminho para se tornar o maior artilheiros do clube carioca enquanto vestiu a camisa cruzmaltinada e formar dupla fatal com Saulzinho

Célio chegou a São Januário indicado pelo meia Lorico (velho amigo de Santos) e o técnico Aymoré Moreira, e não demorou a mostrar que o valor pago pelo Vasco da Gama ao  Jabaquara, de Santos, fora bem empregado – Cr$ 11 milhões de cruzeiros, tendo ele recebido Cr$ 2 milhões, pelos 15% do valor da transação (lei da época), sendo Cr$ 1,5 milhão pago pelos cruzmaltinos e o restante pelo Jabuca. Entre luvas e ordenado, começou ganhando Cr$ 115 mil mensais, além de moradia e alimentação às custas do Almirante.

 Em sua primeia entrevista como um vascaíno, Célio contou que a sua intimidade com os gramados começara quando era garoto e residia próximo ao estádio da Portuguesa Santista, em sua terra. “Eu ia assistir ao treinos, dava uma de gandula e, nos intervalos, até batia bola com a rapaziada. Aos 12 anos de idade, entrei para os juvenis da Lusinha. Aos 16, já era aspirante. Mas não fiquei no clube. Em 1958, fui para a Ponte Preta, de Campinas. Pelo final de 1959, voltei a Santos e joguei pelo Jabaquara”, contou à Revista do Esporte -  Nº 205, de 16 de fevereiro de 1963.  FOTO DO TIME DO JABAQUARA

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                                            SANGUE NOS OLHOS

  Aos 16 de idade, Célio tentou jogar pelo Santos, mas o treinador Ramiro Valente o dispensou. Antes, fora colega de Pelé durante o serviço militar, pestado na 6ª Guarda Costeira, em Santos, em 1959. FOTRO MILITAR COMPELÉ. Pouco depois, enquanto o velho colega dos tempos de recruta assombrava goleiros pelo mundo a fora, ele o repetia no futebol carioca. Uma de suas matanças que mais o alegrou foi pra cima do rivalaço Flamengo, nos 4 x 1 da noite do 21 janeiro de 1965, no Maracanã, pela final do torneio internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro – ver tempo dos gols e escalação nas fichas técnicas.

Conforme o lido, lá atrás, ao ser recebido, friamente, por Jorge Vieira, ao se apresentar ao Vasco da Gama, no México - da mesma forma que ocorrera com o Mário Tilico, o outro contratado pela mesma época -, Célio até dava um desconto para o treinador, pois o seu currículo de artilheiro, até então, só registava 35 gols marcados entre Ponte Preta (1959 a 1960) e Jabaquara (1960 a 1962). Além dquilo, o mais importante em sua vida, além de ter sido recruta junto com Pelé, só mesmo ter nascido neto de Antônio Taveira de Magalhães, remador nos primeiros títulos de campeão carioca de remo-1905/1906 do Vasco da Gama.

Pouco? Mas, logo, começaria a ser muito. Célio agarrou a chance quando Jorge Vieira mandou-o a campo. Entrosou-se bem com o gaúcho Saulzinho, para sair do México usando a sua primeira faixa de campeão cruzmaltino. Em sua estreia vascaína, ele substituira, exatamente, o futuro grande parceiro Saulzinho, no decorrer de Vasco 5 x 0 El Oro. Uma semana antes, ainda sem ele, o time do Jorge havia iniciado a disputa, vencendo o América, da Cidade do México, por 1 x 0, com gol marcado por Saulzinho. Em 20 de janeiro, Célio voltou a entrar no decorrer da partida, daquela vez, substituindo Viladônega, no 1 x 1 Chivas Guadalajara, com novo gol de Saulzinho. Por ali, ele passaria a conhecer o que, sem demora, lhe seria comum: estádios lotados: 80 mil pagantes, em Vasco 5 x 0 Oro; 60 mil, em 1 x 1 Chivas e 50 mil do 1 x 1 Dukla, no também já citado título do 31 de janeiro de 1963.

 De volta ao Rio de Janeiro, Célio disputou o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, e marcou gol (28.03.1963), aos 41 minutos do 1º tempo de Vasco da Gama 1 x 1 Palmeiras, seu primeiro tento vascaíno no Brasil. A torcida vascaína, porém, só o viu como gostaria quando ele voltou do Torneio Pentagonal do Chile (31.03 a 14.04), tendo por lá sido o cara, autor de cinco gols, em quatro jogos - título dividido com a Universidad de Chile, por falta de datas para uma decisão, como seria, também,  no Torneio Rio-São Paulo-1966.

 Etapa seguinte: amistoso caça-níquel, com o Goytacaz, de Campos-RJ e nova excursão, daquela vez por África e Europa. Na volta, Célio estreou no Campeonato Carioca, marcando um dos três gols mais rápidos da história do futebol vascaíno: aos 45 segundos dos 4 x 1 Portuguesa-RJ (30.06.1963) - Saulzinho, aos 35 minutos do primeiro tempo e aos 26 do segundo, também bateu no barbante, como falavam os locutores radiofônicos da época, ainda não acostumados com as redes de náilon. Aquele tento rapidão o inscreveu entre os “matadores mais rápidos da Colina –  atrás só de  Reginaldo (7seg87), em Vasco 4 x 0 Duque de Caxias (23.03.2014); Thiago Galhardo (18seg) dos 3 x 1 Volta Redonda (04.02.202(?)) e de Nenê (23seg), de Vasco 1 x 0 Oeste-SP (31.05.2016).

Durante o Campeonato Carioca-1963, Célio perdeu o seu primeiro pênalti como vascaíno, nos 5 x 1 Madureira. Mas terminou a competição com 15 bolas na rede, sendo o segundo artilheiro da disputa. Pouco tempo depois, em 1964, ele avisou à torcida cruzmaltina que tinha sangue nos olhos. A Turma da Colina excursionava ao Paraguai, disputando torneio quadrangularquando ele cometeu a sua primeira indisciplina como vascaíno. Revoltado com o juiz, que favorecia, desavergonhadamente, a turma da casa, ele o agrediu, mas não foi  expulsou de campo. E repetiu indisciplina (09.05.1964), aos 51 minutos de Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, trocando tapas com um adversário.

Por ali, a imprensa passou a escalá-lo no time dos irritadinhos, por já ter sido excluído de Vasco 0 x 0 Olaria (06.03.1963), aos 18 minutos do segundo tempo, e durante o Torneio Rio-São Paulo, disputa em que fora excluído, também, no jogo (04.04.1964), quando marcou o tento da virada Vasco 3 x 2 Palmeiras, no campo do adversário.

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                                        CRAQUE NA INTIMIDADE

  Zagueiro que se prezasse jamais poderia bobear diante de Célio. Aquele sujeito calmo, que gostava de ficar em casa, só de calção e de chinelos, como todo bom descendente de português, não dispensando um animado jogo de buraco (baralho), junto com a sua mulher, Nilda, e o vizinho Dari, defensor do Fluminense, era uma fera, feríssima nos grmados. Que o diga os 106 gols marcados com a jaqueta cruzmaltina, em tempos em que se jogava uma vez por semana, sem preocupações com as estatísticas. Como o definiu a Revista do Esporte, principal publicação esportiva do país da década-1960 – Nº 246, de 23 de novembro de 1963 -, Célio aliava “a valentia e a determinação de completar uma jogada à inteligência com que conduzia a bola ou a lançava um companheiro”.

 Devido tais características do goleador, a publicação o incluiu entre os 17 atacantes que considerava os melhores do país, para um deles ser o companheiro de Pelé durante a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra – os outros eram Coutinho, parceiro do “Rei” no ataque do Santos; Aírton e Dida (Flamengo); Amarildo e Quarentinha (Botafogo); Joaquinzinho (Fluminense); Parada (Bangu); Nei e Silva (Corinthians);  Ivair (Portuguesa de Desportos); Servílio e Vavá (Palmeiras); Prado e Pagão (São Paulo); Flávio (Internacional); Marco Antônio (Cruzeiro) e Picolé (São Bento, de Sorocaba-SP).      

 Célio foi 100% atleta. Jamais bebia alcoólicos e nem freqüentava as badaladas noitadas cariocas. Preferia colocar o pijama, entre as 22 e 23 horas, para ter uma boa noite de sono e, no dia seguinte, por volta das seis manhã, ir ao chuveiro – usava sabonete Gessi e escovava os dentes com o creme Eucalol.  Acreditava que, cuidando-se bem, camisa ganhava: “Influi, sim, a depender do estado psicológico de cada um”, afirmava e falava o mesmo das concentrações antes das partidas: “Só concenrtações longa, não beneficiam o atleta”.

Os gramados do Maracanã e do Estádio Nacional, de Santiago do Chile eram considerados por Célio os melhores em que jogara. Pior: “O do XV de Novembro, em Jaú-SP”, apontava. Ao mesmo tempo em que, brincando dizendo “não sou dos piores”, considerava Pelé e Gérson dois supercraques, e admirava muito, também, o ex-vascaíno Vavá, então no Palmeiras. E contava emocionar-se com todas as vitórias, das quais destacava Vasco 1 x 0 Flamengo, com gol dele, cobrando falta, de fora da área, pelo Torneio Rio-São Paulo de 1964.

A sua simplicidade era o que Célio mais admirava em si. Como bom descendente de português, preferia as morenas. Pesando 70 quilos, comia de tudo, principalmente os “saborosos quitutes da Dona  Nilda” (Maria Gianjulio Taveira). Cuidava-se, porém, para não passar dos limites e perder a mobilidades dos centroavantes impiedosos.

Terminadas as partidas, Célio corria para uma chuveirada fria. Dificilmente, usava uma banheira, onde muitos atletas até tiravam uma soneca. Deixava o soninho para depois do almoço, principalmente nos dias em que podia ir à praia, junto com a sua mulher. Só não a levava aos seus jogos, porque a parceira, desde os tempos de namorados, não suportava vê-lo recebendo bordoadas dos zagueiros. Se bem que, depois dos jogos, não deixasse de lhe indagar pelo placar.

Além das partidas de baralho, Célio tinha outro programa noturno, em sua casa, na Ilha do Governador: assistir videoteipes dos jogos que pudesse. Achava ser preciso analisar as suas atuações e “espionar” possíveis futuros marcadores. Se dependesse da sua vontade, o seu primeiro herdeiro seria um garoto. Mas a “cegonha” atendeu o pedido da Dona Nilda e lhe entregou Flávia Giangiulio Taveira, no domingo 5 de julho de 1964, na Maternidade Arnaldo de Morais, em Copacabana, às 20h45, pesando 3,550 quilos e medindo 51 centímetros de altura.

Naquele dia, Célio estava convidado, pelo presidente vascaíno, Manoel Joaquim Lopes, para ir com ele à cidade de Leopoldina-NG, onde haveria amistoso de time misto cruzmaltino. Só não foi porque a sua mulher - acompanhada, desde o início da gestação, pela médica Teresinha Mota -, sentiu-se indisposta. Então, em vez de ir às Minas Gerais, “viajei, da Ilha do Governador até  Copacabana, dirigindo um Dauphine que fui buscar, em Santos, emprestado por meu pai”, contou – aquilo, uns 20 dias antes da chegada da hoje arquiteta Flávial, mãe da Miss Paraíba-2010, Natália Taveira. Era pensamento dele esperar umas duas temporadas para encomendar um menino e formar um casal. “Depois, iria dispensar a cegonha”, brincava, até a chegada de Marcelo, que antecedeu a futura jornalista Camila Taveira, hoje, na TV Record-Brasília.

Desde garoto, Célio era de assumir posições políticas sem tergiversar. Em 1965, por exemplo, quando os cartolas cariocas queriam abolir o dinheiro extra que os jogadores levavam das assinaturas de contratos, as luvas, por considerarem-nas inflacionárias – prometendo salários mais altos, na realidade, luvas parceladas –, ele ficou contra, por não ver benefícios com a inovação. “Seremos obrigados a pedir, por favor, algum dinheiro, quando temos um direito”, protestouNão titubeava diante de posturas a assumir. Quando um repórter o indagou sobre que o que faria se recebesse uma proposta para amolecer um jogo - seção Bate Bola, Nº 310, da Revista do Esporte, de 13 de fevereiro de 1965 -, avisou que, se estivesse calmo, não daria atenção. Caso ficasse nervoso, não se responsabilizaria pelo que sucedesse.

Sempre ligado na partida, Célio não jogava calado e jamais deixava de alertar um companheiro que tivesse a posse da bola ameaçada por um “ladrão”. Com os árbitros – considerava Armando Marques o melhor – discutira muito em seus inícios de carreira, quando era o capitão do time do Jabaquara e via-se, muitas vezes, esbulhado. “No interior paulista não era fácil. Era obrigado a gritar”, lembrava o sujeito que revoltava-se ao receber críticas infundadas.

Célio, além de de sua vida vascaína, foi capaz de tabelar não só com Saulzinho. Exerceu, também, atividades fora do futebol, como apresentar o programa de rádio “Discoteca do Célio”, quando era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, em Monevidéu. Certa vez, conseguiu  entrevista exclusiva com o cantor Roberto Carlos, que vivia grandes momentos com  a sua Jovem Guarda. Na paraibana João Pessoa, onde viveu, após o final da carreira, esteve comentarista esportivo da Rádio CBN, e foi sócio-administrador de empresa de embalagens para exportação de frutas.

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                                          TEMPORADA-1963

  O Vasco começara mal o Campeonato Carioca, perdendo do Campo Grande e empatando com o Madureira. Levou vaias, consideradas injustas por Célio, que avisou à torcida - Revista do Esporte - Nº 233, de 24 de agosto de 1963 – que apupos poderiam atrapalhar mais. Tinha moral para reclamar, pois voltara campeão do Pentagonal do México e elogiado por um dos mais experientes e respeitados colegas do futebol carioca, o defensor Barbosinha, para quem "Célio é um craque. Em tudo ele nos faz recordar o Delém o (ídolo que fora substituir). Até o físico é igual. Impetuoso, lutador, poderá dar muitas alegrias à torcida vascaína" – o que aconteceu.   

Célio justificava atuações fracas do time do início do Estadual-1963, pelo cansaço do grupo voltado de estafantes excursões ao exterior, pouco antes. “Entramos quase sem pernas no campeonato (Carioca)”, afirmou, referindo-se ao desgaste físico deixado pelo giro por El Salvador, México, Chile, África e Europa, entre janeiro, maio e junho. “Lá fora, eu e o Saulzinho não jogamos juntos três vezes seguidas, e o time não conseguia atuar duas partidas com a mesma formação”, queixou-se. Também, chamava a atenção para o fato de peças-chaves do time serem jovens e, embora elogiando o meio-de-campo vascaíno - Maranhão e Lorico -, que o via a nível de Seleção Brasileira para a Copa do Mundo-66, achava que a dupla ainda não tinha “o necessário traquejo e a indispensável experiência para prender e passar a bola, conforme o caso”. Por isso, pedia o incentivo da torcida e lembrava que aquela mesma turma criticada ganhara, recentemente, excursionando, de times de primeira  categoria. “Foram provas duríssimas, nas quais o Vasco saiu-se bem, ganhando os maiores elogios da crítica e do público (estrangeiro)”, ressaltou.

 Sobre o giro pelo continerte africano, Célio lembrou ter o time vascaíno enfrentado temperaturas de 47 graus à sombra, jogando seguidamente, até chegar à Espanha. “Os colegas resistiram à dureza da excursão por força da obrigação, pois todo o grupo já estava saturado de bola”, garantiu, acrescentando que seriam necessário uns 15 dias de descanso para reposição de energia. “Nos esperava era a dureza do campeonato (Carioca) que já estava correndo. Como não poderia deixar de ser, o Vasco sentiu o efeito de excursões cansativas e prejudiciais, perdendo, para o Campo Grande, na segunda rodada”, discutiu, cobrando que, durante a passagem pelo Chile, sem muitos desgastes físicos, ainda, “fazíamos gols por música, o gol já vinha feito”.

 Embora não tivesse merecido a atenção do treinador Jorge Vieira, quando juntara-se à delegação vascaína, em janeiro, no México, Célio elogiava o sistema tático do comandante da equipe, considerando-o  “ótimo”, por fechar o meio-de-campo e possibilitar ataque em massa.
Esquisitamente, ao final da temporada-1963, ele foi apontado, pela Revista do Esporte, entre as revelações do Campeonato Carioca, palpite nada correto, pois já havia passado da fase de revelação, por já ter participado de campanhas paulistas por Ponte Preta e Jabaquara. E até disputado amistosos pelo italiano Milan, que não o levou devido desacertos financeiros com o dono do seu passe.

FOTO NO MILAN

Durante o Campeonato Carioca em que os vascaínos começaram vaiados, Célio atingiu a marca de 15 gols (três a menos do que o principal matador, o banguense Bianchini), em 22 jogos, atuando ao lado de  Saulzinho, Altamiro, Mário Tilico ou Vevé. Destaque no ataque de São Januário, como homem-base da dupla fatal, aos 23 anos, ele não era mesmo pra ser considerado revelação de temporada. Já era uma realidade.                                                                                             

 

 

                                                                        

 





 EXCESSO DE AMÉRICA

Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã, por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro, o rival conseguiu  segurar a Turma da Colina e ficar nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0 (10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.

 

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                                                              CASAMENTO

 O ofício de fazer gols para o Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.

 Fora grande o número de presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca. 

Célio entrou na igreja ás 16h45, apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda, às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.

 Célio conheceu Ilda quando jogava pelo Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início, Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca, mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado  na área, em junho de 1962.    

 Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas, São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos jogadores (para a festinha de final de ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara das luvas recebidas  pela mudança do Jabaquara para o Vasco da Gama.

 Em junho de 1964,  quando esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três partidas nas quais entrara.   

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                                                MELHORES DE 1964

 Durante as a década-1960, era tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho e Célio no time dos melhores, após o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.

 No caso da Revista do Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal), Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio Mauá); Ricardo Serran (O Globo);  Luís Alberto (Diário de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence (Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora); Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo), com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair (Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).

A fase vivida por Célio era boa, mas o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América. Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11 vitórias, marcara 44 gols -  16 de Célio - e levara 28.

Célio considerou o seu gol mais bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres,  fez-me o passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.

O jogo em que Célio fez o seu considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964  foi no domingo 13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele,  um boa temporada nas redes.

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                                               CAPA DE REVISTA  

FOTO DA REVESP

  A Revista do Esporte  - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia: "Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou, de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche os olhos da torcidacabeceando bem, testando a bola com pontaria certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”. 

 Tempos depois, pelo Nº 378, de 4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia chamada espantativ“Ele é vascaíno desde garotinho, mas..  - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer deixar o Vasco”.

  Segundo a publicação, Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor, dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de 1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho (agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição dos braços.

 Quando lançou as duas tiragens, a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho, Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”. 

Célio voltou a estampar uma revista pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu: Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e Zezinho (agachados, na mesma ordem).

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Célio mereceu, também,  contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da Gama.

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                                             PENALTIEIRO

 Em 1965, Célio fazia parte da galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo), Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio (Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei Pelé” e que andou sendo proibida. 

Embora fosse considerada um debochepor entrevista à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.

 De sua parte, Célio tinha esta receita para a sua cobrança: “A maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente, gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida, sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair para um lado, procuro colocar a bola no outro”.                                                                        

 E gols com bola rolando, qual a receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte - Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica; 4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.

 A publicação considerou Célio um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura, firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e, muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara, quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”.  À época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.  

 Em uma outra edição na qual ele voltara a ser capa da Revista do Esporte -  Nº 378, de 4 de junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” - queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi), além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15% que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso. Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia, a fera.

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                                               GOLS MAIS BONITOS

 Célio considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo. Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes. FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO

  Dois anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante, para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .

Também, valeu muito, para  Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1 x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.

Também, diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes, à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação. Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e corri  para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três, naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.

Ainda de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance. A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” , descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa inicial, e aos nove da final, no Maracanã.

 Célio sempre achou que “quem não tenta não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou, do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774 pagantes – o forte ataque alvinegro tinha  Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo. 

Dos seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro (estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida, ele  foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu primeiro grande gol como profissional”, recordava.

O outro golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga. Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que foi um belo gol”.

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                                  AMIGO DA REDE

  Nem só de visitas às redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central, lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente, em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.

 Antes de começar a desempregar goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente, o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.

 Estava escrito, porém, que chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em 1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20 minutos para o final de uma partida contra o  Corinthians, no Parque São Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.

O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas vezes, ele acertou um  murro na cabeça de zagueiro colega, nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou. A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de  tropa de choque policial até serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro", reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.

O temperamento de não levar desaforos para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo  Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de opinião", afirmava.

Para exemplificar o que Célio sofria dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro  Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros, bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe que foi num lance de meio do campo, sem perigo de golDeixou-me de fora de muitos treinos e jogos”.

O que foi lido acima era até pouco diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar, dizendo: ‘Aqui é  assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou, sorrindo, muito tempo depois.

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                                                O ÍDOLO DE CRISTAL                                                                    

   Os zagueiros fizeram Célio  ser o “Rei das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta daquilo,  vivia na  na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de  de vidro ou de cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para conferir" -  Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.

 Célio imputava às retrancas grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais pontapés e cabeçadas", criticava.

Quando era parado pelos becões na pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita, Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.      

 Em quatro tempradas vestindo a jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó – à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a 1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2 - Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a 1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes (44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o segundo esteve vascaíno,  de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42 gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958. 

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                                            VOO CANARINHO

FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo, Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná  foi a primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965    

Célio chegou à Seleção Brasileira, mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito (zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção Brasileira, em 1965.

 Convocado pelo treinador Vicente Feola, para amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.

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Aquele jogo rolou em 6 de julho de 1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob o apito do  peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –,  com novo apito peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki,  e o time brasileiro sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. 

Célio não foi escalado em nenhum dos quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra, ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho, Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.

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Da esquerda para a dirieta, em pé: Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem: Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.        

 Perto da Copa do Mundo, os cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo; Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio (Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).  

FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson, Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados

Dos atletas vascaínos – os zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas do primeiro jogo -, o apoiador/lateral  Oldair Barchi e o atacante Célio – convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19 de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal. 

 Para aquela campanha, a CBD convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.  

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                              CÉLIO & MÁRIO TILICO

 Marcado em um dos supercílio e por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto, ou no chão, é minha. Ninguém tasca”

Foi assim que ele saiu para o abraço, em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico. Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1 x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2 x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.

 No Brasil, a primeria reunião da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo, o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no 6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0 Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1 Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio marcando seis e Mário quatro gols.

Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco) por chefes, até o final de 1963.  Veio a temporada seguinte e Pelegrino manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2 Cerro Porteño,  a dupla Célio & Mário foi mantida e este marcou o chamado gol de honra.

  A seguir, rolou o Torneio Rio-São Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0 Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três gols, e Mário nenhum.

Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio & Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns deles em triunviratos ofensivaço com a presença de Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3 x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.

 Em 1965, entregando o seu comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e 4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais 36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara, Taça Brasil e Torneio Início do  Campeonato Carioca. Quando Célio ficou fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.

FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENÁRIO

  Em 1966, o treinador Zezé Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x  3 Chivas Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e Corinthians).  Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo Mata. 

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                                               CÉLIO & PELÉ

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 Aos 29 de idade, em 1969, quando já estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro de Pelé no ataque do Peixe, sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com o “Rei” querendo. 

Célio e  Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em  Vasco 3 x 0 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano. 

O troco sanista aconteceu durante a primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de 16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela  Taça Brasil. Daquela vez, Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro, no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e que, também, valia vaga na Taça Libertadores.

Aquele jogo, no entanto, não foi tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do Santos.

 Célio voltou a encara Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos 15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.

 Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas, Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago, Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.

Os dois outros encontros Célio & Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas, Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos, treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda; Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.

 O último encontro da dupla nos gramados foi no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910 presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue, Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam: Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu Américo.  OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos, vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols. 

 Com a camisa canarinha, os dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano, escalado pelo  treinador Vicente Feola, que mandou ao gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em 09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o time do jogo anterior e as substituições. 

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                             ENTORTOU O DEMÔNIO

  O que seria que o cidadão Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha, maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega pra lá no também chamado Torto.

Embora tivesse desembarcado em São Januário, em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,  em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos astros Manga, Rildo,  Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo – ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.

No segundo pega, em 11 de agosto de 1965, pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3 x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha, Jairzinho, Arlindo e Zagallo.

FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio, Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete

 

Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à frente do Mané. Era a decisão da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho, Sicupira e Roberto. 

FILME DOS GOLS DE CÉLIO

O último confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154 pagantes ao  Pacaembu, na capital paulista, lotando o estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37 e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da história: Célio 3 x 1 Garrincha.

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                                         TEMPORADA-1966                                          

 Foi a últma de Célio com a camisa cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 - Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373 torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos do segundo tempo – ver ficha técnica.

Célio começou a temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos, entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians -, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.

 Por ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11 jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando 11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final, subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com  sete pontos, em sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols e deixou pasar 11 gols.

 Durante a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo, abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No entanto, ao deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio Francisco Vasques-1964;  I Torneio Internacional IV Centenário do Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São Paulo-1966. 

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                                              ILUMINADO

  Célio foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e aos nove da etapa final.

O jogo rolou em noite festiva, com a a Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil para se chegar ao local da partida

 Antes daquele clássico carioca em que Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo (empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x - 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 – 1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por 1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes

 No jogo em Brasília, Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54, em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel (Gama), Brito  (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo Menezes;  William, Picolé (Zezinho), Célio  e Tião (Ronildo).

 

                               18 - DO OUTRO LADO DO BALCÃO

 

Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331 pagantes, Célio enfrentou a Turma da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas, Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero; Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini, Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos 16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da Silva, o Zizinho, era o trinador.

Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado, contra a Lusa do Canindé (apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve 24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas de 1989.

A partir de 1967, quando foi viver Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em sua homenagem. Quem diria: o matador virou tango! Com esta letra e a foto da partitura:  COLOCAR AQUI A PARTITURA

Onze meninos entram em campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente... Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A grande bandeira flamejante está.

Pra merecer tango da torcida de tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago Grazzi,  Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2); Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2); Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4); DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2); Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg (2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2); Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2); Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1); Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4); Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1); River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1); Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2); Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc (1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).

                                                                  19 - REPATRIADO 

 Em 1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário, de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”, segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas, na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo, de João Pessoa.

Gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as suas partidas e gols da temporada -1966:    

09.01.1966 - Vasco 2 x 0 Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador. Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino), Célio (Benê) e Zezinho.  

 11.01.1966 – Vasco 0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS: ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e Danilo Menezes.      

18.01.1966 - Vasco 0x 3 Chivas Guadalajara-MEX.  Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael  Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Tião.  

23.01.1966 - Vasco 0 x 2 Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco: Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes (Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação como ponta-esquerda.   

 27.01.1966 – 2 x 2 Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Acelino, Célio e Danilo Menezes.   

 03.03.1966 - Vasco 0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil, pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.

06.02.1966 – Vasco 2 x 0 Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA.  Juiz: Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo Menezes foram expulsos de campo.

26.02.1966 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694. Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico (Rubilotas) e Tião (Zezinho).      

02.03.1966 – Vasco 3 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos 23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio foi considerado o principal nome da noite.    


05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358. 520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião (Altamiro Capixaba). 

09.03.1966 – Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.  

13.03.1966 – Vasco 1 x 2 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.            

 17.03.1966 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho, aos 22 min do 2º tempo:  Vasco:  Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. 

20.03.1966 – Vasco 2 x 5 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16 do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo.  Vasco: Amauri; Joel Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.

24.03.1966 – Vasco 1 x 0 Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$ 13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico); Zezinh, Célio, Picolé e Tião.

27.03.1966 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho (Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.

31.03.1966 – Vasco 2 x 1 Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício (Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS: o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto, o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.

29.05.1966 – Vasco 1 x 2 Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT.  Juiz: Alessandro D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e Standard-BEL.

02.06.1966 – Vasco 1 x 2 Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz: Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado, Célio, Acelino e Danilo Menezes.         

04.06.1966 - Vasco 2 x 3 Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau. Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio), Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico), Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).   

08.06.1966 – Vasco 1 x 1 Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz: Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos  30 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes. 

15.06.1966 – Vasco 0 x 2 Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini e Danilo Menezes. 

17.06.1966 – Vasco 1 x 1 Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2 Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta, porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.

17.07.1966 – Vasco 0 x 0 Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha; Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé Moreira descansar um pouco.

24.07.1966 – Vasco 1 x 1 Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz: Gualter Portela FilhoGol: Danilo Menezes, no 2º tempo. Vasco:  Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo; 2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.

18.08.1966 – Vasco 1 x 1 Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo, respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.

27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menzes.

03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira e Moraes.

 07.09.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG. Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão (Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino), Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.

18.09.1966 – Vasco 3 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos 4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,  Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São Cristóvão.

22.09.1966 – Vasco 3 x 0 Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.       

25.09.1966 – Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols: Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.

29.09.1966 – Vasco 0 x 1 América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.

16.10.1966 – Vasco 0 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10 –Vasco 0 x 0 Flamengo.  

19.10.1966 – Vasco 1 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol: Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri); Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.  

25.10.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.

30.10.1966 – Vasco 1 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair (pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.  OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.

03.11.1966 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata, aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.

06.11.1966 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair (Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César (Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio Lomanto Júnior.

10.11.1966 – Vasco 0 x 3 América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não comandou mais o time vascaíno. 

13.11.1966 – Vasco 1 x 0 Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa, em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra), aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do Amparo comandou a equipe.

19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por Célio. 

26.11.196 - Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols: Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno marcado por Célio.  

03.12.1966 – Vasco 0 x 3 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio, Paulo Mata e Zezinho.

11.12.1966 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último jogo de Célio pelo Vasco da Gama. 

 

                            TODOS OS JOGOS E GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA

 

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

2

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

3

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

0

4

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

0

5

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

0

6

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

7

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

8

21-fev-1963

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

9

6-mar-1963

0x0

Olaria-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

10

9-mar-1963

1x2

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

11

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

12

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

13

24-mar-1963

1x2

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

14

28-mar-1963

1x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

1

15

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

2

16

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

1

3

17

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

2

5

18

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

6

19

27-abr-1963

2x3

Goytacaz-RJ

Amistoso

 

1

7

20

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

 

7

21

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

1

8

22

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

8

23

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

 

8

24

26-mai-1963

3x1

Seleção da Nigéria Ocidental

Amistoso

 

2

10

25

29-mai-1963

2x1

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

1

11

26

4-jun-1963

4x1

Al-Mourada (SUDÃO)

Amistoso

 

 

11

27

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

11

28

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

12

29

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

12

30

14-jul-1963

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

14

31

28-jul-1963

1x3

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

32

04-ago-1963

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

33

10-ago-1963

1x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

17

34

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

35

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

36

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

18

37

06-out-1963

1x1

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

19

38

09-out-1963

0x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

39

20-out-1963

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

40

26-out-1963

2x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

21

41

3-nov-1963

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

22

42

10-nov-1963

4x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

2

24

43

15-nov-1963

3x4

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

25

44

22-nov-1963

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

45

01-dez-1963

2x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

46

07-dez-1963

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

26

47

14-dez-1963

2x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

26

48

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

1

27

49

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

1

28

50

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

28

51

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

1

29

52

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

29

53

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

29

54

21-mar-1964

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

30

55

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

30

56

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

31

57

12-abr-1964

1x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

31

58

15-abr-1964

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

32

59

19-abr-1964

0x0

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

32

60

23-abr-1964

0x0

Siderúrgica-MG

Amistoso

 

 

32

61

26-abr-1964

1x0

Valeriodoce-MG

Amistoso

 

 

32

62

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

1

33

63

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

64

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

65

09-mai-1964

3x3

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

66

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

1

34

67

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

34

68

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

34

69

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

 

34

70

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

34

71

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

72

12-jul-1964

2x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

35

73

19-jul-1964

1x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

36

74

23-jul-1964

1x2

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

36

75

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

36

76

09-ago-1964

3x3

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

37

77

16-ago-1964

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

78

19-ago-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

79

23-ago-1964

2x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

80

27-ago-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

38

81

30-ago-1964

1x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

38

82

01-set-1964

1x0

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

1

39

83

06-set-1964

2x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

39

84

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

85

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

86

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

87

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

88

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

89

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

90

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

43

91

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

44

92

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

45

93

18-out-1964

3x2

Robinhood (SURINAME)

Amistoso

 

1

46

94

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

46

95

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

96

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

49

97

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

98

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

3

52

99

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

1

53

100

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

54

101

29-nov-1964

3x1

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

102

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

103

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

55

104

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

57

105

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

59

106

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

1

60

107

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

2

62

108

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

62

109

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

63

110

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

63

111

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

64

112

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

113

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

114

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

65

115

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

65

116

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

65

117

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

66

118

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

119

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

120

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

121

14-abr-1965

4x0

América-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

68

122

17-abr-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

123

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

68

124

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

125

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

126

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

69

127

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

70

128

16-mai-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

129

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

130

14-jul-1965

5x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

72

131

22-jul-1965

1x1

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

 

72

132

28-jul-1965

1x0

América-RJ

Taça Guanabara

 

1

73

133

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

3

76

134

07-ago-1965

3x1

Bangu-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

135

11-ago-1965

0x3

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

136

21-ago-1965

2x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

78

137

25-ago-1965

1x0

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

1

79

138

05-set-1965

2x0

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

79

139

19-set-1965

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

80

140

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

141

09-out-1965

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

142

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

2

82

143

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

82

144

30-out-1965

4x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

83

145

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

2

85

146

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

86

147

10-nov-1965

1x0

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

86

148

14-nov-1965

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

87

149

20-nov-1965

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

150

28-nov-1965

0x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

151

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

1

88

152

08-dez-1965

0x1

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

88

153

12-dez-1965

5x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

89

154

15-dez-1965

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

89

155

9-jan-1966

2x0

Universidad (EL SALVADOR)

Amistoso

 

2

91

156

11-jan-1966

0x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

157

18-jan-1966

0x3

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

158

23-jan-1966

0x2

Atlas (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

159

27-jan-1966

2x2

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

1

92

160

03-fev-1966

0x2

Seleção da Alemanha Oriental

Torneio Internacional do México

 

 

92

161

06-fev-1966

2x1

Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)

Amistoso

 

1

93

162

26-fev-1966

1x0

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

93

163

2-mar-1966

3x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

2

95

164

5-mar-1966

2x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

96

165

9-mar-1966

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

97

166

13-mar-1966

1x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

98

167

17-mar-1966

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

98

168

20-mar-1966

2x5

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

99

169

24-mar-1966

1x0

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

170

27-mar-1966

0x3

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

171

31-mar-1966

2x1

Flamengo-RJ

Amistoso

 

2

101

172

29-mai-1966

1x2

Napoli (ITÁLIA)

Amistoso

 

 

101

173

2-jun-1966

1x2

Arezzo (ITÁLIA)

Amistoso

 

1

102

174

4-jun-1966

2x3

Bordeaux (FRANÇA)

Amistoso

 

 

102

175

8-jun-1966

1x1

Barcelona (ESPANHA)

Amistoso

 

 

102

176

15-jun-1966

0x2

Anderlecht (BÉLGICA)

Torneio Internacional de Paris

 

 

102

177

17-jun-1966

1x1

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional de Paris

 

1

103

178

17-jul-1966

0x0

Royal-RJ

Amistoso

 

 

103

179

24-jul-1966

1x1

Seleção de Novos de Vitória da Conquista-BA

Amistoso

 

 

103

180

18-ago-1966

1x1

Bonsucesso-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

181

27-ago-1966

0x2

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

182

03-set-1966

0x3

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

183

07-set-1966

1x2

Botafogo-RJ

Amistoso

 

 

103

184

18-set-1966

3x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

103

185

22-set-1966

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

104

186

25-set-1966

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

105

187

29-set-1966

0x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

188

16-out-1966

0x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

189

19-out-1966

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

190

25-out-1966

1x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

191

30-out-1966

1x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

192

3-nov-1966

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

193

6-nov-1966

1x2

Flamengo-RJ

Amistoso

 

 

105

194

10-nov-1966

0x3

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

195

13-nov-1966

1x0

Fluminense-BA

Amistoso

 

 

105

196

19-nov-1966

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

197

26-nov-1966

2x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

106

198

03-dez-1966

0x3

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

199

11-dez-1966

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

                                            AGRADECIMENTOS

 Aos amigos Carlos Molinari, Gustavo Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita (organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore, Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e gols marcados por Saulzinho e Célio.

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                  

 

 

 

 

         

 

 

 

 

 

 

Nascido em Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020.  Entre 1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.

         

 

 

 

                                                                                                   

                                                                                           

 

 

 

 

                                                                                                                                                                  

 

 

     

 EXCESSO DE AMÉRICA

Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã, por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro, o rival conseguiu  segurar a Turma da Colina e ficar nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0 (10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.

 

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                                                              CASAMENTO

 O ofício de fazer gols para o Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.

 Fora grande o número de presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca. 

Célio entrou na igreja ás 16h45, apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda, às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.

 Célio conheceu Ilda quando jogava pelo Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início, Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca, mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado  na área, em junho de 1962.    

 Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas, São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos jogadores (para a festinha de final de ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara das luvas recebidas  pela mudança do Jabaquara para o Vasco da Gama.

 Em junho de 1964,  quando esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três partidas nas quais entrara.   

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                                                MELHORES DE 1964

 Durante as a década-1960, era tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho e Célio no time dos melhores, após o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.

 No caso da Revista do Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal), Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio Mauá); Ricardo Serran (O Globo);  Luís Alberto (Diário de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence (Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora); Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo), com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair (Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).

A fase vivida por Célio era boa, mas o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América. Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11 vitórias, marcara 44 gols -  16 de Célio - e levara 28.

Célio considerou o seu gol mais bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres,  fez-me o passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.

O jogo em que Célio fez o seu considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964  foi no domingo 13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele,  um boa temporada nas redes.

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                                               CAPA DE REVISTA  

FOTO DA REVESP

  A Revista do Esporte  - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia: "Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou, de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche os olhos da torcidacabeceando bem, testando a bola com pontaria certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”. 

 Tempos depois, pelo Nº 378, de 4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia chamada espantativ“Ele é vascaíno desde garotinho, mas..  - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer deixar o Vasco”.

  Segundo a publicação, Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor, dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de 1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho (agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição dos braços.

 Quando lançou as duas tiragens, a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho, Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”. 

Célio voltou a estampar uma revista pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu: Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e Zezinho (agachados, na mesma ordem).

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Célio mereceu, também,  contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da Gama.

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                                             PENALTIEIRO

 Em 1965, Célio fazia parte da galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo), Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio (Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei Pelé” e que andou sendo proibida. 

Embora fosse considerada um debochepor entrevista à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.

 De sua parte, Célio tinha esta receita para a sua cobrança: “A maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente, gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida, sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair para um lado, procuro colocar a bola no outro”.                                                                        

 E gols com bola rolando, qual a receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte - Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica; 4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.

 A publicação considerou Célio um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura, firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e, muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara, quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”.  À época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.  

 Em uma outra edição na qual ele voltara a ser capa da Revista do Esporte -  Nº 378, de 4 de junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” - queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi), além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15% que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso. Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia, a fera.

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                                               GOLS MAIS BONITOS

 Célio considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo. Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes. FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO

  Dois anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante, para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .

Também, valeu muito, para  Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1 x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.

Também, diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes, à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação. Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e corri  para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três, naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.

Ainda de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance. A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” , descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa inicial, e aos nove da final, no Maracanã.

 Célio sempre achou que “quem não tenta não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou, do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774 pagantes – o forte ataque alvinegro tinha  Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo. 

Dos seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro (estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida, ele  foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu primeiro grande gol como profissional”, recordava.

O outro golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga. Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que foi um belo gol”.

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                                  AMIGO DA REDE

  Nem só de visitas às redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central, lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente, em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.

 Antes de começar a desempregar goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente, o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.

 Estava escrito, porém, que chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em 1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20 minutos para o final de uma partida contra o  Corinthians, no Parque São Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.

O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas vezes, ele acertou um  murro na cabeça de zagueiro colega, nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou. A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de  tropa de choque policial até serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro", reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.

O temperamento de não levar desaforos para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo  Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de opinião", afirmava.

Para exemplificar o que Célio sofria dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro  Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros, bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe que foi num lance de meio do campo, sem perigo de golDeixou-me de fora de muitos treinos e jogos”.

O que foi lido acima era até pouco diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar, dizendo: ‘Aqui é  assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou, sorrindo, muito tempo depois.

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                                                O ÍDOLO DE CRISTAL                                                                    

   Os zagueiros fizeram Célio  ser o “Rei das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta daquilo,  vivia na  na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de  de vidro ou de cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para conferir" -  Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.

 Célio imputava às retrancas grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais pontapés e cabeçadas", criticava.

Quando era parado pelos becões na pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita, Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.      

 Em quatro tempradas vestindo a jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó – à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a 1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2 - Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a 1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes (44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o segundo esteve vascaíno,  de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42 gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958. 

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                                            VOO CANARINHO

FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo, Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná  foi a primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965    

Célio chegou à Seleção Brasileira, mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito (zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção Brasileira, em 1965.

 Convocado pelo treinador Vicente Feola, para amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.

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Aquele jogo rolou em 6 de julho de 1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob o apito do  peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –,  com novo apito peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki,  e o time brasileiro sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. 

Célio não foi escalado em nenhum dos quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra, ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho, Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.

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Da esquerda para a dirieta, em pé: Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem: Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.        

 Perto da Copa do Mundo, os cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo; Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio (Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).  

FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson, Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados

Dos atletas vascaínos – os zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas do primeiro jogo -, o apoiador/lateral  Oldair Barchi e o atacante Célio – convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19 de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal. 

 Para aquela campanha, a CBD convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.  

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                              CÉLIO & MÁRIO TILICO

 Marcado em um dos supercílio e por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto, ou no chão, é minha. Ninguém tasca”

Foi assim que ele saiu para o abraço, em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico. Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1 x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2 x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.

 No Brasil, a primeria reunião da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo, o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no 6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0 Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1 Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio marcando seis e Mário quatro gols.

Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco) por chefes, até o final de 1963.  Veio a temporada seguinte e Pelegrino manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2 Cerro Porteño,  a dupla Célio & Mário foi mantida e este marcou o chamado gol de honra.

  A seguir, rolou o Torneio Rio-São Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0 Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três gols, e Mário nenhum.

Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio & Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns deles em triunviratos ofensivaço com a presença de Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3 x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.

 Em 1965, entregando o seu comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e 4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais 36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara, Taça Brasil e Torneio Início do  Campeonato Carioca. Quando Célio ficou fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.

FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENÁRIO

  Em 1966, o treinador Zezé Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x  3 Chivas Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e Corinthians).  Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo Mata. 

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                                               CÉLIO & PELÉ

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 Aos 29 de idade, em 1969, quando já estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro de Pelé no ataque do Peixe, sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com o “Rei” querendo. 

Célio e  Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em  Vasco 3 x 0 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano. 

O troco sanista aconteceu durante a primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de 16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela  Taça Brasil. Daquela vez, Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro, no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e que, também, valia vaga na Taça Libertadores.

Aquele jogo, no entanto, não foi tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do Santos.

 Célio voltou a encara Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos 15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.

 Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas, Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago, Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.

Os dois outros encontros Célio & Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas, Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos, treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda; Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.

 O último encontro da dupla nos gramados foi no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910 presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue, Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam: Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu Américo.  OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos, vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols. 

 Com a camisa canarinha, os dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano, escalado pelo  treinador Vicente Feola, que mandou ao gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em 09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o time do jogo anterior e as substituições. 

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                             ENTORTOU O DEMÔNIO

  O que seria que o cidadão Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha, maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega pra lá no também chamado Torto.

Embora tivesse desembarcado em São Januário, em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,  em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos astros Manga, Rildo,  Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo – ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.

No segundo pega, em 11 de agosto de 1965, pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3 x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha, Jairzinho, Arlindo e Zagallo.

FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio, Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete

 

Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à frente do Mané. Era a decisão da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho, Sicupira e Roberto. 

FILME DOS GOLS DE CÉLIO

O último confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154 pagantes ao  Pacaembu, na capital paulista, lotando o estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37 e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da história: Célio 3 x 1 Garrincha.

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                                         TEMPORADA-1966                                          

 Foi a últma de Célio com a camisa cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 - Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373 torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos do segundo tempo – ver ficha técnica.

Célio começou a temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos, entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians -, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.

 Por ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11 jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando 11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final, subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com  sete pontos, em sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols e deixou pasar 11 gols.

 Durante a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo, abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No entanto, ao deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio Francisco Vasques-1964;  I Torneio Internacional IV Centenário do Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São Paulo-1966. 

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                                              ILUMINADO

  Célio foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e aos nove da etapa final.

O jogo rolou em noite festiva, com a a Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil para se chegar ao local da partida

 Antes daquele clássico carioca em que Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo (empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x - 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 – 1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por 1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes

 No jogo em Brasília, Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54, em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel (Gama), Brito  (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo Menezes;  William, Picolé (Zezinho), Célio  e Tião (Ronildo).

 

                               18 - DO OUTRO LADO DO BALCÃO

 

Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331 pagantes, Célio enfrentou a Turma da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas, Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero; Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini, Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos 16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da Silva, o Zizinho, era o trinador.

Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado, contra a Lusa do Canindé (apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve 24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas de 1989.

A partir de 1967, quando foi viver Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em sua homenagem. Quem diria: o matador virou tango! Com esta letra e a foto da partitura:  COLOCAR AQUI A PARTITURA

Onze meninos entram em campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente... Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A grande bandeira flamejante está.

Pra merecer tango da torcida de tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago Grazzi,  Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2); Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2); Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4); DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2); Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg (2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2); Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2); Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1); Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4); Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1); River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1); Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2); Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc (1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).

                                                                  19 - REPATRIADO 

 Em 1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário, de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”, segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas, na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo, de João Pessoa.

Gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as suas partidas e gols da temporada -1966:    

09.01.1966 - Vasco 2 x 0 Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador. Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino), Célio (Benê) e Zezinho.  

 11.01.1966 – Vasco 0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS: ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e Danilo Menezes.      

18.01.1966 - Vasco 0x 3 Chivas Guadalajara-MEX.  Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael  Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Tião.  

23.01.1966 - Vasco 0 x 2 Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco: Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes (Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação como ponta-esquerda.   

 27.01.1966 – 2 x 2 Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Acelino, Célio e Danilo Menezes.   

 03.03.1966 - Vasco 0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil, pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.

06.02.1966 – Vasco 2 x 0 Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA.  Juiz: Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo Menezes foram expulsos de campo.

26.02.1966 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694. Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico (Rubilotas) e Tião (Zezinho).      

02.03.1966 – Vasco 3 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos 23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio foi considerado o principal nome da noite.    


05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358. 520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião (Altamiro Capixaba). 

09.03.1966 – Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.  

13.03.1966 – Vasco 1 x 2 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.            

 17.03.1966 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho, aos 22 min do 2º tempo:  Vasco:  Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. 

20.03.1966 – Vasco 2 x 5 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16 do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo.  Vasco: Amauri; Joel Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.

24.03.1966 – Vasco 1 x 0 Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$ 13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico); Zezinh, Célio, Picolé e Tião.

27.03.1966 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho (Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.

31.03.1966 – Vasco 2 x 1 Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício (Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS: o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto, o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.

29.05.1966 – Vasco 1 x 2 Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT.  Juiz: Alessandro D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e Standard-BEL.

02.06.1966 – Vasco 1 x 2 Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz: Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado, Célio, Acelino e Danilo Menezes.         

04.06.1966 - Vasco 2 x 3 Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau. Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio), Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico), Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).   

08.06.1966 – Vasco 1 x 1 Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz: Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos  30 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes. 

15.06.1966 – Vasco 0 x 2 Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini e Danilo Menezes. 

17.06.1966 – Vasco 1 x 1 Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2 Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta, porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.

17.07.1966 – Vasco 0 x 0 Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha; Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé Moreira descansar um pouco.

24.07.1966 – Vasco 1 x 1 Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz: Gualter Portela FilhoGol: Danilo Menezes, no 2º tempo. Vasco:  Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo; 2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.

18.08.1966 – Vasco 1 x 1 Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo, respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.

27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menzes.

03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira e Moraes.

 07.09.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG. Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão (Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino), Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.

18.09.1966 – Vasco 3 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos 4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,  Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São Cristóvão.

22.09.1966 – Vasco 3 x 0 Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.       

25.09.1966 – Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols: Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.

29.09.1966 – Vasco 0 x 1 América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.

16.10.1966 – Vasco 0 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10 –Vasco 0 x 0 Flamengo.  

19.10.1966 – Vasco 1 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol: Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri); Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.  

25.10.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.

30.10.1966 – Vasco 1 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair (pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.  OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.

03.11.1966 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata, aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.

06.11.1966 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair (Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César (Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio Lomanto Júnior.

10.11.1966 – Vasco 0 x 3 América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não comandou mais o time vascaíno. 

13.11.1966 – Vasco 1 x 0 Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa, em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra), aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do Amparo comandou a equipe.

19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por Célio. 

26.11.196 - Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols: Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno marcado por Célio.  

03.12.1966 – Vasco 0 x 3 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio, Paulo Mata e Zezinho.

11.12.1966 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último jogo de Célio pelo Vasco da Gama. 

 

                            TODOS OS JOGOS E GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA

 

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

2

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

3

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

0

4

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

0

5

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

0

6

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

7

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

8

21-fev-1963

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

9

6-mar-1963

0x0

Olaria-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

10

9-mar-1963

1x2

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

11

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

12

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

13

24-mar-1963

1x2

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

14

28-mar-1963

1x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

1

15

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

2

16

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

1

3

17

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

2

5

18

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

6

19

27-abr-1963

2x3

Goytacaz-RJ

Amistoso

 

1

7

20

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

 

7

21

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

1

8

22

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

8

23

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

 

8

24

26-mai-1963

3x1

Seleção da Nigéria Ocidental

Amistoso

 

2

10

25

29-mai-1963

2x1

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

1

11

26

4-jun-1963

4x1

Al-Mourada (SUDÃO)

Amistoso

 

 

11

27

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

11

28

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

12

29

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

12

30

14-jul-1963

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

14

31

28-jul-1963

1x3

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

32

04-ago-1963

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

33

10-ago-1963

1x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

17

34

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

35

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

36

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

18

37

06-out-1963

1x1

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

19

38

09-out-1963

0x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

39

20-out-1963

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

40

26-out-1963

2x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

21

41

3-nov-1963

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

22

42

10-nov-1963

4x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

2

24

43

15-nov-1963

3x4

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

25

44

22-nov-1963

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

45

01-dez-1963

2x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

46

07-dez-1963

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

26

47

14-dez-1963

2x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

26

48

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

1

27

49

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

1

28

50

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

28

51

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

1

29

52

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

29

53

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

29

54

21-mar-1964

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

30

55

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

30

56

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

31

57

12-abr-1964

1x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

31

58

15-abr-1964

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

32

59

19-abr-1964

0x0

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

32

60

23-abr-1964

0x0

Siderúrgica-MG

Amistoso

 

 

32

61

26-abr-1964

1x0

Valeriodoce-MG

Amistoso

 

 

32

62

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

1

33

63

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

64

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

65

09-mai-1964

3x3

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

66

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

1

34

67

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

34

68

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

34

69

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

 

34

70

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

34

71

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

72

12-jul-1964

2x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

35

73

19-jul-1964

1x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

36

74

23-jul-1964

1x2

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

36

75

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

36

76

09-ago-1964

3x3

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

37

77

16-ago-1964

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

78

19-ago-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

79

23-ago-1964

2x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

80

27-ago-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

38

81

30-ago-1964

1x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

38

82

01-set-1964

1x0

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

1

39

83

06-set-1964

2x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

39

84

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

85

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

86

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

87

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

88

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

89

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

90

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

43

91

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

44

92

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

45

93

18-out-1964

3x2

Robinhood (SURINAME)

Amistoso

 

1

46

94

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

46

95

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

96

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

49

97

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

98

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

3

52

99

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

1

53

100

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

54

101

29-nov-1964

3x1

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

102

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

103

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

55

104

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

57

105

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

59

106

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

1

60

107

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

2

62

108

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

62

109

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

63

110

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

63

111

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

64

112

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

113

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

114

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

65

115

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

65

116

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

65

117

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

66

118

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

119

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

120

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

121

14-abr-1965

4x0

América-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

68

122

17-abr-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

123

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

68

124

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

125

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

126

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

69

127

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

70

128

16-mai-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

129

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

130

14-jul-1965

5x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

72

131

22-jul-1965

1x1

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

 

72

132

28-jul-1965

1x0

América-RJ

Taça Guanabara

 

1

73

133

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

3

76

134

07-ago-1965

3x1

Bangu-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

135

11-ago-1965

0x3

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

136

21-ago-1965

2x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

78

137

25-ago-1965

1x0

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

1

79

138

05-set-1965

2x0

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

79

139

19-set-1965

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

80

140

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

141

09-out-1965

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

142

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

2

82

143

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

82

144

30-out-1965

4x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

83

145

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

2

85

146

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

86

147

10-nov-1965

1x0

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

86

148

14-nov-1965

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

87

149

20-nov-1965

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

150

28-nov-1965

0x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

151

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

1

88

152

08-dez-1965

0x1

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

88

153

12-dez-1965

5x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

89

154

15-dez-1965

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

89

155

9-jan-1966

2x0

Universidad (EL SALVADOR)

Amistoso

 

2

91

156

11-jan-1966

0x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

157

18-jan-1966

0x3

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

158

23-jan-1966

0x2

Atlas (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

159

27-jan-1966

2x2

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

1

92

160

03-fev-1966

0x2

Seleção da Alemanha Oriental

Torneio Internacional do México

 

 

92

161

06-fev-1966

2x1

Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)

Amistoso

 

1

93

162

26-fev-1966

1x0

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

93

163

2-mar-1966

3x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

2

95

164

5-mar-1966

2x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

96

165

9-mar-1966

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

97

166

13-mar-1966

1x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

98

167

17-mar-1966

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

98

168

20-mar-1966

2x5

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

99

169

24-mar-1966

1x0

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

170

27-mar-1966

0x3

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

171

31-mar-1966

2x1

Flamengo-RJ

Amistoso

 

2

101

172

29-mai-1966

1x2

Napoli (ITÁLIA)

Amistoso

 

 

101

173

2-jun-1966

1x2

Arezzo (ITÁLIA)

Amistoso

 

1

102

174

4-jun-1966

2x3

Bordeaux (FRANÇA)

Amistoso

 

 

102

175

8-jun-1966

1x1

Barcelona (ESPANHA)

Amistoso

 

 

102

176

15-jun-1966

0x2

Anderlecht (BÉLGICA)

Torneio Internacional de Paris

 

 

102

177

17-jun-1966

1x1

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional de Paris

 

1

103

178

17-jul-1966

0x0

Royal-RJ

Amistoso

 

 

103

179

24-jul-1966

1x1

Seleção de Novos de Vitória da Conquista-BA

Amistoso

 

 

103

180

18-ago-1966

1x1

Bonsucesso-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

181

27-ago-1966

0x2

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

182

03-set-1966

0x3

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

183

07-set-1966

1x2

Botafogo-RJ

Amistoso

 

 

103

184

18-set-1966

3x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

103

185

22-set-1966

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

104

186

25-set-1966

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

105

187

29-set-1966

0x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

188

16-out-1966

0x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

189

19-out-1966

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

190

25-out-1966

1x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

191

30-out-1966

1x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

192

3-nov-1966

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

193

6-nov-1966

1x2

Flamengo-RJ

Amistoso

 

 

105

194

10-nov-1966

0x3

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

195

13-nov-1966

1x0

Fluminense-BA

Amistoso

 

 

105

196

19-nov-1966

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

197

26-nov-1966

2x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

106

198

03-dez-1966

0x3

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

199

11-dez-1966

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

                                            AGRADECIMENTOS

 Aos amigos Carlos Molinari, Gustavo Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita (organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore, Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e gols marcados por Saulzinho e Célio.

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                  

 

 

 

 

         

 

 

 

 

 

 

Nascido em Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020.  Entre 1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.

         

 

 

 

                                                                                                   

                                                                                           

 

 

 

 

                                                                                                                                                                  

 

 

     

 EXCESSO DE AMÉRICA

Durante a temporada-1963, o Vasco da Gama enfrentou o América-RJ em duas oportunidades, ambas valendo pelo Campeonato Carioca, com foto registrda pela Revista do Esporte. O primeiro pega rolou (04.08) com a rapaziada escrevendo 2 x 0 no placar do Maracanã, por intermédio de Célio e de Altamiro. Na segunda partida (26.10) de outubro, o rival conseguiu  segurar a Turma da Colina e ficar nos 2 x 2, com Célio marcando os dois tentos cruzmaltinos. A rapaziada enfrentou, ainda, um outro América, o do México, vencendo-o, por 1 x 0 (10.01), com gol marcado por Saulzinho, na casa do adversário. Aquele foi o início da caminhada para a conquista do Torneio Internacional do México. Na foto, um golaço de Célio contra os americanos cariocas.

 

5

                                                              CASAMENTO

 O ofício de fazer gols para o Vasco da Gama dificultou o casamento de Célio. Por duas vezes, ele teve de adiar a troca de alianças. Só uma contusão facilitou-lhe levar Ilda ao altar da matriz do Embaré, em Santos, às 17h do 25 de setembro de 1963, em uma terça-feira. Antes, às 10h30, os dois haviam se casado, civilmente, com ela passando a assinar Ilda Maria Jean Júlio Taveira.

 Fora grande o número de presentes à cerimônia, a maioria amigos do casal. Da turma do futebol, entre outros, compareceram o atacante corintiano Marcos, colega de Célio no Jabaquara e o presidente do clube, Rubens Cid Peres, levando toda a sua rapaziada. A Turma da Colina foi representada só pelo fotógrafo Homero, pois o restante, no momento do casório, estava em campo enfentando o São Cristóvão, pelo Campeonato Carioca. 

Célio entrou na igreja ás 16h45, apadrinhado por Júlio Anleto Bitencourt/senhora e Casemiro Casado/senhora. Ilda, às 16h50, conduzida pelos padrinhos, Adelino Guassaloca/esposa e Roberto Franjeto/esposa, ao som da Marcha Nupcial, de Mendelssohn. Ela usava vestido de gorgorão de seda branca, com uma estola de gripee caindo sobre os ombros. A grinalda tinha incrustações de rosas e flores de laranjeira. O véu, de tule francês, media 1m50cm, confeccionado por Esmeralda Mauri, prima da noiva. Custou Cr$ 100 mil cruzeiros. De sua parte, o noivo trajava terno de casimira preto, que custara Cr$ 90 mil. Os sapatos estavam no mesmo tom, mas meias, camisa e gravata no branco.

 Célio conheceu Ilda quando jogava pelo Jabaquara. Como ela trabalhava na secretaria do clube, ele sempre dava um jeitinho de aparecer-lhe e paquerá-la. Pelo Natal de 1961, a moça precisava de ajuda para fazer compras. Lance perfeito para o goleador Célio atacar mais forte. Ofereceu-lhe a ajuda pretendida e, depois das compras, tabelou com a moça e marcou o primeiro encontro pra decolar namoro. De início, Dona Ilda, xará da filha, não simpatizou muito com o artilheiro do Jabuca, mas, depois de conhece-lo melhor, deixou o jogo correr e pintou noivado  na área, em junho de 1962.    

 Ilda tinha 20 anos, ao dizer o sim no altar, ao noivo, de 23. Passaram a lua-de-mel entre a mineira Poços de Caldas, São Paulo e Santos, e foram residir na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Célio voltou daquele período uma fera com os cartolas vascaínos, pois a promessa de ajuda nas despesas casamenteiras ficara só no papo. O que o ajudou mesmo, contou, foi a atitude do goleiro Humberto Torgado, de entregar-lhe toda a gana depositada na caixinha dos jogadores (para a festinha de final de ano), pra ele pagar os compromissos imediatos: Cr$ 40 mil cruzeiros mensais do aluguel de residência e mais Cr$ 20 mil da prestação da compra de imóvel. Por aquela época, os jogadores de futebol tinham desconto previdenciário do antigo IAPC-Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários, e Célio dizia estar vivendo com o dinheiro que sobrara das luvas recebidas  pela mudança do Jabaquara para o Vasco da Gama.

 Em junho de 1964,  quando esperava pelo primeiro filho, Célio voltou a reclamar dos cartolas. Ao assinar contrato com os vascaínos, ele levaria Cr$ 50 mil mensais, que seriam aumentados, para Cr$ 70 mil, na época do casório. Devido a inflação alta do período, ele dizia precisar ganhar Cr$ 180 mil mensais para acompanhar a dura fase. No meio da cobrança, chorava não ter ficado no Milan, por ter pedido Cr$ 15 milhões, de luvas, quando o clube italiano só oferecia Cr$ 5 milhões. E acusou os rossoneri de tentar desvalorizá-lo, só o lançando em campo pelos 10 minutos finais das três partidas nas quais entrara.   

                                                                      6

                                                MELHORES DE 1964

 Durante as a década-1960, era tradicional a imprensa eleger a seleção dos campeonatos estaduais. Com o Vasco da Gama, na entressafra, seu time só conseguira escalar Saulzinho e Célio no time dos melhores, após o SuperSuper-1958 e até 1964, quando, o máximo que levantara fora um vice-campeonato estadual, em 1961, dividido com Flamengo e Fluminense.

 No caso da Revista do Esporte, para formar o seu time dos astros-1964, esta ouviu 36 profissionais da imprensa esportiva carioca - Antônio Cordeiro (Rádio Nacional), Luís Mendes (TV Rio), José Araújo (O Jornal), Rui Porto e Clóvis Filho (Emissora Continental); Oduvaldo Cozzi (Rádio Mayrink Veiga/TV Excelsior), Benjamin Wright e Waldir Amaral (Rádio Globo); Gérson Monteiro e Milton Salles (Revista do Esporte); Mário Filho, Luis Bayer e Geraldo Romualdo (Jornal dos Sports); Doalcei Camargo (Rádio Guanabara); João Saldanha (Rádio Guanabara/Última Hora/TV Rio), Orlando Batista e Ademar Pimenta (Rádio Mauá); Ricardo Serran (O Globo);  Luís Alberto (Diário de Notícias), Fred Quarteroli (Diário Carioca), Alberto Laurence (Última Hora/Jornal dos Sports); Mário Derrico (Luta Democrática); Don Rosé Cavaca (Tribuna da Imprensa); Sandro Moreira (Última Hora); Armando Nogueira e Marcos Castro (Jornal do Brasil); Halmalo Silva (O Dia/A Noticia); Achilles Chirol (Correio da Manhã); Cid Ribeiro (Rádio Tupi); Raul Longras (Rádio Mundial/A Noite); Carlos Marcondes (Rádio e TV Continental), e Zildo Dantas (O Dia/A Notícia) – e elegeu esta seleção do Estadual-RJ: Marcial (Flamengo); Carlos Alberto Torres (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos e Rildo (ambos do Botafogo), com o primeiro deslocado para a zaga,pois era lateral-esquerdo; Oldair (Fluminense) e Roberto Pinto (Bangu ); Paulo Borges (Bangu), Célio (Vasco da Gama), Parada (Bangu) e Abel (América).

A fase vivida por Célio era boa, mas o Vasco da Gama fizera uma fraco Campeonato Carioca, terminando em sexto lugar, atrás de Fluminense, Bangu, Botafogo, Flamengo e América. Enquanto os campeões somavam 39 pontos, os cruzmaltinos conquistavam 10 a menos, caindo por seis vezes e empatando sete jogos. Nas 11 vitórias, marcara 44 gols -  16 de Célio - e levara 28.

Célio considerou o seu gol mais bonito na temporada o da partida noturna, no Maracanã, em Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. “Um prêmio ao meu esforço e dos companheiros Saulzinho e Zezinho. Este, depois de ultrapassar o Carlos Alberto Torres,  fez-me o passe. De frente para o gol, tentei chutar. A bola bateu no Procópio e ficou entre o Saulzinho e o Altair. Como o zagueiro tricolor demorou a rebatê-la, o Saul, rapidamente, chutou ao gol. Novamente, a bola tocou no Procópio e ia saindo pela linha de fundo. Corri e, tentei passá-la para o Saulzinho. A bola bateu no Altair, enganou o goleiro Castilho e eu fiz o gol, perdendo o equilíbrio devido o esforço que fez-me beijar a grama”, narrou Célio, que enganou-se ao citar Zezinho que não participou do prélio.

O jogo em que Célio fez o seu considerado gol mais bonito no Campeonato Carioca-1964  foi no domingo 13 de setembro, no Maracanã, aos 20 minutos do primeiro tempo do prélio assistido por 49.288 pagantes. Naquela temporada, além de 16 tentos do Estadual, Célio marcou mais três pelo Torneio Rio-São Paulo e 11 em amistosos, totgaliznado 30, o que não deixou de ser, para ele,  um boa temporada nas redes.

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                                               CAPA DE REVISTA  

FOTO DA REVESP

  A Revista do Esporte  - Nº 343, de 2 de outubro de 1965 -, trouxe Célio na capa, juntamente com o meia tricolor Joaquinzinho, estampando chamada óbvia: "Dois craques, dois estilos”. Dizia a publicação que Célio “despontou, de imediato, como ponta-de-lança capaz de enredar as defesas adversárias, com suas tramas, e dar ao time os gols que a torcida recamava”. Acrecentava que “batia bem na bola, com os dois pés” e tinha estilo “brigão que vai cavar o gol lá na chamada zona em que os zagueiros usam toda a espécie de recursos para evitar que os atacantes adversários balancem as redes do seu time”. Também, o via dono de muita mobilidade, “motivo porque há ocasiões em que parece um serelepe, pulando daqui para a li, na tarefa de iludir os seus marcadores e, ao mesmo tempo, evitar que as suas canelas sejam devidamente condecoradas por algum beque mais afoito”. O elogiava considerando que “enche os olhos da torcidacabeceando bem, testando a bola com pontaria certeira, capaz de assustar qualquer goleiro”. E finalizava: “É veloz com a bola nos pés ou quando se desloca para receber um lançamento”. 

 Tempos depois, pelo Nº 378, de 4 de junho de 1966, o elogiado Célio voltava à capa da semanária, em uma das muitas outras vezes. Na antepenúltima página, a do editorial, o expediente dizia que ele fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” (que treinaria para a Copa do Mundo-1966). A matéria estava nas folhas 45/46, no entanto, trazia chamada espantativ“Ele é vascaíno desde garotinho, mas..  - um explicativo título complementava: “Porque Célio quer deixar o Vasco”.

  Segundo a publicação, Célio via-se merecedor de melhor salário e, além de querer ganhar melhor, dizia necessitar voltar para São Paulo, devido assuntos particulares da família residente em Santos. Bem antes disso, a revista havia publicado com ele duas capas muito parecidas, entre finais de 1963 e inícios de 1964. Pelo Nº244, de 9 de novembro de 1963, Jurandir Costa fotografou Altamiro, Célio, Lorico (em pé), Sabará e Maurinho (agachados), enquanto a edição Nº 256, de 1º de 1964, a "turma de cima" é repetida, sem os outros colegas, tendo por diferencial a posição dos braços.

 Quando lançou as duas tiragens, a semanária tinha oficina e redação no centro do Rio de Janeiro, à Rua Santana Nº 136. Integrava a mesma empresa que publicava a Revista do Rádio, ambas de propriedade de Anselmo Domingos, contando com os repórteres Adílson Polvil, Waldemir Paiva, Mário Derrico, Nóli Coputinho, Deni Menezes, Tarlis Batista, Ademar de Almeida, Henrique Batista e Otton Corrêa. Um outro número trazia a informação “Vasco vai gastar milhões com o futebol” e garantia que os “grandes astros” Célio e Lorico, não seriam negociados, pois, com eles, o presidente Manoel Joaquim Lopes e o diretor João Silva “acenavam com a volta aos grandes dias”. 

Célio voltou a estampar uma revista pela contracapa da edição Nº 277 de A Gazeta Esportiva Ilustrada que circulou na primeira quinzena de maio de 1965 da publicação paulista que se intitulava "a maior revista esportiva do Brasil". Com sede na Avenida Cásper Líbero - Nº 88 -, dirigida por José Carlos Nelli e secretariada por Orlando Duarte, a publicação postou esta foto que reuniu: Lévis, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Joãozinho, Lorico, Célio, Mário Tilico e Zezinho (agachados, na mesma ordem).

FOTO

Célio mereceu, também,  contracapa em que o editor brinca com ele, aproveitando de click malandrinho do fotógrafo da Revista do Esporte que cobria a vidaVasco da Gama.

FOTO

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                                             PENALTIEIRO

 Em 1965, Célio fazia parte da galeria dos grandes cobradores de pênaltis do futebol brasileiro. Jogava no time de Pelé (Santos), Didi (Botafogo), Parada (Bangu), Roberto Dias (São Paulo), Rinaldo (Palmeiras), Fefeu (Flamengo), Gílson Nunes (Fluminense), Flávio (Corinthians), Nair (Portuguesa de Desportos) e Carlos Pedro (América-RJ). Na época, o grande sucesso era a paradinha, inventada pelo “Rei Pelé” e que andou sendo proibida. 

Embora fosse considerada um debochepor entrevista à Revista do Esporte - N 333, de 24.07.1965 -, Pelé garantia não pretender, com a sua malandragem, tirar o goleiro da jogada, como a imprensa dizia. “Eu travava a corrida para o arqueiro se atirar pro canto que tivesse escolhido, E chutava no outro, sempre com a perna direita”, explicava.

 De sua parte, Célio tinha esta receita para a sua cobrança: “A maneira de chutar depende, inteiramente, da ação do goleiro. Normalmente, gosto de bater bem forte, visando um canto qualquer. Porém, na corrida, sempre olho para o goleiro, pra ver se ele se mexe, ou não. No caso de sair para um lado, procuro colocar a bola no outro”.                                                                        

 E gols com bola rolando, qual a receita? Célio havia contado isso para a Revista do Esporte - Nº 263, de 31 de março de 1964 -, durante temporda em que marcara 15 tentos pelo Campeonato Carioca. Suas manhas: 1 – empenho; 2 – coragem; 3 – técnica; 4 – malícia; 5 – chutes bem colocados.

 A publicação considerou Célio um atacante mais técnico e mais sutil do que a maioria do futebol carioca, “procurando conseguir o seu objetivo sem fazer muito uso do corpo”. Disse, também, que ele teve “atuações de realce e marcou a sua presença no certame (Estadual-1964). assinalando gols de boa feitura, firmando o seu prestígio de artilheiro”. Ainda o viu como como “um atacante que preferia levar uma defesa de roldão, com jogadas técnicas e, muitas vezes, cerebrais”. Não o tinha por “rompedor de defesas no peito” e afirmava que ele jogava assim desde os seus tempos de Jabaquara, quando mostrava-se “atacante dos mais talentosos”.  À época desta entrevista à revitas carioca, Célio estava com 23 de idade e dizia que o mais importante para o sucesso de sua carreira seria “marcar muitos gols, para ter o nome sempre em evidência”.  

 Em uma outra edição na qual ele voltara a ser capa da Revista do Esporte -  Nº 378, de 4 de junho de 1966 -, na antepenúltima página, contava-se que Célio fizera boas partidas pelo Torneio Rio-São Paulo, “merecendo sua convocação para o escrete nacional” – que treinaria para a Copa do Mundo-1966. O texto, nas folhas 45/46, dizia que “Ele é vascaíno desde garotinho, mas...” - queria deixar o clube, por acha que ganhava pouco. Não topava o reajuste proposto pelo Vasco da Gama, para renovar contrato ganhando “pouco mais de Cr$ 700 mil mensais” (salário do lateral-esquerdo Oldair Barchi), além de promessa de boas gratificações. Preferia ir embora, levando os 15% que a lei do passe dava ao atleta. “Esta é a saída para o meu caso. Para que eu viva tranquilo, só mesmo conseguindo a minha venda para um clube paulista. Caso contrário, eu passaria a vida inteira atrás dos dirigentes do Vasco, suplicando melhoria de salário para poder ficar descansado”, rugia, a fera.

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                                               GOLS MAIS BONITOS

 Célio considerava o seu maior tento o da noite de 21 de janeiro de 1965, no Maracanã, decidindo o I Torneio Internacional de Verão, contra o Flamengo. Relatou: “O goleiro deles, o Marcial, defendeu a bola, e eu me abaixei, como se estivesse amarrando as chuteiras. Fiquei com o rabo de olho ligado nele, que mostrou-se querendo repor a bola rumo ao seu lateral-esquerda. Quando o fez, dei o bote, no bico da grande área, e toquei na pelota por cima dele, que saiu correndo. Até conseguiu pegá-la, mas caiu com bola e tudo dentro do gol” – gol assistidos por 59.814 pagantes. FOTO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENARIO

  Dois anos antes, Célio marcara um outro gol que não saía da sua memória. “Contra o Penãrol, no Chile (09.04.1963). Perdíamos, por 1 x 0, e houve um pênalti contra nós (os vascaínos). Como o nosso goleiro fez grande defesa, nos animamos e, num dos nossos ataques, o Joãozinho sofreu pênalti. Cobrei-o e igualei o placar – aos 3 minutos da etapa final - , algo muito importante, para mim, que estava iniciando a minha vida cruzmaltina”, narrou .

Também, valeu muito, para  Célio, seu gol, pelo Campeonato Carioca-1963, contra o Olaria (10.08 ) clube que o Vasco da Gama não vencia, há duas temoradas. “Recebi a bola pela altura do meio do campo e ataquei. Como o meu marcador foi recuando, em vez de me combater, perto da grande área, vi que dava pra arriscar. Mandei uma bomba, chute tão bem disparado, que nem senti o pé trabalhar. A bola bateu no travessão e quicou dentro do gol. Ganhamos, por 1 x 0, e acabamos com o tabu”, comemorava.

Também, diante do Olaria, mas no campeonato de 1964, Célio mandou pra rede outro gols que considerava dos seus mais bonitos (13.11), assistido por 5.479 pagantes, à noite, no Estádio General Severiano, com Vasco da Gama 5 x 0. “O lance começou na nossa linha média. O Mário Tilico, que estava pela ponta-direita, trocou a sua colocação comigo, pra confundirmos a marcação. Ele foi para o miolo do ataque e, no instante, o Lorico mandou a bola para a ponta-esquerda. Pressenti que dali sairia um cruzamento e corri  para área. A bola chegou-me à meia-altura, peguei-a de bate-pronto (complementou do chute) e fechei o placar. Fiz três, naquela artida”, relembrou, tendo marcado os seus gols aos cinco minutos do primeiro, e aos 15 e aos 32 do segundo.

Ainda de 1964, mas contra o Bonsucesso, Célio separava um outro gol. “Eles vieram para o nosso campo, e nós recuamos. No sufoco, a nossa zaga mandou um chutão pra frente. A bola caiu nas costas do zagueiro Zé Maria, dando-me a entender que não chegaria nela. Corri para o lance. A pelota quicou no gramado, a conduzi com a barriga, com os braços levantados, pra fugir de reclamações de que a teria ajeitado com uma das mãos e, quando o goleiro deles saiu, para tentar a defesa, o, encobri” , descreveu sobre os 4 x 2 (31.10), quando marcou, aos 35 minutos da etapa inicial, e aos nove da final, no Maracanã.

 Célio sempre achou que “quem não tenta não faz”. Por isso, agia assim para marcar gols bonitos e preciosos. Dos goleiros de clubes cariocas, embora considerasse o tricolor Castilho o melhor, era contra o botafoguense Manga que ele tinha mais dificuldades de vazar. “Mas fiz um nele que valeu muito. De falta (15.04.1964). Dando a entender que não botava fé na minha cobrança, o Manga mandou a barreira abrir, muito confiante, pois era considerado o melhor se sua posição no país. Fui para a cobrança, com redobrada vontade de fazer o gol. A bola voou, com muito efeito, e a sua queda no fundo da rede nos valeu bicho de Cr$ 100 mil cruzeiros, para cada jogador, pela nossa vitória, por 1 x 0”, destacou, do prélio pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, que recebeu 18. 774 pagantes – o forte ataque alvinegro tinha  Garrincha, Gérson, Jairzinho Quarentinha e Zagallo. 

Dos seus inícios de carreira, Célio destacava dois gols marcados, em 1962, pelo Jabaquara. No primeiro, enfrentava o favorito Corinthians, na Vila Belmiro (estádio do Santos). “Perto do final da partida, eu estava pela intermediária. Lancei o Marcos (ponteiro, futuramente, corintiano e da Seleção Brasileira) e tabelamos, até a grande área deles. Em seguida, ele  foi à linha de fundo e cruzou, na medida. Antecipei-me ao goleio e a um zagueiro deles, fazendo o tento da nossa vitória, por 2 x 1. Foi o meu primeiro grande gol como profissional”, recordava.

O outro golaço, pelo Jabuca, foi descrito assim: “Enfrentávamos o Noroeste, em Bauru, e perdíamos, por 3 x 2. Pra piorar, tivemos o nosso zagueiro central expulso de campo. Então, recebi a ordem de ir pra zaga. Nos últimos minutos, desarmei um ataque e fui saindo da nossa área, com a bola dominada, procurando alguém para entregá-la. Como não aparecia ninguém pra ajudar, ou me combater, de repente, eu já estava na entrada da área deles. Bati forte, pelo alto, mandando a bola no ângulo direito, ou no esquerdo da trave. Na forquilha. Não me lembro bem de qul poste, só sei que foi um belo gol”.

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                                  AMIGO DA REDE

  Nem só de visitas às redes viveu Célio. Nos inícios da carreira, ele foi zagueiro central, lateral-esquerdo e até goleiro, em jogos de juvenis e aspirantes. Finalmente, em 1958, quando defendia o Jabazquara, definiu-se pelo ataque.

 Antes de começar a desempregar goleiros, Célio passou por uma que ele não esperava. Corria 1957 e a Portuguesa Santista teria compromisso contra o Noroeste, de Bauru, no Estádio Ulrico Mursa, em Santos. O treinador Filpo Nuñez estava com os seus três goleiros sem condições de jogo - o titular e argentino Le Pera, com um dedo fraturado; o reserva, Lugano, também, argentino, com luxação em um dos cotovelos, e a terceira opção, Aprecido, sofria com dores musculares. Sem saída, o treinador recorreu aos times amadores: “Surpreendentemente, o Papa (treinador das bases) indicou-me para o gol, porque, durante os os bate-bolas de antes dos coletivos gostava de brincar de goleiro. Escapei daquele porque anestesiaram as costas do reserva do reserva”.

 Estava escrito, porém, que chegaria a vez de Célio sentir na pele os apuros que os goleiros passavam. Em 1960, ele e Filpo Nuñez se reencontraram no Jabaquara. E não foi que o argentino fez-lhe voltar a treinar no gol! Ainda bem, pois faltando 20 minutos para o final de uma partida contra o  Corinthians, no Parque São Jorge, o goleiro Barbosinha foi expulso de campo e ele teve de substituí-lo.

O Jabaquara colocou 3 x 2 no placar e os corintianos foram, com tudo, pro abafa. Agitado, Filpo gritava, pedia ao Célio pra socar bolas pra longe da área, nunca tentar agarrá-las. Numa dessas vezes, ele acertou um  murro na cabeça de zagueiro colega, nocauteando-o. "Faltavam uns dois minutos para o final, quando o Corinthians fez novo cruzamento para a nossa área. O centroavante deles, o Almir (Pernambuquinho), pressentindo que não alcançaria a bola, acertou-me uma cabeçada. Pouco depois, fizeram mais um cruzamento e eu fiz uma daquelas chamadas pontes cinematográficas. Pra ganhar um tempinho, rolei com a bola pela área e o Almir, deslealmente, pisou em uma das minhas mãos. Senti uma dor horrível e revidei, com uma cabeçada. Instantes depois, o jogo terminou. A torcida corintiana invadiu o gamado e eu não sabia pra onde correr. No meio da pancadaria, acertei, com os dois pés, o peito e o rosto do primeiro que tentou me pegar. Depois, peguei o cassetete de um policial e, com ele, fui me defendendo, até ser salvo por dois adversários, o goleiro Gilmar (dos Santos Neves) e o zagueiro Olavo. A chegada de  tropa de choque policial até serenou os ânimos, mas, quando saíamos do estádio, o nosso ônibus foi apedrejado e quebrado à pauladas. Nunca mais eu quis ser goleiro", reelembrou Célio, que considerava Castilho, do Fluminense, e o uruguaio Maidana, do Peñarol, os melhores que viu com a camisa 1.

O temperamento de não levar desaforos para casa, valeu a Célio questionamento, tempos depois, da semanária esportivo de maior circulação no país, a Revista do Esporte, pelo  Nº 347, de 30 de outubro de 1965, quando ele já defendia o Vasco da Gama. Indagava a publicação: "Vítima ou farsante?" Ele jurava não ser um “fiteiro", encenador. “É fácil julgar, comodamente, sentado, assistindo a uma partida. Sugeri que os meus críticos fossem para dentro do gramado, levar as sarrafadas que eulevava. Se eu trocasse de lugar com eles, garanto que mudariam de opinião", afirmava.

Para exemplificar o que Célio sofria dentro de campo, a revista citava duas situações em que o atleta cruzmaltino saíra de campo em precárias condições físicas, enfrentando Flamengo e Botafogo, pela Taça Guanabara-1965: 1 – encarando o zgueiro rubro-negro  Ditão (Gilberto de Freitas Nascimento), saiu de um lance carregado, para o médico vascaíno costurar-lhe pontos na cabeça; 2 - diante dos alvinegros, bola dividida com o meia Gérson (Nunes de Oliveira) valeu-lhe a perna esquerda duramente atingida. Sobre os dois lances, Célio comentou: "Com o Ditão, o choque foi casual. Disputamos uma bola aérea e cada um caiu para um lado. O Gérson, porém, foi desleal. Abriu-me uma avenida na canela. E olhe que foi num lance de meio do campo, sem perigo de golDeixou-me de fora de muitos treinos e jogos”.

O que foi lido acima era até pouco diante de uma situação vivida por Célio, diante do São Paulo, em seus ínícios de carreira. “Durante cobrança de escanteio, ao pular para tentar a cabeçada, o lateral-direito De Sordi e o zagueiro central Bellini acertaram dois socos no meu rosto, levando-me a cuspir vários dentes. Eu estava caído, no gramado, sofrendo, e os caras ainda vieram tripudiar, dizendo: ‘Aqui é  assim, mesmo, garoto. Depois, piora’, relembrou, sorrindo, muito tempo depois.

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                                                O ÍDOLO DE CRISTAL                                                                    

   Os zagueiros fizeram Célio  ser o “Rei das Cicatrizes” e levar 15 pontos só na cabeça. Mesmo assim, ele nunca foi atacante de fugir da ferocidade dos marcadores. Por conta daquilo,  vivia na  na pontas das agulhas que lhe desenhvram várias lembranças. Na cabeça, os sinais pintaram entre começo de 1963 e o primeiro semestre de 1966. Pra completar, becões adversários e repórteres apelidaram-no por ídolo de cristal e canelas de vidro, devido a frequência com que era mandado para o departamento médico. Mas ele nem ligava. Certa vez, em 1966, contra-atacou: "Não critico os que me dão tais adjetivos, mas seria bom que, antes, me procurassem. Eu lhes mostraria as marcas (no corpo) que não ficam em que é de  de vidro ou de cristal. Sou pago para jogar, não fujo da área, levo sarrafadas e volto para conferir" -  Nº 7 da revista Futebol e Outros Esportes.

 Célio imputava às retrancas grande parte da ação violenta dos zagueiros. E as via em exagero no futebol carioca: "É muito mais fácil destruir do que construir. Com isso, nós do ataque levamos as sobras. Os homens de área vão ganhando mais pontapés e cabeçadas", criticava.

Quando era parado pelos becões na pancadaria, Célio vingava-se deles, muitas vezes, acertando a rede em cobranças de falta, de fora da área, por uma maneira incomum: pegava grande distância da bola para o chute. Sua explicação: "Eu fico com melhor visão do arco, pois as barreiras sempre se mexem. Assim, consigo um ângulo novo para o disparo. Se vale sorte, ou não, o certo é que vários gols saem por esta técnica. Preciso defender o leite da garota (a filha primogênita, Flávia). Por isso, em campo, faço de tudo para dar a vitória ao clube que me paga, para não faltar nada na casa da Dona Nilda", acentuava.      

 Em quatro tempradas vestindo a jaqueta do Vasco da Gama, o atacante Célio tornou-se um dos maiores goleadores cruzmaltinos no Maracanã, com 40 bolas no filó – à sua frente estão: 1 - Roberto Dinamite (193), em 25 temporadas, de 1971 a 1992 (descontando-se 1980, quando defendeu o Barcelona-ESP; 1989, emprestado à Portuguesa de Desportos-SP, e 1991, aventurando-se pelo Campo Gande-RJ); 2 - Pinga e Romário (70), o primeiro de 1953 a 1961, e o segundo, de 1985 a 1988; de 2000 a 2002; de 2005 a 2006, e em 2007; 3 - Sabará e Ademir Menezes (44), tendo o primeiro ficado de 1952 a 1962 e voltado em 1964, enquanto o segundo esteve vascaíno,  de 1942 a 1945 e de 1948 a 12955; 4 - Vavá (42 gols), em seis temporadas, de 1952 a 1958. 

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                                            VOO CANARINHO

FOTO Ditão, Edson Borracha, Murilo, Lima, Roberto Dias e Altair; Gildo, Bianchini, Fefeu e Paraná  foi a primeira formação canarinha de Célio em treinos de 1965    

Célio chegou à Seleção Brasileira, mas não foi à Copa do Mundo-1966, na Inglaterra. Segundo ele, “por motivos políticos, pra sobrar vagas para um mineiro e um gaúcho”. Depois de Brito (zagueiro) disputar três partidas pela Copa das Nações-1964 – comemorativa das cinco décadas de criação da Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) - ele foi o próximo atleta vascaíno a vestir a camisa da Seleção Brasileira, em 1965.

 Convocado pelo treinador Vicente Feola, para amistosos no Brasil e pelo exterior, Célio ganhou a chance de atuar em duas partidas, substituindo o corintiano Flávio (Almeida), que estava sendo testado como parceiro de Pelé. Entrou aos 60 minutos de Brasil 2 x 0 Alemanha Ocidental (ainda havia o muro de Berlim), voltando a jogar do lado de Pelé, o que não vivia desde os tempos de recrutas do Exército, em Santos-SP.

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Aquele jogo rolou em 6 de julho de 1965, no Maracanã, com o time canarinho assistido por 143. 315 pagantes e sob o apito do  peruano Carlos Rivera. Brasil do dia: Gilmar; Djalma Santos e Bellini; Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. Três dias depois, no mesmo estádio, o treinador Vicente Feola repetiu a troca de Flávio, por Célio, no decorrer do 0 x 0, também amistoso, contra a Argentina, aos 74 minutos. Foi um outro jogo de grande público – 130.910 pagantes –,  com novo apito peruano, daquela vez de Arturo Yamasaki,  e o time brasileiro sendo: Manga; Djalma Santos e Bellini; Orlando e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinaldo. 

Célio não foi escalado em nenhum dos quatro amistosos no exterior – contra Argélia, Portugal, Suécia e União Soviética –, mas na fase de treinos para a Copa do Mundo-1966, na Inglaterra, ele enfrentou o País de Gales, em 18 de maio, vencendo-o, por 1 x 0, no Mineirão, em Belo Horizonte, diante de 40 mil pagantes. O escocês Archie Webster apitou e o time canarinho teve: Fábio, Murilo e Djalma Dias; Sebastião Leônidas e Édson; Dudu (Roberto Dias) e Lima; Jairzinho, Tostão, Célio (Paulo Borges) e Ivair.

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Da esquerda para a dirieta, em pé: Murilo, Fábio, Djalma Dias, Edson, Leônidas e Dudu; agachados na mesma ordem: Jairzinho, Célio, Tostão, Lima e Ivair.        

 Perto da Copa do Mundo, os cartolas incluíram Céio na lista de dispensa do dia 19 de maio. Para a imprensa, aproveitaram o fato de o vascaíno ter perdido pênalti durante jogo-treino em que a rapaziada mandara 5 x 0 Atlético-MG. Naquele dia, com um minuto, Célio bateu na rede. Seis minutos depois, perdeu a vaga par ir à Copa do Mundo, chutando o penal defendido pelo goleiro atleticano Hélio, no feriado do 1º de maio de 1966, no Maracanã-RJ, sob apito de Guálter Portela Filho-RJ - Célio a 1 min; Tostão, aos 27 e Edu, aos 39 do 1º tempo; Parada, aos 2, e Ivair, aos 27 do 2º tempo escreveram a marcha da contagem para esta rapaziada que usou camisas verde e azul: Ubirajara (Valdir Moraes); Fidélis (Djalma Santos), Ditão (Djalma Dias), Altair (Leônidas) e Edson (Paulo Henrique); Denílson (Dudu) e Lima; Nado (Paulo Borges), Célio (Parada), Tostão (Flávio) e Edu (Ivair).  

FOTO Fidélis, Ubirajara, Denílson, Altair e Edson (em pé); Nado, Lima, Célio Tostão e Edu, agachados

Dos atletas vascaínos – os zagueiros Brito e Fontana - este viajou, contundido e foi cortado às vésperas do primeiro jogo -, o apoiador/lateral  Oldair Barchi e o atacante Célio – convocados para os treinos da Seleção Brasileira rumo ao Mundial da Inglaterra-1966, só o primeiro chegou por lá. E só jogou uma partida, em 19 de julho, quando o time brasileiro foi eliminado, por 1 x 3 Portugal, no estádio do Goodson Park, em Liverpool, diante de 58.479 pagantes. De candidato ao tri, o Brasil fez uma de suas piores campanhas em Copas do Mundo, só vencendo a Bulgária, por 3 x 1, na estréia. Depois, caiu, pelo mesmo placar, ante a Hungria e o já citado Portugal. 

 Para aquela campanha, a CBD convocou 47 atletas na fase de testes. Formou quatro times e nunca definiu o principal. O titular seria o que tivesse Pelé. Quanto a Célio, não voltou a vestir a camisa canarinha, pois trocou o Vasco da Gama pelo Naiconal, do Uruguai, na temporada seguinte. Viveu grande fase no exterior, mas, por aquele tempo, dificilmente, a Seleção Brasileira convocvava quem não atuasse por aqui, tendo Amaildo e Jair da Costa, naquele 1966, sido casos extraordinários, mas, também, cortados antes do Mundial.  

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                              CÉLIO & MÁRIO TILICO

 Marcado em um dos supercílio e por várias cicatrizes nas canelas, assinadas pelos becões malvados, mesmo assim Célio os encarava, sem medo, e os avisava: “Bola na área, pelo alto, ou no chão, é minha. Ninguém tasca”

Foi assim que ele saiu para o abraço, em dezenas de vezes, com a jaqueta cruzmaltina. Além de formar dupla fatal com Saulzinho, uma outra em que ficou muito bem com ele teve Mário Tilico. Atuaram juntos, pela primeira vez, em 3 de fevereiro de 1963, em Vasco 1 x 1 Toluca, amistosamente, na cidade mexicana do mesmo nome do clube, quando o companheiro bateu na rede, empatando a partida que os vascaínos perdiam até os 33 minutos do segundo tempo. Em 10 do mesmo fevereiro voltaram a atuar juntos, daquela vez como dupla matadora, em Vasco da Gama 2 x 0 Seleção de El Salvador, com cada um marcando um tento.

 No Brasil, a primeria reunião da dupla foi em 13 de março, no Maracanã, em Vasco 1 x 1 Botafogo, pelo Torneio Rio-São Paulo, com Saulzinho junto com eles no atque. Depois daquilo, o treinador Jorge Vieira usou mais a dupla Saulzinho & Célio, até que, no 6 de outubro, em São Januário, no 1 x 1 Campo Grande, pelo Campeonato Carioca, escalou os três juntos com Vevé, tendo Célio assinalado o tento cruzmaltino. Seguiram-se reuniões, entre 16 a 26 de março, em: 0 x 0 Canto do Rio e 2 x 2 América. Dali até o final do Estadual-RJ, em 14 de dezembro, atuaram nos 2 x 0 Olaria; 4 x 1 Madureira; 3 x 4 Flamengo; 1 x 1 Botafogo; 2 x 0 Bonsucesso; 1 x 1 São Cristóvão e 2 x 0 Bangu, com Célio marcando seis e Mário quatro gols.

Com a queda de Jorge Vieira, em 15 de setembro, por conta de Vasco 0 x 1 São Cristóvão, dentro de São Januário, a dupla teve Oto Glória (nove jogos) e Eduardo Pelegrino (cinco) por chefes, até o final de 1963.  Veio a temporada seguinte e Pelegrino manteve Célio e Mário juntos nas duas primeiras partidas - 1 x 1 Atlético-MG e 1 x 0 Cruzeiro, com dois gols por Célio. Na terceira, em 6 de março, por torneio internacional no Paraguai – Vasco 1 x 2 Guarani -, o chefe já era Paulinho de Almeida, que prestigiou a dupla e foi recompensado com gol marcado elo Mário. Cinco dias depois, no 1 x 1 Racing-ARG, Mário e Célio foram substituídos, no decorrer do prélio, por Altamiro e Saulzinho, que marcou o gol vascaíno. No 10 de março, despedindo-se do torneio, com 1 x 2 Cerro Porteño,  a dupla Célio & Mário foi mantida e este marcou o chamado gol de honra.

  A seguir, rolou o Torneio Rio-São Paulo - 14 de março a 9 de maio - e, Célio e Mário atacaram – 0 x 0 Fluminense; 1 x 3 Flamengo; 0 x 2 Santos e 1 x 1 São Paulo -, já sob o comando de Davi Ferreira, o Duque, com Célio marcando só três gols, e Mário nenhum.

Pelo meio da competição, a Turma da Colina saiu para cinco amistosos, entre 19 de abril a 1º de maio, sem Duque escalar a dupla Célio & Tilico. Após o Rio-São Paulo, o Vasco fez quatro amistosos e foi ao Torneio Início do Campeonato Carioca-1964, com Duque preferindo duplar no ataque Saulzinho e Célio. Só reutilizou o Tilico pelo Estadual, nos 2 x 2 Campo Grande, em 12 de julho, no Estádio Ítalo Del Cima, onde Célio mandou uma bola à rede. Até o final da disputa, Célio e Mário entraram em 29 ataques vascaínos, em alguns deles em triunviratos ofensivaço com a presença de Saulzinho, comandados por Ely do Amparo, a partir de 9 de agosto, em Vasco 3 x 3 São Cristóvão, na Rua Figueira de Melo. Desses compromissos, incluindo Estadual e amistosos, Célio foi à rede em 17 oportunidades e Mário em 12.

 Em 1965, entregando o seu comando técnico a Zezé Moreira, este preferiu Saulzinho e Célio na dupla fatal, e escalando Mário pela popnta-direita. Assim, o Almirante conquistou o I Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro - 3 x 2 Alemanha Oriental e 4 x 1 Flamengo – e o trio esteve junto pelos nove jogos seguintes, alguns com o Tilico entrando no decorrer dos compromissos. Seguiram-se mais 36 partidas com eles juntos, pelos Torneio Rio São Paulo, Taça Guanabara, Taça Brasil e Torneio Início do  Campeonato Carioca. Quando Célio ficou fora do time, Mário jogou muito do lado de Saulzinho.

FOT DO TIME CAMPEÃO DO TORNEIO IV CENTENÁRIO

  Em 1966, o treinador Zezé Moreira começou a temporada reunindo Célio & Tilico que atuaram juntos, pela última vez, em 16 de janeiro, nos 0 x  3 Chivas Guadalajara, pelo Torneio Internacional do México, na Cidade do México, o que significa que, depois, o Tilico não foi campeão do Torneio Rio-São Paulo (título dividido com Botafogo, Santos e Corinthians).  Sem o pernambucano Mário, o paulista Célio passou a ter, entre outros companheiros de dupla de área: Madureira, Picolé e Paulo Mata. 

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                                               CÉLIO & PELÉ

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 Aos 29 de idade, em 1969, quando já estava fora do Vasco da Gama e era ídolo da torcida do uruguaio Nacional, de Montevidéu, a direção do Santos pensou em Célio para ser o novo companheiro de Pelé no ataque do Peixe, sobretudo porque haviam sido amigos durante o serviço militar deles e quando a Seleção Brasileira treinou para a Copa do Mundo-1966. No entanto, o treinador santista, Luís Alonso Peres, o Lula, não o queria, mesmo com o “Rei” querendo. 

Célio e  Pelé tiveram vários algos em comum. O primeiro nasceu em Santos e o segundo residiu por muito tempo naquela cidade litorânea pulista. Como vascaíno, o único jogo entre eles não teve gol de nenhum dois dois velhos amigos, em  Vasco 3 x 0 Santos, pelo Torneio Rio-São Paulo, em 4 de abril de 1965, no Maracanã, diante de 42.250 almas, apitado por Aírton Vieira de Moraes, com gols marcados por Mário Tilico (2) e Luizinho Goiano. 

O troco sanista aconteceu durante a primeira noite do dezembro de 1965, no Pacaembu, em São Paulo, diante de 16.764 torcedores, que gastaram inflacionários Cr$ 27 milhões, 462 mil cruzeiros para assistirem Pelé vencer, pela  Taça Brasil. Daquela vez, Célio foi à rede santista, aos 83 minutos, cobrando pênalti, e Pelé ficou devendo. Mas foi ao caixa, durante aa noite do oito de dezembro, no Maracanã, marcando o gol de Vasco 0 x 1 Santos, que valeu o pentacampeonato da Taça Brasil, disputa nos moldes da atual Copa Brasil e que, também, valia vaga na Taça Libertadores.

Aquele jogo, no entanto, não foi tranquilo, tendo o árbitro Armando Marques excluído sete atletas, entre os quais Pelé. Acontecimento de uma época em que Célio vencia o velho amigo no torneio de vestimento de jaquetas: já havia envergado as de Portuguesa Santista, Ponte Preta, Jabaquara e Vasco da Gama, enquanto o “Rei do Futebol” seguia fiel à do Santos.

 Célio voltou a encara Pelé em mais três partidas, mas sem usar a camisa do Vasco da Gamas. A primeira, no 20 de agosto de 1968, defendendo o uruguaio Nacional, de Montevidéu, quando ficaram pelos 2 x 2, com Célio abrindo o placar, aos 15minutos, e o seu time chegando a abrir dois gols de frente. Mas o chapinha Pelé, aos 10 do segundo tempo, fez o dele, jogando no argentino estádio La Bombonera, em Buenos Aires, por um internacional torneio pentagonal.

 Apitado por Miguel Comesaña, o prélio teve o Nacional, treinado por Zezé Moreira, formando com: Manga; Cubillas, Ancheta, Emilio Alvarez e Mojica; Montero Castillo e Tejera; Esparrago, Prieto, Célio e Domingo Perez. Os santistas, dirigidos por Antoninho, foram: Cláudio; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Oberdan e Rildo; Joel Camargo e Lima; Amauri, Toninho, Pelé e Pepe.

Os dois outros encontros Célio & Pelé foram em 1971, quando o ex-vascaíno defendia o Corinthians, ambos pelo Campeonato Paulista. No primeiro, em 2 de agosto, no Morumbi, ninguém venceu – 2 x 2 , vistos por 57.855 desportistas -, com o “Rei do Futebol” balançando a rede, aos 91 minutos – Joel Mendes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Marçal e Rildo; Clodoaldo e Lima: Manoel Maria, Douglas, Pelé e Edu foi o time santista, escalado por Antoninho. Os corintianos, treinador por Dino Santos, foram: Ado; Mendes, Ditão, Luís Carlos e Miranda; Suingue e Tião; Paulo Borges, Ivair, Célio e Lima.

 O último encontro da dupla nos gramados foi no 30 do mesmo agosto, pela mesma disputa, no mesmo estádio e, novamente, sem vencedores – 1 x 1, com Célio na rede, aos 26 minutos, diante de 27.910 presentes. Antoninho e Dino Sani seguiam treinadores dos dois times, tendo os corintianos sido: Ado; Miranda, Ditão, Luís Carlos e Pedrinho; Suingue, Rivellino e Tião; Buião, Ivair (Benê) e Célio. Os santistas alinharam: Edevar; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Joel Camargo e Rildo; Léo Oliveira e Negreiros (Lima); Manoel Maria, Coutinho (Douglas), Pelé e Edu Américo.  OBA: Célio Taveira Filho disputou 26 jogos corintianos, vencendo 10, empatando oito e perdendo outros oito. Marcou quatro gols. 

 Com a camisa canarinha, os dois goleadores só estiveram juntos em duas partidas: 06.06.1965 – Seleção Brasileira 2 x 0 Alemanha Ocidental, no Maracanã, com gol de Pelé. Célio entrou em campo no segundo tempo, substituindo Flávio Minuano, escalado pelo  treinador Vicente Feola, que mandou ao gramado: Manga; Djalma Santos, Bellini, Orlando Peçanha e Rildo; Dudu e Ademir da Guia; Garrincha (Jairzinho), Flávio (Célio), Pelé e Rinldo, e em 09.06.1965 – Brasil 0 x 0 Argentina, no mesmo estádio, com Feola repetindo o time do jogo anterior e as substituições. 

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                             ENTORTOU O DEMÔNIO

  O que seria que o cidadão Célio Taveira Filho teria contra o Mané Garrincha, maior nome do futebol carioca de todos os tempos e apelidado por Demônio das Pernas Tortas? Seguramente, nada, pessoalmente. Tanto que se devam muito bem durante os treinos da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo-1966. Mas, quando iam para a frente do placar, o vascaíno dava um chega pra lá no também chamado Torto.

Embora tivesse desembarcado em São Januário, em 1963, Célio só foi enfrentar o Garrincha, pela primeira vez, em 15 de abril de 1964 pelo Torneio Rio-São Paulo,  em Vasco 1 x 0 Botafogo, com gol dele, aos 31 minutos do primeiro tempo. Naquele dia, o treinador Davi Ferreira, o Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve o Mané ao lado dos astros Manga, Rildo,  Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo – ver mais detalhes nas ficha técnicas de 1964.

No segundo pega, em 11 de agosto de 1965, pela quinta rodada da I Taça Guanabara, no mesmo estádio, o Torto entortou o Almirante e passou-lhe o troco: 3 x 0. Naquela vez, o apelidado Duque escalou: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odimar (Barbosinha) e Lorico; Sabará, Milton, Célio e Zezinho. O Botafogo teve: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Élton (Ayrton) e Gérson (Quarentinha); Garrincha, Jairzinho, Arlindo e Zagallo.

FOTO- Luizinho, Mário Tilico, Célio, Lorico e Zezinho,
em foto reproduzida ela revista carioca Manchete

 

Em 5 de setembro, Célio voltou a passar à frente do Mané. Era a decisão da Taça GB e, mesmo sem gol dele, o Vasco fez 2 x 0 Botafogo, pra carregar o caneco, graças a: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho, Célio, Mário e Zezinho. O Botafogo, que era o favorito ao título, chorou por causa de: Manga; Joel, Zé Carlos, Paulistinha e Rildo; Airton e Gérson; Garrincha, Jairzinho, Sicupira e Roberto. 

FILME DOS GOLS DE CÉLIO

O último confronto entre Célio e Garrincha deveria ser de festa total para o Mané, que estreava no Corinthians e levou 44.154 pagantes ao  Pacaembu, na capital paulista, lotando o estádio. Mas o nome da noite foi o Célio, que marcou dois gols, aos 37 e aos 80 minutos de Vasco da Gama 3 x 0 Corinthians. Turma dele: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luisinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião, comandada por Zezé Moreira. Corinthians: Heitor; Jair Marinho, Ditão, Galhardo e Édson Cegonha; Dino Sani e Nair (Rivelino); Garrincha, Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto – final da história: Célio 3 x 1 Garrincha.

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                                         TEMPORADA-1966                                          

 Foi a últma de Célio com a camisa cruzmaltina. Como a primeira, em 1963, começou disputando torneio internacional, no México, antecedido por amistoso, em El Salvador. A sua última partida vascaína rolou em 11 de dezembro de 1966 - Vasco da Gama 2 x 0 Olaria -, dirigido por Ely do Amparo e valendo pelo Campeonato Carioca. Antes disso, em 26 de novembro, havia marcado o seu último gol para a Turma da Colina - Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucesso -, também, pelo Estadual-RJ, diante de 13.373 torcedores que foram ao Maracanã e o viram bater na rede aos 32 minutos do segundo tempo – ver ficha técnica.

Célio começou a temporada-1966 assombrando goleiros: seis gols, em oito amistosos, entre janeiro e março. Mas a temporada-1966 não fora de tanto brilho para ele: seis gols, em nove jogos do Torneio Rio-São Paulo, e só três durante o Campeoanto Carioca, contra times pequenos: Vasco 3 x 0 Olaria; Vasco 3 x 1 Portuguesa e Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Aliás, a temporada-1966 não fora boa para toda a Turma da Colina, embora o seu time tivesse conquistado o Torneio Rio-São Paulo - por uma dessas mágicas tiradas das cartolas dos cartolas que deixaram o Vasco campeão dividido - com Botafogo Santos e Corinthians -, por não haver datas possíveis para uma decisão, devido aos treinos da Seleção Basileira para a Copa do Mundo da Inglaterra.

 Por ali, o Almirante vivia tempos com rendimento muito abaixo do esperado. Saiu do turno classificatório do Campeonato Carioca, em sexto lugar, com 12 pontos, em 11 jogos - cinco vitórias, dois empates e quatro quedas, marcando 16 e levando 11 gols. Parou a sete pontos do primeiro colocado. No turno final, subiu um degrau e ficou em quinto lugar, com  sete pontos, em sete jogos, vencendo três, empatando um e caíndo em três. Fez sete gols e deixou pasar 11 gols.

 Durante a Taça Guanabara-1966, Célio não bateu no barbante. Era fim de linha em São Januário, onde sentia-se já sem ambiente e dizendo, abertamente, que a única solução seria ele sair: “Quanto mais cedo melhor”. Reclamava ser considerado “o principal culpado pelas derrotas”e, ainda, dizia não ver companheiros confiando mais nele, como queixou-se à Revista do Esporte: “Cheguei a pedir ao treinador Zezé Moreira que me barrasse, mas ele respondia que confiava em mim. Então, eu ia para o sacrifício”. No entanto, ao deixar São Januário, tinha ajudado a Turma da Colina a conquistar sete casnecos: dos Torneio Pentagonal do México-1963; Torneio Internacional do Chile-1963; Toreio Francisco Vasques-1964;  I Torneio Internacional IV Centenário do Rio de Janeiro-1965; I Taça Guanabara-1965 e Torneio Rio-São Paulo-1966. 

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                                              ILUMINADO

  Célio foi o grande nome da única partida que disputou em Brasília: Vasco da Gama 2 x 1 Flmengo, em 31 de março de 1966, uma quinta-feira, marcando os dois tentos da vitória vascaína, aos 37 minutos do primeiro tempo, e aos nove da etapa final.

O jogo rolou em noite festiva, com a a Federação Desportiva de Brasília inaugurando dos refletores do então Estádio Nacional de Brasília – mais tarde, Pelezão, em homenagem ao tricampeão mundial Pelé -, o grande acontecimento desportivo da temporada na capital do país, onde os times de futebol eram amadores. Por ali, Brasília tinha poucas diversões para seus habitantes e transporte coletivo era difícil para se chegar ao local da partida

 Antes daquele clássico carioca em que Célio foi o dono da noite, o time cruzmaltino havia se apresentado em Brasília, no dia 21 de abril de 1962, durante festejos do segundo aniversário da nova capital do país, empatando, por 1 x 1, com o Combinado Brasilense, e com o seu gol marcado por um acabeçada de Saulzinho. Para aquela segunda presença a cidade, o treinador Zezé Moreira trouxe time campeão do Torneio Rio-São Paulo (empatado com Santos, Botafogo e Corinthians) e anotando na caderneta recentes cinco vitórias, em nove jogos daquela competição: 26.02 – 1 x - 0 Bangu; 02.03 – 3 x 0 Corinthians; 05.03 – 2 x 0 Fluminense; 09.03 – 1 x 0 São Paulo; 24.03 – 1 x 0 Portuguesa de Desportos-SP. Além daquelas vitórias, no 17 de março, os cruzmaltinos haviam empatado, por 1 x 1, com o Flamengo, no Maracanã, diante de 54.793 pagantes

 No jogo em Brasília, Célio deu luzes ao placar, aos 35 minutos, cobrando pênalti, e aos 54, em lance de raça e técnica. O time formou com: Amauri (Silas); Joel (Gama), Brito  (Caxias), Ananias e Hipólito: Maranhão e Danilo Menezes;  William, Picolé (Zezinho), Célio  e Tião (Ronildo).

 

                               18 - DO OUTRO LADO DO BALCÃO

 

Na quinta-feira 25 de maio de 1967, no Maracanã, pela Taça Governador Negrão de Lima, diante de 24. 331 pagantes, Célio enfrentou a Turma da Colina, pela primeira e única vez, em Vasco 2 x 0 Nacional, de Montevidéu. Os seus novos companheiros eram: Dominguez; Ubinas, Manicera, Mujica (Ancheta), Alvarez; Viera, Bita (Cúria) e Montero; Célio, Paz (Techera) e Uruzmendi. Do outro lado, ainda muita gente que havia jogado do seu lado: Franz; Ari (Nilton Paquetá), Ananias e Jorge Andrade; Oldair, Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Bianchini, Paulo Bim e Moraes, com com gols marcados por Maranhão, de pênalti, aos 16, e Paulo Bim, aos 33 minutos do segundo tempo – Thomaz Saares da Silva, o Zizinho, era o trinador.

Depois daquilo, a torcida do Vasco da Gama levaria 22 temporadas para assistir jogo de um outro grande ídolo contra a sua rapaziada: em 21 de outubro de 1989, pelo Campeonato Brasileiro, quando Roberto Dinamite, emprestado à Portuguesa de Desportos, atuava durante o 0 x 0, em São Januário, em um sábado, contra a Lusa do Canindé (apelido do time paulistano). Mas, ao contrário de Célio, que teve 24.531 pagantes vendo-o contra o Vasco - arbitrado por Gualter Teixeira Portela Filho -, o Dinamite não motivou além de 7.502 almas pagantes – ver escalações nas fichas técnicas de 1989.

A partir de 1967, quando foi viver Nacional, em Montevidéu, Célio ficou fora do Brasil por três temporadas e meia, deixando em sua história tricolor uruguaia 21 gols pela Taça Libertadores e tornando-se o segundo maior artilheiro do clube naquela competição continental, além de ajudá-lo a conquistar dois títulos nacionais. Caiu tanto no gosto da torcida que até ganhou um tango em sua homenagem. Quem diria: o matador virou tango! Com esta letra e a foto da partitura:  COLOCAR AQUI A PARTITURA

Onze meninos entram em campo/São bravos leões do Nacional/São onze glórias na frente... Célio/O dianteiro mais colossal/Agora se inicia a grande porfia/Os jogadores vem e vão/Grita a gente enquanto os players/Buscam o gol com louco afã/Começam os tricolores seu grande assédio/Já se vislumbra sua ação triunfal/ Chegam os gols do garoto Célio/O homem triunfo do Nacional/Grita o estádio vibra o cimento/Mil vozes gritando estão/Os onze garotos cheios de glória/Coma a trajetória monumental/Dão voltas ao campo esses leões/Com as blusas brancas do Nacional (bis) São campeões da frente...Célio/O artilheiro sensacional/Entre aplauso e o entusiasmo/Os gritos não param mais/E lá no mastro galhardamente/A grande bandeira flamejante está.

Pra merecer tango da torcida de tie uruguaio, de acordo com estatística do pesquisador Santiago Grazzi,  Célio marcou 175 jogos e 92 gol pelo tricolor de Montevudéum, contra (ordem alfabética): Atlanta-Arg (2); Barcelona-Equ (1); Cerro-Uru (6); Cerro Porteño-Par (4); Casa de Galícia-URU (1);Colo-Colo-Chi (1); Combinado Wanderers/EvertonChi (2); Corinthians-Bra (1); Danúbio-Uru (2); Defensor-Uru (4); DeportivoCali-Col (3); Depotivo Valencia Ven (2); Emelec-Equ (2); Estudiantes de La Plata-Arg (2); Guarani-PAR (1); Huracan-Arg (2); Huracan-Uru (2); Independiante-Arg (2); Independiante-Bol (2); Independiente Santa Fé-Col (1); La Luz-Uru(1); Libertad-Par (2); Ligas Agrarias de Salto-Uru (3); Ligas Regionales del Sur (1); Liverpool-Uru (5); Nacional de Durazno (Uru (2); Peñarol-Uru (4); Rampla-Uru (4); Rentistas-Uru (4); Resto de America –Ame (1); River-Uru (2); River Plate-Arg (1); San Lorenzo de Almagro-Arg (1); Seleção Berlim Este-Alem.Oriental (1); Seleção de Durazno-Uru (2); Seleção de Lavaleja-Uru (Seleção de Rivera-Uru (2); Sparta Praga-Tehc (1); Sporrting Cristal-Per (2); Sud America-Uru (4); Universidad de Chile (5) e Wanderers de Melo-Uru (1).

                                                                  19 - REPATRIADO 

 Em 1970, Célio voltou ao Brasil e defendeu o Corinthians, entre julho e parte de 1971. Depois, ainda vestiu a camisa do Operário, de Campo Grande-MS, em jogos que ele os considerava “de apresentação”, segundo explicava, por já ter-se revertido à categoria de amador. E foi tudo nos gramados. Depois, tornou-se empresário exportador de frutas, na Paraíba, esteve comentarista de rádio e trabalhou para o Botafogo, de João Pessoa.

Gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’, o goleador viveu até 29 de maio de 2020, deixando quatro filhos (dois homens e duas mulheres) e cinco netos. Confira as suas partidas e gols da temporada -1966:    

09.01.1966 - Vasco 2 x 0 Universidad-ELS. Estádio Olímpico de San Salvador, em EL Salvador. Gols: Célio, aos 5, e aos 14 (pen) min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício (Ari), Brito, Ananias e Odair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Acelino), Célio (Benê) e Zezinho.  

 11.01.1966 – Vasco 0 x 0 América-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária, na Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 40.000. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Lorico (Acelino) e Tião. OBS: ainda não se anunciavas três homens n omeio-de-campo, mas o treinador Zezé Moreira escalou Lorico pelo setor, concatenando com Maranhão e Danilo Menezes.      

18.01.1966 - Vasco 0x 3 Chivas Guadalajara-MEX.  Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Rafael  Valenzuela. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Tião.  

23.01.1966 - Vasco 0 x 2 Atlas-MEX. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Fernando Buergo. Vasco: Lévis.1966; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Luizinho Goiano), Célio (Benê) e Danilo Menezes (Ari). OBS: o treinador Zezé Moreira escalou Danilo Menezes fazendo o terceiro homem de meio de campo, embora apareça na escalação como ponta-esquerda.   

 27.01.1966 – 2 x 2 Spartak Praga-TCHE. Torneio Intenacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Gols Luizinho Goiano, aos 3, e Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Acelino, Célio e Danilo Menezes.   

 03.03.1966 - Vasco 0 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Torneio Internacional do México. Estádio: da Cidade Universitária da Cidade do México. Juiz: Diego Di Leo. Vasco: Lévis (Pedro Paulo); Joel Felício (Ari), Brito. Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico e Tião. . OBS: em seu último torneio intenacional fora do Brasil, pelo Vasco da Gama, três tentos foram marcados por Célio.

06.02.1966 – Vasco 2 x 0 Estudiantes-ARG. Amistsoso, na Cidade da Guatemala-GUA.  Juiz: Carlos Pontoza. Gol.s: Célio, aos 3, e Zezinho, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício (Ari), Brito Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Fontana), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. OBS:Fontana aparece substituindo um atacante porque dois defensores –Ananias e Oldair – e um meia-armador - Danilo Menezes foram expulsos de campo.

26.02.1966 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Público: 13.694. Renda: Cr$12.525,.520,00. Gol: Roberto Pinto (contra), aos 14 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano, Célio, Lorico (Rubilotas) e Tião (Zezinho).      

02.03.1966 – Vasco 3 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queróz. Público:44.154. Renda: Cr$ 66.050.000,00. Gols: Maranhã, aos 23, e Célio, aos 37 do 1º e aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fotanae Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião (Altamiro Capixaba). OBS: o jogo marcou a estreia de Garrincha no time corintiano, que teve o Mané em seu forte ataque, ao lado de Flávio Minuano, Tales (Nei Oliveira) e Gílson Porto, dirigidos pelo terinador Oswaldo Brandão. Embora a noite fosse de festa para o Garrincha, Célio foi considerado o principal nome da noite.    


05.03.1966 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 39.648.Renbda: Cr$ 39.358. 520.00. Gols: Lorico, aos 22, e Célio, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes (Zezinho); Luizinho Goiano, Célio, Lorico e Tião (Altamiro Capixaba). 

09.03.1966 – Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Gol: Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.  

13.03.1966 – Vasco 1 x 2 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: Renda: Cr$ 44.191.500, 00. Gol: Célio, aos 19 min do 2º tempo: Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Fontana (Ananias) e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Zezinho), Célio, Lorico (Picolé) e Tião.            

 17.03.1966 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 54.793. Renda: Cr$ 54.560.300,00. Gol: Zezinho, aos 22 min do 2º tempo:  Vasco:  Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Luizinho Goiano (Picolé), Célio, Lorico (Zezinho) e Tião. 

20.03.1966 – Vasco 2 x 5 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 12.973.Renda: Cr$ 20.002.000,00. Gols: Célio, aos 16 do 1º e Picolé, aos 38 min do 2º tempo.  Vasco: Amauri; Joel Felicio, Brito (Caxias), Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Picolé e e Tião.

24.03.1966 – Vasco 1 x 0 Portuguesa de Desportos. Tornio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público:14.233. Renda: Cr$ 13.202.980,00. Gol: Picolé aos 17 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão Danilo Menezes (Lorico); Zezinh, Célio, Picolé e Tião.

27.03.1966 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Público: 69.960. Renda: Cr$ 73.027.100,00. Vasco: Amauri; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho (Luizinho Goiano); Célio, Picolé (Lorico) e Tião.

31.03.1966 – Vasco 2 x 1 Flamengo. Amistoso. Estádio: Nacional, em Brasília-DF. Juiz: Idélcio Gomes de Almeida. Renda: Cr$ 50.044.000,00. Gols: Célio, aos 37 do 1º e aos 9 min do 2º tempo, ambos de pênalti. Vasco: Amauri; Joel Felício (Bolinha), Brito (Caxias), Ananias e Hipólito; Maranhão e Danilo Menezes; William, Célio (Gama), Picolé e (Ronildo) e Tião. OBS: o Vasco da Gama teve dois laterais digamos quase xarás, de nomes com a mesma pronúncia, mas com grafias diferentes: Jorge Hipólito dos Santos, nascido em 28.10.1950, em Duque de Caxias-RJ, e Ipólito Trindade, natural da cidade do Rio de Janeiro, em 27.08.1944. Portanto, o Ipólito da escalação acima é assim mesmo que se escreve.

29.05.1966 – Vasco 1 x 2 Napoli-ITA. Amistoso. Estádio: San Paolo, em Nápoles-IT.  Juiz: Alessandro D´Ágostino. Gol: Lorico, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Silas; Nado, Célio, Lorico e Danilo Menezes. OBS: Célio havia ficado de fora dos oito amistosos anteriores, contra Atlético-MG, Americano de Campos-RJ, Steua Bucareste-ROM, Laussane-SUI, Dukla Praga-TCH, Spartak-TCH, Lugano-SUI e Standard-BEL.

02.06.1966 – Vasco 1 x 2 Arezzo-ITA. Amistoso. Estádio: Comunale di Arezzo, em Arezo-ITA. Juiz: Rendo: Frullini. Gol: Célio (pen), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Pedro Paulo; Ari, Caxias, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Nado, Célio, Acelino e Danilo Menezes.         

04.06.1966 - Vasco 2 x 3 Bordeaux-FRA. Amistoso, em Bordeaux-FRA. Juiz: Emile Mallereau. Público: cerca de 8 mil. Gols: Luizinho Goiano, aos 23 do 1º, e Acelino, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Caxias (Sérgio), Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir Portela; Nado, Lorico), Célio, Acelino e Luizinho Goiano (Silas).   

08.06.1966 – Vasco 1 x 1 Barcelona-ESP. Amistoso: Estádio: Camp Nou, em Barcelona-ESP. Juiz: Gaspar Pintado. Público: 40 mil. Gol: Wilsaon Moreira, aos  30 min do 2º tempo. Vasco: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Alcir (Lorico); Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini (Acelino) e Danilo Menezes. 

15.06.1966 – Vasco 0 x 2 Anderlecht-BEL. Torneio Internacional de Paris. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Juiz: Amauri; Ari, Sérgio, Ananias e Jorge Andrade; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio (Wilson Moreira), Bianchini e Danilo Menezes. 

17.06.1966 – Vasco 1 x 1 Sparta Praga-TCH. Torneio Internacional de Paris. Juiz: Raymond Poncin. Estádio: Parc des Princes, em Paris-FRA. Gol: Célio, aos 27 min do 2º tempo. OBS: 1 - a pesquisa não encontrou a escalação do treinador Zezé Moreira nesta partida e nas de 19.06.1966 - Vasco 1 x 2 Lens-FRA - e 25.06.1966 – Vasco 5 x 0 Combinado da Toscana-ITA. Desta, porém, descobriu que este amistoso foi no Estádio Marcello Melani, em Pistoia-ITA, e teve quatro gols de Alcir, algo raríssimo, e um de Luizinho Gioiano; 2 – em nove amistosos, entre 21.03 e 25.06, Célio marcou quatro tentos e ficou de fora em oito partidas.

17.07.1966 – Vasco 0 x 0 Royal de Barra do Piraí-RJ. Amistoso. Estádio: da Colina, em Barra do Piraí-RJ. Juiz: Oldemar da Silveiras Furtado. Vasco: Edson Borracha; Ari (Miranda), Sérgio, Ananias e Oldair (Hipólito); Maranhão e Quincas; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 – Alcir aparece na escalação como se fora centroavante, mas atuou ajudando o meio-de-campo. 2 – Ely do Amparo dirigiu o time, para o Seu Zezé Moreira descansar um pouco.

24.07.1966 – Vasco 1 x 1 Combinado de Vitória da Conquista-BA, em Vitória da Conquista. Juiz: Gualter Portela FilhoGol: Danilo Menezes, no 2º tempo. Vasco:  Edson Boracha; Ari, Sérgio, Ananias e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio (Paulo Mata), Adílson Albuquerque (Elias) e Danilo Menezes. OBS: 1 - Ely do Amparo voltou a dirigir o time neste jogo; 2 – o amistoso seguinte foi em 31.07.1966 – Vasco 1 x 2 Democrata de Governador Valadares-MG – e a pesquisa só descobriu que o tento vascaíno foi marcado pro Danilo Menezes.

18.08.1966 – Vasco 1 x 1 Bonsucesso. Taça Guanabra. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eu nápio de Queiróz. Público: 4.991. Renda: Cr$ 4. 381.450,00. Gol: Danilo Meneazes, aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananis e Méndez; Maranhão e Oldair; William, Célio, Alcir e Danilo Menezes. OBS: 1 - Zezé Moreira voltou a dirigir o time e escalou Alcir como falso atacante, ajudando o meio-de-campo; 2 Célo não atou nas duas partidas anteriores, contra Bangu e Flamengo, respectivamente, em 07 e 14.08, ambas pela Taça Guanabara.

27.08.1966 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 19.754. Renda: Cr$ 25.100.490,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Méndez; Maranhão e Oldair; Nado, Célio, Alcir e Danilo Menzes.

03.09.1966 – Vasco 0 x 3 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 23.613. Renda: 30.846.510,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Médez; Maranhão e DaniloMenezes; Nado, Célio, Madureira e Moraes.

 07.09.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Amistoso. Estádio: Amaro Lanari Junior, em Ipatinga-MG. Juiz: Adalberto Gomes. Gol: Paulo Mata, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Pedro Paulo); Ari, Sérgio, Ananias e Mèndez; Maranhão (Oldair) e Danilo Meneazes (Quincas); Nado (William), Célio (Acelino), Madureiera (Paulo Mata) e Moraes.

18.09.1966 – Vasco 3 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 3.061. Renda: Cr$ 5.034.000,00. Gols: Nado, aos 4; Alcir, aos 32 do 1º e Madureira, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Sérgio e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio,  Madureira e Danilo Menezes. OBS: Célio não participou do jogo anterior pelo Estadual, em 13.09 – Vasco 2 x 1 São Cristóvão.

22.09.1966 – Vasco 3 x 0 Olaria. Campeonato Crioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Castro. Público: 7.578. Renda: Cr$ 9.028. 670,00. Gols: Célio, aos 9, e Nado, aos 35 do 1º tempo, e Alcir, aos 41 min da fase final. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.       

25.09.1966 – Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 5.252. Renda:Cr$ 8.545.500,00. Gols: Célio, aos 35 min do 1º tempo; Maranhão, aos 19 e Nado, aos 22 do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes.

29.09.1966 – Vasco 0 x 1 América-RJ. Campeoanto Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: JoséTeixeira de Carvalho. Público: 10.754. Renda: Cr$ 9.738.190,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.

16.10.1966 – Vasco 0 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz Eunápio de Queiróz. Público: 33,892. Renda: Cr$: 33.301.030,00. Vasco: Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Salomão; Nado, Célio, Madureiera e Danilo Menezes. OBS: Célio não atuou nas duas partidas anteriores: 02.10 – Vasco 2 x 1 Campo Grande e 08.10 –Vasco 0 x 0 Flamengo.  

19.10.1966 – Vasco 1 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 17.734. Renda: Cr$ 18.259. 150. Gol: Madureira, aos 48 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha (Amauri); Oldair, Brito, Fontana e Méndez; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.  

25.10.1966 – Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.782. Renda: Cr$ 15.151.490,00. Gol: Paulo Mata, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.

30.10.1966 – Vasco 1 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Idovan Silva. Público: 1.052. Renda: Cr$ 2.372.500,00. Gol: Oldair (pen), aos 16 min do 2º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Alcir e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho.  OBS: menor público de Célio em jogos vascaínos.

03.11.1966 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Aldo Pereira. Público: 14.396. Renda: Cr$ 14.814.060,00. Gol: Paulo Mata, aos 31 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Pauooi Matga e Moraes.

06.11.1966 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Amistoso. Estádio: Lomanto Júnior, em Vitória da Conquista-BA. Juiz: Guálter Portela Filho. Gol: Oldair, aos 25 min do 1º tempo. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Ananias e Oldair (Silas); Salomão e Danilo Menezes (Alcir); William, Célio, Luis César (Paulo Mata) e Zezinho (Moraes). OBS: inauguração do Estádio Lomanto Júnior.

10.11.1966 – Vasco 0 x 3 América-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Carlos Floriano Vidal de Andrade. Renda: cerca de 3 mil pagantes. Cr$ 3.048.000,00. Vasco: Valdir Appel (Amauri); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho. OBS: após este jogo, com sequência de seis derrotas e dois empateis, Zezé Moreira não comandou mais o time vascaíno. 

13.11.1966 – Vasco 1 x 0 Fluminense de Feira de Santana-BA. Amistoso. Estádio: Jóia da Princesa, em Feira de Santanas-BA. Renda: Cr$ 17.624.000,00. Gol: Val (contra), aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha (Valdir Appel); Ari, Sérgio, Fontana e Silas; Salomão (Maranhão) e Danilo Menezes; Nado, Célio, Paulo Mata e Zezinho (Moraes). OBS: 1 – inaugura.ção do Estádio Jóia da Princesa; 2 - daqui até o final da temporada, Ely do Amparo comandou a equipe.

19.11.1966 – Vasco 0 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 6.130. Renda: 20.673,000,00. Vasco:Edson Borracha; Oldair, Brito, Fontana e Silas; Salomão e Danilo Menezes; Nado, Célio, Luís César e Moraes. OBS: último clássico carioca jogado por Célio. 

26.11.196 - Vasco 2 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 13.373. Renda: Cr$ 16.558.340,00. Gols: Alcir, aos 27 da etapa inicial, e Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Maranhão e Alcir; Zezinho, Célio, PauloMata e Moraes. OBS: últmo gol vascaíno marcado por Célio.  

03.12.1966 – Vasco 0 x 3 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 11.515. Renda:Cr$ 10.436.590,00. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Celio, Paulo Mata e Zezinho.

11.12.1966 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Mário Vinhas. Renda: 1. 322.500,00. Gols: Nado, aos 18, e Alcir, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Edson Borracha; Ari, Brito, Ananias e Silas; Oldair e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Moraes. OBS: último jogo de Célio pelo Vasco da Gama. 

 

                            TODOS OS JOGOS E GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA

 

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

2

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

3

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

0

4

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

0

5

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

0

6

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

7

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

8

21-fev-1963

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

9

6-mar-1963

0x0

Olaria-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

10

9-mar-1963

1x2

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

11

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

12

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

13

24-mar-1963

1x2

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

14

28-mar-1963

1x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

1

15

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

2

16

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

1

3

17

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

2

5

18

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

6

19

27-abr-1963

2x3

Goytacaz-RJ

Amistoso

 

1

7

20

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

 

7

21

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

1

8

22

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

8

23

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

 

8

24

26-mai-1963

3x1

Seleção da Nigéria Ocidental

Amistoso

 

2

10

25

29-mai-1963

2x1

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

1

11

26

4-jun-1963

4x1

Al-Mourada (SUDÃO)

Amistoso

 

 

11

27

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

11

28

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

12

29

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

12

30

14-jul-1963

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

14

31

28-jul-1963

1x3

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

32

04-ago-1963

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

33

10-ago-1963

1x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

17

34

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

35

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

36

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

18

37

06-out-1963

1x1

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

19

38

09-out-1963

0x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

39

20-out-1963

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

40

26-out-1963

2x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

21

41

3-nov-1963

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

22

42

10-nov-1963

4x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

2

24

43

15-nov-1963

3x4

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

25

44

22-nov-1963

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

45

01-dez-1963

2x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

46

07-dez-1963

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

26

47

14-dez-1963

2x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

26

48

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

1

27

49

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

1

28

50

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

28

51

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

1

29

52

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

29

53

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

29

54

21-mar-1964

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

30

55

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

30

56

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

31

57

12-abr-1964

1x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

31

58

15-abr-1964

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

32

59

19-abr-1964

0x0

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

32

60

23-abr-1964

0x0

Siderúrgica-MG

Amistoso

 

 

32

61

26-abr-1964

1x0

Valeriodoce-MG

Amistoso

 

 

32

62

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

1

33

63

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

64

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

65

09-mai-1964

3x3

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

66

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

1

34

67

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

34

68

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

34

69

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

 

34

70

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

34

71

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

72

12-jul-1964

2x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

35

73

19-jul-1964

1x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

36

74

23-jul-1964

1x2

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

36

75

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

36

76

09-ago-1964

3x3

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

37

77

16-ago-1964

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

78

19-ago-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

79

23-ago-1964

2x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

80

27-ago-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

38

81

30-ago-1964

1x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

38

82

01-set-1964

1x0

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

1

39

83

06-set-1964

2x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

39

84

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

85

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

86

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

87

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

88

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

89

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

90

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

43

91

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

44

92

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

45

93

18-out-1964

3x2

Robinhood (SURINAME)

Amistoso

 

1

46

94

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

46

95

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

96

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

49

97

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

98

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

3

52

99

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

1

53

100

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

54

101

29-nov-1964

3x1

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

102

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

103

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

55

104

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

57

105

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

59

106

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

1

60

107

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

2

62

108

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

62

109

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

63

110

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

63

111

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

64

112

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

113

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

114

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

65

115

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

65

116

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

65

117

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

66

118

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

119

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

120

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

121

14-abr-1965

4x0

América-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

68

122

17-abr-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

123

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

68

124

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

125

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

126

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

69

127

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

70

128

16-mai-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

129

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

130

14-jul-1965

5x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

72

131

22-jul-1965

1x1

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

 

72

132

28-jul-1965

1x0

América-RJ

Taça Guanabara

 

1

73

133

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

3

76

134

07-ago-1965

3x1

Bangu-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

135

11-ago-1965

0x3

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

136

21-ago-1965

2x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

78

137

25-ago-1965

1x0

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

1

79

138

05-set-1965

2x0

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

79

139

19-set-1965

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

80

140

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

141

09-out-1965

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

142

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

2

82

143

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

82

144

30-out-1965

4x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

83

145

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

2

85

146

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

86

147

10-nov-1965

1x0

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

86

148

14-nov-1965

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

87

149

20-nov-1965

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

150

28-nov-1965

0x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

151

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

1

88

152

08-dez-1965

0x1

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

88

153

12-dez-1965

5x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

89

154

15-dez-1965

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

89

155

9-jan-1966

2x0

Universidad (EL SALVADOR)

Amistoso

 

2

91

156

11-jan-1966

0x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

157

18-jan-1966

0x3

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

158

23-jan-1966

0x2

Atlas (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

159

27-jan-1966

2x2

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

1

92

160

03-fev-1966

0x2

Seleção da Alemanha Oriental

Torneio Internacional do México

 

 

92

161

06-fev-1966

2x1

Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)

Amistoso

 

1

93

162

26-fev-1966

1x0

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

93

163

2-mar-1966

3x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

2

95

164

5-mar-1966

2x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

96

165

9-mar-1966

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

97

166

13-mar-1966

1x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

98

167

17-mar-1966

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

98

168

20-mar-1966

2x5

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

99

169

24-mar-1966

1x0

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

170

27-mar-1966

0x3

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

171

31-mar-1966

2x1

Flamengo-RJ

Amistoso

 

2

101

172

29-mai-1966

1x2

Napoli (ITÁLIA)

Amistoso

 

 

101

173

2-jun-1966

1x2

Arezzo (ITÁLIA)

Amistoso

 

1

102

174

4-jun-1966

2x3

Bordeaux (FRANÇA)

Amistoso

 

 

102

175

8-jun-1966

1x1

Barcelona (ESPANHA)

Amistoso

 

 

102

176

15-jun-1966

0x2

Anderlecht (BÉLGICA)

Torneio Internacional de Paris

 

 

102

177

17-jun-1966

1x1

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional de Paris

 

1

103

178

17-jul-1966

0x0

Royal-RJ

Amistoso

 

 

103

179

24-jul-1966

1x1

Seleção de Novos de Vitória da Conquista-BA

Amistoso

 

 

103

180

18-ago-1966

1x1

Bonsucesso-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

181

27-ago-1966

0x2

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

182

03-set-1966

0x3

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

183

07-set-1966

1x2

Botafogo-RJ

Amistoso

 

 

103

184

18-set-1966

3x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

103

185

22-set-1966

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

104

186

25-set-1966

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

105

187

29-set-1966

0x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

188

16-out-1966

0x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

189

19-out-1966

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

190

25-out-1966

1x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

191

30-out-1966

1x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

192

3-nov-1966

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

193

6-nov-1966

1x2

Flamengo-RJ

Amistoso

 

 

105

194

10-nov-1966

0x3

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

195

13-nov-1966

1x0

Fluminense-BA

Amistoso

 

 

105

196

19-nov-1966

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

197

26-nov-1966

2x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

106

198

03-dez-1966

0x3

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

199

11-dez-1966

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

                                            AGRADECIMENTOS

 Aos amigos Carlos Molinari, Gustavo Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita (organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore, Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e gols marcados por Saulzinho e Célio.

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                  

 

 

 

 

         

 

 

 

 

 

 

Nascido em Santos-SP, em 16 de outubro de 1940, Célio Taveira Filho foi gerado pelo xará Célio, com Ophelia, neto de Antônio Taveira, remador campeão carioca pela ‘Turma da Colina’. Viveu até 29 de maio de 2020.  Entre 1965/1966, engrossou listas de convocações da Seleção Brasileira.

         

 

 

 

                                                                                                   

                                                                                           

 

 

 

 

                                                                                                                                                                  

 

 

     


 

                            TODOS OS JOGOS E GOLS DE CÉLIO PELO VACO DA GAMA

 

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

2

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

0

3

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

0

4

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

0

5

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

0

6

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

7

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

8

21-fev-1963

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

9

6-mar-1963

0x0

Olaria-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

10

9-mar-1963

1x2

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

11

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

12

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

13

24-mar-1963

1x2

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

14

28-mar-1963

1x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

1

15

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

2

16

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

1

3

17

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

2

5

18

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

6

19

27-abr-1963

2x3

Goytacaz-RJ

Amistoso

 

1

7

20

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

 

7

21

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

1

8

22

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

8

23

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

 

8

24

26-mai-1963

3x1

Seleção da Nigéria Ocidental

Amistoso

 

2

10

25

29-mai-1963

2x1

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

1

11

26

4-jun-1963

4x1

Al-Mourada (SUDÃO)

Amistoso

 

 

11

27

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

11

28

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

12

29

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

12

30

14-jul-1963

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

14

31

28-jul-1963

1x3

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

32

04-ago-1963

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

33

10-ago-1963

1x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

17

34

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

35

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

36

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

18

37

06-out-1963

1x1

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

19

38

09-out-1963

0x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

39

20-out-1963

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

19

40

26-out-1963

2x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

21

41

3-nov-1963

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

22

42

10-nov-1963

4x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

2

24

43

15-nov-1963

3x4

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

25

44

22-nov-1963

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

45

01-dez-1963

2x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

25

46

07-dez-1963

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

26

47

14-dez-1963

2x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

26

48

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

1

27

49

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

1

28

50

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

28

51

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

1

29

52

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

29

53

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

29

54

21-mar-1964

1x3

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

30

55

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

30

56

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

31

57

12-abr-1964

1x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

31

58

15-abr-1964

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

32

59

19-abr-1964

0x0

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

32

60

23-abr-1964

0x0

Siderúrgica-MG

Amistoso

 

 

32

61

26-abr-1964

1x0

Valeriodoce-MG

Amistoso

 

 

32

62

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

1

33

63

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

64

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

65

09-mai-1964

3x3

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

33

66

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

1

34

67

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

34

68

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

34

69

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

 

34

70

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

34

71

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

72

12-jul-1964

2x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

35

73

19-jul-1964

1x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

36

74

23-jul-1964

1x2

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

36

75

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

36

76

09-ago-1964

3x3

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

37

77

16-ago-1964

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

78

19-ago-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

79

23-ago-1964

2x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

37

80

27-ago-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

38

81

30-ago-1964

1x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

38

82

01-set-1964

1x0

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

1

39

83

06-set-1964

2x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

39

84

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

85

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

86

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

87

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

88

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

89

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

43

90

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

43

91

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

44

92

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

1

45

93

18-out-1964

3x2

Robinhood (SURINAME)

Amistoso

 

1

46

94

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

46

95

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

96

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

49

97

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

98

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

3

52

99

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

1

53

100

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

1

54

101

29-nov-1964

3x1

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

102

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

54

103

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

55

104

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

57

105

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

59

106

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

1

60

107

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

2

62

108

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

62

109

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

63

110

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

63

111

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

64

112

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

113

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

64

114

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

65

115

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

65

116

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

65

117

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

66

118

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

119

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

120

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

66

121

14-abr-1965

4x0

América-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

68

122

17-abr-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

123

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

68

124

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

125

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

68

126

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

69

127

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

70

128

16-mai-1965

0x1

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

129

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

70

130

14-jul-1965

5x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

72

131

22-jul-1965

1x1

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

 

72

132

28-jul-1965

1x0

América-RJ

Taça Guanabara

 

1

73

133

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

3

76

134

07-ago-1965

3x1

Bangu-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

135

11-ago-1965

0x3

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

76

136

21-ago-1965

2x0

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

2

78

137

25-ago-1965

1x0

Flamengo-RJ

Taça Guanabara

 

1

79

138

05-set-1965

2x0

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

79

139

19-set-1965

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

80

140

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

141

09-out-1965

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

80

142

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

2

82

143

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

82

144

30-out-1965

4x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

83

145

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

2

85

146

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

86

147

10-nov-1965

1x0

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

86

148

14-nov-1965

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

87

149

20-nov-1965

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

150

28-nov-1965

0x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

87

151

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

1

88

152

08-dez-1965

0x1

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

88

153

12-dez-1965

5x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

89

154

15-dez-1965

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

89

155

9-jan-1966

2x0

Universidad (EL SALVADOR)

Amistoso

 

2

91

156

11-jan-1966

0x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

157

18-jan-1966

0x3

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

158

23-jan-1966

0x2

Atlas (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

91

159

27-jan-1966

2x2

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

1

92

160

03-fev-1966

0x2

Seleção da Alemanha Oriental

Torneio Internacional do México

 

 

92

161

06-fev-1966

2x1

Estudiantes de La Plata (ARGENTINA)

Amistoso

 

1

93

162

26-fev-1966

1x0

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

93

163

2-mar-1966

3x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

2

95

164

5-mar-1966

2x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

96

165

9-mar-1966

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

97

166

13-mar-1966

1x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

98

167

17-mar-1966

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

98

168

20-mar-1966

2x5

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

99

169

24-mar-1966

1x0

Portuguesa-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

170

27-mar-1966

0x3

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

99

171

31-mar-1966

2x1

Flamengo-RJ

Amistoso

 

2

101

172

29-mai-1966

1x2

Napoli (ITÁLIA)

Amistoso

 

 

101

173

2-jun-1966

1x2

Arezzo (ITÁLIA)

Amistoso

 

1

102

174

4-jun-1966

2x3

Bordeaux (FRANÇA)

Amistoso

 

 

102

175

8-jun-1966

1x1

Barcelona (ESPANHA)

Amistoso

 

 

102

176

15-jun-1966

0x2

Anderlecht (BÉLGICA)

Torneio Internacional de Paris

 

 

102

177

17-jun-1966

1x1

Sparta Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional de Paris

 

1

103

178

17-jul-1966

0x0

Royal-RJ

Amistoso

 

 

103

179

24-jul-1966

1x1

Seleção de Novos de Vitória da Conquista-BA

Amistoso

 

 

103

180

18-ago-1966

1x1

Bonsucesso-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

181

27-ago-1966

0x2

Botafogo-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

182

03-set-1966

0x3

Fluminense-RJ

Taça Guanabara

 

 

103

183

07-set-1966

1x2

Botafogo-RJ

Amistoso

 

 

103

184

18-set-1966

3x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

103

185

22-set-1966

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

104

186

25-set-1966

3x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

105

187

29-set-1966

0x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

188

16-out-1966

0x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

189

19-out-1966

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

190

25-out-1966

1x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

191

30-out-1966

1x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

192

3-nov-1966

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

193

6-nov-1966

1x2

Flamengo-RJ

Amistoso

 

 

105

194

10-nov-1966

0x3

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

195

13-nov-1966

1x0

Fluminense-BA

Amistoso

 

 

105

196

19-nov-1966

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

105

197

26-nov-1966

2x1

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

106

198

03-dez-1966

0x3

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

199

11-dez-1966

2x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

106

                                            AGRADECIMENTOS

 Aos amigos Carlos Molinari, Gustavo Cortes e do Grupo PesquisaVasco, integrado por Alexandre Mesquita (organizador), Fernando Matta, João Alberto Machado, Marcelo Spoladore, Marcos Ibrahim e Mauro Prais, que colaboraram nas pesquisas de fichas e gols marcados por Saulzinho e Célio.