Vasco

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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

HISTORI & LENDAS EM CIMA DO MURO


A Revista do Esporte - N 12 -, de 30 de maio de 1959, traz esta foto reunindo o "eterno capitão" vascaíno Hidraldo Luís Bellini, e o ponta-esquerda flamenguista Babá (Mário Braga Gadelha). Enquanto o defensor cruzmaltino (1930 a 2014) tinha boa estatura para os zagueiros do seu tempo, medindo 1m85cm, o rubro-negro (1934 a 2010)  foi um dos menores atletas do futebol brasileiro, não passando de 1m54cm. Natural da paulista Itapira, Bellini enfrentou Babá, nascido na cearense Aracati, em várias opotunidades, devendo esta foto ser de uma partida de 1959, levando-se em conta que a publicação é dali.  Se for não houve vencedor & vencido, pois todas as prtidas daquela temporada terminaram empatadas: 17.01.1959 - Vasco 1 x 1 Flamengo; 01.04.1959 - 2 x 2; 26.04.1959 - 0 x 0; 12.07.1959 - 2 x 2; 12.12.1959 - 1 x 1. Interessantísismo! 

domingo, 30 de outubro de 2022

HISTORI & LENDAS - VASCO-URNAS

O torcedor vascaíno Lula reproduzido de www.netvasco.com.br

Hoje é dia de segundo turno de eleição presidencial no Brasilm ebntre os candidatos Jair Bolsonaro (palmeirense e flamenguista), que tenta a reeleição, e Luís InácioLula da Silva, (corintiano e vascaíno). Fundado em 1898, o Vasco da Gama não estava em campo quando o país elegeu os primeiros comandantes da Primeira República (1889 a 1930), também chamada por República Velha. O Almirante só jogava bola quando rolou o pleito presidencial de 1918 (oitavo), a sétima eleição direta no país. A rapaziada foi às urnas no dia 1 de março e os resultados só saíram em 6 de julho, embora o pleito tivesse registrado chapa única, encabeçada por Rodrigues Alves e Delfim Moreira. O presidente eleito não chegou a assumir o cargo, pois adoeceu e a gripe espanhola, a Covid de hoje, o levou - assumiu o vice. Como não houve jogos de futebol  no país no dia da eleição, o mais próximo do pleito, pelos vascaínos, foi no 3 de março daquele 1918, no campo da Rua Doutor Mário, levando 3 x 4 Icaraí. Time do dia: Fausto, Guedes e Carlos Cruz; Adão, Dino e Polaco; Virgílio, Costa, Guerrero, Joaquim e Antonico. Os mais completos levantamentos sobre os jogos cruzmaltinos, não conseguiram encontrar o público do prélio, o nome do árbitro, do treinador vascaíno e nem quem marcou os tentos da Turma da Colina. Quanto a eleições presidenciais em dois turnos, isso foi criado pela Constituição de 1988 e a primeira se disputou em 1989, com Fernando Collor de Melo (flamenguistas e CSA-AL) vencendo Luís Inácio Lula da Silva, por 53,03% X 46,97% dos votos válidos, com o “returno” rolando em 17 de novembro. O  pega vascaíno mais perto da visita do povão às urnas foi no 19 daquele novembro, vencendo o Náutico-PE, por 4 x 2, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro, com gols de Bebeto (2), Cássio e Bismarck, diante de 8.102 pagantes. O treinador Nelsinho Rosa escalou: Acácio; Mazinho, Marco Aurélio, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo, França (Boiadeiro) e Tita; Bismarck, Bebeto e Tato (Vivinho). O árbitro foi Renato Marsiglia.

    

 

 


sábado, 29 de outubro de 2022

VSC DAS CAPAS. PARECE, MAS NÃO É!


Faltou ouco para a revista carioca O Globo Sportivo produzir duas capas idênticas com atacantes do Vasco da Gama. Acima, Ademir Menezes, abaixo Djayr. Diferenças: 1 - Ademnir olha para o seru lado direito enquanto Djayr mira em sentido inverso; 2 - o fotógrafo destacou a mão esquerda do craque acima e a direita do atleta abaixo. Ademir Marques de Menezes esteve vascaíno de 1942 a 1945, e de 1948 a 1956. De sua parte, Djayr Mazzoni vascainou entre 1950 a 1956.        



sexta-feira, 28 de outubro de 2022

HISTORI & LENDAS -TRÊS ESTRAGAÇAÇOS

 Quando pega pra capar, o Almirante é um terror. Já sentiram na pele um inglês, um alagoano e um já extinto clube fluminense. Confira:  

Vasco da Gama 4 x 0 Arsenal-ING  - amistoso de uma terça-feira de 1951, no Maracanã, com gols de Djayr, Ademir Menezes, Tesourinha e Friaça, comandados pelo treinador Oto Glória. Turma do dia: Barbosa, Augusto e Clarel; Ely, Danilo e Alfredo II; Tesourinha, Ademir, Friaça (Ipojucan), Maneca e Chico

Vasco da Gama 5 x 0 CRB-AL -  mais um amistoso, mas este na casa do adversário, a alagoana em Maceió, em 1960. À rede, compareceram  Roberto Pinto (2), Pinga, Pacoti e Joãozinho, com a moçada da vez reunindo: Barbosa (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Écio), Coronel, Dario (Russo), Sabará (Joãozinho), Roberto Pinto (Nivaldo) Delém (Pacoti), Pinga (Viladônega) e Ronaldo, dirigidos por Nelson Filpo Nuñez.

Vasco da Gama 6 x 0 Canto do Rio- esta foi bem antes das duas anteriores, acontecida em 1946. E resolvida logo no primeiro tempo, por João Pinto (2), Friaça (2), Mário e Elgen. A baiaiada teve o treinador Ondino Viera escalando: Martinho, Rubens e Carlinhos; Jorge, Nilton, e Vitorino; Friaça, Elgen, João Pinto, Ipojucã e Mário.

 

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

VASCO DAS CAPAS - TIME BISADEIRO

O Vasco da Gama sagrou-se bicampeão do Torneio Municipal do Rio de Janeiro-1944/1945, com uma rodada de antecedência. A disputa teve 10 equipes jogando pelo sitema todos contra todos e a Turma da Colina, em 45, distribuindo várias goleadas, como 6 x 1 São Cristóvão; 5 x 1 Flamengo; 6 x 0 Bonsucesso; 5 x 3 Botafogo; 5 x 1 Fluminense e 6 x 2 América, esta encerramento da competição e no qual a revista carioca O Globo Sportivo fotografou o zagueiro Sampaio devidamente enfaixado. Alceu José Sampaio começou a aparecer nas escalações vascaínas a partir de 1942.Ficou pela Colina por sete temporadas, fechando o ciclo com um outro bi, o do Campeonato Carioca, com sete pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Foi um tremendo passeio e o terceiro título invicto da Turma da Colina, que disputou 20 jogos, com 18 vitórias e dois empates. Marcou 84 gols e teve por time-base: Barbosa, Augusto e Sampaio (Wilson); Ely, Danilo e Ipojucan; Nestor, Maneca, Heleno de Freitas, Ademir e Mário (Chico). 

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Vascodata Lazaroni

                                                                                 CAPA 


PAG 2
Segunda contra-capa


   APRESENTAÇÃO  

 O gaúcho Saulzinho e o paulista  Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas. A pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando conquistaram o titulo, primeiro da Turma da Colia desde o SuperSuper Campeanto Crioca-1958. 

 Para reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns jogos não informando árbitros, tempo de gol, públicos e nem rendas não  encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só se for do Pelé!

Gustavo Mariani


                                                          SAULZINHO                                                                     

                                                                                     1

                                                               O GAROTO DOS PAMPAS

 Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante de feras,  como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet, Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador, por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.

 Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé, rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso incomum.  Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que, futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo

Saul Santos, o Saulzinho, ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o defensor Saul Mujica. Garoto peleador (brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para os zagueiros  da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954, vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre, marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol Clube roubou-o do rivaltornando-o um índio, como jogador do clube alvirrubro era chamado.

Foto do álbum do atleta

 Valera muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da  bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal Bageense de 1956.  Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4 x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não ficou com o caneco da Liga.

 Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só restavam  Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”. 

Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre  time fortíssimo para os padrões do então futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.

Com a noiva Marilu, quando viajou para se apresemtar ao Vasco da Gama. Abaixo, na chegada e  já falando aos repórteres - album de familia

Tempos depois, já era Martim Francisco o treinador do Inter. Saulzinho, com 1m67cm de altura, nada recomendável para um centroavante, agradava muito ao chefe do time da capital gaúcha. E pediu a  contratação dele, quando já estava no Vasco da Gama. De cara, o presidente cruzmaltino, Alah Batista, negou-lhe o pedido, dizendo não se interessar por "jogador igual a tantos outros lhe oferecidos". Sorte a do Saul que o diretor de futebol vascaíno, João Silva, dera ouvidos ao treinador e, em março de 1961, por Cr$ 2,3 milhões de cruzeiros, negociou, com o presidente do Guarany, Paulo Barcelos da Silveira, a compra do passe do tchê, preço superior ao que o Almirante havia pago por Pinga (José Lázaro Robles), que se tornara grande ídolo da torcida do Almirante. Na transação, Saulzinho embolsou Cr$ 500 mil cruzeiros, de luvas, e salário de Cr$ 20 mil mensais. Levou, ainda, Cr$ 690 mil cruzeiros, de gratificação, do Guarany.

Até fevereiro de 1966, Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm) zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias Metropolitana.

Garoto interiorano no meio de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se, com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro? 

Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma da Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid, deixando em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre 1952 e 1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular, pois Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.

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                                                                          O GUARANY

  Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar, sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado, em 2008. Vejamos algumas histórias do clube: 

  Guarany-1960, da esquerda para a direita, em pé: Mujica, Sílvio, Solis, Danga, Célio e Augusto; agachados, na mesma ordem: Eusébio, Ivo Medeiros, Saulzinho, Sérgio e João Borges, reproduzidos do álbum de família de Saulzinho.

1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do Botafogo, e  o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também, as Copas de 1986 e de 1990.

 2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129 gols) e  Picão (125). Saulzinho calcula ter feito cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter batido o recorde de Max. 

3 -   Em 1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e 4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).

4 -  Campeões estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o campeão, vencendo, por  1x 0 (duas vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga, Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho, Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz Silva e Juca.   

5 – Ao deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960,  Saulzinho voltou a jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo, marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada, ainda rolava a pelota.

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             CRUZMALTINO

   O Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians,  no paulistano Pacaembu. No dia  10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0 Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1 River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27 de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x 0.

 De volta ao Brasil, a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo, empatando, por 2 x 2,  diante de  122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes - renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado (contra), aos 7, e  Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado (Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam: Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).

 Quando Saulzinho desembarcou em São Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi  nos 3 x 1 América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre o  5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.

O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0 Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular, em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:

16.04.1961 (domingo) – Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1 milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

22.04.1961 (sábado) – Vasco da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo (contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.

01.05.1961 (segunda-feira) - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson); Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e Pinga.    

05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.   

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        PRIMEIRA EXCURSÃO

   O primeiro grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e  3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2 x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as fichas técnicas:

07.05.1961 - Vasco da Gama 0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha, Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).

 10.05.1961 - Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos 3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha) e Pinga.

Tinha, portanto, Saulzinho atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0 Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x 2 Uberaba  - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre maio e julho daquele 1961, atuando em estádios  europeus e africanos, pelas formações abaixo comandadas pelo treinador  Martim Francisco. Confira:

27.05.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público. 9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

30.05.1961 – Vasco da Gama 3 x 2  Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público: 25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43  min do 1º tempo e aos 16 do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho e Pinga.

01.06.1961 – Vasco da Gama 11 x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR. Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho, aos 25 e aos  35 min do  1º tempo; Sabará, aos  5 e aos  8; Saulzinho, aos  18, Roberto Pinto, aos  25, e Laerte, aos  30 min do  2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito), Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).

04.06.1961 – Vasco da Gama 10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000. Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho, aos  45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10; Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos  22, e Saulzinho (pen), aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.

06.06.1961 – Vasco da Gama 2 x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoti e Pinga.

11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga, aos  35, e Saulzinho, aos  43 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga. Sasulzinho atrás, ao centro, pronto paras embarcar rumo à Europas

Saulzinho atrás, ao centro, pronto para embarcar rumo à Europa - álbum de familia

14.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Combinado IFK/AIK-SUE. Local: Malmöe-SUE. Público: 9.000. Gols: Pinga, aos 16; Lorico, aos 20; e Saulzinho, aos  44  min do 1ºT; Lorico, aos  27 min do  2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Pinga e Da Silva.

18.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10; Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. 

21.06.1961 – Vasco da Gama 8 x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841. Gols: Roberto Pinto, aos  4; Lorico, aos 7 e aos 33; Roberto Pinto, aos 42 min do  1º tempo; Saulzinho, aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos  28, e Lorico, aos 33 min do  2º tempo. Vasco:  Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.

27.06.1961 – Vasco da Gama 1 x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de Estocolmo-SUE. Gol: Roberto Pinto, aos  26 min do 1º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Lorico; Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.

Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão, respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na Alemanha; 29.06 – Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco 0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos:  Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3); Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco  4 x 1 Frem/DIN (2); Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8 x 1 Bodens-SUE (1).

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O CRAQUE DA CAPA




 Voltado de excursão internacional, em julho, com 12 gols na conta, em dezembro, Saulzinho tornou-se figura de capa de revista. Foi prestigiado pela Revista do Esporte - Nº 145, de 16 de dezembro de 1961 –, entrevistado pelo repórter Deni Menezes e fotografado por Jurandir Costa. Disse não ter ido para o futebol carioca a fim de ficar famoso e jurava não ser tão vaidoso. Explicava-se, indagativo: "Vim para o Rio (de Janeiro) porque não poderia deixar fugir a excelente oportunidade que me apareceu para melhorar a minha vida, financeiramente. Sou profissional. Não acham que estou certo?"

Garantia ter encontrado bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino, por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também, queriam o seu futebol.

Quanto  à sua forma de jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem, apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".

Seguro, Saulzinho prometia muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente por  "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os jogos seguintes".

O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.

O choro dos cartolas cruzmaltinos era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes, um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles – publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8 de julho de 1961.

A vaga de ídolo da camisa nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso. A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um "novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o cara ideal para o comando do ataque.

Em seu período cruzmaltino, Saulzinho pegou pela frente marcadores com quase o dobro da sua massa física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo (América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar  (Botafogo); Mauro Ramos (Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo (Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.

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                              TEMPORADA-1962

 O treinador Paulo Amaral começou a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense, Maracanã. 

 Encerrada a série amistosa, a rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1) e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América  (14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo (25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois empates e 43 gols (oito contra).

Um dos amistosos do giro foi no 21 de abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43 minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira, alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 

Depois daquele amistoso, o time vascaíno foi à Goiânia golear o Vila Nova, por 4 x 1, no 1º de maio, com Saulzinho visitando a rede, aos 25 minutos da etapa inicial. Em Uberlândia-MG, cinco dias depois, nos 5 x 0 Uberelândia, ele fez mais um, aos 24 do primeiro tempo. Seguindo para o Sul, mais um, em 10 de maio, nos 3 x 1 Grêmio, de Maringá-PR, no estádio Willie Davids. Do Paraná, o time rumou para o estádio do Canindé, em São Paulo, onde mandou 2 x 1 Portuguesa de Desportos. Houve, ainda, dois amistosos fora de casa - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG, em Santa Luzia, com Saulzinho na rede; um outro 3 x 1, contra o Atlético-MG, e mais dois, em São Januário, escrevendo 2 x 0 Juventus-SP e 0 x 0 Guarani, de Campinas-SP.


 Paulo Amaral dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de janeiro a 10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de 21 de abril. Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando do time ficou, interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo. Ao final desta nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas partidas: 23.05 - Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06 - 0 x 0 Guarani de Campinas-SP.  

 Indiscutivelmente, 1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele chegou à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio Rio-São Paulo – contra Flamengo (1) e Fluminense (2)  - e  seis de giro de oito jogos pelo Nordeste -  diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL (1); Moto Clube-MA (1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os goleiros que foram ao fundo das redes buscar bolas enviadas por ele defendiam: Bonsucesso (3); Canto do Rio (4); São Cristóvão (4); América (1); Campo Grande (3); Portuguesa (1); Olaria (1) e Bangu (1).

Para o tchê, o Vasco da Gama-1962, sobretudo no Campeonato Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava tarimba e cancha. Éramos um time jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº 224, de 22 de junho de 1963.

Mesmo com as irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962, quando o jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos do Rio de Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da temporada - Troféu Atlas-1962 -  Saulzinho foi um dos reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar nesta seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense), Mário Tito (Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos (Flamengo) e Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco), Amarildo (Botafogo) e Zagallo (Botafogo). 

Embora premiado como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile, entre 30 de maio e 17 de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um dos possíveis parceiros de dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte do grupo que fora ao Mundial saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do qual ele só participara de duas partidas. 

Além dos citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian Moreira, natação e Eder Jofre, pugilista.                                               

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                                                            ROLA A BOLA 

 14.01.1962 -  Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho), em Recife, com gol de Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho (Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho.  

17.01.1962  - Vasco da Gama 2 x 0 Bahia-BA - amistoso, na Fonte Nova (Estádio Octávio Mangabeira), em Salvador, com Lorico (2) marcando os gols deste time: Ita; Paulinho de Almeida,  Brito, Barbosinha e Laerte; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 

21.01.1962 - Vasco da Gama  6 x 0 CRB-AL - amistoso  no Estádio da Pajuçara (Severino Gomes Filho), em Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho, Vevé e Laerte escrevendo no placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado); Paulinho de Almeida, Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e Lorico (Roberto Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará. 

24.01.1962 - Vasco da Gama 4 x 0 Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza,  com redes visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita; Paulinho de Almeida (Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo).  

28.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em São Luís do Maranhão, com gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega. Time: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e Lorico (Roberto Pinto; Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e  Sabará (Ronaldo).  

31.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas, em Forteleza, com Saulzinho marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita; Dario, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 

25.02.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo  - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com gol marcado por Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Villadônega, Saulzinho (Javan) e Da Silva. 

10.03.1962 - Vasco da Gama 4 x 3 Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário, com público de 4.143 pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos do segundo tempo, por este Vasco:  Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo); Nivaldo e Barbosinha; Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico (Roberto) e Da Silva.

21.04.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana de Andrade, do Núcleo Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva.  

01.05.1962 - Vasco da Gama 4 x 1 Vila Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida Paranaíba, em Goiânia, com Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro tempo. Vevé (2) e Loricoa fizeram os outros nesta vitória com virada de placar por esta rapaziada:  Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.   

06.05.1962 - Vasco da Gama 5 x 0 Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia, com Saulzinho batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo - Joãozinho, Sabará, Lorico e Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico (Milton); Joãozinho, Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará.       

10.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie Davids, com gols marcados por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laeerte) e Lorico (Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.  OBS: última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma da Colina.

13.05.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano Estádio do Canindé (Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas de Sabará e de Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará.      

20.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da mineira Santa Luzia, com virada de placar assinada por Saulzinho, Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da Silva. 

01.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Bonsucesso – Prmeiro turno do Campeoanto Carioca.  Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00. Gols: Saulzinho, aos 14 do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32 da mesma etapa. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Nivaldo, Barbosinha e Dario, em pé, da esquerda para a direita; Sabará, Vevé, Saulzinho, Lolrico e da Silva, agachados na mesma ordem, em uma das formações da temporada.  

08.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols: Joãozinho, a 1 minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos 14 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

15.07.1962 – Vasco da Gama 0 x 1 Olaria. Estádio: da Rua BarirI-RJ (Antônio Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,3167.250,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

21.07.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda|: Cr$ 1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

04.08.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 47.629 pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

12.08.1962  – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

19.08.1962 – Vasco da Gama 4 x 0 Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e Nivaldo: Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.

26.08.1962 – Vasco da Gama 3 x 1 São Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de Lima, na Rua Figueira de Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 712.680,00. Gols: Saulzinho, aos 6 min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do 2ºtempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça.   

02.09.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 América. Estádio: de São Januário-RJ.  Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 10 min da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

09.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26 min do 1º tempo. Vasco:  Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

16.09.1962 – Vasco da Gama 0 x 2 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$ 9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

21.09.1962 – Vasco da Gama 7 x 0 Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 585. 490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34; Lorico, aos 42 e aos 44 min do 1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e Lorico, 21 do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

30.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0 Bonsucesso – Returno - Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes. Renda: Cr$ 1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

06.10.1962 – Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 2.686 pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e aos  43, e Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

14.10.1962 – Vasco da Gama 1 x 3 Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes de Castro. Renda: Cr$ 1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva.

21.10.1962 - Vasco da Gama 3 x 2 Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 18.726. Renda: Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos  31 min do 1º tempo; Lorico, aos 23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 

04.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 69.461. Renda: Cr$ 10.077.210.00.|  Gol: Sabará, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Humberto Torgado (Ita), Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel, Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.

10.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 1 Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: Guálter Gama de Castro. Renda: Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15; Sabará, aos 19; Maranhão, aos 25; Da Silva, 39 do 1º tempo e  Viladônega, aos 7 min da fase final. Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva.

15.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 0 Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita (Humberto Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Villadônega, Saulzinho e Da Silva.

18.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 São Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Wilson Lopes de Souza. Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 

25.11.1962 - Vasco da Gama 2 x 0 América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes: Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Da Silva.

02.12.1962 - Vasco da Gama 0 x 2 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 57.393. Renda: Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e  Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Tiriça. 

09.12.1962 - Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 79.181. Renda: Cr$ 11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Fagundes. 

14.12.1962 - Vasco da Gama 3 x 3 Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar Ferreira: Renda: Cr$ 196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18); Saulzinho, aos 34 min do 1º tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo. Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.  

1 - A partir dos próximos capítulos as rendas não serão mais divulgadas, porque a moeda brasileira mudou várias vezes e o leitor precisaria de uma tabela de conversão para mensurar o valor atual. Só foram separadas etas por terem sido as da melhor temporada vascaína do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador do time em todos os jogos do Estadual-RJ.

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                                                               POLIMENTO

 Embora tenha ido para São Januário a pedido do treinador Martim Francisco, foi com Jorge Vieira que Saulzinho conseguiu ser titular absoluto no time vascaíno. “Aprendi muito com os dois”, afirmava, mas creditando ao Jorge os últimos retoques em seu futebol. “Quando cheguei ao Vasco, ainda não estava maduro. Tinha que aprender muito”, constatou. 

 Provocado por um repórter sobre as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do Campeonato Carioca - Revista do Esporte - Nº   188, de 13 de outubro de 1962 -  Saulzinho via muitas dificuldades para encarar tantas feras e fazia-se de político gaúcho, plantando não querer que a torcida vascaína esquecesse de ídolos como Ademir Menezes e Vavá, embora deixando claro querer ficar no coração dela. “Pretendo marcar muitos gols, para ser lembrado como um dos que mais fizeram a torcida cruzmaltina vibrar”, deixou claro.

 Saulzinho colocou todos os concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962, marcando 18 gols, contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista Dida; 15 de outro botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do rubro-negro Henrique Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu, até então, o maior bicho de sua carreira, além de prêmios oferecidos por uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o ponteiro dos goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde 1950, quando Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida ao barbante, como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes.

Depois de Saulzinho, o Vasco da Gama só voltou a liderar a disputa dos goleadores após 16 temporadas, em  1978, quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes, para o abraço. Os artilheiros vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929 - Russinho (23 gols); 1931 - Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé (13); 1947 - Dimas (18); 1949 - Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes (25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 - Roberto Dinamite (19); 1981 - Roberto Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte (12); 1986, Romário (20); 1987 - Romário (16); 1993 - Valdir Bigode (19); 2000 - Romário (19); 2004 - Valdir Bigode (14); 2012 – Alecasandro (12) e 2014 – Edmilson (11). No total de gols marcados por várfias competições e amistosos,os três primeiros são: Roberto Dinamite, 698, em 1.110 jogos;  Romário, 322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429 prélios – seguem: Lelé (147); Pinga (250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca (137) e Chico (127).

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                                                                    TEMPORADA 1963  

 Saulzinho iniciou a temporada-1963 marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na Costa Rica, amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a disputar o Torneio Pentagonal Cidade do México,  que valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge Vieira.

 Por gramados mexicanos, Saulzinho começou escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x 0 América-MEX, na Cidade do México. No dia 17, fez o seu terceiro gol na excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade do México. Voltou à rede no dia 20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto tento na excursão. Em 31 de janeiro, em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então Tchecoeslováquia, saiu de campo campeão do Pentagonal mexicano e começou a formar, com Célio Taveira, a dupla mais importante de ataque cruzmaltino da década-1960.

 Após o Pentagonal do México, Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro, Vasco 1 x 1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time fez mais um amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San Salvador, mas ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi ao Chile ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá fora. Após a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo Torneio Rio-São Paulo.

 Em 13 de fevereiro, Saulzinho entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o  Vasco da Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma história interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua turma chegou a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e Fontana tirando um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou a partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta nos 2 x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto o seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse que o jogo havia terminado empatado (2 x 2)."

 A primeira bola mandada à rede por Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de março, em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto, teve fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No mais, foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano.

 No Estadual-1963, a Turma da Colina  começou comandada pelo  treinador Jorge Vieira, que prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos comandos de Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de Mário Tilico. A rapaziada  não fez uma boa campanha, terminando  em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e levou 23 gols. Célio foi o principal artilheiro, com 14 gols. Como este  havia marcado um, pelo Torneio Rio-São Paulo; cinco no giro pelo Chile; mais um em amistoso com o Goytacaz-RJ e três entre Europa/África, estes 10 tentos, somados aos 14 do Estadual-RJ totalizaram 23, em sua primeira temporada cruzmaltina. Saulzinho aparece só com duas bolas nas redes, totalizando 19 na temporada. Confira os jogos vascaínos a temporada:                                                               

06.01.1963  - Vasco 4 x 0 Alajuelense. Amistoso, em Alajuela-CRI, em San José da Costa Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols: Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo); Sabará, Lorico, Saulzinho (Vevé) e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge Vieira. OBS: na véspera desta partida, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico”, junto à Portuguesa de Desportos-SP, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP, por Cr$ 11.500.000,00, para eles se juntarem ao grupo excursionista.

1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gol: Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento marcado por Saulzinho, de bicicleta, foi capa de uma revista mexicana e considerado “sensacional” pelos jornalistas cariocas que cobriam a viagem vascaína. (foto)

17.01.63 – Vasco 5 x 0 El Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México. Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão mexicano-1962 marcou a estreia de Célio no time vascaíno, a partir dos 25 minutos do segundo tempo.

20.01.1963 - Vasco 1 x 1 Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do México. Estádio: da Cidade Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.

31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla de Praga (TCH). Torneio Pentagonal Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 70.000. Gol: Ronaldo. VASCO: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario); Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).

03.02.63 - Vasco 1 x 1 Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio Diez, em Toluca-MEX. Gol: Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo.

10.02.1963 – Vasco 2 x 0 Seleção de El Salvador. Amistoso, em San Salvador. Gols: Écio, aos 14, e Mário Tilico, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário Tilico.     

13.02.1963 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 18.485. Renda: Cr$ 3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico).

16.02.1963 - Vasco 2 x  2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Stefan Walter Glanz. Público: 29.200. Renda: Cr$ 9.652.000,00. Gols: Ronaldo, aos 32 min do 1º tempo; Sabará, aos 12, e Pelé, aos 42 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio, Brito, Dario, Maranhão, Barbosinha (Fontana), Sabará, Viladônega, Saulzinho, Lorico (Fagundes) e Ronaldo - Santos: Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo, Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe.

21.02.1963 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 30.539. Renda: Cr$: 6.836.249,00. Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado: Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico).  

06.03.1963 – Vasco 0 x 0 Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio e Ronaldo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 18 min do 2º tempo.

09.03.1963 – Vasco 1 x 2 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 13.444. Renda: Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado;  Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo: OBS: expulso de campo na partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não havia suspensão automática.                     

13.03.1963 - Vasco 1 x  1 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 4.106.444,00. Gol: Sabará. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana)e Dario; Écio (Maranhão) e  Lorico; Sabará (Ronaldo), Saulzinho, Célio e Mario Tilico.  

17.03.1963 - Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00. Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio, (Viladônega) e Ronaldo.

24.03.1963 – Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ . 1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes).

28.03.1963 – Vasco 1 x 1 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol: Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Vevé (Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 -  neste jogo o Vasco encerrou a sua participação na competição interestadual, tendo Saulzinho ficado de fora das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo (21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04); Vasco 1 x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos (24.04) e Vasco 1 x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só não enfrentou o Santos (16.02).  

 31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, a 1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico: Jorge Vieira. 

 09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI. Carlos Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3,  e Joãozinho, aos 14 e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS: primeiro pênalti vascaíno batido por Célio.

11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo Colo-CHI. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI. Gols: Célio (2), um em cada tempo, e Saulzinho, na etapa final. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico.

14.04.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad do Chile. Torneio Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago. Juiz: Carlos Robles-CHI.  Gols: Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Mário Tilico.

27.04.1963 – Vasco 2 x 3 Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de Oliveira e Sousa, em Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Ronaldo, aos 22, e Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e Lorico; Sabará, Rodarte (Viladônega), Célio e Ronaldo.

05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade d´Abidjan- Amistoso. Estádio: Felix Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do Marfim. Público: cerca de 17.000. Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º tempo, e aos 35 da etapa final. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo.

09.05.1963 – Vasco 3 x 0 Kotoco. Amistoso, em Kumasi, Gana.  Público: cerca de 20.000. Gols: Célio, Lorico e Fagundes. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Fagundes.

12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real Republicans. Amistoso, no Estádio Nacional Accra em Gana. Público: cerca de 30 mil. Juiz: Frank Mils. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo.

25.05.1963 – Vasco 6 x 0 Seleção da Nigéria. Amistoso, no Estádio George, em Lagos, na Nigéria. Gols: Saulzinho (4), Célio e Lorico.

26.05.1963 – Vasco 3 x 1 Seleção da Nigéria Ocidental. Amistoso, em Ibadan, na Nigéria. Gols: Célio (2) e Sabará. 

29.05.1963 – Vasco 2 x 1 West Rovers. Amistoso, em Lagos, na NigériaGols: Fagundes e Lorico.

04.06.1963 – Vasco 4 x 2 Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio.

07.06.1963 – Vasco 1 x 2 El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol de Lorico, no 2º tempo.

09.06.1963 – Vasco 1 x 1 Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no Sudão, com gol vascaíno por Sabará, de pênalti.

OBS: 1 – Saulznho contava ter o treinador Jorge Vieira dirigido o time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só no primeiro tempo, segundo ele, por ter se desentendido com os cartolas, tendo o veterano lateral-direito Paulinho de Almeida, que ainda era atleta, comandado a rapaziada durante a etapa final, e devolvido o posto, no jogo seguinte, contra o português Sporting; 2 Saulzinho alegava ter marcado quatro gols e, ainda, tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963, Vasco 6 x 0 Nigéria. Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação. A bola quicou dentro do gol e voltou para o meio da área, em um lance limpo, sem qualquer impedimento, nenhum problema. Incluive, a torcida aplaudiu”.   

11.06.1963 –Vasco 0 x 3 Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de Feitas. Vasco: Humberto Torgado: Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio (Joãozinh) e Ronaoldo. 

13.06.1963 – Vasco 2 x 0 Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos 10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Écio).

16.06.1963 – Vasco 2 x 3 Mônaco.  Troféu Teresa Herrera. Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz: Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca de 26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes).

19.06.1963 – Vasco 3 x 2 Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix, em Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez. Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos 35 e aos 40 min, todos no 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Joãozinho (Lorico); Sabará, Saulzinho, Fagundes e Ronaldo.           

22.06.1963 – Vasco 0 x 1 Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio: Sarriá, em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Joãozinho; Sabará, Saulzinho (Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia seguinte, rolaria o Torneio Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o Vasco escalou time reserva e foi eliminado no primeiro jogo.     

30.06.1963 - Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto; Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo, e Sabará, aos 31 da mesma fase final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS: o gol de Célio é um dos mais rápidos da história do futebol vascaíno. Ele voltava a time após quatro partidas de fora.

07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gol: Sabará. Detalhe: Joel Felício marcou gol-contra. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico.

14.07.1963 -  Vasco 5 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Maurinho, aos 7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º tempo, e Célio, aos 18 e aos 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo da ponta-direita da Seleção Brasileira da estreia de Pelé, em 1957. 

28.07.1963 – Vasco 1 x 3 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 63.168. Renda: Cr$ 17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho.     

04.08.1963 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos 25, e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Maranhão; Joãozinho, Altamiro, Célio e Mário Tilico.  

10.08.1963 – Vasco 1 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: arcana-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Maurinho.   

18.08.1963 – Vasco 1 x 1 Madureira. Estádio: Conselheiro Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS: por o atleta Jalmir, do Madureira, estar inscrito, também, na Federação Fluminense de Futebol, o jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Carioca de Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no dia 25 de setembro, quando os vascaínos mandaram 2 x 1.

24.08.1963 - Vasco 0 x 0 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550. Renda: Cr$ 21.448,760,00.  Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha, Dario, Écio, Lorico, Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará.

03.09.1963 - Vasco 0 x 2 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Claudio Magalhães. Renda: Cr$ 5.326.688,00.  Vasco: Ita; Joel Felício, Brito e Dario; Ecio e Barbosinha; Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e Sabará.

06.09.1963 - Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico, aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos 20, e Célio, aos 33  min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Maurinho.

08.09.1963 – Vasco 0 x 1 Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo Cunha), Paulinho de Almeida (Joel Felício),  Fontana Russo e Juraci (Barbosinha); Maranhão e Milton; Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho (Odmar). OBS: Sulxinho r Célio não entram nesta escalação porque o treinador Jorge Vieira usou vários reservas.   

15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Sabará e Maurinho. OBS: 1 – o placar derrubou o treinador Jorge Vieira, substituído por Oto Glória, até 10 de novembro. Depois, este passou o cargo a Eduardo Pelegrini, que ficou, de  15 de novembro e 14 de dezembro; 2 - de 8 de setembro até 14 de dezembro,  último prélio do calendário-1963, Saulzinho esteve fora do time, pelas nove vezes em que Oto Glória o dirigiu, e em mais cinco sob o comando de Eduardo Pelegrini. Só voltou, em 26 de janeiro de 1964, substituindo Célio, em partida amistosa – ver ficha técnica da data.

21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. OBS: 1 - início do comando de Oto Glória, sem Saulzinho e Célio, que não atuaram, também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1 Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x 0 Portuguesa-RJ.

06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Gol: Célio, aos 16 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado: Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé, Lorico, Célio e Mário Tilico.  

09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico.    

20.10.1963 – Vasco 0 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.255. Renda: Cr$ 8.664.618,00. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Ocimar e  Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e Milton.   

26.10.1963 – Vasco 2 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols: Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

03.11.1963 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito. Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

10.11.1963 – Vasco 4 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho, aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

15.11.1963 – Vasco 3 x 4 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.373. Renda: Cr$ 10.506.590,00. Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico, aos 16 min do 1º tempo, e aos 15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado “Clássico dos Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo Pelegrini, substituindo Oto Glória.    

22.11.1963 – Vasco 1 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.  Juiz: Antônio Viug. Público: 7.448. Renda: Cr$ 1.725.858,00. Gol: Mário Tilico, aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Maranhão, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS:  Maranhão na ponta-direita? Na verdade, Pelegrini armou o time no esquema tático 4-3-3, com o apoiador fechando o meio-de-campo e deixando só o Tilico e Célio mais ofensivos.

01.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz:  Gualter Portela Filho. Gols: Milton, aos 18 do 1º tempo, e Mário Tilico, aos  36 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 

07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José Monteiro. Gol: Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede.

14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Lorico, aos 14, e Mário Tito (contra), aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e Ede. OBS: Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à época não havia suspensão automática.                                                     

                                                           10

                                          TEMPORADA-1964

  O Vascoco da Gama iniciou a temporada com dois amistosos, vencendo um e empatando o outro, com times mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São Paulo, empatando, novamente. A seguir, levou dois tombos, para se recuperar com uma virada de placar, no paulistano Pacaembu, a 13 minutos do final da partida em que chegou a ter dois gols de desvantagem. Após aquele grande resultado, mais um empate e uma vitória. O time andava muito irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois e empatou um, Enfim, encerrou a sua participação no torneio interestadual com apenas duas vitórias, em nove jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14 gols. No Campeonato Carioca, apresentou-se com time forte no papel, mas ficou devendo no gramado. Terminou em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis escorregadas. Seu ataque funcionou bem por 44 vezes, enquanto a defensiva bobeou em 26. Nesses jogos, Eduardo Pelegrino dirigiu a equipe nos dois primeiros compromissos. O já veterano lateral-direito Paulinho de Almeida o substituiu nas três partidas seguintes, e passou o cargo para Davi Ferreira, o Duque. Nos seis primeiros jogos da temporada, Saulzinho entrou, em quatro oportunidades, no lugar de Célio. Toda a história de 1964 ficou desse jeito:

26.01.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro. Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva. 

27.02.1964 – Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Gol: Célio, aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão) e Lorico; Joãozinho (Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.     

06.03.1964 - Vasco 1 x 2 Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao Zarate. Gol: Mário Tilico aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Da Silva.   

08.03.1964 - Vasco 1 x 1 Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Manuel Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen), aos 4 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro), Célio (Saulzinho) e Da Silva.

10.03.1964 - Vasco 1 x 2 Cerro Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio Defensores del Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol: Mário Tilico, 1 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton (Maurinho), Mário Tllico, Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS: primeira expulsão de campo de Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo tempo.  

14.03.1964 – Vasco 0 x 0 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Flávio de Magalhães. Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva.  

21.04.1964 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Teixeira Portela Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol: Célio (pen), aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva), Mário Tilico, Célio e Ramos. OBS: pela primeira vez na temporada, Saulzinho não foi escalado.   

29.03.1954 – Vasco 0 x 2 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico (Sabará), Célio e Ramos (Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista.

04.04.1964 – Vasco 3 x 2 Palmeiras – Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Público: Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e Lorico, aos 44 min do 1º tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Saulzinho).

12.04.1964 – Vasco 1 x 1 São Paulo. Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico (Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho, Célio e Sabará. OBS: segundo jogo da temporada sem Saulzinho no time.      

15.04.1964 – Vasco 1 x 0 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela. Público:  18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 - o Botafogo tinha um dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com Garrincha, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da temporadas sem Saulzinho no time vascaíno.    

19.04.1964 – Vasco 0 x 0 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo Sanches. Público: 5.588. Renda: Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio (Altamiro) e Sabará (Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na temporada.    

21.04.1964 – Vasco 2 x 2 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos 42 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira (Barbosinha); Milton (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará (Ramos). OBS: 1 - quinta ausência de Saulzinho e primeira de Célio na temporada.   

23.04.1964 - Vasco 0 x 0 Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz: Elmo Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta ausência de Saulzinho. 

26.04.1964 - Vasco 1 x 0 Valério Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG. Juiz: Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima ausência de Saulzinho. 

01.05.1964 - Vasco 3 x 2  Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba. JuizKalil Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo; Célio, aos 6, e Lorico, aos 13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho), Zezinho, Célio e Sabará (Da Silva). OBS: após seis jogos sem atuar, Saulzinho voltou ao time.

03.05.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.  Gol: Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Sabará), Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde 06.09.1963 que Saulzinho e Célio não iniciavam uma partida juntos

06.05.1964 – Vasco 0 x 1 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Púbico: 2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha (Joel Felício), Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Altamiro), Saulzinho (Sabará), Célio e Zezinho.         

09.05.1964 – Vasco 3 x 3 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos 41 min do 1º tempo; Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e Lorico; Joãozinho, Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho desfalcou o time e Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por brigar com um adversário.        

14.06.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano Segismundo. Gol: Célio, aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício. Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo), Saulzinho, Célio e Da Silva (Altamiro).     

18.06.1964 – Vasco 2 x 1 Bangu. Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: Jorge Paes Leme. Gols: Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10 da etapa complementar. Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará (Milton). OBS: os dois times não disputavam  amistosos desde 22 de janeiro de 1944, quando os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário. Nessa retomada, público pagante (pp) e renda foram insignificantes, respectivamente, 2.093 (pp) e Cr$ 793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780 (pp) e Cr$ 619.500,00, no segundo, o que demonstrava que o torcedor carioca da época só se interessava por grandes jogos e competições famosas. 

21.06.1964 – Vasco 2 x 0 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: Mauro Guimarães. Gols: Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 32 da segunda etapa. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: primeiro gol de Saulzinho, em 1964.  

25.06.1964 – Vasco 3 x 0 Villa Nova-MG. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e Saulzinho, aos 18 da segunda etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha, Brito, Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton); Zezinho (Joãozinho), Saulzinho (Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS: 1 – segundo gol de Saulzinho na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito criticado pela torcida vascaína, pois o Villa não tinha torcida no Rio de Janeiro, onde só havia jogado (e perdido para o Almirante) em três longínquas ocasiões: 19 de dezembro de 1953; em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de 1930. O jogo de 1964 só teve 1.215 pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não cobriu os custos das partida. 

28.05.1964 – nesta data, em tarde de domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes, o Vasco das Gama disputou o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0 x 0 América e sendo eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou e o time vascaíno alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão e Milton; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. 

04.07.1964 – Vasco 1 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Da Silva.

12.07.1964 – Vasco 2 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Célio, aos 5, e Joãozinho, aos  33 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: após cinco partidas, a dupla Saulzinho-Célio era interrompida. 

19.07.1964 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho continuou de fora

23.07.1964 – Vasco 1 x 2 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: foi neste jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os vascaínos eram os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de novembro de 1958. Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo: “Não montei na zebra”.    

25.07.1964 – Vasco 0 x 2 Nacional-URU. Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU. Público: 13.286. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e Pereira; Zé Carlos (Maranhão) e Lorico; Altamiro, Mário Tilico, Célio (Joãozinho) e Zezinho (Saulzinho).  

09.08.1964 – Vasco 3 x 3 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos 43 minutos do 1º tempo, e Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha Fontana, Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da Portuguesa-RJ e a “pisada na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que foi substituído pelo antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não esteve presente nas duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate cruzmaltino, por 3 x 3, na temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa de Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu.   

13.08.1964 – Vasco 3 x 0 Porto-POR. Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 20.914. Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min do 1º tempo; Saulzinho, aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Alcir Portela; Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro) e Da Silva. OBS: pela primeira vez na temporada, Célio desfalcava o time.               

16.08.1964 – Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz: Joé Monteiro. Público: 6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho, aos 24, todos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da Silva.     

19.08.1964 – Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Federico Lopes. Público: 290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo Cunha;  Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.  

23.08.1964 -  Vasco 2 x 1 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico, aos 31, ambos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva.

27.08.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Gol: Célio (pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo Cunha apresentou duas falhas inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do Amparo, saiu de campo aplaudido pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a careira naquele momento. Depois daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia.     

30.08.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-GO. Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Cândido de Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Alcir); Zezinho, Mário Tilico (Altamiro), Célio e Ronaldo.   

01.09.19674 – Vasco 1 x 0 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis (Miltão); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ramos. 

06.09.1964 – Vasco 2 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17 da segunda etapa.  Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 

13.09.1964 – Vasco 1 x 0 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo voltava a ser escalada. 

20.09.1964 –Vasco 0 x 0 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: esde o início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O segundo havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo.

27.09.1964 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 54.626. Renda: Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen), aos 39 min do 1º tempo e aos 41 da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: a renda foi citada para efeitos históricos e porque o América da época era “grande” no futebol lcarioa.  

01.10.1964 – Vasco 2 x 0 Campo Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de junho de1963, em Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, que Saulzinho e Célio não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele dia, Célio bateu na rede a 1 minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º tempo.

04.10.1964 – Vasco 2 x 2 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 8.407. Gols: Mario Tito (contra) aos 11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não fazia parte do dos ‘grandes” cariocas.   

07.10.1964 – Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e Mário Tilico, aos 11, um em cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

11.10.1964 – Vasco 1 x 0 Paysandu-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Fernando de Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da partida é chamado por “Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O homenageado é um ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico Vasques.   

14.10.1964 – Vasco 3 x 1 Tuna Luso-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Sena Muniz. Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais (contra), aos 12, e Zezinho, aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão); Massinha, Caxias, Fontana (Russo) e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho).

17.10.1964 – Vasco 3 x 2 Remo-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA. Juiz: Antônio Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º tempo, e Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel Felício), Caxias, Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o Paraguai. O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré. 

18 de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2 Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo. Gols: Célio, Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: o Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor país sul-americano e que teve colonização holandesa.

20.10.1964 – Vasco 1 x 1 Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR. Gol: Célio. Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS: terceira vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu Célio.   

25.10.1964 – Vasco 4 x 2 São Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e aos 26, e Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

31.10.1964 – Vasco 4 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Gols: Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da etapa final, e Saulzinho, aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 

07.11.1964 –Vasco 0 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

13.11.1964 – Vasco 5 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols: Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5 do 1º (pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

15.11.1964 – Vasco 2 x 0 Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César. Gols: Mário é aos 28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, (Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Clemente) e Zezinho (Da Silva). OBS: em 1964, o adversário vascaíno chamava-se Porto Alegre e só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987. Duas temporadas depois, trocou de nome, adotando o de sua cidade.   

22.11.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.  

29.11.1964 – Vasco 3 x 1 Canto do Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e Maranhão, aos 41 min, todos do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Zezinho, Célio e Da Silva. OBS: após seis escalações sucessivas, o treinador Ely do Amparo separou a dupla Saulzinho-Célio.                 

06.12.1964 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho, aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho.

12.12.1964 – Vasco 1 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.      

                       

                                                             11

                                           TEMPORADA 1965

  Nada melhor do que iniciar campanha carregando um caneco. Fez a dupla Saulzinho-Célio, vencendo o seu primeiro desafio do calendário-1965, o I Torneio Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 21 de janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol Atlético de Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo.

 O Almirante arrancou para o título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de Célio (2) e de Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões, durante a noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de 59.814 pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era vice-campeão carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente cruzmaltinos que vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé Moreira. Mas nada daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez grande final,  goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho e Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida.




Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Mário Tilico, Saulzinho, Célio, Lorico e Zezinho (agachados, na mesma ordem|). 

 

Após conquistar aquela competição, o Vasco da Gama saiu para fazer nove amistosos longe de São Januário, os chamados “me dá um dinheiro aí”, apelidados, também, por “caça-níqueis”. Em todos, o treinador Zezé Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o paulista marcado cinco tentos e o gaúcho dois.

 A seguir, o Torneio Rio-São Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de Célio - contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os dois artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols marcados, em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na competição teve 10 times divididos em dois grupos regionalizados, em turno único, com prélios dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e com fase final de oito equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco da Gama totalizou os mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa, pelo saldo de gols. Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16 compromissos.

 A próxima competição que deveria ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso acontecer. Naquela temporada em que tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a Federação Carioca de Futebol criou um torneio para o campeão ser o seu representante na Taça Brasil, disputada por campeões regionais e abriando vaga à Taça Libertadores da América. O tchê, no entantonão atuou nesta disputa, só voltando a jogar durante a estreia vascaína no Campeonato Carioca (ver ficha técnica, adiante), passados 25 dias após o final da Taça GB.

 Disputada, inicialmente, por seis times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama, com americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve, depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas, a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma, totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante, teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6 gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e Paulistinha (Botafogo/contra) fizeram a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos recordes de público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na final. 

Caneco na prateleira da Colina, Saulzinho e Célio, depois, foram disputar  o Torneio Início do Campeonato Carioca-1965, no Maracanã, um festival de futebol antecedendo à primeira rodada do Estadual - jogos de 15 minutos, por etapa, e final em tempo dobrado. Eles rolaram a bola no 7 de setembro, jornada de responsabilidades extras para Saulzinho. Escolhido batedor de pênaltis do time (em caso de empates), ele fez o “dever de casa”, em Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ, transformando-o em Vasco 3 x 0 - o centroavante Benê levou as glórias da partida seguinte, mas, na terceira, a viagem do Almirante ficou pelo caminho, sem o Saul em campo.  

 Para encerrar a temporada, o Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito de ter vencido a I Taça Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar, a Revista do Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 - circulou com chamada de capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time do Vasco”. Para a semanária, a empolgação dos cartolas pelo título conquistado em setembro fizera o clube desconsiderar os alertas do treinador Zezé Moreira, para quem o “a equipe não estava certinha, sem qualquer ponto falho”. Tinha razão o Seu Zezé. O seu time perdeu, surpreendentemente, muitos pontos e despediu-se da disputa pela faixa de campeão - grande projeto do presidente Manoel Joaquim Lopes -, exatamente, por não ouvir o seu treinador. Além disso, a revista pôs na conta dos insucessos vascaínos a missão de disputar a Taça Brasil, estafando Saulzinho, Célio e toda a rapaziada por duas frentes de batalhas.

 Na verdade, a Revista do Esporte exagerava. Após os 2 x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo oficial uma semana depois (12.09). O terceiro prélio do mês rolou após mais uma semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro, respectivamente, entrou na Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x 0) e, depois, decidir a competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º e 8 de dezembro, quando Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do Campeonato Carioca, só mesmo 0 x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por surpresa. Os tropeços ante Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense – 1 x 2 (07.11) – e Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por terem sido em clássicos em que a lógica nunca prevalece.

Saulzinho e Célio terminaram o Campeonato Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco somando 15 pontos, de sete vitórias, um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14 jogos, com seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro partidas -  contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso (24.10) e Fluminense (07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com sete gols – diante de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e Bonsucesso. Já o gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a classificação de 1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e Madureira à Divisão de Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação Carioca de Futebol.

A Taça Brasil marcou a despedida de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante do Santos-SP, durante a noite do 1º de dezembro de 1965, no paulistano Pacaembu, encerrando, também, a parceria dele com Célio que, por sinal, foi o artilheiro do time naquela disputa, com três gols, em quatro jogos. Saulzinho não renovou contrato, ao final de 1965, porque a sua mulher não se dava bem no Rio de Janeiro. Preferiu voltar para Bagé, onde encerrou a carreira, defendendo, mais uma vez, o Guarany local. Concluiu a sua história vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando em dois jogos - outro na semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio dos Aflitos, em Recife, nos 2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em campo no decorrer da partida, substituindo Luizinho Goiano.

 Em sua despedida do Vasco da Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho Saulzinho comemorou, com um abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de pênalti, aos 37 minutos do segundo tempo sobe os santistas, quando o parceiro ainda não sabia que aquele seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano); Zezinho, Saulzinho, Célio e Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho.

 Antes daquele prélio, Saulzinho havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos em amistosos contra o português Benfica e o piauiense River. O penúltimo, testemunhado por 37.383 pagantes, aos 28 minutos do amistoso, abrindo o placar, em chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à esquerda do goleiro Costa Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último gol vascaíno foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo Monteiro, da piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e bateu na rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas técnicas de 1965.

Quanto ao duelo Saulzinho x Eusébio, que era considerado um dos principais atacantes do planeta, aconteceu durante a efervecentre de badalações dentro do IV Centenario carioca. Todos queriam homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o Vasco da Gama que, para tal, convidou o Benfica para um prélio de confraternização dos portugueses com a colônia luso-brasileira, em 8 de julho de 1965, quando o Maracanã recebeu 38.838 pagantes para o amistoso Vasco x Benfica, base da seleção portuguesa, com 10 titulares do time que, em 1966, ficaria em terceiro lugar na Copa do Mundo disputada na Inglaterra.

 O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado - Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa; do outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós -  auxiliado por Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de lado a defender e mandou as feras se pegarem.

 O Benfica começou  melhor  e assim o foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos os setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava. Até os 27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu time. No minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades da área fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de pé direito, pelo alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar. O presidente vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube vencendo o bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira, pois os patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a coisa seria bem complicada.

 A farra do Almirante durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando a pelota foi ao pés de Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque português bateu na pelota  à meia altura, com muito efeito, iludindo o  gaúcho Gainete, concunhado de Saulzinho e que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver a bola chutada por Eusébio indo para fora.

 Para o segundo tempo, os portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no intervalo, enquanto o Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e mandar Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares e, quando os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas ficou só por aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto o anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou. Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de Cr$ 56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho.

Confira tudo o que os dois artilheiros escrevram durante a temporada-1965:

17.01.1965 - Vasco 3 x 2 Seleção da Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00. Gols: Célio (pen), aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39,  da mesma etapa final. Vasco:  Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: 1 - o Muro de Berlim que dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II Guerra Mundial, só caiu em 1989, quando os orientais deixaram de ser da República Democrática Alemã; 2 - no segundo semestre de 1965, no mesmo Maracanã, houve um segundo torneio homenaageando o IV Centário do Rio de Janeiro, com a participação do Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a seleção paraguaia.

21.01.1965 - Vasco 4 x 1 Flamengo. Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques. Público: 59.814. Renda: Cr$ 58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos 42 do 1º tempo, e Saulzinho, aos 24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Joãozinho), Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados juntos por Saulzinho e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no México e do Chile-1963 e o paraense Francisco Vasques, em 1964.  

24.01.1965 – Vasco 1 x 0 Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz: Adalberto Silva. Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco:  Ita (Lévis); Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro), Célio (Quincas) e Zezinho. OBS: forte chuva obrigou o árbitro a encerar o amistoso aos 15 minutos do segundo tempo.

26.01.1965 - Vasco  4 x 1 Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14; Célio, aos 22 min do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho.

31.01.1965 - Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ. Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: José Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho (Joãozinho), Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho.

04.02.1965 - Vasco 3 x 1 Sport Recife. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: Cr$ 2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo; Célio, aos 12, e Lorico, aos 30  min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial do estádio.

07.02.1965 - Vasco 2 x 0 Santa Cruz-PE. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda: 6.387.200,00.  Gols: Luizinho Goiano, aos 2 e aos 7 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.

10.02.1965 - Vasco 1 x 1 Náutico. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes Torres. Renda: Cr$ 4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel  Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e Lorico, Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto título cruzmaltinado conquistado por Saulzinho e Célio.

14.02.1965 – Vasco 1 x 3 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário Tilico, aos 46 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.    

20.02.1965 – Vasco 2 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho, aos 27 do 1º tempo, e Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico (Qincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.   

07.03.1965 – Vasco 1 x 4 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público: 39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Lorico (Saulzinho), Célio e Zezinho.        

14.03.1965 - Vasco 0 x 1 Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS: Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo.

17.03.1965 -  Vasco 2 x 0 Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz: Teodorico Rodrigues. Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos 43 da etapa final. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio (Mário Tilico) e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como meia nesta escalação, mas o treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3, fechando o meio-de-campo, pois ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o estádio é chamado, também, por Baenão, por se localizar na Travessa Antônio Baena, da capital paraense.     

24.03.1965 – Vasco 4 x2 Botafogo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols: Joel Felício, aos 10; Maranhão, aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e Zezinho, aos 22 da etapa final. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho (Da Silva).  

04.04.1965 – Vasco 3 x 0 Santos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico, aos 37 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. OBS: uma das maiores vitórias de Saulzinho e Célio, pois o Santos tinha time fortissimo que chegou a pentacampeão da Taça Brasil. Naquele dia, alinhou: Laércio; Ismael (Olavo), Joel, Modesto e Geeraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), treinado por Luiz Alonso Perez, o Lula.

07.04.1965 – Vasco 2 x 1 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público: 16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21, e Luizinho Goiano, aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho

10.04.1965 – Vasco 0 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho (Nivaldo), Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho.

14.04.1965 – Vasco 4 x 0 América-RJ. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols: Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio, aos 24 da etapa inicial e aos 9 min da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Nivaldo) e Zezinho (Da Silva).

17.04.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

21.04.1965 -  Vasco 1 x 1 Rio Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: José Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão); Joãozinho (Aloísio), Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva (Walmir). 

24.04.1965 – Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Célio e Zezinho.   

02.05.1965 – Vasco 2 x 3 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Albino Zanferrari. Público: 40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols: Mário Tilico, aos 17 do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Oldair, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho (Joãozinho). OBS: durante a década-1960, divulgava-se a formação do meio-de-campo só com dois homens. No entanto, já se usava três, como Oldair entra nesta formação. 

05.05.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen), aos 3 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio (Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4 - Vasco 3 x 0 Santos – e no 5 do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho.

09.05.1965 – Vasco 1 x 4 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho. Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos 31 do 2º tempo. Vasco: Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano (Benê), Célio e Zezinho

16.05.1965 -  Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$ 4.137.500,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano (Araken), Célio (Benê), Mário Tilico e Zezinho.

20.05.1965 - Vasco 1 x 0 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando Marques. Público: 11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos 44 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho (Saulzinho). OBS: Saulzinho e Célio não participaram das quatro partidas seguintes: 23.05 - Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x 2 Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x 0 Criciúma-SC e 03.06.1965 -  Vasco 1 x 4 Santos, amistosas.

06.06.1965 – Vasco 1 x 1 Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ. Juiz: Almir Salini. Gol: Mário Tilico (pen), aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho.

10.06.1965 – Vasco 1 x 0 Vila Nova-GO. Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Gol: Zezinho, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho.

13.06.1965 – Vasco 0 x 1 Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e Zezinho. 

17.06.1965 – Vasco 7 x 2 Combinado de Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Manuel Luís Bastos. Gols: Mário Tilico, aos 10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos 23 e aos 13 do 1º tempo; Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito (Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari); Oldair (Maranhão) e Lorico; Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo) e Zezinho.         

20.06.1965 – Vasco 4 x 0 Nacional-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Carlos Amato. Gols: Luizinho Goiano, aos 12, Saulzinho, aos 30, Mário Tilico, aos 32 min do 1º tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício (Ari), Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico; Luizinho Goiano (Maranhão), Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém) e Zezinho.        

24.06.1965 –Vasco 3 x 0 Bahia. Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves. Gols: Mário Tilico, aos 28, Saulzinho, aos 37 min do 1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Caxias), Saulzinho, Mário Tilico (Benê) e Zezinho.  27.06.1965 – Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz: Nivaldo de Oliveira. Gols: Mário Tilico, aos 2 do 1º, e Saulzinho, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felicio (Ari), Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho.  

29.06.1965 – Vasco 2 x 1 Ceará. Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE. Gols: Joel Felício e Mário Tilico, ambos no 2º tempo. Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho.  

08.07.1965 – Vasco 1 x 1 Benfica-POR. Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 37.838. Renda: Cr$ 56.258.660. Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair): Luizinho Goiano (Benê), Saulzinho, Mário Tilico e Zezinho.

14.07.1965 – Vasco 5 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.397. Renda: Cr$ 8.303.309.00. Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano, aos 34 min do 1º tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa. Vasco: Gainete (Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: volta de Célio ao time, após 13 jogos de fora. 

22.07.1965 – Vasco 1 x 1 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 44.990. Renda: Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos 7 min do 2º tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do primeiro tempo, por desentender-se com o rubro-negro Fefeu.

28.07.1965 – Vasco 1 x 0 América-RJ. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta partida porque ainda não havia suspensão automática.  

01.08.1965 – Vasco 4 x 1 Tupi-MG. Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz de Fora-MG. Juiz: Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do 2º tempo, e Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel Felício), Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico (Bonin); Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e Zezinho. 

07.08.1965 – Vasco 3 x 1 Bangu. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 27.657. Renda: 14.476.240,00. Gols: Mário Tilico, aos 34 do 1º e aos 4 do 2º, e Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

11.08.1965 – Vasco 0 x 3 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 48.557. Renda: Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 

21.08.1965 – Vasco 2 x 0 Fluminense. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público: 27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos 44 do 1º e aos 24 min do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

25.08.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Público: 34.368. Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 

 29.08.1965 - Vasco 4 x 0 River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no Piauí. Gols: Mário Tilico, aos 24 do 1º; Oldair (pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Ari, Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin (Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará,  Rio Grande do Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0 Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club; 29.08.1965 – Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama 3 x 1 Ferroviário-CE; 14.01.1962 -  Pernambuco - Vasco da Gama - 1 x 0 Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama  6 x 0 CRB-AL; 27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia.

05.09.1965 – Vasco 2 x 0 Botafogo. Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 115.064. Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º, e Paulistinha (contra), aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e ZezinhoOBS: 1 - Vasco campeão invicto da I Taça Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como seis gols: contra Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista Futebol e Outros Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol consideraria o seu campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe representaria na Taça Brasil e a revista Manchete estampou: “Vasco  campeão do IV Centenário do Rio de Janeiro”. O Flamengo, no entanto, reivindica o título, por ter vencido o Estadual. FOTO DA MANCHETE


07.09.1965 – Torneio Início do Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ. Juiz: Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis: Vasco 3 x 0, com Saulzinho cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins. Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1 Flamengo. OBS: Saulzinho não atuou nesta partida em que defesa e meio-de-campo não mudaram em relação aos dois jogos anteriores, enquanto o ataque teve Rubilota em sua vaga.

19.09.1965 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio, Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a estreia vascaína no Estadual.

26.09.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa de Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana (Silas) e Oldair; Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho), Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado para atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira.  

 02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols: Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: inauguração do Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade do adversário.

09.10.1965 - Vasco 1 x 2 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol:  Mário Tilico. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.  

17.10.1965 - Vasco 2 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 43.216. Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos 31 min do 2 tempo.  Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.

24.10.1965 - Vasco 0 x 2 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.  

30.10.1965 - Vasco 4 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do 1º; Célio, aos 5 do 2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho.

03.11.1965 – Vasco 2 x 2 Náutico-PE. Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE. Juiz: Armando Marques. Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio, aos 44 do 1º e aos 25 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio e Zezinho.     

07.11.1965 - Vasco 1 x 2 Fluminense. Cmpeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 8.171. Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol: Célio, aos min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Célio, Saulzinho e Zezinho.

14.11.1965 - - Vasco 3 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols:  Lorico, aos 6; Célio, aos 18, e Telê Santana, aos 28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 

21.11.1965 - Vasco 1 x 0 Bangu. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes, aos 6 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 

28.11.1965 - Vasco 0 x 1 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ.  Juiz: Armando Marques. Público: 73.243. Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes.  

 04.12.1965 - Vasco 1 x 2 Botafogo. Campeonato Carioca. OBS: Célio não atou nessa partida..

12.12.1965 - Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca.  Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.108.000. Gols: Oldair, e Célio,  aos 18 min do 1º tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico. Vasco: Gainete (Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS: Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por Tião Cavadinha.

15.12 - Vasco 2 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e Danilo Menezes. Vasco: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião.

                                                       13

                                   GOLS MAIS BONITOS           

  Saulzinho considerava estes os seus maiores golaços, sem estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro:

 1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o Torneio Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou ter sido o gol mais bonito de sua carreira: Contou: O Sabará fez um cruzamento, da direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista mexicana Futbol”.



2 - Em 1954, estreava, como atleta profissional, em Bagé x Nacional, de Porto Alegre, amistosamente. Faltavam 10 minutos para o final da partida, quando o treinador Francisco Brochado mandou-o entrar, pela ponta esquerda. Lá pelas tantas, o ponta-direita Camacho, em grande velocidade, passou pelo marcador, foi à linha de fundo e centrou para a área. “A bola tocou no chão, a amaciei, no peito e, de costas para o gol, apliquei uma bicicleta. Um golaço, em meu primeiro lance no jogo que terminou 1 x 0 para nós. Eu estava com 17 de idade”.

2 - Era 1956 e ele defendia o Guarany, diante do Bagé, quando rolou nova jogada com participação de Camacho que, perto da linha de fundo, cruzou a bola para a frente da grande área. “Eu estava no lugar certo para apará-la, com uma das coxas. Antes de deixá-la cair ao chão, chutei, entre dois zagueiros, para a pelota passar sobre a cabeça do goleiro. Eram jogados 13 minutos do segundo tempo e aquele único tento da partida valeu o título municipal à nossa equipe”.

3 -– Enfrentava o Flamengo, pelo Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os vascaínos pressionando pelo empate. "O Coronel (lateral-esquerdo) chutou a bola para a área rubro-negra, entrei na jogadas, de carrinho, desviando a pelota para o canto oposto ao que o goleiro Fernando esperava. Foi o gol do empate".

4 – O Vasco da Gama  estreava no Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso (01.07. 1962), com dois gols dele, que narrou este lance assim: "O Joãozinho (ponta-direita) apanhou a bola pela intermediária deles, a conduziu até a lateral da grande área e fez o centro pelo alto. Quando a pelota caía, pela altura da marca do pênalti, mandei o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo fulminante, sem que o goleiro pudessem nem tocá-la. Foi um gol, realmente, sensacional e que valeu instantes de delírio para a nossa torcida".

5 – Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu (04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato Carioca: "Houve um chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre indecisos Mário Tito e Zózimo, e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol. Formou-se jogada de incertezas, de parte a parte, e eu cheguei a passar da bola. No entanto, improvisei uma bicicleta, tocando na pelota com o bico da chuteira, num impulso firme que terminou em gol”.

                                                      12

                                     VIDA DO CRAQUE

   Casado, com Marilu, o goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia dormindo oito horas diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69 se abusasse um pouco do garfo, principalmente do seu prato predileto, o churrasco gaúcho, bem tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que chegara ao Rio de Janeiro, pois gostava da praia do bairro.

Na época desta foto, Saulzinho ainda era noivo de Marilu 

Devoto de Nossa Senhora Aparecida, o católico Saulzinho fazia as suas orações antes dos jogos, pedindo proteção física, por ser muito visado pelos zagueiros, que temiam as suas chuteiras, de número 39, sempre perigosas. Embora fosse considerado baixinho para um centroavante, ele não via problemas com a fita métrica e brincava:  “Não encolho quando tenho de enfrentar becões grandalhõs e durões”.

Quando desembarcou em São Januário, em 1961, com os seus olhos verdes claros admirando muito as belezas cariocas, Saulzinho usava os seus cabelos castanhos claros mais curtos do que em 1964, quando já cultivava uma cabeleira mais à moda da efervecente década-1960. Mantinha o hobby de colecionar flâmulas e distintivos de clubes, do que corria atrás, durantes as excursões vascaínas, e tinha uma variada coleção de blusões. Depois do futebol, o seu esporte preferido era o basquete, mas o cinema era o seu passatempo predileto, sendo fã do ator norte-americano Paul Newman.

 Por ter nascido na gaúcha Bagé - 31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom relações públicas de sua terra, no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de louvar os encantos do seu pedaço e dizia que, “quando as pernas não dessem mais par correr”, voltaria, depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, o que, realmente, o fez. 

 Saulzinho começoua a carreira pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de idade. Em 1955, mais encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal agremiação, ganhando Cr$ 700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm de altura, encarar zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como garantira, em entrevista, também,  à Revista do Esporte -  Nº 122, de 8 de julho de 1961, na qual estivera na capa: “Na luta contra os zagueirões altos, dentro da área, compenso o que me falta (mais altura) com boa colocação e impulsão”. Realmente, fato visto durante os jogos vascaínos que faziam os repórteres concluírem que ele supria a falta de centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a lutaDe sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não  precisa ser nenhum gigante”.

                                                                             13

                                                             SAULZINHO x GARRINCHA


   Saulzinho disputou quatros jogos contra o maior nome do futebol carioca de sua época, o ponta-direita Garrincha, do Botafogo, também apelidado por Mané Garrincha, por ser Manoel. O último, em 1965, mas tudo começa no 19 de novembro de 1961, com goleada botafoguense, por 4 x 0, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca. Tempos em que os botafoguenses tinham um dos melhores times do planeta, rivalizando, no Brasil, só com o Santos, de Pelé. Time de feras, feríssimas: Manga, Rildo, Nilton Santos, Garrincha, Didi, Amarildo e Zagallo, sete titulares que formavam quase uma Seleção Brasileira, dispondo, ainda, de Zé Maria, Chicão, Airton e Amoroso, reservas  nunca  convocados pela CBD, mas de muito bom nível técnico – ver Vasco do dia na ficha técnica da temporada.

 Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual, e no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o Garrincha no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção Brasileira da conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais um apelido dele) ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à sua torcida a expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois foi o Saulzinho quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse marcado o gol da vitória – ver fichas técnica de 1962.

 Exatos quatro meses depois, em 4 de novembro, Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo returno do Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.  Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira  e Marinho Rodrigues usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962.

 O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20 de maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o placar de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno  Zezé Moreira só mandou o tchê à cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel Felício, Brito e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Célio, Mário Tilico e Zezinho (Saulzinho).                                                                           

                                                     SAULZINHO E PELÉ


 O duelo do camisa 9 vascaíno com o camisa 10 santista só aconteceu em duas oportunidades, ambas pelo Torneio Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2 x 2 Santos, em 16 de fevereiro de 1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de 1965.

 Na primeira delas, assistida por perto de 30 mil almas, o tchê  não foi a rede, mas o “Rei do Futebol” bateu nela, por duas vezes, e em grande estilo. Por sinal, história muito contada. Quando o Almirante tinha 2 x 0 de frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o 10 santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram boa resposta:  a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a bola no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a para a sua mãe. É presente do Rei”.

 O Vasco, que se deu mal mexendo com a fera, alinhou: Ita; Joel Felício, Brito, Dario e Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge Vieira. O Santos, de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro Ramos, Calvet e Zé Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho), Pelé e Pepe.

  - Naquela noite, um conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de Janeiro e aproveitou para rever o velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final (da partida), pegou um táxi e falou pro  taxista: ‘Que bom. Vi o meu velho amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o rapaz surpreendeu-lhe, dizendo que o jogo terminara em 2 x 2”, contou o Saulzinho.

 Capa montada atendendo pedido de leitor da Revista do Esporte (ler abaixo)

O segundo Saulzinho x Pelé foi tarde de grandecíssima glória para o artilheiro cruzmaltinom, diante de 42.250 pagantes. Oo ponta-direita Luizinho Goiano (Luiz Oliveira e Silva) abriu o placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar de bater o Peixe (apelido do Santos), aos  83 e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que escalou: Gainete; Jol Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho – a turma do “Rei” fora: Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), ainda comandados por Lula. 

O primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé está registrado por jogo 2.055 do Almirante e o segundo por 2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o futuro “Rei do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já havia ocorrido um encontro dos dois artilheiros, no  Estádio Antônio Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado Guarany/Bagé x Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e Calvet para os anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica, Ataíde e Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O Santos foi:  Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair Rosa Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros, sem público pagante conhecido.

As capas em que Saulzinho (acima) e Célio (adiante) aparecem ao lado de Pelé foram montadas como se estivessem atendendo pedidos (sobre a foto) de leitores vascaínos da Revista do Esporte à seção Correio do Torcedor.


                                      14 - SELEÇÃO BRASILEIRA

 A temporada-1966 marcou a oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete nacional, durante a Taça Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a Federação Gaúcha de Futebol de formar equipe para representa-la diante dos chilenos. Tendo por treinador de campo Carlos Froner (oficialmente, o cargo era de Fernando Brunelli), o já ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer do segundo tempo de dois prélios, substituindo David (cunhado de Pelé).

Saulzinho (D) junto com Ari Ercílio (E) e Cléo (C) embarcando para buscar a Taças O´Higgins

Com o time usando, em ambas as vezes, camisa canarinha, calção azul e meiões brancos, em 17 de abril, o Brasil venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo, aos 18 minutos (73, para a FIFA) do segundo tempo. No segundo, no Estádio Sausalito, o mesmo em que o time canarinho havia jogado a maior parte de suas partidas da Copa do Mundo-1966, em Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima arbitragem do mesmo Howley que validou gol ilegal dos chilenos -  a bola não entrou, Ari Hercílio a cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o prélio cinco minutos antes do tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda poderiam empatar. Confira as fichas técnicas das duas partidas:

Sulzinho (D) fardado pela CBD, com Áureo (E) e Sérgio Lopes (C)

17. 04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em Santiago do Chile. Árbitro: Kevin Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol: João Severiano, o Joãozinho, aos 15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir. Técnico: Carlos Froner.

20.05.1966 – Brasil 1 x 2 Chile – Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça O´Higgins – Árbitro: Kevin Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols: Joãozinho, aos 19 min do 1º tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do 2º tempo. Brasil:  Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira). Técnico: Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste selecionado pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense - Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano, Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá; Brasil; Brasil de Pelotas - Birinha; Guarani de Bagé - Didi Pedalada e Saulzinho; Rio Grande - Lambari; Aymoré - Jadir e Joaquim.   

                                              15 -  BARBANTEIRO

  Quando o tchê Sasulzinho vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente, ele sacudia o barbante. As redes aina nã era de náilon.

 Mais de meio-século antes, na Inglaterra, de onde o futebol bateu asas e voou para o restante do planeta, não havia rede. Só muita discusão entre torcedores, se a bola entrou, não entrou. Para acabara com os bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie criou a rede, em 1889. Mas ficou na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada fez um jogo-teste pra ver se a invenção daria certo – deu!

 Foi na cidade de Nottingham que o primeiro goleiro - chamava-se Geary - foi  “buscar a pelota no fundo da rede” - como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante produzidas do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o grande avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas - sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em 1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes branquinhas, evidentemente, criado pelos narradores esportivos.

 No futebol carioca, já nos tempos de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma rede de náilon foi o goleador Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960. De Norte a Sul do Brasil, tchê Saulzinho balançou a rede em todas as regiões brazucas. Há estados, porém, em que ele nunca o fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande do Norte. Os cariocas São Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e Fluminense (4) foram os times que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS, saiu em 90 oportunidades pro abraço. Eis os times que ele mandou o goleiro buscar a bola no barbante:

Alajuelense-CRICA (1); Al-Merreikh-SUD (1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2); Atlético-GO (1); Bahia-BA (2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1); Bonsucesso-RJ (4); Campo Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará Sporting-CE (1); Colo-Colo-CHI (1); Combinado de Brasília (1); Combinado IFK Mamô-Malmô FF (1); Combinado Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de Manaus-AM (2); CRB-AL (1); Dalarna-SUE (2); EIK-NOR (3); Elche-ESP (2); Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3); Fluminense-RJ (4); Frem-DIN (2); Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1); Málaga-ESP (1); Mônaco-MON (1); Moto Clube-MA (1); Nacional-AM (1); Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2); Porto-POR (1); Portuguesa-RJ (3); Rio Branco-ES (1); River-PI (1); São Cristóvão-RJ (6); São Paulo-SP (1); Santa Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan- CMarfim (3); Sport-PE (1); Seleção da Nigéria (4); Uberlândia-MG (2); Vila Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1).

                                         16 – GOLS JOGO A JOGO

                                 Jogos e gols de Saulzinho pelo Vasco da Gama

Jogo

Data

Placar

Adversário

Competição

Complemento

Gols

Total

1

16-abr-1961

2x0

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

2

22-abr-1961

0x1

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

0

3

01-mai-1961

2x1

Santa Cruz-PE

Amistoso

 

 

0

4

05-mai-1961

3x1

América-MG

Amistoso

 

1

1

5

07-mai-1961

0x0

Uberaba-MG

Amistoso

 

 

1

6

10-mai-1961

2x2

Uberaba-MG

Amistoso

 

 

1

7

27-mai-1961

2x0

St. Pauli (ALEMANHA)

Amistoso

 

 

1

8

30-mai-1961

3x2

Alemannia Aachen (ALEMANHA)

Amistoso

 

 

1

9

1-jun-1961

11x0

Comb. Freidig-Rosenborg (NORUEGA)

Amistoso

 

3

4

10

4-jun-1961

10x0

Eik (NORUEGA)

Amistoso

 

3

7

11

6-jun-1961

2x0

Comb. Skeid-Lyn (NORUEGA)

Amistoso

 

 

7

12

11-jun-1961

4x1

Frem (DINAMARCA)

Amistoso

 

2

9

13

14-jun-1961

4x1

Comb. IFK Malmö-Malmö FF (SUÉCIA)

Amistoso

 

1

10

14

18-jun-1961

4x2

Seleção de Dalarna (SUÉCIA)

Amistoso

 

2

12

15

21-jun-1961

8x1

Bodens (SUÉCIA)

Amistoso

 

1

13

16

27-jun-1961

1x1

Comb. Hammarby-Djurgarden (SUÉCIA)

Amistoso

 

 

13

17

09-set-1961

0x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

18

16-set-1961

0x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

19

21-set-1961

3x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

13

20

30-set-1961

1x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

14

21

04-out-1961

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

15

22

08-out-1961

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

1

16

23

14-out-1961

0x3

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

16

24

1-nov-1961

2x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

1

17

25

12-nov-1961

1x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

26

19-nov-1961

0x4

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

27

25-nov-1961

2x0

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

28

01-dez-1961

3x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

29

06-dez-1961

2x1

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

30

09-dez-1961

0x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

17

31

14-jan-1962

1x0

Santa Cruz-PE

Amistoso

 

1

18

32

17-jan-1962

2x0

Bahia-BA

Amistoso

 

 

18

33

21-jan-1962

6x0

CRB-AL

Amistoso

 

1

19

34

24-jan-1962

4x0

Ceará-CE

Amistoso

 

 

19

35

28-jan-1962

3x0

Moto Club-MA

Amistoso

 

1

20

36

31-jan-1962

3x1

Ferroviário-CE

Amistoso

 

3

23

37

25-fev-1962

1x1

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

24

38

10-mar-1962

4x3

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

2

26

39

21-abr-1962

1x1

Seleção de Brasília-DF

Amistoso

 

1

27

40

01-mai-1962

4x1

Vila Nova-GO

Amistoso

 

1

28

41

06-mai-1962

5x0

Uberlândia-MG

Amistoso

 

2

30

42

10-mai-1962

3x0

Maringá-PR

Amistoso

 

 

30

43

13-mai-1962

2x1

Portuguesa-SP

Amistoso

 

 

30

44

20-mai-1962

3x1

Santa Cruz-MG

Amistoso

 

2

32

45

1-jul-1962

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

2

34

46

8-jul-1962

3x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

47

15-jul-1962

0x1

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

48

21-jul-1962

1x0

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

49

04-ago-1962

1x0

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

50

12-ago-1962

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

34

51

19-ago-1962

4x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

2

36

52

26-ago-1962

3x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

3

39

53

02-set-1962

2x1

América-RJ

Campeonato Carioca

 

1

40

54

09-set-1962

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

55

16-set-1962

0x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

40

56

21-set-1962

7x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

2

42

57

30-set-1962

1x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

43

58

06-out-1962

3x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

1

44

59

14-out-1962

1x3

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

45

60

21-out-1962

3x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

1

46

61

4-nov-1962

1x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

46

62

10-nov-1962

5x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

1

47

63

15-nov-1962

5x0

Canto do Rio-RJ

Campeonato Carioca

 

1

48

64

18-nov-1962

1x1

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

1

49

65

25-nov-1962

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

66

02-dez-1962

0x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

67

09-dez-1962

1x1

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

49

68

14-dez-1962

3x3

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

50

69

6-jan-1963

4x0

Alajuelense (COSTA RICA)

Amistoso

 

1

51

70

10-jan-1963

1x0

América (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

1

52

71

17-jan-1963

5x0

Oro (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

 

52

72

20-jan-1963

1x1

Guadalajara (MÉXICO)

Torneio Internacional do México

 

1

53

73

31-jan-1963

1x1

Dukla Praha (CHÉQUIA)

Torneio Internacional do México

 

 

53

74

03-fev-1963

1x1

Toluca (MÉXICO)

Amistoso

 

 

53

75

10-fev-1963

2x0

Seleção de El Salvador

Amistoso

 

 

53

76

13-fev-1963

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

77

16-fev-1963

2x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

78

13-mar-1963

1x1

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

53

79

17-mar-1963

1x0

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

1

54

80

31-mar-1963

2x2

Universidad Católica (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

 

54

81

09-abr-1963

3x2

Peñarol (URUGUAI)

Torneio Internacional do Chile

 

 

54

82

11-abr-1963

3x1

Colo-Colo (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

1

55

83

14-abr-1963

2x2

Universidad de Chile (CHILE)

Torneio Internacional do Chile

 

 

55

84

05-mai-1963

3x0

Stade d'Abidjan (COSTA DO MARFIM)

Amistoso

 

3

58

85

09-mai-1963

3x0

Asante Kotoko (GANA)

Amistoso

 

 

58

86

12-mai-1963

0x0

Real Republicans (GANA)

Amistoso

 

 

58

87

25-mai-1963

6x0

Seleção da Nigéria

Amistoso

 

4

62

88

7-jun-1963

1x2

Al-Hilal (SUDÃO)

Amistoso

 

 

62

89

9-jun-1963

1x1

Al-Merreikh (SUDÃO)

Amistoso

 

1

63

90

11-jun-1963

0x3

Sporting (PORTUGAL)

Amistoso

 

 

63

91

13-jun-1963

2x0

Málaga (ESPANHA)

Amistoso

 

1

64

92

16-jun-1963

2x3

Monaco (FRANÇA)

Troféu Teresa Herrera

 

1

65

93

19-jun-1963

3x2

Elche (ESPANHA)

Amistoso

 

2

67

94

22-jun-1963

0x1

Espanyol (ESPANHA)

Amistoso

 

 

67

95

30-jun-1963

4x1

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

2

69

96

7-jul-1963

1x2

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

97

24-ago-1963

0x0

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

98

03-set-1963

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

99

06-set-1963

3x0

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

69

100

26-jan-1964

1x1

Atlético Mineiro-MG

Amistoso

 

 

69

101

27-fev-1964

1x0

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

69

102

6-mar-1964

1x2

Guarani (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

103

8-mar-1964

1x1

Racing (ARGENTINA)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

104

10-mar-1964

1x2

Cerro Porteño (PARAGUAI)

Torneio Internacional de Assunção

 

 

69

105

14-mar-1964

0x0

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

106

29-mar-1964

0x2

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

107

04-abr-1964

3x2

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

108

01-mai-1964

3x2

Atlético Paranaense-PR

Amistoso

 

 

69

109

03-mai-1964

1x2

Bangu-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

110

06-mai-1964

0x1

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

69

111

14-jun-1964

1x0

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

69

112

18-jun-1964

2x1

Bangu-RJ

Amistoso

 

 

69

113

21-jun-1964

2x0

Rio Branco-ES

Amistoso

 

1

70

114

25-jun-1964

3x0

Villa Nova-MG

Amistoso

 

1

71

115

28-jun-1964

0x0

América-RJ

Torneio Início

1x2 pen

 

71

116

4-jul-1964

1x2

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

71

117

25-jul-1964

0x2

Nacional (URUGUAI)

Amistoso

 

 

71

118

13-ago-1964

3x0

Porto (PORTUGAL)

Amistoso

 

1

72

119

13-set-1964

1x0

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

120

20-set-1964

0x0

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

121

27-set-1964

2x0

América-RJ

Campeonato Carioca

 

 

72

122

01-out-1964

2x0

Campo Grande-RJ

Campeonato Carioca

 

1

73

123

04-out-1964

2x2

Bangu-RJ

Campeonato Carioca

 

 

73

124

07-out-1964

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

73

125

11-out-1964

1x0

Paysandu-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

126

14-out-1964

3x1

Tuna Luso-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

127

17-out-1964

3x2

Remo-PA

Torneio Francisco Vasques

 

 

73

128

20-out-1964

1x1

Transvaal (SURINAME)

Amistoso

 

 

73

129

25-out-1964

4x2

São Cristóvão-RJ

Campeonato Carioca

 

2

75

130

31-out-1964

4x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

1

76

131

7-nov-1964

0x2

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

76

132

13-nov-1964

5x0

Olaria-RJ

Campeonato Carioca

 

1

77

133

15-nov-1964

2x0

Porto Alegre-RJ

Amistoso

 

 

77

134

22-nov-1964

1x2

Flamengo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

135

06-dez-1964

1x1

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

136

12-dez-1964

1x1

Madureira-RJ

Campeonato Carioca

 

 

77

137

17-jan-1965

3x2

Seleção da Alemanha Oriental

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

 

77

138

21-jan-1965

4x1

Flamengo-RJ

IV Centenário do Rio de Janeiro

 

2

79

139

24-jan-1965

1x0

Independente-MG

Amistoso

 

 

79

140

26-jan-1965

4x1

Atlético Goianiense-GO

Torneio Gilberto Alves

 

1

80

141

31-jan-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Gilberto Alves

 

 

80

142

04-fev-1965

3x1

Sport-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

1

81

143

07-fev-1965

2x0

Santa Cruz-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

81

144

10-fev-1965

1x1

Náutico-PE

Troféu 50 Anos Federação Pernambucana

 

 

81

145

14-fev-1965

1x3

Corinthians-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

81

146

20-fev-1965

2x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

1

82

147

7-mar-1965

1x4

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

148

14-mar-1965

0x1

Cruzeiro-MG

Amistoso

 

 

82

149

17-mar-1965

2x0

Remo-PA

Amistoso

 

 

82

150

24-mar-1965

4x2

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

151

04-abr-1965

3x0

Santos-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

152

07-abr-1965

2x1

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

153

10-abr-1965

0x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

154

21-abr-1965

1x1

Rio Branco-ES

Amistoso

 

 

82

155

24-abr-1965

1x1

Fluminense-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

156

02-mai-1965

2x3

Palmeiras-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

157

05-mai-1965

1x0

Flamengo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

158

09-mai-1965

1x4

São Paulo-SP

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

159

20-mai-1965

1x0

Botafogo-RJ

Torneio Rio-São Paulo

 

 

82

160

6-jun-1965

1x1

Entrerriense-RJ

Amistoso

 

 

82

161

10-jun-1965

1x0

Vila Nova-GO

Amistoso

 

 

82

162

13-jun-1965

0x1

Atlético Goianiense-GO

Amistoso

 

 

82

163

17-jun-1965

7x2

Seleção de Manaus-AM

Amistoso

 

2

84

164

20-jun-1965

4x0

Nacional-AM

Amistoso

 

1

85

165

24-jun-1965

3x0

Bahia-BA

Amistoso

 

1

86

166

27-jun-1965

2x1

Bahia-BA

Amistoso

 

1

87

167

29-jun-1965

2x1

Ceará-CE

Amistoso

 

1

88

168

8-jul-1965

1x1

Benfica (PORTUGAL)

Amistoso

 

1

89

169

01-ago-1965

4x0

Tupi-MG

Amistoso

 

 

89

170

29-ago-1965

4x0

River-PI

Amistoso

 

1

90

171

07-set-1965

0x0

Portuguesa-RJ

Torneio Início

3x0 pen

 

90

172

07-set-1965

1x0

São Cristóvão-RJ

Torneio Início

 

 

90

173

26-set-1965

0x1

Portuguesa-SP

Amistoso

 

 

90

174

02-out-1965

2x0

Portuguesa-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

175

17-out-1965

2x1

Botafogo-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

176

24-out-1965

0x2

Bonsucesso-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

177

3-nov-1965

2x2

Náutico-PE

Taça Brasil

 

 

90

178

7-nov-1965

1x2

Fluminense-RJ

Campeonato Carioca

 

 

90

179

01-dez-1965

1x5

Santos-SP

Taça Brasil

 

 

90

 Saulzinho está entre os 10 artilheiros vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os três primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963, contra a seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas o árbitro anulara um “sem nenhum problema no lance”. Assim, ele fica empatado com Ismael e  Romário, com quatro encaçapadas em um só prélio desta lista:

6 gols: Lelé – 08.05.1946 - Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 – Vasco da Gama 6 x 0 União São João-SP; .

5 gols: Russinho – 01.05.1927 – Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da Gama 8 x 0 Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Djayr – 15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite – 04.05.1980 – Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians. 

4 gols – Ismael – 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho -  25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da Nigéria - e Romário – 24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ.      

17 - ENTREVISTA/SAULZINHO

 Único atacante a obter uma média de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais da década-1960, e maior artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o Saulzinho, tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade, em sua terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo time profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:      

 P –  Rapaz, você começou a carreira arrumando confusão entre o Bagé e o Guarany?

R – Arroubos da juventude, tchê! Eu tinha contrato de gaveta (antiga estratagema de prender atleta ao clube) com o Bagé, e o troquei, pelo Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira proibido de jogar. Castigo só não mais duro do que o serviço militar, quando ralei muito. Compensei tudo, porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui campeão municipal, até 1959. Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos vice-campeões gaúchos, pra minha carreira decolar e vez.

Saulzinho é o terceiro em pé, da esquerda para a direita - álbum de familia  


 Como você foi parar no Vasco da Gama? 

No início de 1961, o Guarany venceu o Internacional (de Porto Alegre), em dois amistosos: 2 x 1, no Estádio dos Eucaliptos (antiga e já demolida casa do Inter), com um gol meu, e 4 x 2, em Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz gol, mas o treinador deles (do Inter), o Martim Francisco, gostou do meu futebol e, pouco depois de chegar ao Vasco (da Gama), pediu a minha contratação.  

 O Vasco daquele tempo tinha feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel, Sabará, Pinga, etc. Como você arrumou uma vaguinha naquele time? 

Cheguei a São Januário no 1º de abril de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite, marquei três gols, no primeiro tempo, atuando pelo time reserva, que tinha, entre os que me lembro, Brito (zagueiro) e Maranhão (apoiador). Por conta daquele meu cartão de apresentação, tchê, o presidente vascaíno, o João Silva, empresário muito forte, dono das Carrocerias Metropolitana, mandou fazerem, logo, o meu contrato.

 Quando você chegava, a torcida vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o espanhol Atlético de Madrid) e de Almir (foi para o Corinthians). Sem os dois, facilitou a sua vida?

Não foi nada fácil. A concorrência foi dura, pois o Vasco tinha outros três bons centroavantes, o Wilson Moreira (filho do técnico Zezé Moreira), o cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e o Javan (fez o nome no México). Eu era um garoto interiorano no meio de tantos cobrões, mas fui logo me enturmando.

Ainda se lembra da sua estréia no Vasco?

Foi pouco depois da minha contratação. Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos contra aquele timaço do Santos, do Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez um gol, batendo do meio do campo; o Sabará empatou e o Wilson Moreira desempatou. Ganhei um belo bicho (gratificação por resultado). Por falar no Pelé, nos meus outros jogos contra ele, levamos de 5 x 1, mas num outro lhe mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve, também, um empate, por 2 x 2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito e o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um golaço, gol de cinema. No segundo (gol de Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola. Comentou-se muito que o Brito e o Fontana curtiram bastante com a cara do homem (Pelé), quando o Vasco vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma abelheira. O cara era cruel. Antes disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1 x 1,  em Bagé, defendendo o Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também contra o Pelé, na decisão da Taça Brasil, em dezembro de 1965.

 Como você herdou a vaga de titular no time vascaíno?

 Entre maio e junho de 1961, fizemos uma longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma ecalação que nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, eu, Roberto Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia marcado dois gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o outro contra o América Mineiro (fora de casa). 

Você considera 1962 a sua grande temporada?

Sim, pois estava em grande forma e fui o (principal) artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols. Fiquei de fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também, uma temporada em que a sorte me abandonou. Estava cotado para a Seleção Brasileira (que foi bi mundial na Copa do Chile-1962), mas tive um problema de garganta, que exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na virilha, problemas que me deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de jogo. Como a convocação levou muito em conta a atuação de quem disputou o Torneio Rio-São Paulo, perdi qualquer chance por ali.  

 Você disputou e ganhou do Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O rival, tmabém, não foi  à Copa do  Chile... 

 Eu morava na Avenida Nossa Senhora de Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos, dizendo, um para o outro: “Hoje é comigo”. Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae. Tinha outras feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o Amoroso e o Amarildo, do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me lembro, agora. Não sei porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção Brasileira. 

 Aponte um fato gloríssimo, depois do Campeonato Carioca-1962?

No início de 1963, conquistamos um torneio internacional, no México, muito famoso, na época. Marquei gols, goleamos o Oro, o campeão nacional (5 x 0), vencemos (1 x 0) o time mexicano de maior torcida, o América (da Cidade do México) e fomos campeões em cima do Dukla (de Praga, da antiga Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e aquela turma toda que enfentara o Brasil na final da Copa do Mundo de 62. Contra o América, por sinal, marquei um gol antológico, de bicicleta, que foi capa da revista mexicana “Futbol”. O Sabará cruzou, da direita, a bola bateu no chão, veio no meu peito, e finalizei, de bicicleta, antes da  chegada do marcador.

 O seu Vasco foi campeão de torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol brasileiro, nacionais, porquê?

Em 1962, tínhamos chances de chegar ao títul carioca, mas, perdemos quatro pontos para o Olaria (à época, vitórias contavam dois pontos), levando um baile, dentro de São Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na segunda partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival), fizeram um gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram. Terminamos a três pontos do campeão (Botafogo). Mas o Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson, que foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo Fluminense, o Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa equipe.

 No início da temporada de 1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra. Porquê?

 Eu estava com 28 de idade, tinha convites do (português) Benfica e daquele grande time do Bahia, do Alencar, do Nadinho, do Henricão, contra quem marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se interresou por mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã). Por sinal, quando marquei um dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci um marcador, com um corte (tirando-o do lance sem tocá-lo), e soltei um foguete, quase da intermediária. Eu era rápido dentro da área, mas não de chutar muito forte, de longe. Já o Bahia gostou do que joguei diante deles, também em um amistoso, quando marquei dois gols. Pra voltar pra casa, coloquei o lado familiar em primeiro plano, pois a minha mulher, também de Bagé, nunca se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora de ficar, ou sair do Vasco, sugeri à Marilu (nome a esposa): “Vamos voltar?”.  Era o que ela mais queria, e voltamos   

 O seu nome era muito gritado pela torcida vascaína?

Quando eu fazia gols, o Maracanã vinha abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o maior goleador do time, sem ser um jogador de rush. Tinha, porém, rapidez, driblava, batia bem de perto e raciociava rápido pra intuir o lance se estivesse marcado. Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra área do rival) que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque, tocava pra ele, que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos muitos gols. O Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor companheiro de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça o Sabará. Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso cazsdo, não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava). Só não xingagava o Célio.

Qual foi a grande partida de sua vida?

Contra o Flamengo, decidindo (foto) o Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite da quarta-feira 21 de janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma outra partidaça foi contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção uruguaia (Vasco 3 x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do Chile, Estádio Nacional de Santiago). 


Em pé, da esquerda para a direita: Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinhas; agachados, na mesma ordem: Mário Tilico, Saulzinho, Célio, Lorico e Zezinho



 Você  só vestiu a camisa da Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany, de Bagé...!

 O Carlos Froner (então), técnico do Grêmio (de Porto Alegre), formou uma seleção gaúcha para representar o Brasil na disputa da Taça O´Higgins, contra o Chile, em 1966. Joguei 30 minutos em uma partida e mais 15 na outra. Fomos campeões, foi emocionante. Tão emocionante como jogar por um ataque do Gurany que tinha Eusébio, Max Ravazza, Saulzinho, Tupãzinho e João Borges. Aqueles companheiros eram craques, principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da Rosa) que foi ídolo da torcida do Palmeiras (década-1960) e o Max,  maior goleador do futebol de Bagé (da época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo de 1955. Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o Vasco. Calculo que marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística exata, mas a minha carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa média!

Se o Pelé jogasse hoje (a entevista foi feita na primeira metade da primeira década-2000), nesse chamado futebol moderno, faria muitos gol?

 Uns dois mil, porque as defesas sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que viraram alas, se mandam. Se, enfrentando zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez o que fez, imagine agora. Antes, para se entrar na área, teria que ser muito rápido, ter talento, ou ficava sem as canelas. Vejo o futebol atual sendo 70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide, ainda, é o talento, reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a base,  o cara (preparador físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra lá, pra cá, ajuda muito, mas tem e ter talento pra decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de enfrentar o Luís Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr Egídio de Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que enfrentei. Eram durões, sem serem desleais.

 O futebol atual paga fortunas aos seus ídolos. No seu tempo, dava pra ficar rico?

 Quando cheguei ao Vasco, o maior salário era o do (zagueiro e capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam. Não existia empresários, procuradores, além de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos, estudos. O futebol tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava a carreira, o pai de uma namorada minha não queria o namoro porque eu era jogador de futebol. Éramos muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco por exemplo, levava muitos fãs para a frente dos hotéis onde nos hospedávamos, querendo autógrafos, tirar fotografias conosco, conversar. Atendíamos a todos, com civilidade. 

 Você passou por quantos treinadores?

 Beto Camélia, Alfeu Cachapuz e Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim Francisco, Paulo Amaral, Oto Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e Carlos Fronter, na Seleção Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas achei o ofício muito estressante, desesti.

  Como você escalaria a sua Seleção Brasileira?

 Barbosa; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente era muito boa. Acho que eu pegaria uma reservinha, junto com o Amarildo, o Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que defendeu o Flamengo entre 1958/1969 e  formou meio-de-campo com Gérson de Oliveira Nunes.

                            

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