Vasco

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sexta-feira, 30 de setembro de 2022

O VENENO DO ESCORPIÃO - O HOMEM QUE INVENTOU JK, QUE INVENTOU BRASÍLIAAA!

Era setembro de 1933, quando o governador de Minas Gerais, Olegário Maciel, “subiu ao andar de cima”, deixando, “aqui em baixo” vários indicados ao seu “status de vivo”, pois o vice-governador, Pedro Marques, renunciara para “prefeitar” Juiz de Fora. Era a hora de o presidente/ditador Getúlio Vargas escolher um novo chefe para Minas. 

Gaúcho malandro, para não ficar mal com os caciques do eleitorado mineiro, o homem inaugurou a "zebra na política brazuca”, nomeando o pouco falado deputado federal Benedito Valadares, que só tinha na manga do colete a carta informativa de que já fora prefeito da atrasadinha Pará de Minas, a sua terra, lá onde "o Judas havia perdido opente e o espelhinho”, como garantiam moradores de cidades próximas. Portanto, nada que justificasse recomendações para o pouco glorioso Bené (para os chegados) tornar-se um “eleito” do grande ditador.

Pois bom! Minas havia passado 97 dias sem um “comandante oficial” quando, no 12 de dezembro daquele 1933, seus políticos e o povo começaram a indagar: “Será o Benedito?” Pois era! O tal tornou-se interventor do Governo Provisório das Minas Gerais, para Getúlio não perder o apoio de políticos importantes como, por exemplo, Osvaldo Aranha e Afrânio de Melo Franco, que não aceitavam a oficialização do interino Secretário do Interior, Gustavo Capanema na governadoria das alterosas. Passada a crise, chega 1935, com Benedito Valadares eleito, pela Assembleia Legislativa estadual, governador das Minas Gerais. Passa mais um “tiquim de tempo”, como falava o caboclinho mineiro, e vem o Estado Novo, do ditador Vargas, que colocou mais uma “zebra política” no laço. Em 1937, ao nomear interventores em todos os Estados, só não mexeu com o sortudo do Bené que, malandramente, mostrava fidelidade canina ao “home”, como falava o povão.

Benedito Valadares mandou em Minas Gerais durante 12 viradas de calendário. Nenhum mineiro ficou tanto tempo no poder quanto ele – ainda bem, para os brasilienses, que nem existiam, ainda. Como? Foi ele quem “inventou” o político Juscelino Kubitscheck, tirando-o da Medicina para ser o chefe da Casa Civil do seu governo, em 1940. Na verdade, já eram amigos há oito temporadas, quando o futuro chamado por JK atou como médico durante a Revolução Constitucionalista de 1932 e andou receitando umas Cibalenas, Melhoral e Aspirinas para seus chegados - e uns lances esquisitos para o terrível Bené curar sobras de incursões a camas de vagabundas desassestidas.  .

Bendito Valadares nomeou o JK prefeito de BH


 Grande lance! O JK atuou na vida urbana de BH como um furacão, abrindo caminho para sentar-se na cadeira do protetor e, depois, da Presidência da República, para construir Brasília. Logo, indiretamente, se não fosse o Bené, você não estaria aqui, agora, lendo o Jornal de Brasília, pois desde 1823, quando José Bonifácio de Andrada e Silva propôs a criação de uma nova capital brasileira no interior do país, nenhum mandatário político foi na sua onda. Se bem que sobra nessa história um pouco de glória para o servidor público goiano Toniquinho, que pegou o JK no contrapé, indagando, durante o seu primeiro comício presidencial, em Jataí-GO, se ele cumpriria a constituição e construiria uma nova capital para o país – não dava para o JK começar campanha com negativas. Tremeu nas bases e teve que prometer e cumprir.

Benedito Valadares Ribeiro, que viveu entre 4 de dezembro de 1892 a 2 de março de 1973, é hoje um homem esquecido. Enquanto Brasília decide a nossa vida, ele só é lembrado pelo nome que emprestou a uma cidade do interior mineiro, Governador Valadares, desde 17 de dezembro de 1938. Foi fundador e primeiro presidente do PSD-Partido Social Democcático, que levou o JK à presidência da República.

Quando já estava no ostracismo, escreveu dois livros – Esperidião, em 1951, sobre a vida política do interior mineiro, e A Lua Caiu, em 1953, abordando antigos costumes das sociedades paulista e carioca. E não foi que os seus adversários político negaram-lhe a autoria? Disseram que ele não tinha capacidade para escrever um livro, a menos que lhe fosse ditado pelo espírito de Getúlio Vargas. Nada difícil, pois há um livro – está na capa – “ditado pelo espírito de Eça de Queirós” sobre a vida de Getúlio Vargas no além. Mais? Quando o Jornal de Brasília me escalou para cobrir Congresso Nacional, em 1977, o primeiro repórter com quem fiz amizade e me ensinou todos os atalhos da Casa chamava-se Benedito Valadares. Cobria a política nossa de cada dia para o jornal Estado de Minas – Pois é! Será o Benedito?

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

HISTORI & LENDAS - FLAVIOLONGEVIDADE

 Atualmente, os treinadores do futebol brasileiro não demoram muito tempo no cargo. Há excessões, evidentemente, quando a chuva está caindo na horta. Mas é muito raro. Ha cinco décadas, Flávio Costa conseguiu ficar por todas as temporadas 1954/1955 comandando o time do Vasco da Gama. Pelos tempos atuais, a rapaziada tem, no mínimo, três comandantes, em 365 dias. Neste de 2022, já pasaram por São Januário os treinadores Zé Ricardo, Emilio Faro, Maurício de Sousa e Jorginho Amorim. Quem foram os atletas de Flávio Costa naquelas jornadas? Confira abaixo:

Barbosa, Ernani, Vítor Gonzalez e Carlos Alberto Cavalheiro e Hélio/goleiros); Paulinho de Almeida, Alfredo, Bellini, Elias, Haroldo, Fernando Fantoni, Adésio, Jophe, Ely dio Amparo, Orlando Peçanha, Laerte, Amaury, Mirim, Danilo, Dario, Jorge, Beto e Benito Fantoni e Coronel/defensores; Sabará, Pedro Bala, Válter, Ademir, Iedo,Vavá, Alvinho, Friaça, Vadinho), Pinga, Naninho, Maneca, Parodi, Djayr, Hélio e Wilson Ramos/atacantes, reprouzidos de www.crvascodagama.com.br - agradecimento.

terça-feira, 27 de setembro de 2022

HISTORI & LENDAS - GOLÊ -A -QUATRO

Um, dois, três, quatro, cinco, seis, queremoS que o Almirante bata em todos vocês! Gritou, vibrou a torcida torcida cruzmaltina nestas ocasiões:  

2008 - Vasco da Gama 6 x 1 Atlético-MG - em São Januário, em uma quinta-feira, valendo pela 16º rodada do Campeonato Brasileiro, assistido por 78.020 pagantes. O desfile de gols vascaínos teve na passsarela de grama: Edmundo, aos 13; Eduardo Luiz, aos 25, e Madson, aos 34 minutos do primeiro tempo; Wagner Diniz, aos 2; Leandro Amaral, aos 7, e Wagner Diniz, aos 16 minutos da etapa final. A rapaziada era treinado por Antônio Lopes e teve: Roberto: Eduardo Luiz, Jorge Luiz (Anderson), Victor e Wagner Diniz; Souza, Byro (Marcus Vinicius), Madson e Edu Pina; Edmundo (Alex Teixeira) e Leandro Amaral.

1951 - Vasco da Gama 5 X 1 Flamengo - mantimento da invencibilidade, de 20 jogos, sobre os rubro-negros, escrita iniciada no 13 de maio de 1945, pelo Torneio Municipal, no estádio das Laranjeiras.  Nesta golê, a marcha do placar teve passos de João Pintoaos 8 minutos do primeiro tempo e  4 do segundo, além de Ademir Menezes, aos 37; Santo Cristo, aos 41, e Berascochea, aos 43. Treinado por Ondino Viera, o time massacrante alinhou: Barcheta, Augusto e Sampaio; Newton, Berascochea e Argemiro; Santo Cristo, Lelé, João Pinto, Ademir Menezes e Chico

1983 - Vasco da Gama 4 x 1 Udinese-ITA - amistoso dominical, em São Januário, com Marquinhos (2), Jussiê e Galvão amassando a pizza dos visitantes. O time era treinado pelo ex-meio-campista cruzmaltino Carlos Alberto Zanata, campeão brasileiro-1974. Ele escalou: Acácio; Galvão, Orlando Fumaça, Serginho e João Luiz; Celso, Dudu e Elói; Jussiê, Bebeto e Marquinho.

1957 - Vasco da Gama 3 x 1 Racing-FRA - estreia vscaína na Torneio de Paris, um autêntico Mundial de Clubes, na época. No 12 de junho de 1957, a Turma da Colina foi às redes arisienses por conta de Livinho, Pinga e Vavá, a mando do treinador Martim Francisco, a Carlos Alberto Cavaheiro, Dario e Viana; Laerte, Orlando e Orunho; Sabará, Livinho,m Vavá, Válter Marciano e Pìnga.  

 


segunda-feira, 26 de setembro de 2022

SETE PROFESSORES NA IZKINA DA KOLINA

O Vasco da Gama começou o Século 21 com um número muito grande de treinadores, em 2000: 1- Antônio Lopes, até março de 2.000; 2 - Alcir Portela (interino), em fevereiro; 3 - Abel Braga, até maio; 4 - Alcir Portela, até junho; 5 - Tita (Mílton Queiroz da Paixão), até junho (interino); 6 - Oswaldo de Oliveira (até dezembro) e 7. Joel Santana (dezembro) de 2.000.

Lopes reproduzido de netvasco.com.br

O grupo de jogadores era: Hélton (Márcio e Fábio (goleiros); Clébson, Maricá, Filipe Alvim (laterais), Odvan, Géder, Torres, Júnior Baiano, Mauro Galvão e Valkmar; Henrique, Jorginho Paulista, Gilberto e André Silva (defensores); Nasa, Amaral, Fabrício Carvalho, Luisinho Quintanilha, Jorginho, Felipe, Fabiano Eller, Juninho Pernambucano, Paulo Miranda, Siston e Juninho Paulista e Pedrinho, Ramón Mineiro, Alex Oliveira e Zada (Meio-campistas); Euller, Edmundo, Viola, Zezinho, Donizete Paantera, Romário, Luís Cláudio e Dedé (atacantes).

domingo, 25 de setembro de 2022

A GRAÇA DA COLINA - ARRAIÁ DO ALMIRA



Durante os período em que Cyro Aranha presidiu o Vsco da Gama - 1942/1944 - 1946/1948 - e 1952/1954 -, o Vasco da Gama formou um dos times mais fortes do planeta. Por ter participado da tomada do poder, por Getúlio Vargas, o também gaúcho Cyro entrou para a patota do presidente usurpador, juntamente com um irmão que foi ministro de Estado, e ficou próximo do "homem", que ficou próximo do Vasco. Inclusive, Getúlio chegou a visitar o "Arraiá da Colina", montado no estádio de São Janauário, onde Cyro promovia grandes festas juninas.  Na foto, reproduzida de revista vascaína, Cyrio apresete um diretor cruzmaltinno festeiro ao conterrâneo.     
 



sábado, 24 de setembro de 2022

CORREIO DA COLINA - FESTA EM PARIS

 “Vi em álbum de recortes de jornais (e revistas, seguramente) de um velho amigo - que é, em nossa cidade, o maior colecionador da história da Turma da Colina, como o Kike escreve -, fotos do jogo Vasco x Racing. Mas ele não anotou de onde seria o tal Racing. O Kike pode me dizer? – Antônio Roque S. Filho, de Almenara-MG.  

RESPOSTA: Vasco da Gama  3 x 1 Racing-FRA foi a partida de 12 de junho de 1957, na estreia do Almirante no Torneio de Paris, projetado para ser a mais importante competição internacional do planeta, um autêntico Mundial de Clubes. A Turma da Colina teve seus gols marcados por Livinho, Pinga e Vavá, e o time, treinado por Martim Francisco, formou com: Carlos Alberto Cavalheiro, Dario e Viana; Ortunho, Laerte e Orlando; Sabará, Livinho, Válter Marciano, Vavá e Pinga. A data era quartafeirana e, ao final do primeiro tempo, a torcida parisiense já aplaudia os vascaínos, que comandavam um show de bola. Naa decisão do torneio, dois dias depois, a rapaziada mandou 4 x 3 Real Madrid.

                         Reprodução de www.vascodagama.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

O VENENO DO ESCORPIÃO - O ÚLTIMO PLAYBOY (1) PISOTEIA VELHO MUNDO

 Até a década-1970, havia uma lei mandando delegações culturais e desportivas brasileiras que viajassem ao exterior levarem juntas um jornalista. Por conta daquilo, o Ministério da Educação convidou-me a  acompanhar uma estudantada que iria à Europa. Para aproveitar a passagem de ida e volta que o Governo me forneceria, negociei férias vencidas, com o Edgar Tavares, o Editor Executivo do Jornal de Brasília, começando assim que o meu serviço terminasse no “Velho Mundo”. E lá fui eu. Era 6 de agosto de 1978,  quando o Papa Paulo VI -  Giovanni Battista Enrico Antonio Maria Montini – resolveu morrer - e me sacanear. Tive de parar com os muitos passeios que fazia, junto com a moçada estudantil, tendo cinco horas adiante no meu relógio ponteirizado no horário de Brasília.

       REPRODUÇÃO DE JORNAL DE WWW.BRASILIA.COM.BR 

Com o Papa “partindo desta para uma melhor”, fui para uma outra luta, pois sabia que o Jornal de Brasília não me perdoaria se eu, estando na “boca do fato do ato”, não enterrasse a Sua Santidade. Então, Papa despachado, o novo barato era esperar pela fumaça eleitoral do sucessor, ouvir a tadicional frase “habemus papam”. Mas, como o fumacê celestial demorava a poluir o Céu, nós jornalistas terminávamos as noites enchendo a cara, evidentemente, longe do Vaticano. Até que elegeram Albino Luciani, filho de uma família pobretona de Forno di Canale, distante mais de 500 quilômetros de sua futura residência. E fomos decifrar o que seria onovo papado.

 Após o meu último telex enviado (meio mais moderno de comunicação jornalística da época) acertei com o chefe Edgar Tavares o ressarcimento das despesas que eu tivera por conta dos assucedidos na Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana. Entramos em acordo e a minha próxima parada foi a região do Rio Tauber, na então Alemanha Ocidental, onde residia o amigo Manfred Locken, que trabalhara em Brasília e fora consultor do programa de Educação Físia do MEC. Depois de vários passeio por cidadezinhas como Bad Mergentheim, Ingersheim e outras das quais nem me lembro mais dos nomes, fui para Stuttgart, cidade grande e capital do estado de Baden-Württemberg. Foi quando anunciou-se que Brigitte Mohnhaupt, recentemente saída da  prisão, não desistiria de tentar o resgate de Andreas Baader, um dos fundadores do seu grupo terrorista (juntamente com Ulrike Meinhof), que cumpria pena de prisão perpétua, em Stammheim. Também, a ela, se atribuíam participação nos recentes execuções de Jürgen Ponto, presidente do Dresdner Bank; de Hanns-Martin Schleyer, presidente da Federação dos Empregadores da Alemanha; e de Siegfried Buback, procurador-geral da República alemã.

                     REPRODUÇÃO DE CARTAZ CINEMATOGRÁFICO

 Informado de que o chanceler Willy Brandt concederia entrevista coletiva à imprensa, me mandei pra cobri-la, muito mais interessado em fazer cobertura no idioma alemão que eu estudava, há cinco temporadas, no Instituto Brasil-Alemanha, de Brasília, do que propriamente no “fato do ato”. Depois, rodei mais e, por último, fui para Portugal, querendo conhecer a vida artística do Casino de Estoril. Encontrei vários músicos brasileiros na casa e ofereci matéria ao JBr, que não interessou-se pelo tema. Em todo o caso, caso mudassem de ideia, precisando da tradicional “matéria fria” para final de semana, deixei o telefone do Hotel Estoril Sol, onde hospedei-me, pertinho do Casino.

 Quando o Edgar Tavares me ligou, após uma noite em que eu passaraem divertimentos do Casino, ele ordenou-me:

-Volte para o Vaticano, imediatamente! O Papa morreu.

- De novo? – questionei, espantado.

- Não foi o Papa que você enterrou. Foi o sucessor – explicou-me.  E lá fui eu, outra vez, enterrar um novo Papa.

 Parecia que eu já tinha visto aquele filme antes. Enquanto o novo sucessosr de São Pedro não era anunciado, nos jornalistas bebíamos vinho à noite, após a assessoria de imprensa vaticana informar que nada seria informado, ainda. Enfim, um dia, a fumaça branca subiu aos éus. Pouco depois, nos foi fornecido tudo sobre Karol Józef Wojtyła, o eleito e que, entre outros detalhes, havia sido ator de teatro e goleiro de futebol, em sua juventude. Pronto!  Mandei a minha matéria para i JBr com a manchete mais escrota que pude sugerir:

 - Zebra! Goleiro polonês é o novo Papa.     


https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica-e-poder/karol-wojtyla-quebra-tradicao-secular-no-vaticano/



quinta-feira, 22 de setembro de 2022

VOLTINHA POR FORA DA COLINA - BRITO

 O zagueiro Brito começou a aparecer, exibindo grande futuro, no grupo do Vasco da Gama de 1957. Mas teria de esperar muito pelo momento de subir ao time principal, pois o dono absoluto de sua posição era Hideraldo Luís Bellini, que dispensa apresentações. Com este campeão mundial e capitão da Seleção Brasileira-1958, na Suécia, tornou-se mais difícil, ainda, para ele mostrar o seu veneno. O jeito foi o Vasco da Gama emprestá-lo a dois times gaúchos xarás - Internacional de Porto Alegre e de Santa Maria -, naquele 1958, para não ficar sem jogar. Em 1959, Brito encerrou a sua voltinha por fora da Colina e voltou a São Januário, para ficar até 1969, quando foi para o rivalaço Flamengo. Depois disso viveu uma ciganada que incluiu Cruzeiro-MG, Botafogo-RJ, Corinthians-SP, Atlético-PR, Deportivo Galícia-VEN, Democrata-GV/MG e River-PI. 

Reprodução de Placar - agradecimento

Nascido em 9 de agosto de 1938, no Rio de Janeiro, Brito foi xerifão da zaga vascaína, com 1m81cm de altura e pesando 81 quilos. Ajudou o Almirante a conquistar a I Taça Guanabara-1965, como capitão, e o Torneio Rio-São Paulo-1966 - título dividido com Botafogo, Santos e Corinthians, por falta de datas para decisão, devido os treinamentos da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo daquela temporada. Pelo escrete canarinho, ele disputou 60 jogos e dois Mundiais, os de 1966, na Inglaterra, e o do México-1970, quando voltou campeão. Também, foi campeão das Copa Roca-1971 (contra argentinos) e do Sesquicentenário da Independência do Brasil-1972 (decidida contra Portugal).

Reprdução de álbum de figurinhas

Por ter nascido pesando cinco quilos, o seu pai - Lenídio Ruas – o comparou a um Hercules, personagem mitológico, e deu-lhe tal prenome, que o honrou durante a Copa do Mundo-1970, sendo eleito, pela Organização Mundial de Saúde, o atleta de melhor preparo físico do planeta, pesando 79 quilos e apresentando batimento cardíaco de 44 pulsações, por minuto – impressionante! Desde garoto, Brito se dizia torcedor cruzmaltino. 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

VOLTA POR FORA DA COLINA - ROMÁRIO

 Romário de Souza Faria esteve vascaíno, inicialmente, por sete temporadas – 1981 a 1988 -, quando trocou de camisa para defender o holandês PSV Eindhoven. Ficou por lá, até 1993, e seguiu para o espanhol Barcelona, que o teve, de 1993 a 1995. Naquela mesma temporada ele voltou ao Brasil, pra jogar pelo Flamengo, até 1996. Por ali, ficou entrando e saindo – 1997 a 1998, com passagens pelo espanhol Valência, em 1997/98. A partir de 2.000, a história de entrar e sair foi de São Januário. Até 2001. De 2002 a 2004, esteve pelo Fluminense, com uma passagem, em 2003, pelo árabe Al-Sadd. Próxima parada vascaína, entre 2005/2006, temporada em que transferiu-se para os Strikers, dos Estados Unidos, e o Adelaide United, da Austrália. Ainda voltou ao Vasco da Gama, em 2007. Em 2009, disputou uma partida pelo América, em homenagem ao seu pai Edevair, torcedor daquele clube.

Reprodução: players.fcbarcelona.com

Nascido, no Reio de Janeiro, em 29 de janeiro de 1066, Romário foi buscado, pelo Almirante, no Sub-15 do Olaria, onde esteve em 1979/80. É o segundo maior artilheiro cruzmaltino, com 326 gols, atrás de Roberto Dinamite, que fez 702. Apelidado por Baixinho, por medir 1m67cm, ele disputou 11 prélios.cp, 15 gols, pela Seleção Brasileira Olímpicas, e 74 pela principal, com 56 tentos e ajudand-a a conquistar cinco títulos - Torneio Bicentenário da Independência da Austrália-1988; Copoa América -1989 e 1997; Copa do Mundo-1994, e Copa das Confederações-1997.  No total da carreira, disputou 955 partidas e marcou 744 gols oficiais. Mas ele incluiu outros gols de amistosos e diz ter chegado a 1.002.  Pelo Vasco da Gama, Romário conquistou estes títulos; Campeonato Estadual Sub-17-1983; Campeonato Estadual Sub-20-1984. Copa TAP-Transportes Aéreos Portugueses-1987; Taça Cidade de Juiz de Fora-1986/1987; Troféu Ramón de Carranza-1987/1988; Taça Jerônimo Bastos-1988; Taça Guanabara-1986/1987 e 2000;Taça Rio-1988 e 2001; Campeonato Estadual-1987/1988; Campeonato Brasileiro-2000 e Copa Mercosul de 2000. Isso tudo saiu de 402 partidas, mandando 313  bolas às redes, tendo a primeira sido em 18.08.1985, nos 6 x 0 Nova Venêcia-ES. Já o primeiro encontro pelo time profissional foi  emVasco 3 x 0 Coritiba, em 6 de fevereiro do mesmo 1985

                                 Reprodução de shopvasco.com.br
                                                         Agradecimento

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O VENENO DO ESCORPIÃO. FERAS DA OFICINA RONCAM NA ASA NORTE-BSB

              Cena do filme com a participação do Puma vermelho GTI-1980                                                           

 Quem passsa, pela primeria vez, pelos fundos da 705 Norte, Bloco C, invariavelmente, pára e se deslumbras com dois carros Puma à entrada de uma oficina.Um na cor branca, modelo GTE-1978, e o outro vermelho GTI-1980. Para os apaixonados por automóveis, coisa de cinema. Principalmente, o segundo, que desfilou pelas telas do cinema nacional, soltando o ronco do seu motor pelo roteiro do filme Faroeste Caboclo, de 2013, produzido por Daniel filho e dirigido por René Sampaio, com  Fabrício Boliveira e Ísis Valvedr nos papéis principais.

 O Puma vermelhão, até virar astro do cinema, viveu uma história que bem poderia, também, virar filme. Vivia abvandonado pelo proprietário, debaixo de uma árvore, no Lago Sul, onde o seu proprietário dava mais atenção outros carros de sua coleção – Maverick, Galaxie, Opala, aquelas velharias. Era 2.010  quando o também apaixonado por carros Wiliam Bezerra da Silva o viu e propôs ao dono do Puma dar um destino melhor ao carro. Negocia daqui, dali, dacolá, até convencer ao homem a vencer-lhe o bólido.

 - Levei mais de 700 dias restaurando o Puma (o vermelhão). Praticamente, o desmontei todo. Troquei bancos, carpetes, etc, inclusive os quatro pneus. O que não consegui arrumar por aquela pegada inicial, por sorte encontrei, em uma loja da Disbrave, que dispunha de seus últimos itens Michelin V-12, conta William.

Carango encantou produtores de cinema que o levaram para tela 

 Já a histórias cinematógráfica do Puma “Vermelho Ferrari”, como William o apelidou, começou por inteiro acaso. A produção de Faroeste Caboclo o viu em uma reunião de colecionadores, no Parque da Cidade, e achou que ele seria o veículo ideal para o traficante João de Santo Cristo viver a aventura. William aceitou alugá-lo, por R$ 120 reais a diária e, por pouco não se tornou dublê de ator, pois Fabrício Boliveira tinha tremendas dificuldades para dirigí-lo. Foi preciso William tirar três dias de folga no trabalho para dar um jeito nas coisas do cinema nacional.

- As filmagens começaram, em abril de 2011,  no Jardim ABC - região que o brasilense conhece, também, por Tororó e que seria a Ceilândia dos inícios de 1970, sem asfalto e prédios, lembra William, que esteve presente à pré-estreia da película, em maio de 2013 – depois, houve o lançamento, no Rio de Janeiro.

Com as suas aulas de direção, William, com certeza, ajudou o ator Fabrício Boliveira a ganhar o prêmio de melhor ator do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro-2014. O filme teve 13 e venceu sete indicações para os demais prêmios. Ficou oito semanas em cartaz e trotalizou cerca de 1,5 milhão de espectadores.

Já o Puma GTE-1978 branco está com William há duas décadas. Pertencia a uma amiga - Cláudia, irmã da cantora Cássia Eller e que, também, participava de reuniões de colecionadores de carros antigos. Ele afirma que, até, não se interessoumuito pelo carro.


- A minha mulher foi quem ficou louca pelo modelo. E o jeito foi eu atacar. Mas a Cláudia não queria vendê-lo. Sobretudo poque o carrinho era o xodó das sua irmã - Cássia Eller - que, quando vinha a Brasília, só faltava morar dentro dele. Enchi tanto o saco dela e do marido que, para ela se livrar do meu constante pedido de compra, disse-me que me venderia por um preço altíssimo: R$ 6 mil reais, que eram, realmente, uma bela grana, na época – recorda-se o oficineiro. 

 O Puma branco não estava tão derrubado quanto o “Vermelho Ferrari”, quando William o comprou. Mas mandou ver, também, um trato no carango. Pegou umas manhas de pintura pelo Discoveri e fez os desenhos que hoje o auto tem.

O primeiro Puma GT foi fabricado em 1966. Entre 1967 e 1970 saíram 423 modelos da fabricação. Os dois de William contam com motor de quatro tempos, refrigerados a ar; quatro cilindros; quatro marchas à frente e a maracha à ré; tamanho 3.960 mm; largura 1.580mm; altura 1.160mm  e peso 640 kg. Ele só os usa para passeios de finais de semana. E onde os dois cacrros param (sai com um de cada vez) despertam grande curiosidade, principalmente de crianças de uns 12 de idade, em diante.

- Devem ter sido mais fotografados do que os atores do filme – brinca o  proprietário, para quem, os seus dois automóveis nunca terão preço.          

domingo, 18 de setembro de 2022

UMA VOLTA POR FORA DA COLINA - FRIAÇA

Buscado, pelo Almirante, no futebol amador do interior de Minas Gerais, o atacante Friaça esteve vascaíno em três oportunidades: 1943 a 1949; 1951 a 1952 e 1953 a 1954. Nesse período, fez três passeiozinhos fora dos muros das Colina, ficando são-paulino, de  1949 a 1950; ponte-pretano, em 1953, e bugrino, do Guarani de Campinas, entre 1957 a 1958.
Atacante capaz de atuasr em todas as posições do ataque, Friaçaça era rápido, chutava muito forte  e apavprava goleiros. Em sua época de vascaíno, não havia preocupação com estatísticas, mas há pesquisas que lhe dão mais de 120 gols e cerca de 200 jogos pela “Turma da Colina”.
Torcedor confesso do Vasco da Gama, o atacante – nascido em Porciúncula-RJ, viveu entre 20.10.1924 viveu até 12.01.2009 –, quando voltou a Campinas, para defender o Guarani, foi eleito, por concurso promovido pela local Associasção dos Cronistas Esportivos, o jogador mais simpático da cidade.
 Em texto para a Gazeta Esportiva, o jornalista Fernando Panattoni escreveu: “Profissional correto e grande cumpridor de suas obrigações, Albino Friaça Cardoso, desde que ingressou nas fileiras do Guarani, despertou a simpatia de todos os adeptos do clube”. Disse, também, os votos foram conquistados “com amplos méritos”e que Friaça obteve 31.317 votos, contra 28.262 do segundo colocado, Paulinho, da Ponte Preta.
Friaça está agachado ao centro do ataque bugrino
Na foto, clicada por Tomaz Pereira, o goleador Friaça aparece agachado, no centro do ataque bugrino, tendo ao seu lado esquerdo o meia Benê, que defendeu o São Paulo e foi à Copa do Mundo-1962 como reserva.
Titular no time do Vasco, a partir de 1947, Friaça ajudou o clube a ser campeão carioca naquela temporada e, também, o I Campenato Sul-Americano de Clubes Campeões, percussor da Taça Libertadores das América.

 

sábado, 17 de setembro de 2022

VOLTA POR FORA DA COLINA - EDMUNDO

  28.08.1996 - O lusidíaco     Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesas de Desportos está no caderninho  maracando a primeira volta à Colina de uma do maiores ídolos da galera cruzmaltina, o atacante Edmundo. Saído do pedaço, em 1992, levado pelo Palmeiras, o Animal passeou mais e rodou por Flamengo e Corinthians. Na volta a São Januário, valeu pelo Campeonato Brasileiro-1996, com apitagem por Márcio Resende de Freitas e público pagante de 10.575 pagantes. Mas o festejado Edmundo do dia não bateu na rede. Foram Ranielli e Juninho Pernambucano, escalados pelo treinador e antigo capitão vascaíno Alcir Portella, que mandou à pugna: Caetano; Pimentel, Alê, Alex e Cássio; Luisinho Quintanilha (Ranielli), Fabrício Eduardo, Juninho Pernambucano e Válber (Macedo); Edmundo e Toninho (Brener). 

 Desenho de  Edmundo reproduzido de www.tudogiraemtornodovasco.blogspot.com) Agradecimento. 

Edmundo teve cinco passagens pelo Vasco da Gama. Por elas, foi campeão estadual-1992 e brasileiro-1997. A volta de 2003, foi complicada. Ele renegociou divida do clube com ele e, no 6 de abril, desceu de helicóptero, em São Januário. Durante o terceiro treinamento, sentiu lesão de menisco e foi operado. Em 15 de abril, antes do revisto, voltou a correr e foi constatado edema ósseo em uma das pernas. Em 11 de maio, Edmundo voltou a jogar -  contra o Bahia, mas não rendeu nada e foi substituído durante o intervalo da partida. Em 17 de junho, voltou a fazer trabalhos pesados de recuperação física, mas só atuou em 28 de junho, em Vasco 1 x 0 Fortaleza, pelo Brasileirão.   

VOLTA POR FORA DA COLINA - BARBOSA

         Primeira voltinha de Barbosa, defendendo o Santa Cruz, de Recife

 Moacyr Barbosa Nascimento nasceu na Rua Major Sólon-27, em Campinas-SP, filho de Emídio Barbosa e Isaura Ferreira Barbosa. Teve 10 irmãos e, aos 14 de idade, foi para São Paulo capital, morar com a família na Rua Siqueira Campos-131, no bairro da Liberdade. Arrumou um emprego no Laboratório Paulista de Biologia, conheceu Clotilde e casou-se com ela, em 1940 – ela viveu até 1997. Foi pelo time amador do Almirante Tamandaré que ele começou no futebol, como ponta-esquerda e goleiro. Mas foi pelo time do laboratório que chamou a atenção do Ypiranga. Profissionalizou-se, em 1941 e, em 1943, já estava no Vasco da Gama, indicado por Domingos da Guia, que defendia o Corinthians. Em São Januário,  foi campeão de quase tudo o que disputou,  (ver abaixo), em 494 jogos. Barbosa chegou  à Seleção Brasileira em 1945, durante as Copa Roca. Em 1949, venceu o Sul-Americano e foi convocado para a Copa do Muno-1950, da qual saiu vice. Jogou profissionalmente até 1962, aos 42 de idade, tendo o Campo Grande por seu último clube. A voltinha por fora a Colina aconteceu, em 1955, quando ele foi para o pernambucano Santa Cruz, de Recife. Passou, também, pelo Bonsucesso-RJ, antes de revascainar. Nascido no 21 de março de 1921, viveu  até 7 de abril de 2000, quando tinha 79 anos e residia em Praia Grande, litoral de São Paulo, em companhia de Tereza Borba, que o tomou como se ele  fosse o seu pai. Barbosa disputou seu primeiro jogo vascaíno em 18 de março de 1945, amistosamente, em Vasco da Gama 6 x 1 Grêmio-RS. O último foi Vasco 3 x 0 Grêmio de Maringá-PR, em 10 de maio de 1962, também, amistosamente. Seus títulos foram: Campeonatos Carioca (1945/1947/1949/1950/1952/1958; Sul-Americano-1948 e Torneio Rio-São Paulo-1958 e Rivadávia Corrêa Meyer-1953 nível Mundial de Clubes.

Barbosa, Haroldo, Augusto, Mirim, Danilo e Jorg, em pé, da esquerda para a direita; Mário Américo, Sabará, Maneca, Friaça. Ipojucan e Chico, reproduzidos de www.museudofutebol.org.br 

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

VASCO DAS PÁGINAS - ARTILHEIRAÇO

O maior goleador cruzmaltino da década-1960, Célio Taveira, contou à Revista do Esporte quais foram os gols mais bonitos de sus carreira. No meio dos golões com bola rolando, há este batendo pênalti em amitoso contra a seleção da então Alemanha Oriental, em janeiro de 1965, durante o I Torneio Internacional do IV Centenário do Rio de Janeiro, do qual o Vasco a Gama saiu campeão, com 3 x 2 sobre os alemães e 4 x 1 Flamengo. Nos dois jogos, Célio marcou quatro tentos e ajudou a rapaziada a ficar com o Trofeu Viking.  



 

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

UMA VOLTINHA POR FORA DA COLINA. ORLANDO PEÇANHA, DUAS VEZES VSC.

 Nascido, em Niterói-RJ, no 20 de setembro de 1935, batizado e registrado por Orlando Peçanha de Carvalho, ele foi vsacaíno de entrada e saída. Surgiu para o mundo da bola vestindo a camisa cuzmaltina, entre 1953 a 1960. Na temporada seguinte teve o seu passe (antiga modalidade de transferência de atletas) negociado com o argentino Boca  Júniors, pelo qual atuou até 1965, quando foi repatriado pelo Santos. Ficou no time do "Rei Pelé" (E) até 1969, para, em 1970, encerrar a sua história nos gramado vestindo, novamente, a jaqueta da Turma da ColinaCampeão carioca-1956 e 1958, e do Torneio Ro-Sã Paulo-1958, ele disputou 34 jogos pela Seleção Brasileira, tendo sido campeão na Copa do Mundo-1958, na Suécia, formando dupla de zaga com o tambem vascaíno Bellini. Totalizou ,como canarinho, 25 vitórias, sete empates e só uma ecorregada. Disputou, ainda, a Copa de 1966 e viveu até 10 de fevereiro de 2010.


terça-feira, 13 de setembro de 2022

O VENENO DO ESCORPIÃO. A FOTO MAIS "DIFICILÉRRIMA" DO PLANETA BRASÍLIA

Casaco marrom quase derruba pauta de jornal paulista durante Plano Cruzado

 

Quando lançou o Plano Cruzado, em 28 de fevereiro de 1986, o presidente da república, José Sarney, arrebentou a popularidade nacional, que não suportava mais tanta carestia, principalmente, nos alimentos. Ficou famosa, pela TV, a imagem de um homem, em Curitiba-PR,  fechando um supermercado, acusado de remarcador diário de preços. Por ali, surgiram os “Fiscais do Sarney”.

 Já que o presidente recebia apoio de mais e mais celebridades de todas as vertentes das vida nacional, o Palácio do Planalto passou a agendar convites para o café da manhã, com o “Chefe”, a fim de este agradecer os mimos e ganhar bem mais espaços na mídia. Assim foi que, entre muitos “agradecidos”, foram convidados Don Luciano Mendes de Almeida, presidente das Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB; os economistas Maria da Conceição Tavares e Roberto Campos; a atriz Regina Duarte (dona da maior popularidade “brazuca” da época, por conta do personagem Porcina, da novela Roque Santeiro, da TV Globo), e o treinador Telê Santana, que comandaria a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo-1986. Além desses, o cantor Roberto Carlos, o mais famoso dos apoiadores do Plano Cruzado e que fazia grande sucesso com o a canção “Apocalipse”, com estes versos: “Muitos não querem ver/Mentes em eclipse/Mas tudo está escrito/No apocalipse”.

Moreira (E), apelidado por 'Feliciano Galo', por ser fanático torcedor do Atético-MG


 Rolava o sucesso do Plano Cruzado e, lá pelas tantas, o “Rei da Música Popular Brasileira” (como as rádios se referiam ao Roberto), veio a Brasília trazer o seu show “Emoções”. Negociaram um café da manhã entre ele e o presidente Sarney, que tocava violão e gostava de cantar bolero e os samba-canção, e tudo parecia ficar em segredo, como pedia o empresário do Roberto, Dodi Sirena, atendendo exigência do parceiro. No entanto, o jornal Folha de São Paulo descobriu o” barato” e encheu o saco de Fernando César Mesquita, o porta-voz presidencial, para cobrir o encontro. Terminou conseguindo.

 Chegam, então, o repórter Josias de Sousa (se não me engano) e o fotógrafo Moreira Mariz para cumprirem a pauta. Este, no entanto, não conseguia fazer foto nenhuma, pois o Roberto virava o rosto, mudava de posição, de lado, enquanto o Sarney não sorria. Era uma dupla fechadona. O Moreira, então, perguntou ao Fernado César Mesquita o que estava acontecendo. “Fernando! O presidente e Roberto Carlos estão igual ao time do “Galo”, na retrancas. Torcedor do Atlético Mineiro, o “Galo”, ele ouviu: “É que você está usando um terno marrom”, cor que assombra o presidente e o cantor”.

Sem problemas: Moreira pediu, emprestado o paletó branco de um garçom do palácio e tudo mudou. Logo, Sarney e Roberto abriram sorrisos e ele fez quantas fotos quis. Quando o repórter terminou de fazer perguntas, o criativo Moreira Mariz lembrou-se do Roberto Carlos dos antigamentes, na TV, anunciando Erasmo Carlos pra cantar. Então, emborcou-se e mandou ver: “Acabei de fotografar o meu amigo, Roberto Carlos, mandei uma brasa, mora?”.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

UMA VOLTINHA POR FORA DA COLINA - ELY

Dos 70tão que ele viveu, nove foram passados, como atleta, em São Januário, como xerifão da Turma a Colina. De 1944 a 1955, disputou 357 jogos, vencendo 237 e empatando 68 - escorregou em 61. Ely do Amparo tinha nome curto, mas futebol largo. Tanto que ajudou o Vasco da Gama a conquistar 14 título títulos - e o representou na Seleção Brasileira durante as Copas América-1949 e 53, e Copas do Mundo-1950 e 54. Cria do América, pelos finais das décadas-1930, ele foi para o Cantodo Rio, em 1940 e, por ter se destacado durante o Torneio Municipal-1943, quando seu time ficou em terceiro lugar, o Vasco da Gama o pegou, por empréstimo, em 1944. Mas só contratou em 1945. Asuas voltimha or fora da Colina aconteceu em 1955, para defender o pernambucano Sport Recife. Foi campeão estaual e penurou as chuteiras, em 1956. Então, voltou para São Januário, para trabalhar em comissões técnicas, tendo assumido o cargo de trnador por 37 partidas, com 24 vitórias, set empates e seis tombos. Jogava como médio, o que significava atuar mais como os latereais-direitos de hoje. Nascido em 14 de maio de 1921, viveu até o 9 de março de 1991.

                                     Reprodução da revista Estádio 

sábado, 10 de setembro de 2022

UMA VOLTINHA POR FORA A COLINA - JAIR

Nascido em Quatis-RJ, mas cria do Barra Mansa-RJ, o garoto, nascido em 21 de março de 1921, mostrou, logo, que seria um craque. Viveu até o 28 de julho de 2005, sempre lembrado pelos torcedores do Vasco da Gama que, segundo contava-se, usou até o presidente Getúlio Vargas para dar uma prensa no bicheiro que controlava o Madureira, a fim de leva-lo para São Januário, onde o presidente era irmão de um ministro do Governo.

 Jair da Rosa Pinto esteve vascaíno a partir de 1943, contratado juntamente com Lelé e Isaías, trio que fez tantos gols pelo Madureira e que foi apelidado por “Os Três Patetas”, em alusão a três comediantes do cinema estadunidense. Entre 1944/1945, o ataque formado pelos três e mais Ademir Menezes e Chico marcou média maior do que 3 gols por partida. Na imagem reproduzida do site dos amigos do www.supervasco.com.br estão os números vascaínos do “Jajá”, como , também, o chamavam.

A primeira voltinha dele por fora de São Januário foi 1947, indo para o Flamengo, do qual saiu por levar goleada – 5 x 2 – vascaína, em 1949, tendo sido acusado de não se esforçar para vencer o ex-time. Depois, passou por Palmeiras, Santos dos inícios da carreira de Pelé, São Paulo e Ponte Preta, no encerramento da sua jornada pelos gramados. Como diz a torcida cruzmaltina, “uma vez Vasco, sempre Vasco”. Assim, o Jajá voltou a vestir a jaqueta da Turma da Colina, em 1957, disputando três partidas pelo Combinado Vasco/Santos, que foi ao Torneio Internacional Morumbi. Nos 6 x 1 Belenenses-POR, fez grande lançamento para um gol de Pelé. Pela Seleção Brasileira, como vascaíno, esteve em 16 partidas e marcou 10 gols, tendo sido campeão da Copa Rocca-1945, diante dos argentinos, ao lado de Lelé, Ademir e Chico.



 

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

UMA VOLTA POR FORA DA COLINA - SABARÁ

                    FOTO REPRODUZIDA DA REVISTA DO ESPORTE 

 Sabará (E) foi um dos mais expresivos atacantes do Vasco da Gama, entre 195  a 196. Gostava de acentuar que o seu prenome escrevia-se Onophre (Anacleto de Sousa). Quando garoto, em sua terra paulista, ganhou, primeiramente, o apelido de Jabuticaba, pois os moleques de sua turma diziam que ele era da cor daquela fruta. Vestiu a jaqueta vascaína, entre 1952 a 1964. Em 1965, defendeu a Portuguesa-RJ (foto) e ainda passou pelo venezuelano Deportivo Itália, durante a mesma temporada. Como passageiro das naus do Almirante, foi o tercerio que mais viajou - 576 vezes e, na bagagem, 165 gols-, só menos viagens do que o artilheiro Roberto Dinamite (1.108) e o goleiro Carlos Germano (632). Cria da Ponte Preta, de Campinas-SP, ajudou o Vasco a Gama a conquistar três Estaduais-RJ-1952/56/58; Torneio Rivadávia Corrêa Meyer-1953; Torneio Rio-São Paulo-1958; Torneio de Paris-FRA-1957; o Trofeu Teresa Herrera-ESP-1957 e dois torneios no Chile-1963. Nascido no 18 dejunho de 1931, em Atibaia-SP, viveu até  8 de outubro de 1997. Pela Seleção Brasileira, disputou 11 jogos, entre 1955 e 1960, com oito vitórias, um empate e uma escorregada. Marcou só um gol, em 1955, pela Taça Oswaldo Cruz,em Brasil 3 x 0 Paraguai, que valeu um caneco. Foi campeão, aina,da Copa Rocca e da Taça do Atlântico, ambas em 1960.


quinta-feira, 8 de setembro de 2022

O VENENO DO ESCORPIÃO - INFELZMENTE!

      ADJETIVAÇÃO É A PALAVFA MAIS FALADA DO BRASIL DA HORA

Após o golpe militar de 1964, mais precisamente pelo final da década, a palavra da moda ficou sendo “infraestrutura”. Era raro o dia em que não se ouvia no programa estatal radiofônico A Voz do Brasil, e nas demais falanças que os militares colocavam em nossos ouvidos, aquela adjetivação zunindo.

Veio a década-1970, e entraram na moda as palavras “trilegal” - surgida no Rio Grande do Sul, após a conquista do tri mundial de futebol, pela Seleção Brasileira, durante a Copa do Mundo promovida pelo México – e “alienado”. A qualquer motivo, alguém denegria alguém, intelectualmente, se não fosse de esquerda.

A década-1980 trouxe para a onda o termo “tudo bem”, lançado pela juventude. Tudo estava tão “tudo bem” que o modismo linguístico levou uma revista paulista para jovens a criar o  personagem “Mister Tudo Bem”. Na verdade, não estava tudo bem, pois o país vivia momentos duríssimos da ditadura, os chamados “tempos de chumbo”, com denúncias de tortura e desaparecimentos de inimigos políticos.

O próximo termo da moda foi “véi”, lançado pela juventude brasiliense. Rolou muito, também, a introdução do pronome “tu”, muito  conjugado na Brasília das décadas-60/70 por piauienses, maranhenses e cearenses. Espantosamente, gaúchos, também, o falavam, mas sem tanta constância.

O século mudou de numeração e a primeira década-2.000 trouxe para o linguajar da hora o termo “show de bola”, criação de marqueteiros televisivos, quando a bola não ralava nenhum show pelos nossos gramados e com o escrete nacional há 22 Copas do Mundo sem passar a mão no caneco.

Próxima palavra usadíssima, após 2010? “Comunidade”, substituindo favela. Era preciso aumentar o grau de valor social do ambiente. .

Desembarcamos em 2022 e o que mais ouvimos? O adjetivo “infelizmente”. Chega a encher o saco. Em novelas da TV, programas esportivos, noticiários e conversas pelas ruas  o desnecessário termo toma conta do espaço. Desnecessário porque a adjetivação é uma antecipação da oração seguinte. Por exemplo: o motorista perdeu o controle do caro, bateu no poste e ficou com a frente do seu veículo destruída”. Por aí, o âncora do noticiário comenta: “Infelizmente!” Alguém diria “felizmente” pelo prejuízo que a batida deixara?   

 De onde vem tanta frequência no “infelizmente” da moda? Esta palavra muito pensada, falada e ouvida só pode ter duas vertentes: esses tempos de pandemia provocada pela Covid-19, a partir e 2020, a pior época, e do comportamento do Governo do presidente Jair Bolsonaro. Este classificou a Covid por “gripezinha”; fez o que pode para não importar a vacina; abriu campo para inescrupulosos tentarem enriquecer com a pandemia, tudo documentado pela Polícia Federal; indicou medicamentos que não serviam para nada; levou o terror ao Sistema Único de Saúde-SUS e por isso e outros itens mais contribuiu para mais de 700 mil brasileiros chegarem ao final de suas vidas.

Na pior fase do negacionismo,  o Brasil teve a pior atuação mundial no combate à pandemia; perdeu poder de negociação global; teve as suas fronteiras internacionais fechadas aos brasileiro e viu o mundo temoroso das variantes que por aqui surgiam, dentro do descaso sanitário do governo. 

 Se isso foi pouco, tivemos Bolsonaro castigando, financeiramente, as universidades que ele as rotulou “ninho de comunistas”, e atravancamento da cultura. Mais: denúncias de corrupção por conta de emendas secretas; altíssimas taxas de desempregos (14 milhões); salário mínimo cada vez mais mínimo; aumento da miséria e da fome; volta da inflação de dois dígitos  e completo descaso pela Amazônia, que encarou o seu pior índice de desmatamento, nas últimas 14 temporadas, apresentando 29% a mais de derrubadas de florestas só em 20221.

Pois é! O passaporte brazuca para o futuro, entre poucos, leva 76,3% de pessoas endividadas; precatórias devidos podendo atingir R$ 900 bilhões e passivo de R$ 140 bilhões. Só pode ser esta a razão de tanto se falar “infelizmente”, no momento -  infelizmente!

                    Publicado, também, noo  JBr de 08.08.2022 (segunda-feira)

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

VOLTINHA POR FORA DA COLINA - BELLINI

 O zagueirão Hideraldo Luiz Bellini chegou Vasco da Gama, em 1952, e não demorou a cair no coração da galera, devido a raça, seriedade com que jogava. Sem demorda, o companheiros o apelidaram por Boi, animal que trabalha em excesso. Era considerado sem muita técnica, mas o seu jeito de jogar, rebatendo bolas sem pestanejar, agadava a todos o técnicos de times vascaínos. Flávio Costa, por exemplo, ao ouvir um dirigente vascaíno dizer que não iria mais a jogo do clube, enquanto ele escalasse aquele ceifador (por só cortar lances sem caprichos técnicos), respondeu: "Pois pode se preparar para ficar muito tempo sem ver o Vasco jogar. Enquanto eu estiver por aqui, ele será titular absoluto". Nascido na paulista Itapira, em 7 de junho de 1930, Bellini viveu até 20 de março de 2014 (83). Estreou vascaíno no 1 x 1 Portuguesa de Desportos (30.03.1952), pelo Torneio Rio-São Paulo e vestiu a sua última jaqueta cruzmaltina nos 3 x 1 Sergipe (24.02.1962), amistosamente. Entre os seus principais títulos pela Turma da Colina constam os Campeonatos Carioca-1952/56/58 e o Torneio Rio-São Paulo-1958. 

                              Bellini é o quarto, em pé, da esquerda par a direita

terça-feira, 6 de setembro de 2022

O VENENO DO ESCORPIÃO - LETRA DO HINO NACIONAL CANTA CENTENÁRIO

   Assim como a república brasileira, proclamada por motivos sexuais – o marechal Deodoro da Fonseca não perdoava o conselheiro imperial Silveira Martins, por ganhar a mulher que ambos disputavam -, a letra do hino nacional, também, foi oficializada por conta de um rebu.

 Seguinte: compositores ‘brazucas’ criavam hinos que só puxavam o saco do Imperador Pedro I, que era músico – tocava vários instrumentos - e compositor - autor do Hino da Independência, que muitos especialistas gostariam que fosse o nosso Hino Nacional, sustentando que o atual tem plágios de ‘Matinas da Conceição’, do Padre José Maurício Nunes Garcia, e árias de Franz List, em Elixir do Amor, além de influências da  Sonata Nº 1 em Lá Menor (Centone di Sonate), de Niccolò Paganini (1782-1840), e da sinfonia Eroica, de Ludwig van Beethoven (1770-1827).

Antigo cartão postal celebra Deodoro com a imagem do seu vice Floriano ao fundo

Proclamada a república (a coisa pública), o presidente e marechal Deodoro da Fonseca sumiu com as letras feitas em 1831 – por Ovídio Saraiva de Carvalho, com ataques irados aos portugueses  – e em 1841 – de autor desconhecido, lambendo as botas de Pedro I -, mas manteve a melodia composta pelo maestro Francisco Manoel da Silva. Depois, organizou concurso público para se ter novos versos, pois só cantores profissionais dominavam técnicas de alongamento de sons vocálicos e de ajuste de uma sílaba em mais de uma nota.  

Versos monárquicos banidos, ouvia-se só o som seco dos metais, numa marchinha animada que o povo gostava e queria cantar. Lá pelas tantas era 15 de janeiro de 1890 e comemorava-se o segundo mês de Brasil republicano. Rolava a festa no palácio Itamaraty - sede do governo provisório, no Rio de Janeiro  – quando o ministro da Guerra, Benjamin Constant, levou ao marechal Deodoro argumentos pela manutenção do Hino Nacional que havia. Já que era dia de festa, o homem até topou. Então, uma banda militar mandou ver na partitura escrita pelo maestro Francisco Manuel da Silva. Rolou o som e tocou o rebu. Quem estava na casa apavorou-se e uma tremenda correria tomou conta do recinto, pois circulou que que a música seria a senha para início de contragolpe monárquico, a derrubada do marechal ‘traíra’, que esquecera ter o Pedro II alavancado a sua carreira, após a guerra contra o Paraguai (1860-1870).

Duque-Estrada apresentou ao povão lábaro estrelado; raios fúlgidos; impávido colosso, fulguras e florão. 

 Mesmo com o rebuliço no Itamaraty, o concurso foi mantido - terminou em “pizza”, com o marechal Deodoro mantendo o hino de da hora, mas sem letra, livrando o povão ouvir, futuramente,  “lábaro estrelado; brado retumbante; raios fúlgidos; margens plácidas; penhor dessa igualdade; raio vívido; impávido colosso; berço explêndido; fulguras; florão; terra mais garrida; clava forte e até a indesejável palavra ‘morte’. 

Chegado 1906, o maestro Alberto Nepomuceno, diretor do Instituto Nacional de Música, ouviu bandas executando o hino por formas diferentes. Recorreu à partitura original do maestro Francisco Manoel da Silva e achou ser hora de aquela parte voltar a ter letra, pois esta vinha sendo uma esculhambação, cantada do jeito que o povo de cada Estado bem entendesse.

 Nepomuceno, então, convenceu o presidente da república do momento, Afonso Pena, a enviar ao Congresso Nacional projeto de lei abrindo concurso público para a escolha de novos versos,  proposta que foi rejeitada. Então, ele enviou cópias de uma letra de Osório Duque Estrada para escolas e quartéis de todo o país, autêntica tentativa de “golpe de estado musical”. 

Epitácio Pessoa (reproduzido de desenho de capa de livro) oficializou a letra do Hino Nacional, em 1822


 Em 1910, o deputado/escritor famoso Coelho Neto apresentou nova emenda, determinando que versos de Duque-Estrada, apresentados durante concurso de 1909, fossem oficializados, por “já vir sendo cantados por todos os brasileiros”, afirmava. Mais uma vez, proposta recusada.

O tempo passava e os congressistas engavetando vários projetos de letra para o Hino Nacional. Faltando poucos dias para o centenário  da independência do país – 7 de setembro de 1922 -, não havia tempo para se promover novo concurso. Como o presidente Epitácio Pessoa queria hino tocado durante a inauguração do rádio no Brasil, o Congresso Nacional comprou, por cinco contos de reis, a letra de Duque-Estrada e, em 6 de setembro de 1922, a tal foi oficializada por símbolo da pátria – primeira letra de hino nacional do planeta negociada na grana viva.