Vasco

segunda-feira, 31 de outubro de 2022
HISTORI & LENDAS EM CIMA DO MURO
domingo, 30 de outubro de 2022
HISTORI & LENDAS - VASCO-URNAS
O torcedor vascaíno Lula reproduzido de www.netvasco.com.br
Hoje é dia de segundo turno de eleição presidencial no Brasilm ebntre os candidatos Jair Bolsonaro (palmeirense e flamenguista), que tenta a reeleição, e Luís InácioLula da Silva, (corintiano e vascaíno). Fundado em 1898, o Vasco da Gama não estava em campo quando o país elegeu os primeiros comandantes da Primeira República (1889 a 1930), também chamada por República Velha. O Almirante só jogava bola quando rolou o pleito presidencial de 1918 (oitavo), a sétima eleição direta no país. A rapaziada foi às urnas no dia 1 de março e os resultados só saíram em 6 de julho, embora o pleito tivesse registrado chapa única, encabeçada por Rodrigues Alves e Delfim Moreira. O presidente eleito não chegou a assumir o cargo, pois adoeceu e a gripe espanhola, a Covid de hoje, o levou - assumiu o vice. Como não houve jogos de futebol no país no dia da eleição, o mais próximo do pleito, pelos vascaínos, foi no 3 de março daquele 1918, no campo da Rua Doutor Mário, levando 3 x 4 Icaraí. Time do dia: Fausto, Guedes e Carlos Cruz; Adão, Dino e Polaco; Virgílio, Costa, Guerrero, Joaquim e Antonico. Os mais completos levantamentos sobre os jogos cruzmaltinos, não conseguiram encontrar o público do prélio, o nome do árbitro, do treinador vascaíno e nem quem marcou os tentos da Turma da Colina. Quanto a eleições presidenciais em dois turnos, isso foi criado pela Constituição de 1988 e a primeira se disputou em 1989, com Fernando Collor de Melo (flamenguistas e CSA-AL) vencendo Luís Inácio Lula da Silva, por 53,03% X 46,97% dos votos válidos, com o “returno” rolando em 17 de novembro. O pega vascaíno mais perto da visita do povão às urnas foi no 19 daquele novembro, vencendo o Náutico-PE, por 4 x 2, em São Januário, pelo Campeonato Brasileiro, com gols de Bebeto (2), Cássio e Bismarck, diante de 8.102 pagantes. O treinador Nelsinho Rosa escalou: Acácio; Mazinho, Marco Aurélio, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo, França (Boiadeiro) e Tita; Bismarck, Bebeto e Tato (Vivinho). O árbitro foi Renato Marsiglia.
sábado, 29 de outubro de 2022
VSC DAS CAPAS. PARECE, MAS NÃO É!
sexta-feira, 28 de outubro de 2022
HISTORI & LENDAS -TRÊS ESTRAGAÇAÇOS
Quando pega pra capar, o Almirante é um terror. Já sentiram na pele um inglês, um alagoano e um já extinto clube fluminense. Confira:
Vasco da Gama 4 x 0 Arsenal-ING - amistoso de uma terça-feira
de 1951, no Maracanã, com gols de Djayr, Ademir Menezes, Tesourinha e Friaça,
comandados pelo treinador Oto Glória. Turma do dia: Barbosa, Augusto e Clarel;
Ely, Danilo e Alfredo II; Tesourinha, Ademir, Friaça (Ipojucan), Maneca e Chico
Vasco
da Gama 5 x 0 CRB-AL - mais um amistoso, mas este na casa do adversário, a
alagoana em Maceió, em 1960. À rede, compareceram Roberto Pinto (2), Pinga, Pacoti e Joãozinho,
com a moçada da vez reunindo: Barbosa (Ita), Paulinho de Almeida, Bellini (Brito),
Barbosinha (Écio), Coronel, Dario (Russo), Sabará (Joãozinho), Roberto Pinto
(Nivaldo) Delém (Pacoti), Pinga (Viladônega) e Ronaldo, dirigidos por Nelson Filpo
Nuñez.
Vasco da Gama 6 x 0 Canto do Rio- esta foi bem antes das duas anteriores, acontecida em 1946. E resolvida logo no primeiro tempo, por João Pinto (2), Friaça (2), Mário e Elgen. A baiaiada teve o treinador Ondino Viera escalando: Martinho, Rubens e Carlinhos; Jorge, Nilton, e Vitorino; Friaça, Elgen, João Pinto, Ipojucã e Mário.
quinta-feira, 27 de outubro de 2022
VASCO DAS CAPAS - TIME BISADEIRO
quarta-feira, 26 de outubro de 2022
Vascodata Lazaroni
O gaúcho Saulzinho e o paulista Célio formaram a maior dupla atacante do Vasco da Gama da década-1960. Juntos, andaram perto dos 200 gols, quando se jogava bem menos e não havia preocupações com as estatísticas. A pesquisa para este livro encontrou 106 gols de Célio e 90 do Saul, que se conheceram durante o Torneio Pentagonal do México-1963, quando conquistaram o titulo, primeiro da Turma da Colia desde o SuperSuper Campeanto Crioca-1958.
Para reviver as histórias vascaínas desses dois goleadores viajei, de Brasília até a gaúcha Bagé, onde residia o tchê Saulzinho, e até a paraibana João Pessoa, onde vivia o paulistão Célio. Vamos, então, correr atrás deles, com alguns jogos não informando árbitros, tempo de gol, públicos e nem rendas não encontradas. Nas fichas ténicas, gols de adversários, nem pensar! Só se for do Pelé!
Gustavo Mariani
SAULZINHO
1
O GAROTO DOS PAMPAS
Revelado pelo Guarany Futebol Clube, da gaúcha Bagé, o centroavante Saulzinho tornou-se vascaíno com a responsabilidade de confirmar ter sido produzido por terra fábricante de feras, como haviam demonstrado Candiota, Martim Silveira, Calvet, Tupãzinho e Dareci Menezes, entre outros. Principal artilheiro do Campeonato Carioca de 1962, com 18 gols, em 24 jogos, ele iniciou a sua sina de matador, por volta dos 12, 13 de idade, durante as manhãs de domingo, em um areião que cedeu lugar à Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, em sua cidade.
Aos 15, Saulzinho já marcava gols pelo time profissional do Bagé,
rival do Guarany. Aos 17, tornou-se protagonista de um caso
incomum. Era 1955 e o Conselho Nacional de Desportos-CND deparou-se
com um juvenil disputado por dois clubes gaúchos. Levou uma temporada
para decidir, deixando-o sem jogar. Estava escrito, porém, que,
futuramente, se falaria bastante dele, por outro motivo
Saul Santos, o Saulzinho,
ganhou apelidado no diminuitivo do pré-nome para não ser confundido com o
defensor Saul Mujica. Garoto peleador
(brigão na área fatal), no linguajar gauchesco, ele levava muito trabalho para
os zagueiros da Liga de Futebol Bageense, desde as disputas de 1954,
vestindo a camisa do time juvenil do Grêmio Esportivo Bagé, com o
qual tinha contrato de gaveta. Atrevido, quando lançado no time principal, em
seu primeiro jogo, naquela mesma temporada, contra o Nacional, de Porto Alegre,
marcou um gol de bicicleta. Na temporada seguinte, o Guarany Futebol
Clube roubou-o do rival, tornando-o um índio, como
jogador do clube alvirrubro era chamado.
Valera muito, para o Guarany, brigar pelo Saulzinho. Como mostrara o tamanho da bola jogada pelo garoto durante a decisão do Campeonato Municipal Bageense de 1956. Marcou o único gol de uma das duas partida que valera o título citadino, além de ter infernizado a vida dos zagueiros rivais durante o outro prélio, quando os índios escreveram alvirrubros 4 x 1, aumentando a rivalidade iniciada em 1918 - só em 1937, quando o a taça foi do Grêmio Sportivo Ferroviário, a dupla Ba-Gua não ficou com o caneco da Liga.
Em 1958, mais uma vez, Saulzinho ajudou o Guarany a ser campeão bageense. Com time renovado, do qual só restavam Éden, Bataclan, Max Ravaza e Luiz Silva, ele teve por colega de equipe Raul Donazart Calvet, que viria a ser um dos maiores quarto-zagueiros do futebol brasileiro da década-60, defendendo o Santos, do “Rei Pelé”.
Sulzinho começou a tomar o destino do Rio de Janeiro durante amistoso entre Guarany e Internacional, de Porto Alegre, no Estádio Antônio Magalhães Rossel (patrono do Guarany), o Estrela D´Alva (nome da casa, desde 4 de janeiro de 1960). Ele tinha tudo para não ir embora, pois, dos 4 x 2 mandados pelos índios sobre time fortíssimo para os padrões do então futebol gaúcho, não marcara nenhum gol e nem merecera elogios do treinador colorado Francisco Duarte Junior, o Teté. O amistoso, coincidentemente, foi no Dia do Índio - 19 de abril de 1960 -, apitado por Flávio Cavendini, com renda de Cr$ 78 mil 110 cruzeiros, e João Borges (3) e Naninho marcando os gols alvirrubros begeeenses - Paulo Vecchio (2) fez os dos colorados porto-alegrenses. O Guarany alinhou: Célio; Saul Mujica, Danga e Augusto; Solis Rodrigues e Sílvio; Ivo Medeiros, Naninho, Saulzinho, Sérgio e João Borges.
Até fevereiro de 1966,
Saulzinho ficou por São Januário obtendo média de gols superior à do “Rei Pelé”, em disputas
estaduais. Chegou à Colina no 1º de abril de 1961 e, no seu primeiro treino, marcou
três tentos, jogando pelo time reserva, que tinha o forte e alto (1m82cm)
zagueiro Brito (Hércules Brito Ruas) espanando quem pintasse pela frente. Deixou
muito boa impressão para João Silva, industrial forte, dono das Carrocerias
Metropolitana.
Garoto interiorano no meio
de famosos cobrões vascaíno, Saulzinho vivia uma nova realidade, bem diferente
dos seus velhos tempos de adolescente nas peladas de Bagé. Levou com ele para
São Januário a raça dos gaúchos da época da colonização brasileira, quando os
seus patrícios passavam mais tempo guerreando contra os invasores espanhóis do
que vivendo em paz. Mas ele era, também, um guerreiro decidido a
vencer no futebol carioca e que viajou para o Rio de Janeiro, indagando-se: se,
com 15 de idade, juvenil, fazia gol pelo time profissional do Bagé, porque não
repetiria tudo onde portas poderiam abrir-lhe grande futuro?
Saulzinho enturmou-se, rápido, com a Turma
da Colina, vendo o quanto a concorrência pela camisa 9 seria
difícil, ainda mais devido a saudade da torcida vascaína pelo artilheiro
pernambucano Vavá (Edvaldo Izidio Neto, negociado com o Atlético de Madrid, deixando
em sua história no barco do Almirante 191 gols, entre 1952 e
1958. Teria que lutar muito para ganhar a disputa pela vaga de titular, pois
Wilson Moreira, Javan, Pacoti e Itajubá estavam, também, naquele lance.
2
O GUARANY
Fundado, em 19 de abril de 1907, o Guarany Futebol Clube nasceu na Praça da Matriz de Bagé, criado por João Guttemberg Maciel, Viriato Bicca Nunes, Cervantes Perez, Secundino Maciel, Francisco Sá Antunes, Manoel Berruti, Carlos Martins Peixoto, Lucidio Garrastazu Gontan, Carlos Garrastazu e Gonzalo Perez. A maioria dos seus títulos (21) é do Campeonato Citadino (municipal), tendo os principais, no entanto, sido nas conquistas dos Campeonatos Gaúchos de 1920 (primeiro de equipe interiorana) e de 1938. Em 1926 e em 1929, o clube voltou a brilhar, sendo vice-campeão gaúcho. Em 1958, esteve, novamente, nas finais da temporada estadual, mas não levou. Uma nova taça só viria em 1999, no Estadual da Terceira Divisão. Em 2007, ganhou a Segunda Divisão e voltou à elite do futebol dos pampas, após 25 anos nas séries inferiores. Voltou, porém, a ser rebaixado, em 2008. Vejamos algumas histórias do clube:
1 - O Guarany já teve duas revelações disputando Copas do Mundo: o
meio-camapista Martim Silveira, em 1934 e em 1938, cobrão do
Botafogo, e o lateral-esquerdo Branco, ídolo da torcida do
Fluminense, campeão mundial-1994, nos Estados Unidos, e participante, também,
as Copas de 1986 e de 1990.
2 - Os maiores goleadores índios foram Max (129
gols) e Picão (125). Saulzinho calcula ter feito
cerca de 90. Se tivesse demordo mais no Guarany, acredita que poderia ter
batido o recorde de Max.
3 - Em
1956, o Guarany foi campeão municipal, vencendo o Bagé, nas finais, por 1 x 0 e
4 x 1. Time-base: Éden, Rubens e Bataclan; Mário, Nadir Gonçalves e Ninha; Carlos
Calvete, Max Ravaza, Saulzinho, Luiz Silva e Luiz Carlos (Porquinho).
4 - Campeões
estaduais, em 1958: Salvador Rubilar; Bira, Sílvio, Calvet e Ataíde; Danga e
Célio; Calvet I, Max, Juarez, Solis Rodrigues e Saulzinho. O Guarany foi o
campeão, vencendo, por 1x 0 (duas
vezes), 2 x 1, 4 x 1 e 3 x 1, perdendo por 2 x 1 (duas vezes), além de
empatando, por 1 x 1. O grupo campeão teve: Haroldo Campos, Éden, Bira, Danga,
Bataclan, Sílvio Scherer, Athayde Tarouco, Raul Calvete, Humberto Camacho,
Juarez, Max Ravaza, Saulzinho, Solis Rodrigues, Ivan Ravaza, Gitinha, Luiz
Silva e Juca.
5 – Ao
deixar o Vasco da Gama, na metade da década-1960, Saulzinho voltou a
jogar bola em Bagé, e seguiu artilheiro. Em 18 e 25 de junho de 1967, nos dois
clássicos pelo torneio citadino, fez o gol de Guarany 1 x 0 Bagé. No segundo,
marcou o da virada Guarany 3 x 2. Em 1970, durante o inédito hexa da rapaziada,
ainda rolava a pelota.
3
CRUZMALTINO
O
Vasco da Gama iniciou a temporada-1961, em quatro de janeiro, disputando o
Torneio Internacional de Verão e ficando nos 2 x 2 São Paulo-SP, no
Maracanã. Quatro dias depois, 1 x 2 Corinthians, no paulistano
Pacaembu. No dia 10, venceu o primeiro jogo da temporada, por 1 x 0
Flamengo, no Maracanã. Passados mais quatro dias, saiu para disputar o
Torneio de Verão, na Argentina. Em 14 de janeiro, levou 0 x 2 Boca
Juniors, em Buenos Aires. Recuperou-se passados oito dias, com 2 x 1
River Plate. A seguir, rumou para a uruguaia Montevidéu e disputou mais um
Torneio Internacional de Verão. No dia 21, queda, 1 x 2 Cerro, no Estádio
Centenário, seguido de 1 x 1 Nacional, no mesmo estádio, no dia 24. Em 27
de janeiro, voltou à Argentina e mandou 3 x 0 Quilmes, em Mar del Plata. Por
fim, no dia 29, goleou Combinado de Mar del Plata, na cidade do mesmo nome: 5 x
0.
De volta ao Brasil,
a Turma da Colina jogou amistoso, em oito de fevereiro, no
Maracanã, com o espanhol Real Madrid, um dos times mais fortes do mundo,
empatando, por 2 x 2, diante de
122.038 pagantes, embora a imprensa tivesse calculado mais de 140 mil presentes
- renda de Cr$ 21 milhões, 395 mil, 2650,00 cruzeiros - recorde na América do
Sul. Del Sol, aos 14, e Canário, aos 15m30seg do primeiro tempo, abriram
vantagem para os espanhóis, que cederam o empate, na segunda etapa - Casado
(contra), aos 7, e Pinga, cobrando pênalti, aos 17 minutos, bateram
na rede, com a Turma da Colina sendo: Humberto Torgado
(Miguel), Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará,
Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga, que encararam:
Dominguez; Marquitos (Miche), Santamaría (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin;
Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento).
Quando Saulzinho desembarcou em São
Januário, embora vivesse época sem preocupações com estatísticas, ele
nunca se esqueceu do do seu primeiro gol vascaíno: “Foi nos 3 x 1
América-MG, amistosamente, em Belo Horizonte”, recordou sobre
o 5 de maio de 1961, sob o comando do treinador Martim Francisco.
O primeiro jogo de Saulzinho com a camisa
vascaína, no entanto, havia sido em 16 de abril do mesmo 1961, entrando no
decorrer de prélio, no Pacaembu, pelo Torneio Rio-São Paulo, em Vasco 2 x 0
Corinthians. Seis dias depois, ele foi titular,
em Vasco 0 x 1 Palmeiras. Depois desses dois jogos oficiais, participou de
amistoso no feriado de 1º de maio, em Recife, nos 2 x 1 Santa
Cruz. Confira as fichas técnicas dos primeiros Vasco da Gama de Saulzinho:
16.04.1961 (domingo) –
Vasco da Gama 2 x 0 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Pacaembu, em São Paulo. Juiz: Armando Marques-RJ. Renda: Cr$ 1
milhão, 130 mil e 700 cruzeiros. Gols: Roberto Pinto, aos 36 e aos 39 minutos
do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Coronel;
Écio e Roberto Pinto; Da Silva, Wilson Moreira (Itajubá), Lorico (Saulzinho) e
Pinga. Técnico: Martim Francisco.
22.04.1961 (sábado) – Vasco
da Gama 0 x 1 Palmeiras. Torneio Rio–São Paulo. Estádio: Pacaembu, em São
Paulo. Juiz: Wilson Lopes de Souza-RJ. Renda: Cr$ 683 mil cruzeiros. Gol: Russo
(contra), aos 5 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício),
Bellini, Barbosinha e Russo; Écio (Lorico) e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho,
Wilson Moreira (Da Silva) e Pinga. Técnico: Martim Francisco.
01.05.1961 (segunda-feira)
- Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz. Amistoso. Estádio: Adelmar Carvalho, na Ilha
do Retiro, em Recife, apitado por Argemiro Félix de Sena, sem público e
renda divulgados. Cunha marcou os dois gols vascaínos, aos 18 e aos 20 minutos
do primeiro tempo, virando o placar para esta formação que o técnico Martim
Francisco mandou ao gramado: Ia; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Russo (Edílson);
Écio (Laerte) e Maranhão; Sabará (Da Silva), Cunha, Pacoti (Saulzinho) e
Pinga.
05.05.1961 (sexta-feira) - Vasco da Gama 3 x 1 América-MG. Amistoso. Estádio: Otacíio Negrão de Lima, mais chamado por Estádio da Alameda, em Belo Horizonte, rendendo Cr$ 458 mil, 350 cruzeiros, sem público divulgado. Também, vitória com virada de placar, construída por Pacoti, aos 10; Cunha, aos 30 do 1º tempo e Saulzinho, aos 43 do 2º tempo. Martim Francisco escalou: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Edílson; Laerte (Nivaldo) e Maranhão; Da Silva, Cunha (Saulzinho), Pacoti e Pinga.
4
PRIMEIRA EXCURSÃO
O primeiro
grande giro do Saulzinho vascaíno em jogos amistosos começou pelos dois últimos
citados no capítulo anterior - Vasco da Gama 2 x 1 Santa Cruz-PE e 3 x 1 América-MG – e continuou com Vasco da
Gama 0 x 0 Uberaba, na cidade paulista de
Igarapava-SP, neste entrando no decorrer a partida, seguido por novo empate, 2
x 2, com o mesmo adversário, no Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba. Confira as
fichas técnicas:
07.05.1961 - Vasco da Gama
0 x 0 Uberaba-MG: Estádio Garibaldi Pereira, em
Igarapava-SP, apitado por Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Miguel; Joel Felício,
Brito, Edílson e Barbosinha; Laerte e Maranhão (Ivaldo); Da Silva, Cunha,
Pacoti (Wilson Moreira) e Pinga (Saulzinho).
10.05.1961
- Vasco da Gama 2 x 2 Uberaba-MG: Estádio Boulanger Pucci, em Uberaba, com nova
arbitragem por Aírton Vieira de Morais. Gol vascaínos marcados por Laerte, aos
3, e Cunha, aos 9 minutos. Vasco: Ita (Miguel); Joel Felício, Brito, Edílson e
Barbosinha; Laerte, Maranhão e Barbosinha; Da Silva, Saulzinho, Pacoti (Cunha)
e Pinga.
Tinha, portanto, Saulzinho
atuado em duas partidas oficiais e em quatro amistosas – Vasco 2 x 0
Corinthians; 0 x 1 Palmeiras; 2 x 1 Santa Cruz; 3 x 1 América-MG e 0 x 0 e 2 x
2 Uberaba - quando partiu para a sua primeira excursão ao exterior, entre
maio e julho daquele 1961, atuando em estádios europeus e africanos,
pelas formações abaixo comandadas pelo treinador Martim Francisco.
Confira:
27.05.1961 – Vasco da Gama
2 x 0 Saint Pauli-ALE - Estádio: Millermtor, em Hamburgo-ALE. Público.
9.000 torcedores. Gols: Pinga, aos 18, e Roberto Pinto,
aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida,
Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho
e Pinga.
30.05.1961 – Vasco da Gama 3
x 2 Alemannia Aachen-ALE. Estádio: Tívoli, em Aachen-ALE. Público:
25.000. Gols: Pacoti, aos 14, e Pinga, aos 43 min do 1º
tempo e aos 16 do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida,
Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Pacoty; Sabará, Roberto Pinto, Saulzinho
e Pinga.
01.06.1961 – Vasco da Gama 11
x 0 Combinado Trondheim-NOR. Estádio: Lerkendal Stadion, em Trondheim-NOR.
Gols: Pacoti, a 1; Sabará, aos 3; Pinga, aos 12 e aos 20; Saulzinho,
aos 25 e aos 35 min do 1º tempo; Sabará,
aos 5 e aos 8; Saulzinho, aos 18, Roberto
Pinto, aos 25, e Laerte, aos 30 min do 2º
tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida (Russo), Bellini (Brito),
Barbosinha e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto (Maranhão); Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga (Da Silva).
04.06.1961 – Vasco da Gama
10 x 0 EIK-NOR. Estádio de Toensberg-NOR. Público: 8.000.
Gols: Roberto Pinto, aos 24; Sabará, aos 27; Pacoti, aos 43, e Saulzinho,
aos 45 min do 1º tempo; Pacoti, aos 2; Roberto Pinto, aos 10;
Laerte, aos 16; Lorico, aos 19 e aos 22, e Saulzinho (pen),
aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Miguel (Ita), Paulinho de Almeida,
Bellini (Brito), Barbosinha (Russo) e Edílson; Écio (Laerte) e Roberto Pinto
(Lorico); Sabará (Da Silva), Saulzinho, Pacoti (Maranhão) e Pinga.
06.06.1961 – Vasco da Gama 2
x 0 Combinado Skeid/Lyn-NOR. Local: Oslo-NOR. Gols: Pacoti, aos 19, e
Roberto Pinto, aos 40 min do do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de
Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará,
Saulzinho, Pacoti e Pinga.
11.06.1961 – Vasco da Gama 4 x 1 Frem-DIN. Estádio: Idreatsparken, em Copenhagen-DIN. Gols Saulzinho, aos 25 e Pinga, aos 41 min do 1º tempo; Pinga, aos 35, e Saulzinho, aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Saulzinho, Pacoty e Pinga. Sasulzinho atrás, ao centro, pronto paras embarcar rumo à Europas
18.06.1961 – Vasco da Gama 4
x 2 Dalarna-SUE. Local: Borlänge-SUE. Gols: Saulzinho, aos 10;
Sabará, aos 13; Pinga, aos 26, e Saulzinho, no 2º tempo. Vasco: Miguel,
Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto;
Sabará, Lorico, Saulzinho e Pinga.
21.06.1961 – Vasco da Gama 8
x 1 Bodens-SUE. Estádio: Bjorenasvallen, em Boden-SUE. Público: 5.841.
Gols: Roberto Pinto, aos 4; Lorico, aos 7 e aos
33; Roberto Pinto, aos 42 min do 1º tempo; Saulzinho,
aos 14; Roberto Pinto, aos 16 e aos 28, e Lorico, aos 33 min
do 2º tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini,
Barbosinha e Edílson; Écio e Roberto Pinto; Sabará, Lorico, Saulzinho e
Pinga. OBS: jogo inaugural do estádio.
27.06.1961 – Vasco da Gama 1
x 1 Combinado Hammarby/Djurgarden-SUE. Estádio: Valhallavagen (Olímpico) de
Estocolmo-SUE. Gol: Roberto Pinto, aos 26 min do 1º
tempo. Vasco: Miguel, Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha e Edílson; Écio
e Lorico; Sabará, Saulzinho, Roberto Pinto e Pinga.
Saulzinho não atuou nos quatro últimos jogos da excursão,
respectivamente: 21.05.1961 - Vasco 1 x 1 Kickers, em Offenbach, na
Alemanha; 29.06
– Vasco 1 x 0 Norkïoping-SUE; 02.07 – Vasco 5 x 1 Sundsvall-SU e 05.07 – Vasco
0 x 3 Porto-POR. Seus gols ficaram assim distribuídos: Vasco 11 x 0 Trondheim-ALE (3);
Vasco 10 x 0 EIK-NOR (3); Vasco 4 x 1 Frem/DIN (2);
Vasco 4 X 1 AIK/AIK-SUE (1); Vasco 4 x 2 Dalama-SUE (2); Vasco 8
x 1 Bodens-SUE (1).
5
O
CRAQUE DA CAPA
Garantia ter encontrado
bom ambiente e camaradagem, em São Januário, o que “tornara fácil a sua
aclimatação” em um novo ambiente. E garantia que, ser um vascaíno, era um dos seus
grande sonhos. "Sempre tive muita admiração pelo grêmio cruzmaltino,
por suas vitórias, títulos e famosos craques” - justificou pela
matéria na qual ressaltava que os gaúchos Grêmio e Internacional também,
queriam o seu futebol.
Quanto à sua forma de
jogar, declarou preferir receber bolas rasteiras, e elogiava a qualidade dos
lançamentos do volante Écio Capovila. Indagado se esperava ser ídolo da torcida
do Vasco da Gama, ponderou: "Muitas vezes, o jogador rende bem,
apresenta bom futebol, mas os torcedores não o tornam ídolo".
Seguro, Saulzinho prometia
muita luta para seguir titular absoluto e, "com muitos gols, tornar-me
o novo ídolo da grande torcida vascaína, em todo o Brasil". Jurava não
sentir sabor especial por vitória sobre time algum, mas deixava escapar que vencer
Fluminense e Botafogo, "é ainda melhor e merece ser comemorado", principalmente
por "receber elogios, ganhar bicho gordo e moral para os
jogos seguintes".
O desejo de Saulzinho, de ser ídolo em São Januário, coincidia com o da diretoria vascaína, de ter novos jogadores com grande cartaz, para o clube voltar à popularidade dos tempos do Expresso das Vitória (1945 a 1952), quando ganhou quase todos os títulos disputados. Por aqueles inícios de décda-1960, só se via o zagueiro Bellini com força no coração da torcida, embora Pinga, em final de carreira, Sabará e Écio, também, tivessem muitos admiradores.
O choro dos cartolas cruzmaltinos
era verem o Santos, de Pelé, e o Botafogo, de Garrincha, ocupando o lugar que
pertencera ao Vasco da Gama, em um passado nem tão distante, quando os grandes
talentos do futebol brasileiro, invariavelmente, tomavam o rumo de São
Januário. Não fora a toa que, antes da entrevista de Sulzinho a Deni Menezes,
um outro repórter da Revista do Esporte - Milton Salles –
publicara a manchete: "Vasco precisa de novos ídolos" - Nº 122, de 8
de julho de 1961.
A vaga de ídolo da camisa
nove vinha tornando-se um problemão para o Vasco da Gama, porque o cearense
Pacoti, com muita fama no futebol pernambucano, onde fora buscado, mesmo
voluntarioso e rompedor, não dera a respostas esperada. Custara caro e terminou
sendo repassado – barato - à Portuguesa Santista. Com aquilo, tentou-se
improvisar o meia Roberto Pinto no comando do ataque, mas, também, sem sucesso.
A próxima tentativa foi com Cabrita, tirado do Bonsucesso e saudado como um
"novo Vavá". Até fez boas partidas, mas envolveu-se em um
caso esquisito com um dirigente e foi negociado. Um outro que não vingou chamava-se
Wilson Moreira, de bom nível técnico, mas, para os torcedores, sem a raça e o
vigor físico que eles tanto admiravam no pernambucano Edvaldo Izídio Neto, o
Vavá. Até mesmo Delém, que chegara à Seleção Brasileira, não fora visto como o
cara ideal para o comando do ataque.
Em seu período cruzmaltino,
Saulzinho pegou pela frente marcadores com quase o dobro da sua massa
física - Luís Carlos (Fla); Procópio (Flu); Mário Tito (Bangu); Flodoaldo
(América); Nésio (Olaria); Augusto Macarrão (Portuguesa-RJ); Geneci
e Guilherme (Campo Grande) e Zé Carlos Gaspar (Botafogo); Mauro Ramos
(Santos); Djalma Dias e Waldemar Carabina (Palmeiras) e Cláudio e Eduardo
(Corinsthians), entre outros. Sem respeitar a fita métrica, ele encarava
quem tivesse pela frente e, chegou a marcar até três tentos em uma só partida.
6
TEMPORADA-1962
O treinador Paulo Amaral começou
a armar o time vascaíno da temporada durante excursão pelo Nordeste. Em
setes jogos, Saulzinho marcou seis tentos diante de times do futebol
pernambucano, baiano, cearense, maranhense e sergipano. Não entrou só em
um dos jogos - Vasco 3 x 1 Sergipe (04.02), em Aracaju. De volta ao Rio de
Janeiro, não atuou, também, no amistoso Vasco 2 x 1 Fluminense,
Maracanã.
Encerrada a série amistosa, a
rapaziada começou a disputar o Torneio Rio-São Paulo, a então maior competição
do futebol brasileiro, mas que, naquela temporada, fora um fracasso de público e de renda, levando os
organizadores a realizarem um só turno, pelo qual o Vasco da Gama disputou
jogos só contra rivais caseiros, com Saulzinho marcando gols sobre Flamengo (1)
e Fluminense (2). Ficou de fora diante de Vasco 0 x 1 América
(14.02) e Vasco 1 x 4 Botafogo (21.02), voltando no 1 x 1Flamengo
(25.02) e do 4 x 3 Fluminense (10.03), resultados que não levaram a Turma
da Colina à segunda fase da disputa, encaminhado-a para novos
amistosos - de 21 de abril e 16 de junho, visitando o Centro-Oeste e o
Sudeste, vencendo sete e empatando dois prélios, que renderam 23 gols (levou
cinco), com Saulzinho sendo o principal artilheiro da excursão, cravando sete
tentos e totalizando 13, em 17 amistosos – total de Vasco 15 vitórias, dois
empates e 43 gols (oito contra).
Um dos amistosos do giro foi no 21 de
abril, quando Brasília comemorava o seu segundo aniversário. Para marcar a
data, a Seleção Brasiliense convidou o maior craque do futebol brasileiro
da Era Pé-Pelé, o meia Zizinho (Thomaz Soares da Silva, maior
craque da Copa do Mundo-1950) para se despedir da vida de atleta vestindo a
camisa doscandangos, o que ele topou. No prélio festivo,Saulzinho compareceu ao
barbante do estádio o Viana de Andrade, marcando o tento cruzmaltino, aos 43
minutos, diante de 15 mil torcedores, com arbitragem do carioca Amilcar
Ferreira - primeira apresentação do Vasco da Gama na nova capital brasileira,
alinhando: Ita; Paulinho de Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio
(Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da
Silva.
Depois daquele amistoso, o time
vascaíno foi à Goiânia golear o Vila Nova, por 4 x 1, no 1º de maio, com
Saulzinho visitando a rede, aos 25 minutos da etapa inicial. Em Uberlândia-MG,
cinco dias depois, nos 5 x 0 Uberelândia, ele fez mais um, aos 24 do primeiro
tempo. Seguindo para o Sul, mais um, em 10 de maio, nos 3 x 1 Grêmio, de
Maringá-PR, no estádio Willie Davids. Do Paraná, o time rumou para o estádio do
Canindé, em São Paulo, onde mandou 2 x 1 Portuguesa de Desportos. Houve,
ainda, dois amistosos fora de casa - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG, em
Santa Luzia, com Saulzinho na rede; um outro 3 x 1, contra o Atlético-MG,
e mais dois, em São Januário, escrevendo 2 x 0 Juventus-SP e 0 x 0 Guarani, de
Campinas-SP.
Paulo
Amaral dirigiu os jogadores vascaínos em 12 amistosos de 1962, entre 14 de
janeiro a 10 de março, tendo sido substituído por Jorge Vieira, a partir de
21 de abril. Mas, no prélio contra o Vila Nova-GO, o do 1º de maio, o comando
do time ficou, interinamente, por conta do ex-agueiro vascaíno Ely do Amparo.
Ao final desta nova série de amistosos, Saulzinho não entrou nas três últimas
partidas: 23.05 - Vasco 3 x 1 Atlético- MG; 27.05 - 2 x 0 Juventus-SP e 16.06
- 0 x 0 Guarani de Campinas-SP. Indiscutivelmente,
1962 foi a melhor temporada de Saulzinho com a
camisa vascaína. Principal artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols, ele
chegou à disputa levando no currículo três gols durante o Torneio
Rio-São Paulo – contra Flamengo (1) e Fluminense (2) - e seis de
giro de oito jogos pelo Nordeste - diante do Santa Cruz-PE (1); CRB-AL
(1); Moto Clube-MA (1) e Ferroviário-CE (3). Pelo Estadual-RJ, os
goleiros que foram ao fundo das redes buscar bolas enviadas por ele
defendiam: Bonsucesso (3); Canto do Rio (4); São Cristóvão (4); América (1);
Campo Grande (3); Portuguesa (1); Olaria (1) e Bangu (1). Para o tchê, o Vasco da
Gama-1962, sobretudo no Campeonato
Carioca, foi carente de regularidade, “por não conseguir repetir, ao
menos, por duas vezes, a mesma escalação”. Mais: “Sobrava disposição e dinheiro no cofre de São Januário, mas faltava
tarimba e cancha. Éramos um time
jovem, por amadurecer”, disse à Revista do Esporte Nº
224, de 22 de junho de 1963. Mesmo
com as irregularidades vascaínas que cobrava, no 18 de dezembro de 1962,
quando o jornal O Globo e a Rádio Globo, ambos
do Rio de Janeiro, promoveram, no Hotel Glória, a premiação dos destaques da
temporada - Troféu Atlas-1962 - Saulzinho foi um dos
reverenciados, recebendo estatueta entregue por José Araújo, por figurar
nesta seleção do Estadual-RJ: Manga (Botafogo); Jair Marinho (Fluminense),
Mário Tito (Bangu), Nilton Santos (Botafogo) e Rildo (Botafogo); Carlinhos
(Flamengo) e Gérson (Flamengo); Garrincha (Botafogo), Saulzinho (Vasco),
Amarildo (Botafogo) e Zagallo (Botafogo). Embora
premiado como destaque do futebol carioca, Saulzinho não esperou ser
convocado para a Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo do Chile,
entre 30 de maio e 17 de junho daquele 1962, embora fosse apontado como um
dos possíveis parceiros de dupla de área com Pelé. Simplesmente, porque parte
do grupo que fora ao Mundial saira dos destaque do Torneio Rio-São Paulo, do
qual ele só participara de duas partidas. Além
dos citados acima, os globais premiaram, ainda, como destaques-1962: Marinho
Rodrigues, treinador campeão carioca (Botafogo); Jordan (Flamengo), melhor
capitão; Armando Marques, melhor árbitro, e Rui da Conceição, da categoria
aspirantes; José Teles da Conceição, atletismo; Algodão, basquetebol; Lilian
Moreira, natação e Eder Jofre, pugilista.
7 ROLA A BOLA 14.01.1962 - Vasco da Gama - 1
x 0 Santa Cruz-PE – amistoso, na Ilha do Retiro (Estádio Adelmar Carvalho),
em Recife, com gol de Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho
de Almeida, Brito, Barbosinha e Joel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho
(Vevé), Viladônega e Da Silva Joãozinho. 17.01.1962 - Vasco da Gama 2 x 0 Bahia-BA - amistoso, na Fonte
Nova (Estádio Octávio Mangabeira), em Salvador, com Lorico (2) marcando os
gols deste time: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Laerte;
Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará. 21.01.1962 - Vasco da Gama 6 x
0 CRB-AL - amistoso no Estádio da Pajuçara (Severino Gomes Filho), em
Maceió, com Viladônega (2), Saulzinho, Joãozinho, Vevé e Laerte escrevendo no
placar para esta rapaziada: Ita (Humberto Torgado); Paulinho de Almeida,
Bellini (Brito), Barbosinha e Coronel; Nivaldo (Laerte) e Lorico (Roberto
Pinto); Joãozinho, Saulzinho, Viladônega (Vevé) e Sabará. 24.01.1962 - Vasco da Gama 4 x 0
Ceará-CE - amistoso no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, com
redes visitadas por Viladônega (3) e Joãozinho. Time: Ita; Paulinho de
Almeida (Dario), Bellini Brito e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho,
Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo). 28.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 0 Moto
Club-MA - amistoso no Estádio Nhozinho Santos, em São Luís do Maranhão, com
gols marcados por Sabará, Saulzinho e Viladônega. Time: Ita; Paulinho de
Almeida, Bellini, Brito e Coronel; Nivaldo (Maranhão) e Lorico (Roberto
Pinto; Joõzinho, Saulzinho, Viladônega e Sabará (Ronaldo). 31.01.1962 - Vasco da Gama 3 x 1
Ferroviário-CE – amistoso, no Etádio Presidente Vargas, em Forteleza, com
Saulzinho marcando os três tentos para estes vascaínos: Ita; Dario, Bellini,
Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Viladônega e
Sabará. 25.02.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Flamengo - Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com gol marcado por
Saulzinho, aos 41 minutos do primeiro tempo. Vasco: Ita, Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, Villadônega,
Saulzinho (Javan) e Da Silva. 10.03.1962 - Vasco da Gama 4 x 3
Fluminense - Torneio Rio-São Paulo, em São Januário, com público de
4.143 pagantes. Saulzinho foi à rede, aos sete e aos 15 minutos do segundo
tempo, por este Vasco: Ita; Dario, Brito e Coronel (Russo); Nivaldo e
Barbosinha; Sabará (Joãozinho), Viladôniga, Saulzinho, Lorico (Roberto) e Da
Silva. 21.04.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Combinado de Brasília - amistoso no Estádio Vasco Viana de Andrade, do Núcleo
Bandeirante, com Saulzinho marcando o gol vascaíno. Time: Ita; Paulinho de
Almeida, Brito Barbosinha e Coronel (Russo); Écio (Laerte) e Lorico; Sabará
(Joãozinho), Javan, Saulzinho (Roberto Pinto) e Da Silva. 01.05.1962 - Vasco da Gama 4 x 1 Vila
Nova-GO - amistoso, no Estádio Olímpico, da Avenida Paranaíba, em Goiânia,
com Saulzinho marcando gol, aos 25 minutos do primeiro tempo. Vevé (2) e
Loricoa fizeram os outros nesta vitória com virada de placar por esta rapaziada: Ita; Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé),
Saulzinho, Pinga e Sabará. 06.05.1962 - Vasco da Gama 5 x 0
Uberlândia-MG – amistoso, no Estádio Juca Ribeiro, em Uberlândia, com
Saulzinho batendo na rede, aos 24 minutos do primeiro tempo - Joãozinho,
Sabará, Lorico e Pinga também marcaram. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa);
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laerte) e
Lorico (Milton); Joãozinho, Saulzinho (Vevé), Pinga e Sabará.
10.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 0
Grêmio, de Maringá-PR – amistoso. no Estádio Willie Davids, com gols marcados
por Pinga (2) e Lorico. Vasco: Humberto Torgado (Barbosa); Paulinho de
Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio (Laeerte) e
Lorico (Mílton); Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e Sabará. OBS:
última vez em que Barabosa vestiu a camisa da Turma da Colina. 13.05.1962 – Vasco da Gama 2 x 1
Portuguesa de Desportos-SP – amistoso, no paulistano Estádio do Canindé
(Oswaldo Teixeira Duarte), com gols cruzmaltinos nas contas de Sabará e de
Pinga. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha (Russo)
e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Joãozinho (Vevé), Saulzinho, Pinga e
Sabará. 20.05.1962 - Vasco da Gama 3 x 1 Santa Cruz-MG – amistoso, no Estádio Bela Vista, da mineira Santa Luzia, com virada de placar assinada por Saulzinho, Sabará e Vevé. Time: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio (Laerte) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Pinga (Vevé) e Da Silva. 01.07.1962 – Vasco da Gama 3 x 0
Bonsucesso – Prmeiro turno do
Campeoanto Carioca. Estádio: de
São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 541.290,00. Gols: Saulzinho,
aos 14 do 1º e aos 30 min do 2º tempo, e Laerte, aos 32 da mesma etapa. Time:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Laerte e
Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça. Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Nivaldo, Barbosinha e Dario, em pé, da esquerda para a direita; Sabará, Vevé, Saulzinho, Lolrico e da Silva, agachados na mesma ordem, em uma das formações da temporada. 08.07.1962 –
Vasco da Gama 3 x 0 Portuguesa-RJ. Estádio: hoje, Leônidas da Silva, na Rua
Teixeira de Castro-RJ. Juiz: José Monteiro. Renda: Cr$1.080.030,00. Gols:
Joãozinho, a 1 minuto, e Lorico, aos 40 do 1º tempo; Laerte (pen), aos
14 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça.
15.07.1962 – Vasco da Gama 0 x 1
Olaria. Estádio: da Rua BarirI-RJ (Antônio Mourão Vieira Filho). Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$
1,3167.250,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Dario; Laerte e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 21.07.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda|: Cr$
1.306.692,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho,
Vevé e Tiriça. 04.08.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 47.629
pagantes. Renda: Cr$ 6.745.500,00. Gol: Tiriça, aos 30 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario;
Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 12.08.1962 – Vasco da Gama 0 x 0 Madureira. Estádio:
de São Januário-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Renda: Cr$ 538.550,00. Vasco:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 19.08.1962 – Vasco da Gama 4 x 0
Canto do Rio. Estádio: de São Januário- RJ. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Renda: Cr$ 465.360,00. Gols: Saulzinho (2), Lorico e Nivaldo: Vasco:
Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario;
Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 26.08.1962 – Vasco da Gama 3 x 1
São Cristóvão. Estádio: atual Ronaldo Luís Nazário de Lima, na Rua Figueira
de Melo. Juiz: José Gomes Sobrinho. Renda: Cr$ 712.680,00. Gols: Saulzinho,
aos 6 min da primeira etapa, aos 14 e aos 43 do 2ºtempo. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Nivaldo e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Vevé e Tiriça. 02.09.1962 – Vasco da Gama 2 x 1 América.
Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$
1,754.490,00. Gols: Vevé, aos 25 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 10 min da
fase final. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Nivaldo e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 09.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público:
54.821 pagantes. Renda: Cr$ 7.951.378,00, Gol: Vevé, aos 26 min do 1º tempo.
Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 16.09.1962 – Vasco da Gama 0 x 2
Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Renda: Cr$
9.238.310,00. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 21.09.1962 – Vasco da Gama 7 x 0
Campo Grande. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$
585. 490,00. Gols: Sabará, aos 31; Saulzinho, aos 34; Lorico, aos 42 e aos 44
min do 1º tempo; Barbosinha, aos 2; Saulzinho, aos 9, e Lorico, 21 do 2º
tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha
e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 30.09.1962 – Vasco da Gama 1 x 0
Bonsucesso – Returno - Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 10.722 pagantes. Renda: Cr$
1.327.304.00. Gol: Saulzinho, aos 21 min do 1º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 06.10.1962 – Vasco da Gama 3 x 0
Portuguesa-RJ. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro. Público:
2.686 pagantes. Renda: Cr$ 429.930,00. Gols: Vevé, aos 11 e aos 43, e
Saulzinho, aos 28 do 2 º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Saulzinho, Vevé e Da
Silva. 14.10.1962 – Vasco da Gama 1 x 3
Olaria. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Guálter Gomes de Castro. Renda:
Cr$ 1.206.910,00. Gol: Saulzinho, aos 22 min do 2º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Vevé e Da Silva. 21.10.1962 - Vasco da Gama 3 x 2
Bangu. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Público: 18.726. Renda:
Cr$ 2.409.570.00. Gols: Saulzinho, aos 31 min do 1º tempo; Lorico, aos
23, e Sabará, aos 30 min do 2º tempo. Público: 18.726. Vasco: Humberto
Torgado, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 04.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 69.461.
Renda: Cr$ 10.077.210.00.| Gol:
Sabará, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Humberto Torgado (Ita), Paulinho de
Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel, Maranhão e Lorico, Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Da Silva. 10.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 1
Madureira. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: Guálter Gama de Castro. Renda:
Cr$ 764.670, 00. Gols: Saulzinho, aos 15; Sabará, aos 19; Maranhão, aos
25; Da Silva, 39 do 1º tempo e Viladônega, aos 7 min da fase final.
Vasco: Ita, Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Da Silva. 15.11.1962 - Vasco da Gama 5 x 0
Canto do Rio. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Cláudio
Magalhães. Renda: Cr$ 1.436.110,00. Gols: Viladônega (2), Da Silva, Saulzinho e Lorico. Vasco: Ita
(Humberto Torgado), Paulinho, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico;
Sabará, Villadônega, Saulzinho e Da Silva. 18.11.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
São Cristóvão. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Wilson Lopes de Souza.
Renda: Cr$ 680. 760.00. Gol: Saulzinho. Vasco: Ita Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho
e Da Silva. 25.11.1962 - Vasco da Gama 2 x 0
América. Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: José Gomes
Sobrinho. Renda: Cr$ 1.526.580,00. Gols: Sabará e Fagundes: Vasco: Ita,
Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará,
Fagundes, Saulzinho e Da Silva. 02.12.1962 - Vasco da Gama 0 x
2 Fluminense. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 57.393. Renda:
Cr$ 8.363.860,00. Vasco: Humberto Torgado, Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Fagundes, Saulzinho e Tiriça. 09.12.1962 - Vasco da Gama 1 x 1
Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 79.181. Renda:
Cr$ 11.648.670.00. Gol: Lorico. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e
Fagundes. 14.12.1962 - Vasco da Gama 3 x
3 Campo Grande. Estádio: Maracanã. Juiz: Amílcar Ferreira: Renda: Cr$
196.340,00. Gols: Darci Santos (contra, aos 18); Saulzinho, aos 34 min do 1º
tempo, e Viladônega, aos 41 min do 2º tempo. Vasco: Ita, Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho
e Ronaldo. 1 - A partir dos próximos capítulos
as rendas não serão mais divulgadas, porque a moeda brasileira mudou várias
vezes e o leitor precisaria de uma tabela de conversão para mensurar o valor
atual. Só foram separadas etas por terem sido as da melhor temporada vascaína
do goleador; 2 - Jorge Vieira foi o treInador do time em todos os jogos do
Estadual-RJ. 8
POLIMENTO Embora
tenha ido para São Januário a pedido do treinador Martim Francisco, foi
com Jorge Vieira que Saulzinho conseguiu ser titular absoluto no time
vascaíno. “Aprendi muito com os dois”,
afirmava, mas creditando ao Jorge os últimos retoques em seu futebol. “Quando
cheguei ao Vasco, ainda não estava maduro. Tinha que aprender muito”, constatou. Provocado
por um repórter sobre as suas possibilidades de ser o principal artilheiro do
Campeonato Carioca - Revista do Esporte - Nº 188, de
13 de outubro de 1962 - Saulzinho via muitas dificuldades para
encarar tantas feras e fazia-se de político gaúcho,
plantando não querer que a torcida vascaína esquecesse de ídolos como Ademir
Menezes e Vavá, embora deixando claro querer ficar no coração dela. “Pretendo
marcar muitos gols, para ser lembrado como um dos que mais fizeram a torcida
cruzmaltina vibrar”, deixou claro. Saulzinho
colocou todos os concorrentes para trás durante o Campeonato Carioca-1962,
marcando 18 gols, contra 17 do botafoguense Quarentinha; 16 do flamenguista
Dida; 15 de outro botafoguense, Amarildo; 14 de Rodrigo, do Fluminense, e do
rubro-negro Henrique Frade. Pela nona rodada, ao marcar três tentos, recebeu,
até então, o maior bicho de sua carreira, além de prêmios
oferecidos por uma emissora de rádio e de uma de TV. Tornando-se o
ponteiro dos goleadores daquele Estadual, derrubou barreira que vinha desde
1950, quando Ademir Menezes fora o último vascaíno a liderar a corrida
ao barbante, como bordejavam os locutores esportivos - marcara 25 vezes. Depois
de Saulzinho, o Vasco da Gama só voltou a liderar a disputa dos goleadores após
16 temporadas, em 1978, quando Roberto Dinamite saiu, em 19 vezes,
para o abraço. Os artilheiros vascaínos nos Campeonatos Cariocas foram: 1929
- Russinho (23 gols); 1931 - Russinho (17); 1937 - Niginho (25); 1945 - Lelé (13);
1947 - Dimas (18); 1949 - Ademir Menezes (31); 1950 - Ademir Menezes (25); 1962 – Saulzinho (18); 1978 - Roberto
Dinamite (19); 1981 - Roberto Dinamite (31); 1985 - Robereto Dinamte (12);
1986, Romário (20); 1987 - Romário (16); 1993 - Valdir Bigode (19);
2000 - Romário (19); 2004 - Valdir Bigode (14); 2012 –
Alecasandro (12) e 2014 – Edmilson (11). No total de gols marcados por
várfias competições e amistosos,os três primeiros são: Roberto Dinamite, 698,
em 1.110 jogos; Romário, 322, em 402 pugnas; Ademir, 301, em 429
prélios – seguem: Lelé (147); Pinga (250); Sabará (165); Vavá (150); Maneca (137)
e Chico (127). 9 TEMPORADA 1963 Saulzinho iniciou a temporada-1963
marcando gol em Vasco da Gama 4 x 0 Alajuelense, em Alajuela, na Costa Rica,
amistosamente, em 6 de janeiro. Quatro dias depois, começou a disputar o
Torneio Pentagonal Cidade do México,
que valeu o seu primeiro título vascaíno. Depois, ajudou o Almirante a
conquistar o Quadrangular Internacional do Chile, ambas dirigido por Jorge
Vieira. Por
gramados mexicanos, Saulzinho começou escrevendo o tento de Vasco da Gama 1 x
0 América-MEX, na Cidade do México. No dia 17, fez o seu terceiro gol na
excursão, nos 5 x 0 El Oro, também na Cidade do México. Voltou à rede no dia
20, no 1 x 1 Guadalajara-MEX, o seu quarto tento na excursão. Em 31 de
janeiro, em Vasco 1 x 1 Dukla Praha, da então Tchecoeslováquia, saiu de campo
campeão do Pentagonal mexicano e começou a formar, com Célio Taveira, a dupla
mais importante de ataque cruzmaltino da década-1960. Após o Pentagonal do México,
Saulzinho disputou mais um jogo da excursão: em 3 de fevereiro, Vasco 1
x 1 Toluca-MEX, ainda na capital mexicana. Uma semana depois, o time fez mais
um amistoso - Vasco 2 x 0 selecionado de El Salvador - em San Salvador,
mas ele ficou de fora. Entre 31 de março e 14 de abril, foi ao
Chile ajudar a Turma da Colina a buscar mais uma taça lá
fora. Após a disputa chilena, voltou a São Januário, para esperar peloo
Torneio Rio-São Paulo. Em 13 de fevereiro, Saulzinho
entrava na disputa interestadual de cariocas e paulistas, com o Vasco
da Gama mantendo Jorge Vieira como treinador. Por ali, ele viveu uma história
interessantíssima, da noite do 16 de fevereiro, quando a sua turma chegou
a abrir 2 x 0 Santos, com os xerifões Brito e Fontana
tirando um sarro do Pelé: "Cadê o Rei?" Resumo da farra: o Pelé empatou
a partida, aos 42 e aos 43 minutos do segundo tempo, fechando a conta
nos 2 x 2. "Naquela noite, um amigo meu, de Bagé, estava no Rio (de
Janeiro) e aproveitou para ir ao Maracanã. Saiu do estádio, uns 10 minutos
antes do final da partida, pegou um táxi, falou pro motorista que havia visto
o seu conterrâneo ganhar do Pelé e levou um susto quando o taxista lhe disse
que o jogo havia terminado empatado (2 x 2)." A primeira bola mandada à rede por
Saulzinho na então maior competição do futebol brasileiro foi em 17 de março,
em Vasco da Gana 1 x 0 São Paulo, no Pacaembu. A disputa, no entanto, teve
fraca participação vascaína, constante apenas daquela vitória. No mais,
foram cinco empates e três pauladas, com os cruzmaltinos marcando nove e
engolindo 12 gols. Próxima parada? O Campeonato Carioca, que os clubes
priorizavam, até deixando o Rio-São Paulo em segundo plano. No Estadual-1963, a Turma
da Colina começou comandada pelo treinador Jorge Vieira,
que prestigiava a dupla Saulzinho & Célio, passando, depois, pelos
comandos de Oto Glória e de Eduardo Pelegrini, que preferiam Célio do lado de
Mário Tilico. A rapaziada não fez uma boa campanha,
terminando em sexto lugar, com 11 vitórias, sete empates e seis
escorregadas, em 24 jogos. Marcou 39 e levou 23 gols. Célio foi o principal
artilheiro, com 14 gols. Como este havia marcado um, pelo Torneio Rio-São
Paulo; cinco no giro pelo Chile; mais um em amistoso com o Goytacaz-RJ e três
entre Europa/África, estes 10 tentos, somados aos 14 do Estadual-RJ
totalizaram 23, em sua primeira temporada cruzmaltina. Saulzinho aparece só
com duas bolas nas redes, totalizando 19 na temporada. Confira os jogos
vascaínos a temporada:
06.01.1963 - Vasco 4 x 0 Alajuelense. Amistoso, em
Alajuela-CRI, em San José da Costa Rica. Juiz: Bento Alfaro. Gols:
Sabará, aos 40, e Saulzinho, aos 44 min do 1º tempo; Viladônega, aos 7, e
Laerte, aos 23 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Coronel; Maranhão (Écio) e Viladônega (Russo); Sabará, Lorico, Saulzinho
(Vevé) e Ronaldo (Fagundes). Técnico: Jorge Vieira. OBS: na véspera
desta partida, o Vasco contratou os atacantes Mário Tilico”, junto à
Portuguesa de Desportos-SP, por Cr$ 5.000.000,00, e Célio, tirado do Jabaquara-SP,
por Cr$ 11.500.000,00, para eles se juntarem ao grupo excursionista. 1963 - Vasco 1 x 0 América-MEX. Torneio Pentagonal do México.
Gol: Saulzinho, aos 19 minutos do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito,
Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé),
Saulzinho e Ronaldo. OBS: o tento marcado por Saulzinho, de
bicicleta, foi capa de uma revista mexicana e considerado “sensacional” pelos
jornalistas cariocas que cobriam a viagem vascaína. (foto) 17.01.63 – Vasco 5 x 0 El Oro-MEX. Torneio Pentagonal do México.
Gols: Sabará, aos 7; Maranhão, aos 12, e Felipe Ruvacalbo (contra), aos 27 min do 1º tempo;
Viladônega, aos 7, e Écio, aos 42 min do 2º tempo. VASCO: Ita; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega
(Célio), Saulzinho e Ronaldo. OBS: o jogo contra o campeão
mexicano-1962 marcou a estreia de Célio no time vascaíno, a partir dos 25
minutos do segundo tempo. 20.01.1963 - Vasco 1 x 1 Guadalajara-MEX. Torneio Pentagonal do
México. Estádio: da Cidade Universitária. Gol: Saulzinho aos 28 min do 1º
tempo. VASCO: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo. 31.01. 1963 - Vasco 1 X 1 Dukla de Praga (TCH). Torneio
Pentagonal Cidade do México. Juiz: Ramiro Garcia. Público: 70.000. Gol:
Ronaldo. VASCO: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Coronel (Dario);
Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Célio), Saulzinho e Ronaldo
(Fagundes). 03.02.63 - Vasco 1 x 1 Toluca-MEX. Amistoso. Estádio: Nemesio
Diez, em Toluca-MEX. Gol: Mário Tilico. VASCO: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará, Viladônega,
Saulzinho e Ronaldo. 10.02.1963 – Vasco 2 x 0 Seleção de El Salvador. Amistoso, em
San Salvador. Gols: Écio, aos 14, e Mário Tilico, aos 25 min do
2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Écio e
Lorico; Sabará, Viladônega, Célio e Mário
Tilico. 13.02.1963 - Vasco 1 x 1 Fluminense. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 18.485. Renda: Cr$
3.394.208,00. Gol: Lorico, aos 6 do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felicio,
Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico (Fagundes); Sabará, Viladônega
(Célio), Saulzinho e Ronaldo (Mário Tilico). 16.02.1963 - Vasco 2 x 2 Santos. Torneio Rio-São
Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Stefan Walter Glanz. Público:
29.200. Renda: Cr$ 9.652.000,00. Gols: Ronaldo, aos 32 min do 1º
tempo; Sabará, aos 12, e Pelé, aos 42 e aos 43 min do 2º tempo. Vasco: Ita;
Joel Felicio, Brito, Dario, Maranhão, Barbosinha (Fontana), Sabará,
Viladônega, Saulzinho, Lorico (Fagundes) e Ronaldo - Santos:
Gilmar, Mauro, Zé Carlos (Tite), Dalmo, Calvet, Lima, Dorval, Mengálvio,
Pagão (Toninho), Pelé e Pepe. 21.02.1963 – Vasco 1 x 3 Flamengo. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 30.539. Renda: Cr$:
6.836.249,00. Gol: Sabará (pen), aos 21 min do 2º tempo. Vasco: Humberto
Torgado: Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico;
Sabará, Viladônega (Javan), Célio e Ronaldo (Mário Tilico). 06.03.1963 – Vasco 0 x 0 Olaria. Torneio Rio-São Paulo. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: José Monteiro. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício,
Brito, Russo e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará, Viladônega (Vevé),
Célio e Ronaldo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 18 min do 2º
tempo. 09.03.1963 – Vasco 1 x 2 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 13.444. Renda:
Cr$ 2.865.870,00. Gol: Lorico, aos 12 min do 2º tempo. Vasco: Humberto
Torgado; Joel Felcio, Brito, Russo (Fontana) e Dario; Écio e Lorico;
Sabará, Viladônega (Vevé), Célio (Javan) e Ronaldo: OBS: expulso de campo
na partida anterior, Célio atuou nesta porque à época não havia suspensão
automática. 13.03.1963 - Vasco 1 x 1 Botafogo. Torneio Rio-São
Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$
4.106.444,00. Gol: Sabará. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha
(Fontana)e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará (Ronaldo),
Saulzinho, Célio e Mario Tilico. 17.03.1963 - Vasco 1 x 0 São Paulo. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Armando Marques. Renda: Cr$ 3.675.600,00.
Gol: Saulzinho, aos 30 min do 1º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito,
Barbosinha (Fontana) e Dario; Écio (Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho,
Célio, (Viladônega) e Ronaldo. 24.03.1963 – Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos. Torneio
Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Amílcar Ferreira. Renda: Cr$ .
1.333.300,00. Gol: Maranhão, aos 40 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado;
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão (Écio) e Lorico; Sabará,
Viladônega, Célio e Ronaldo (Fagundes). 28.03.1963 – Vasco 1 x 1 Palmeiras. Torneio Rio-São Paulo.
Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 1.048.750,00. Gol:
Célio, aos 4 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito,
Barbosinha (Russo) e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Vevé
(Laerte), Célio e Ronaldo. OBS: 1 - neste jogo o Vasco encerrou
a sua participação na competição interestadual, tendo Saulzinho ficado de
fora das partidas Vasco 1 x 3 Flamengo (21.02); Vasco 0 x 0 Olaria (06.04);
Vasco 1 x 2 Corinthians (09.04); Vasco 1 x 2 Portuguesa de Desportos (24.04)
e Vasco 1 x 1 Palmeiras )28.04); 2 – Célio só não enfrentou o Santos
(16.02). 31.03.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad Católica-CHI. Torneio
Quadrangular Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile.
Juiz: José Luis Silva-CHI. Gols: Joãozinho, aos 44 min do 1º tempo, e Célio,
a 1 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha
e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. Técnico:
Jorge Vieira. 09.04.1963 - Vasco 3 x 2 Peñarol-URU. Torneio Internacional do
Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Adolfo Reginatto-CHI.
Carlos Robles-CHIGols: Célio (pen), aos 3, e Joãozinho, aos 14 e aos 20
min do 2º tempo. Vasco: Humberto; Joel Felício, Brito, Barbosinha e
Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Célio, Saulzinho e Ronaldo. OBS:
primeiro pênalti vascaíno batido por Célio. 11.04.1963 - Vasco 3 x 1 Colo Colo-CHI. Torneio Internacional do
Chile. Estádio: Nacional de Santiago do Chile. Juiz: Lorenzo Castillana-CHI.
Gols: Célio (2), um em cada tempo, e Saulzinho, na etapa final. Vasco:
Humberto; Joel Felício, Brito, Russo e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho,
Célio, Saulzinho (Vevé) e Mário Tilico. 14.04.1963 - Vasco 2 x 2 Universidad do Chile. Torneio
Internacional do Chile. Estádio: Nacional de Santiago. Juiz: Carlos
Robles-CHI. Gols: Joãozinho, aos 41
min do 1º tempo, e Célio, aos 17 da fase final. Vasco: Humberto Torgado; Joel
Felício, Brito, Russo e Dario: Maranhão (Écio) e Lorico; Joãozinho, Célio,
Saulzinho e Mário Tilico. 27.04.1963 – Vasco 2 x 3 Goytacaz-RJ. Amistoso. Estádio: Ary de
Oliveira e Sousa, em Campos-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gols: Ronaldo,
aos 22, e Célio, aos 44 min do 1º tempo. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Dario (Fontana); Maranhão (Fagundes) e Lorico;
Sabará, Rodarte (Viladônega), Célio e Ronaldo. 05.05.1963 – Vasco 3 x 0 Stade d´Abidjan- Amistoso. Estádio:
Felix Houphouêt-Boigny, em Abidjan, na Costa do Marfim. Público: cerca de
17.000. Gols: Saulzinho, aos 10 e aos 30 min do 1º tempo, e aos 35 da etapa
final. Vasco: Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha (Russo)
e Dario; Maranhão e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo. 09.05.1963 – Vasco 3 x 0 Kotoco. Amistoso, em Kumasi,
Gana. Público: cerca de 20.000. Gols: Célio, Lorico e Fagundes. Vasco:
Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e Lorico;
Sabará, Saulzinho, Célio e Fagundes. 12.05.1963 – Vasco 0 x 0 Real Republicans. Amistoso, no Estádio
Nacional Accra em Gana. Público: cerca de 30 mil. Juiz: Frank Mils. Vasco:
Humberto Torgado (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão
(Écio) e Lorico; Sabará (Joãozinho), Saulzinho, Célio e Ronaldo. 25.05.1963 – Vasco 6 x 0 Seleção da Nigéria. Amistoso, no
Estádio George, em Lagos, na Nigéria. Gols: Saulzinho (4), Célio e Lorico. 26.05.1963 – Vasco 3 x 1 Seleção da Nigéria Ocidental. Amistoso,
em Ibadan, na Nigéria. Gols: Célio (2) e Sabará. 29.05.1963 – Vasco 2 x 1 West Rovers. Amistoso, em Lagos, na
Nigéria. Gols: Fagundes e Lorico. 04.06.1963 – Vasco 4 x 2 Al-Mourada. Amistoso, em Kartum, no
Sudão. Gols: Sabará (2), Ronaldo e Écio. 07.06.1963 – Vasco 1 x 2 El-Hilal. Amistoso, em Kartum, no
Sudão, com gol de Lorico, no 2º tempo. 09.06.1963 – Vasco 1 x 1 Al-Merreikh. Amistoso, em Kartum, no
Sudão, com gol vascaíno por Sabará, de pênalti. OBS: 1 – Saulznho contava ter o treinador Jorge Vieira dirigido
o time vascaíno, contra o Al-Merreikh, só no primeiro tempo, segundo ele, por
ter se desentendido com os cartolas, tendo o veterano lateral-direito
Paulinho de Almeida, que ainda era atleta, comandado a rapaziada durante a
etapa final, e devolvido o posto, no jogo seguinte, contra o português
Sporting; 2 - Saulzinho alegava ter marcado quatro gols e, ainda,
tido um quinto anulado no jogo de 25.05.1963, Vasco 6 x 0 Nigéria.
Explicava: “Nada, nada, tchê! Ninguém entendeu a anulação.
A bola quicou dentro do gol e voltou para o meio da área,
em um lance limpo, sem qualquer impedimento, nenhum problema. Incluive, a
torcida aplaudiu”. 11.06.1963 –Vasco 0 x 3 Sporting-POR. Amistoso. Estádio: José
Alvalade, em Lisboa-POR. Juiz: Décio de Feitas. Vasco: Humberto Torgado:
Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha (Russo) e Dario; Écio
(Maranhão) e Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio (Joãozinh) e Ronaoldo. 13.06.1963 – Vasco 2 x 0 Málaga-ESP. Amistoso. Estádio: La
Rosaleda, em Málaga-ESP. Gols: Sabará, aos 10, e Saulzinho, aos 11 min do 1º
tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Fontana; Maranhão e Lorico
(Fagundes); Joãozinho, Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Écio). 16.06.1963 – Vasco 2 x 3 Mônaco. Troféu Teresa Herrera.
Estádio: Riazor, em La Coruña-ESP. Juiz: Ortiz de Mendib-ESP. Público: cerca
de 26 mil. Gols: Saulzinho, aos l3, e Joãozinho, aos 41 min do 1º tempo.
Vasco: Ita; Joel Felício, Russo, Brito e Dario; Maranhão e Lorico; Joãozinho,
Sabará, Saulzinho e Ronaldo (Fagundes). 19.06.1963 – Vasco 3 x 2 Elche-ESP. Amistoso. Estádio: Altabix,
em Elche-ESP. Juiz: Bañón Gonzalez. Gols: Ronaldo, aos 16, e Saulzinho, aos
35 e aos 40 min, todos no 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho de
Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Joãozinho (Lorico); Sabará,
Saulzinho, Fagundes e
Ronaldo. 22.06.1963 – Vasco 0 x 1 Espanyol-ESP. Amistoso. Estádio:
Sarriá, em Barcelona-ESP. Juiz: Saz Olmedo. Vasco: Humberto Torgado; Paulinho
de Almeida, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Joãozinho; Sabará, Saulzinho
(Lorico), Fagundes e Ronaldo. OBS: no dia seguinte, rolaria o Torneio
Início do Campeonato Carioca-1963, no Maracanã, o Vasco escalou time reserva
e foi eliminado no primeiro jogo. 30.06.1963 - Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Gols: Célio, a 1 minuto;
Saulzinho, aos 35 do 1º aos 26 do 2º tempo, e Sabará, aos 31 da mesma fase
final. Vasco: Humberto; Joel Felícoo, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Ronaldo. OBS: o gol de Célio é um dos mais rápidos da
história do futebol vascaíno. Ele voltava a time após quatro partidas de
fora. 07.07.1963 - Vasco 1 x 2 Campo Grande. Campeonato Carioca.
Estádio: Ítalo Del Cima-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gol: Sabará. Detalhe:
Joel Felício marcou gol-contra.
Vasco: Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão e
Lorico; Sabará, Saulzinho, Célio e Mário Tilico. 14.07.1963 - Vasco 5 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca.
Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gols: Maurinho,
aos 7; Lorico, aos 11, Altamiro, aos 15 do 1º tempo, e Célio, aos 18 e aos 27
da etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Maranhão
e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e Maurinho. OBS: Maurinho é o mesmo
da ponta-direita da Seleção Brasileira da estreia de Pelé, em 1957. 28.07.1963 – Vasco 1 x 3 Fluminense. Campeonato Carioca.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Público: 63.168. Renda:
Cr$ 17.006,300,00. Gol: Célio, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico; Sabará, Altamiro, Célio e
Maurinho. 04.08.1963 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 5.353,360,00. Gols: Célio, aos
25, e Altamiro, aos 31 min do 2º tempo. Vasco: Humberto Torgado; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Maranhão; Joãozinho, Altamiro,
Célio e Mário Tilico. 10.08.1963 – Vasco 1 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: arcana-RJ.
Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Gol: Célio, aos 37 min do 1º tempo. Vasco:
Humberto Torgado; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico;
Joãozinho, Altamiro, Célio e Maurinho. 18.08.1963 – Vasco 1 x 1 Madureira. Estádio: Conselheiro
Galvão-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Gol: Célio, aos 17 min do 2º tempo.
Vasco: Humberto, Joel Felício, Brito, Barbosinha e Dario; Écio e Lorico;
Joãozinho, Célio, Saulzinho e Maurinho. OBS: por o atleta
Jalmir, do Madureira, estar inscrito, também, na Federação Fluminense de
Futebol, o jogo foi anulado, pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação
Carioca de Futebol, levando os dois times a se reenfrentarem no dia 25 de
setembro, quando os vascaínos mandaram 2 x 1. 24.08.1963 - Vasco 0 x 0 Flamengo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Aírton Vieira de Moraes. Público: 69.550. Renda: Cr$ 21.448,760,00.
Vasco: Ita, Joel Felício, Brito, Barbosinha, Dario, Écio, Lorico,
Joãozinho, Célio, Saulzinho e Sabará. 03.09.1963 - Vasco 0 x 2 Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz:
Claudio Magalhães. Renda: Cr$ 5.326.688,00. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito e Dario; Ecio e Barbosinha; Joãozinho, Célio, Saulzinho, Lorico e
Sabará. 06.09.1963 - Vasco 3 x 0 Bonsucesso. Estádio: São Januário-RJ.
Juiz: Waldemar Meireles. Gols: Lorico, aos 41 min do 1º tempo; Maurinho, aos
20, e Célio, aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Maurinho. 08.09.1963 – Vasco 0 x 1 Ypirnga-BA. Amistoso. Estádio: Fonte
Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute Vieira França. Vasco: Ita (Marcelo
Cunha), Paulinho de Almeida (Joel Felício), Fontana Russo e Juraci
(Barbosinha); Maranhão e Milton; Joãozinho, Altamiro, Durvalino e Maurinho
(Odmar). OBS: Sulxinho r Célio não entram nesta escalação porque o
treinador Jorge Vieira usou vários reservas. 15.09.1963 – Vasco 0 x 1 São Cristóvão. Campeonato Carioca.
Estádio: de São Januário. Juiz: Antônio Viug. Vasco: Ita; Joel Felício,
Brito, Russo e Dario; Écio e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Sabará e
Maurinho. OBS: 1 – o placar derrubou o treinador Jorge Vieira,
substituído por Oto Glória, até 10 de novembro. Depois, este passou o cargo a
Eduardo Pelegrini, que ficou, de 15 de novembro e 14 de dezembro; 2 -
de 8 de setembro até 14 de dezembro, último prélio do calendário-1963,
Saulzinho esteve fora do time, pelas nove vezes em que Oto Glória o dirigiu,
e em mais cinco sob o comando de Eduardo Pelegrini. Só voltou, em 26 de
janeiro de 1964, substituindo Célio, em partida amistosa – ver ficha técnica
da data. 21.09.1963 – Vasco 1 x 1 Bangu. Campeonato Carioca. OBS:
1 - início do comando de Oto Glória, sem Saulzinho e Célio, que não atuaram,
também, em 25.09.1963 – Vasco 2 x 1 Madureira -, e em 29.09.1963 – Vasco 1 x
0 Portuguesa-RJ. 06.10.1963 – Vasco 1 x 1 Campo Grande. Campeonato Carioca.
Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Gol: Célio, aos 16
min do 1º tempo. Vasco: Ita (Humberto Torgado: Paulinho de Almeida, Brito,
Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão; Vevé, Lorico, Célio e Mário Tilico. 09.10.1963 – Vasco 0 x 0 Canto do Rio. Campeonato Carioca.
Estádio: da Rua Bariri-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes. Vasco: Humberto
Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e Barbosinha; Écio e Maranhão;
Sabará, Lorico, Célio e Mário Tilico. 20.10.1963 – Vasco 0 x 2 Fluminense. Campeonato Carioca.
Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.255. Renda: Cr$
8.664.618,00. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e
Pereira; Ocimar e Lorico; Joãozinho, Altamiro, Célio e
Milton. 26.10.1963 – Vasco 2 x 2 América. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Gama de Castro. Renda: Cr$ 1.555.876,00. Gols:
Célio, aos 6 e aos 16 min do 2 º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Da Silva. 03.11.1963 – Vasco 2 x 0 Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de
São Januário-RJ. Juiz: Antônio Viug. Gols: Lorico, aos 28 do 1º e Célio a 1
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito. Barbosinha e
Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. 10.11.1963 – Vasco 4 x 1 Madureira. Campeonato Carioca. Estádio:
de São Januário. Juiz: Wilson Lopes de Sousa. Gols: Célio, aos 2 e aos 4, e Da
Silva, aos 25 do 1º tempo, e Joãozinho, aos 31 da etapa final. Vasco: Marcelo
Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Llorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 15.11.1963 – Vasco 3 x 4 Flamengo. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Amílcar Ferreira. Público: 33.373. Renda: Cr$
10.506.590,00. Gols: Célio, aos 9, e Mário Tilico, aos 16 min do
1º tempo, e aos 15 da etapa final. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida,
Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico. Joãozinho, Mário Tilico,
Célio e Da Silva. OBS: 1 – a partir daquele chamado
“Clássico dos Milhões”, o time cruzmaltino passou a ser comandado por Eduardo
Pelegrini, substituindo Oto Glória. 22.11.1963 – Vasco 1 x 1 Botafogo. Campeonato Carioca. Estádio:
Maracanã-RJ. Juiz: Antônio Viug. Público: 7.448. Renda: Cr$
1.725.858,00. Gol: Mário Tilico, aos 7 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e
Lorico; Maranhão, Mário Tilico, Célio e Da Silva. OBS:
Maranhão na ponta-direita? Na verdade, Pelegrini armou o time no esquema
tático 4-3-3, com o apoiador fechando o meio-de-campo e deixando só o Tilico
e Célio mais ofensivos. 01.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bonsucesso. Campeonato Carioca.
Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Gols: Milton, aos 18 do 1º tempo, e Mário Tilico, aos 36 da
etapa final. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Paulinho de Almeida, Brito,
Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio
e Da Silva. 07.12.1963 – Vasco 1 x 1 São Cristóvão. Campeonato
Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo-RJ. Juiz: José Monteiro. Gol:
Célio, aos 15 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Paulinho de Almeida,
Brito, Fontana e Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico,
Célio e Ede. 14.12.1963 – Vasco 2 x 0 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Gols: Lorico, aos 14, e Mário Tito (contra),
aos 35 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton, Mário Tilico, Célio e
Ede. OBS: Brito, expulso de campo no jogo anterior, atuou porque à
época não havia suspensão automática.
10 TEMPORADA-1964 O Vascoco da Gama iniciou a
temporada com dois amistosos, vencendo um e empatando o outro, com times
mineiros. Em seguida, começou o Torneio Rio-São Paulo, empatando, novamente.
A seguir, levou dois tombos, para se recuperar com uma virada de placar,
no paulistano Pacaembu, a 13 minutos do final da partida em que chegou a ter
dois gols de desvantagem. Após aquele grande resultado, mais um empate e uma
vitória. O time andava muito irregular. Nos três jogos seguintes, perdeu dois
e empatou um, Enfim, encerrou a sua participação no torneio interestadual com
apenas duas vitórias, em nove jogos, nos quais marcou 10 gols e levou 14
gols. No Campeonato Carioca, apresentou-se com time forte no papel, mas
ficou devendo no gramado. Terminou em sexto lugar, com 11 vitórias, sete
empates e seis escorregadas. Seu ataque funcionou bem por 44 vezes, enquanto
a defensiva bobeou em 26. Nesses jogos, Eduardo Pelegrino dirigiu a
equipe nos dois primeiros compromissos. O já veterano lateral-direito
Paulinho de Almeida o substituiu nas três partidas seguintes, e passou o
cargo para Davi Ferreira, o Duque. Nos seis primeiros jogos da
temporada, Saulzinho entrou, em quatro oportunidades, no lugar de Célio. Toda
a história de 1964 ficou desse jeito: 26.01.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-MG. Amistoso. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz: Nuno Álvarez Ribeiro. Público: 5.254. Gol: Célio (pen), aos 11 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida (Joel Felício), Brito, Barbosinha e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva. 27.02.1964 – Vasco 1 x 0 Cruzeiro-MG.
Amistoso. Estádio: da Alameda-BH; Juiz: Alcebíades Magalhães Dias. Gol:
Célio, aos 19 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Paulinho de Almeida (Joel
Felício), Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Odmar (Maranhão) e Lorico;
Joãozinho (Vadinho), Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da
Silva. 06.03.1964 - Vasco 1 x 2
Guarani-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Defensores
del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Juiz: Wenceslao Zarate. Gol: Mário Tilico aos
5 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Maurinho (Saulzinho), Mário Tilico,
Célio e Da Silva. 08.03.1964 - Vasco 1 x 1
Racing-ARG. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio: Manuel
Ferreira, em Assunção-PAR. Juiz: Rodolfo Perez Osorio. Gol: Célio (pen), aos
4 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Odmar e Lorico; Milton (Maranhão), Mário Tilico (Altamiro),
Célio (Saulzinho) e Da Silva. 10.03.1964 - Vasco 1 x 2 Cerro
Porteño-PAR. Quadrangular Internacional de Assunção. Estádio Defensores del
Chaco, em Assunção-PAR. Juiz: Salvador Valenzuela. Gol: Mário Tilico, 1
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha
e Pereira; Odmar (Maranhão) e Lorico; Milton (Maurinho), Mário Tllico,
Célio e Da Silva (Saulzinho). OBS: primeira expulsão de campo de
Saulzinho, como vascaíno, aos 44 min do segundo tempo. 14.03.1964 – Vasco 0 x 0 Fluminense.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Flávio de
Magalhães. Público: 20.118. Renda: Cr$ 9.607.410,00. Vasco: Marcelo Cunha;
Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Odmr (Maranhão) e Lorico; Milton,
Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Da Silva. 21.04.1964 – Vasco 1 x 3 Flamengo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Teixeira Portela
Filho. Público: 27.659. Renda: Cr$ 12.283.208,00. Gol: Célio (pen), aos 18
min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Ita); Joel Felício, Brito, Barbosinha
e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Milton (Da Silva), Mário Tilico, Célio
e Ramos. OBS: pela primeira vez na temporada, Saulzinho não foi
escalado. 29.03.1954 – Vasco 0 x 2 Santos.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Aírton Vieira de
Moraes. Público: Renda: Cr$ 4.423.200,00. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício,
Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Zezinho, Mário Tilico (Sabará),
Célio e Ramos (Saulzinho). OBS: Pelé não atuou pelo time santista. 04.04.1964 – Vasco 3 x 2 Palmeiras –
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP. Juiz: Antônio Viug. Público:
Renda: Cr$ 10.709.800,00. Gols: Zezinho, aos 41, e Lorico, aos 44 min do 1º
tempo, e Célio, aos 23 do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito,
Barbosinha (Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico; Joãozinho,
Zezinho, Célio e Sabará (Saulzinho). 12.04.1964 – Vasco 1 x 1 São Paulo.
Torneio Reio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
9.923. Renda: Cr$ 3.992.965,80. Gol: Lorico, os 25 min do 1º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e Lorico
(Ramos); Joãozinho (Mário Tilico), Zezinho, Célio e Sabará. OBS:
segundo jogo da temporada sem Saulzinho no
time. 15.04.1964 – Vasco 1 x 0 Botafogo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela.
Público: 18.774. Renda: 8.606.148,00. Gol: Célio, aos 32 min do 2º
tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar
(Barbosinha) e Lorico; Milton, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: 1 - o
Botafogo tinha um dos ataques mais fortes do futebol brasileiro, com
Garrincha, Gérson, Quarentinha, Jairzinho e Zagallo; 2 – terceiro jogo da
temporadas sem Saulzinho no time vascaíno. 19.04.1964 – Vasco 0 x 0 Atlético-MG.
Amistoso. Estádio: Independência-BH. Juiz: Elmo Sanches. Público: 5.588.
Renda: Cr$ 2.235.200,00. Vasco: Marcelo; Massinha, Brito, Fontana e Pereira;
Odmar (Milton) e Lorico; JoPãozinho, Zezinho, Célio (Altamiro) e Sabará
(Ramos). OBS: quarta ausência de Saulzinho na temporada. 21.04.1964 – Vasco 2 x 2 Villa
Nova-MG. Amistoso. Estádio: do bairro Barro Preto-BH. Juiz: Alcebíades
Magalhães Dias. Público: 3.159. Gols: Zezinho, aos 27, e Lorico, aos 42 min do
2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira
(Barbosinha); Milton (Odmar) e Lorico; Joãozinho, Altamiro e Sabará
(Ramos). OBS: 1 - quinta ausência de Saulzinho e primeira de Célio na
temporada. 23.04.1964 - Vasco 0 x 0
Siderúrgica-MG. Amistoso. Estádio: da Praia do Ó, em Sabará-MG. Juiz: Elmo
Sanches. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar e
Lorico (Milton); Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará. OBS: sexta
ausência de Saulzinho. 26.04.1964 - Vasco 1 x 0 Valério
Doce-MG. Amistoso. Estádio: Israel Pinheiro, em Itabira-MG. Juiz:
Joaquim Gonçalves da Silva. Gol: Lorico, aos 35 min do 2º tempo. Vasco:
Marcelo Cunha (Ita); Massinha, Brito, Fontana e Pereira; Odmar (Milton) e
Lorico; Joãozinho, Zezinho, Célio e Sabará (Altamiro). OBS: sétima
ausência de Saulzinho. 01.05.1964 - Vasco 3 x 2
Atlético-PR. Amistoso. Estádio: Couto Pereira, em Curitiba. Juiz: Kalil
Karam Filho. Gols: Lorico, aos 25 do 1º tempo; Célio, aos 6, e Lorico,
aos 13 da fase final. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha, Brito, Fontana e
Pereira; Odmar (Barbosinha) e Lorico; Joãozinho (Saulzinho), Zezinho, Célio e
Sabará (Da Silva). OBS: após seis jogos sem atuar, Saulzinho voltou
ao time. 03.05.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela
Filho. Gol: Odmar (pen), aos 40 min do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha;
Massinha, Brito, Fontana (Barbosinha) e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho
(Sabará), Saulzinho, Célio (Da Silva) e Zezinho. OBS: desde
06.09.1963 que Saulzinho e Célio não iniciavam uma partida juntos. 06.05.1964 – Vasco 0 x 1 Corinthians.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Púbico:
2.629. Renda: Cr$: 1.036.718,00. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha (Joel
Felício), Brito, Fontana e Pereira; Odmar e Lorico; Joãozinho (Altamiro),
Saulzinho (Sabará), Célio e Zezinho.
09.05.1964 – Vasco 3 x 3
Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: do Pacaembu-SP.
Juiz: Antônio Viug. Renda: Cr$ 919.900,00. Gols: Barbosinha, aos 41 min do 1º
tempo; Altamiro, aos 19, e Zezinho, ao 27 da etapa final. Vasco: Ita; Joel
Felício, Brito, Fontana (Milton) e Pereira; Barbosinha (Altamiro) e Lorico;
Joãozinho, Odmar (Maranhão), Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho
desfalcou o time e Célio foi expulso de campo, aos 6 min do 2º tempo, por
brigar com um adversário. 14.06.1964 – Vasco 1 x 0 Bangu.
Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Luciano Segismundo. Gol: Célio,
aos 18 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício. Brito, Barbosinha e
Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho (Jorge Laurindo), Saulzinho, Célio e Da
Silva (Altamiro). 18.06.1964 – Vasco 2 x 1 Bangu.
Amistoso. Estádio: Proletário, em Moça Bonita-RJ. Juiz: Jorge Paes Leme.
Gols: Lorico, aos 2 min do 1º tempo, e Maranhão (pen), aos 10 da etapa
complementar. Vasco: Lévis; Joel Felício (Massinha), Brito, Barbosinha e
Pereira; Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho (Altamiro), Célio e Sabará
(Milton). OBS: os dois times não disputavam amistosos desde 22
de janeiro de 1944, quando os vascaínos mandaram 9 x 2, em São Januário.
Nessa retomada, público pagante (pp) e renda foram insignificantes,
respectivamente, 2.093 (pp) e Cr$ 793.450.00, no primeiro encontro, e 1.780
(pp) e Cr$ 619.500,00, no segundo, o que demonstrava que o torcedor carioca
da época só se interessava por grandes jogos e competições famosas. 21.06.1964 – Vasco 2 x 0 Rio
Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: Mauro
Guimarães. Gols: Maranhão (pen), aos 8 min do 1º tempo, e Saulzinho, aos 32
da segunda etapa. Vasco: Lévis; Massinha, Brito, Barbosinha e Pereira;
Maranhão e Lorico; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
primeiro gol de Saulzinho, em 1964. 25.06.1964 – Vasco 3 x 0 Villa
Nova-MG. Amistoso. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Gols: Zezinho, aos 15 do 1º e aos 10 do 2º tempo, e Saulzinho, aos 18 da
segunda etapa. Vasco: Lévis (Marcelo Cunha); Massinha, Brito, Barbosinha
(Fontana) e Pereira; Maranhão (Odmar) e Lorico (Milton); Zezinho (Joãozinho),
Saulzinho (Altamiro), Célio e Da Silva (Joel). OBS: 1 – segundo gol
de Saulzinho na temporada; 2 – a marcação do jogo foi muito criticado pela
torcida vascaína, pois o Villa não tinha torcida no Rio de Janeiro, onde só
havia jogado (e perdido para o Almirante) em três longínquas ocasiões: 19 de
dezembro de 1953; em 17 de outubro de 1944 e 13 de julho de 1930. O jogo de
1964 só teve 1.215 pagantes e renda de Cr$ 552,000,00, que não cobriu os
custos das partida. 28.05.1964 – nesta data, em tarde de
domingo, no Maracanã, na presença de 17.231 pagantes, o Vasco das Gama
disputou o Torneio Início do Campeonato Carioca, ficando no 0 x 0 América e
sendo eliminado nas cobranças de pênaltis. Armando Marques apitou e o time
vascaíno alinhou: Lévis; Massinha Brito, Barbosinha e Russo; Maranhão e
Milton; Zezinho, Saulzinho, Célio e Da Silva. 04.07.1964 – Vasco 1 x 2 América.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã. Juiz: Gualter Portela Filho. Público:
15.175. Gol: Maranhão, aos 3 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Massinha, Brito,
Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Saulzinho, Célio e Da
Silva. 12.07.1964 – Vasco 2 x 2 Campo
Grande. Campeonato Carioca. Estádio: Ítalo del Cima-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiroz. Gols: Célio, aos 5, e Joãozinho, aos 33 min do 1º tempo.
Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Maranhão e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: após cinco
partidas, a dupla Saulzinho-Célio era interrompida. 19.07.1964 – Vasco 1 x 1 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 16.581. Gol: Célio, aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e Lorico; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: Saulzinho
continuou de fora. 23.07.1964 – Vasco 1 x 2
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: das Laranjeiras-RJ. Juiz: Cláudio
Magalhães. Público: 4.744. Gol: Mário Tilico, a 1 min do 1º
tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Pereira; Zé Carlos e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
foi neste jogo que nasceu o termo “zebra” para resultados improváveis. Os
vascaínos eram os favoritos, pois não perdiam da Portuguesa-RJ desde 1º de
novembro de 1958. Como não atuou nesta partida, Saulzinho brincava, dizendo:
“Não montei na zebra”. 25.07.1964 – Vasco 0 x 2
Nacional-URU. Amistoso: Estádio: Centenário, em Montevidéu-URU. Público:
13.286. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito Fontana (Barbosinha) e Pereira; Zé
Carlos (Maranhão) e Lorico; Altamiro, Mário Tilico, Célio
(Joãozinho) e Zezinho (Saulzinho). 09.08.1964 – Vasco 3 x 3 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Figueira de Melo. Juiz:
Gualter Portela Filho. Gols: Mário Tilico, aos 2 e aos 43 minutos
do 1º tempo, e Célio, aos 13 da segunda fase. Vasco: Marcelo Cunha; Massinha
Fontana, Barbosinha e Pereira; Odmar e Maranhão; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. OBS: 1 - a “zebra” diante da Portuguesa-RJ e a
“pisada na bola” no Uruguai derrubaram o treinador Duque, que foi substituído
pelo antigo zagueiro vascaíno Ely do Amparo; 2 - Saulzinho não esteve
presente nas duas partidas “derrubadeiras”; 3 – segundo empate cruzmaltino,
por 3 x 3, na temporada. Antes, em nove de maio, com a Portuguesa de
Desportos, pelo Torneio Rio-São Paulo, no paulistano Pacaembu. 13.08.1964 – Vasco 3 x 0 Porto-POR.
Amistoso. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público: 20.914.
Renda: Cr$ 18.532.934,00. Gols: Da Silva, aos 45 min do 1º tempo; Saulzinho,
aos 7, e Mário Tilico, aos 33 da 2ª fase. Vasco: Marcelo Cunha;
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Alcir Portela;
Zezinho (Joãozinho), Mário Tilico, Saulzinho (Altamiro) e Da
Silva. OBS: pela primeira vez na temporada, Célio desfalcava o
time. 16.08.1964 – Vasco 3 x 0 Bonsucesso.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário: Juiz: Joé Monteiro. Público:
6.440. Gols: Mário Tilico, aos 13 e aos 22, e Zezinho, aos 24, todos do 2º
tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Alcir; Zezinho, Mario Tilico, Célio e Da
Silva. 19.08.1964 – Vasco 0 x 2 Botafogo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Federico Lopes. Público:
290.739. Renda: Cr$ 12.047.074,80. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio
e Da Silva. 23.08.1964 - Vasco 2 x 1
Olaria. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro.
Público: 3.042. Gols; Zezinho, aos 12, e Mário Tilico, aos 31,
ambos do 2º tempo. Vasco: Marcelo Cunha; Joel Felício, Caxias, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da
Silva. 27.08.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Gol: Célio
(pen), aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Marcelo Cunha (Lévis); Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Alcir; Zezinho, Mário Tilico, Célio
e Ronaldo. OBS: o goleiro Marcelo Cunha apresentou duas falhas
inacreditáveis, brigou com o treinador Ely do Amparo, saiu de campo aplaudido
pelos mais de 44 mil pagantes e encerrou a careira naquele momento. Depois
daquilo, estudou e graduou-se em Engenharia. 30.08.1964 – Vasco 1 x 1 Atlético-GO.
Amistoso: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Antônio Cândido de
Oliveira. Gol: Maranhão, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício,
Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Alcir); Zezinho,
Mário Tilico (Altamiro), Célio e Ronaldo. 01.09.19674 – Vasco 1 x 0
Atlético-GO. Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel
de Souza Diniz. Gol: Célio, aos 38 min do 2º tempo. Vasco: Lévis (Miltão);
Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Odmar) e Lorico;
Zezinho, Mário Tilico, Célio e Ramos. 06.09.1964 – Vasco 2 x 0 Canto do
Rio. Campeonato Carioca; Estádio; São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles.
Gols: Mário Tilico, aos 30 do 1º tempo e aos 17 da segunda
etapa. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Pereira; Maranhão e
Lorico; Zezinho, Mário Tilico, Célio e Da Silva. 13.09.1964 – Vasco 1 x 0 Fluminense.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz. Público:
49.288. Renda: Cr$ 22.586. 384,00. Gol: Célio, aos 20 min do 2º tempo. Vasco:
Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Da Silva. OBS: após sete jogos, a dupla Saulzinho-Célo
voltava a ser escalada. 20.09.1964 –Vasco 0 x 0 Madureira.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Waldemar Meireles.
Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS: esde o
início do donfronto, em 1935, terceiro 0 x 0 vascaíno com o “Madura”. O
segundo havia sido, em 1962, com Saulzinho em campo. 27.09.1964 – Vasco 2 x 0 América. Campeonato
Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 54.626. Renda:
Cr$ 30.592.116,00. Gols: Célio (pen), aos 39 min do 1º tempo e aos 41 da
etapa final. Vasco: Ita; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão
e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Da Silva. OBS:
a renda foi citada para efeitos históricos e porque o América da época era
“grande” no futebol lcarioa. 01.10.1964 – Vasco 2 x 0 Campo
Grande. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Gomes
Sobrinho. Gols: Célio, aos 7, e Saulzinho, aos 23 do 1º tempo. Vasco: Ita
(Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário
Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: desde 30 de junho de1963, em
Vasco 4 x 1 Portuguesa-RJ, no Maracanã, pelo Campeonato Carioca, que
Saulzinho e Célio não marcavam gols em uma mesma partida. Naquele dia, Célio
bateu na rede a 1 minuto e Saulzinho aos 35 do 1º e aos 26 do 2º tempo. 04.10.1964 – Vasco 2 x 2 Bangu.
Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José Monteiro.
Público: 8.407. Gols: Mario Tito (contra)
aos 11, e Mário Tilico, aos 15. Vasco: Ita; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: a renda não citada porque o Bangu não
fazia parte do dos ‘grandes” cariocas. 07.10.1964 – Vasco 2 x 0
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: Gualter
Portela Filho. Público: 2.774. Gols: Zezinho aos 16, e Mário Tilico,
aos 11, um em cada etapa. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Caxias, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 11.10.1964 – Vasco 1 x 0 Paysandu-PA.
Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz: Fernando de
Jesus Andrada. Gol: Lorico, aos 2 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: o local da partida é chamado por
“Estádio do Sousa” por ficar no bairro de Sousa. O homenageado é um
ex-presidente, Francisco Moreira Vasques, o Chico Vasques. 14.10.1964 – Vasco 3 x 1 Tuna
Luso-PA. Torneio Francisco Vasques. Estádio: do Sousa, em Belém-PA. Juiz:
Sena Muniz. Gols: Célio (pen), aos 32 min do 1º tempo; Morais (contra), aos
12, e Zezinho, aos 40 da etapa final. Vasco: Lévis (Miltão); Massinha,
Caxias, Fontana (Russo) e Barbosinha (Pereira); Alcir e Lorico; Joãozinho,
Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Nivaldo (Zezinho). 17.10.1964 – Vasco 3 x 2 Remo-PA.
Torneio Francisco Vasques. Estádio: Curuzu, em Belém-PA. Juiz: Antônio
Magalhães. Gols: Célio, aos 21 e Mário Tilico, aos 30 min do 1º tempo, e
Fontana, aos 40 da etapa final. Vasco: Miltão; Massinha (Joel Felício),
Caxias, Fontana e Barbosinha; Alcir e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico,
Célio (Saulzinho) e Zezinho: OBS: 1 -Vasco campeão e terceiro título
cruzmaltino da dupla Saulzinho-Célio. Antes, dos torneios internacionais do
México e do Chile, ambos em 1963; 2 – o estádio foi chamado por Curuzu em
alusão à Batalha de Curuzu, em 1866, durante guerra do Brasil contra o
Paraguai. O nome oficial era Leônidas de Castro Sodré. 18 de outubro de 1964 – Vasco 3 x 2
Robinhood-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo. Gols: Célio,
Lorico e Zezinho. Vasco: Miltão. Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e
Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: o
Sport Vereniging Robinhood existia desde 1945 no menor país sul-americano e
que teve colonização holandesa. 20.10.1964 – Vasco 1 x 1
Transvaal-SUR. Amistoso. Estádio: de Suriname, em Paramaribo-SUR. Gol: Célio.
Vasco: Miltão; Massinha, Caxias, Fontana e Pereira; Alcir e Lorico;
Joãozinho, Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho. OBS:
terceira vez naquela excursão, de cinco jogos, em que Saulzinho substituiu
Célio. 25.10.1964 – Vasco 4 x 2 São
Cristóvão. Campeonato Carioca. Estádio: de São Januário-RJ. Juiz: José
Monteiro. Público: 5.532. Gols: Zezinho, aos 3. Saulzinho, aos 22 e aos 26, e
Mário Tilico, aos 42 min do 1º tempo. Vasco: Miltão; Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho. 31.10.1964 – Vasco 4 x 2
Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de
Queiroz. Gols: Zezinho, aos 17; Célio, aos 35 min da 1ª e aos 9 da etapa
final, e Saulzinho, aos 23 da mesma fase. Vasco: Miltão; Joel Felício,
Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho. 07.11.1964 –Vasco 0 x 2 Botafogo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público:
43.401. Renda: Cr$ 23.163.894,50. Vasco: Miltão: Joel Felício, Caxias,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho,
Célio e Zezinho. 13.11.1964 – Vasco 5 x 0 Olaria.
Campeonato Carioca. Estádio: General Severiano-RJ. Juiz: José Teixeira de
Carvalho. Público: 5.479. Renda; CR$ 1.744.000,00. Gols: Marcos (contra), aos 3; Célio, aos 5 do 1º
(pen), aos 15 e aos 30 do 2º, e Saulzinho, aos 11 min do 1º tempo. Vasco:
Lévis (Ita); Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 15.11.1964 – Vasco 2 x 0
Itaperuna-RJ. Amistoso, em Itaperuna. Juiz: Geraldino César. Gols:
Mário é aos 28 min do 1º e Célio , aos 2 do 2º tempo. Vasco:
Lévis (Ita); Joel Felício, (Massinha), Caxias (Brito), Fontana (Russo) e
Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho,
Célio (Clemente) e Zezinho (Da Silva). OBS: em 1964, o adversário
vascaíno chamava-se Porto Alegre e só chegou à Série A do futebol-RJ em 1987.
Duas temporadas depois, trocou de nome, adotando o de sua cidade. 22.11.1964 – Vasco 1 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 52.297. Renda: Cr$ 24.347.6546,00. Gol: Célio, aos 17 min do 2º
tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 29.11.1964 – Vasco 3 x 1 Canto do
Rio. Campeonato Carioca. Estádio: Caio Martins, em Niterói-RJ. Juiz: Waldemar
Meireles. Gols: Zezinho, aos 6; Lorico, aos 15, e Maranhão, aos 41 min, todos
do 2º tempo. Vasco: Lévis (Ita); Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Zezinho, Célio e Da Silva. OBS:
após seis escalações sucessivas, o treinador Ely do Amparo separou a dupla
Saulzinho-Célio. 06.12.1964 – Vasco 1 x 1
Fluminense. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de
Carvalho. Público: 69.639. Renda: Cr$ 40.843. 509,00. Gol: Zezinho, aos 8 min
do 2º tempo. Vasco: Ita;|Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão
e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho Célio e Zezinho. 12.12.1964 – Vasco 1 x 1 Madureira.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Conselheiro Galvão-RJ. Gol: Célio, aos 35
min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Quincas; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. 11
TEMPORADA 1965 Nada melhor do que iniciar
campanha carregando um caneco. Fez a dupla Saulzinho-Célio, vencendo o seu
primeiro desafio do calendário-1965, o I Torneio
Internacional do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, entre 18 e 21 de
janeiro, tendo por participantes, além do Vasco da Gama, o espanhol Atlético
de Madrid, a seleção da então Alemanha Oriental e o Flamengo. O Almirante
arrancou para o título vencendo os alemães orientais, por 3 x 2, com gols de
Célio (2) e de Maranhão, e disputaram o título no Clássico dos Milhões,
durante a noite de 21 de janeiro, uma quinta-feira, no Maracanã, diante de
59.814 pgantes. O Flamengo, que mandara 1 x 0 nos madrilenhos e era
vice-campeão carioca-1964, aparecia como favorito, por ter pela frente
cruzmaltinos que vinham com sua equipe sendo arrumada pelo treinador Zezé
Moreira. Mas nada daquilo pesou diante da Turma da Colina, que fez
grande final, goleando o rivalaço, por 4 x 1, com Saulzinho
e Célio marcando dois gols, cada um, e sendo os grandes nomes da partida. Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão,
Fontana e Barbosinha (em pé, da esquerda para a direita); Mário Tilico, Saulzinho,
Célio, Lorico e Zezinho (agachados, na mesma ordem|).
Após conquistar aquela competição, o
Vasco da Gama saiu para fazer nove amistosos longe de São Januário, os
chamados “me dá um dinheiro aí”, apelidados, também, por “caça-níqueis”.
Em todos, o treinador Zezé Moreira acionou a dupla Saulzinho-Célio, tendo o
paulista marcado cinco tentos e o gaúcho dois. A seguir, o Torneio Rio-São
Paulo. Com um gol de Saulzinho - sobre o Fluminense - e sete de
Célio - contra Palmeiras, Botafogo, América (2), Flamengo e São Paulo - os
dois artilheiros saíram vice-campeões da disputa, em 16 jogos, com 24 gols
marcados, em sete vitórias e seis empates (só três escorregadas) na
competição teve 10 times divididos em dois grupos regionalizados, em turno
único, com prélios dentro das chaves, eliminando-se os últimos colocados e
com fase final de oito equipes e um só turno. Para ser vice-campeão, o Vasco
da Gama totalizou os mesmos 17 pontos de Botafogo, Flamengo e Portuguesa,
pelo saldo de gols. Saulzinho e Célio só não atuaram juntos em quatro dos 16
compromissos. A próxima competição que
deveria ter juntos Saulzinho e Célio não viu isso acontecer. Naquela
temporada em que tudo era festa na Cidade Maravilhosa, a Federação Carioca de
Futebol criou um torneio para o campeão ser o seu representante na Taça
Brasil, disputada por campeões regionais e abriando vaga à Taça Libertadores
da América. O tchê, no entanto, não atuou nesta
disputa, só voltando a jogar durante a estreia vascaína no Campeonato
Carioca (ver ficha técnica, adiante), passados 25 dias após o final da
Taça GB. Disputada, inicialmente, por
seis times – América, Bangu, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama,
com americanos e banguenses eliminados ao final da etapa – houve,
depois, duas rodadas de mata-mata, classificando vascaínos e
botafoguenses à disputa do troféu, durante a tarde de 5 de setembro, n
Maracanã, quando o Vasco da Gama mandou 2 x 0 Botafogo. Em oito partidas,
a Turma da Colina ganhou seis, empatou uma e caiu só em uma,
totalizando 15 gols pró e cinco contra. Além de carregar o caneco, o Almirante,
teve direito, ainda, à Taça Ari Franco, pelo ataque mais positivo - Célio (6
gols), Mário Tilico (4), Oldair (2), Luisinho Goiano (2) e
Paulistinha (Botafogo/contra)
fizeram a sua artilharia. Pra completar, os vascaínos participaram dos
recordes de público – 120 mil – e de renda – Cr$ 72.927.380,00 – na
final. Caneco na prateleira da Colina,
Saulzinho e Célio, depois, foram disputar o Torneio Início do Campeonato Carioca-1965,
no Maracanã, um festival de futebol antecedendo à primeira rodada do Estadual
- jogos de 15 minutos, por etapa, e final em tempo dobrado. Eles rolaram a
bola no 7 de setembro, jornada de responsabilidades extras para Saulzinho.
Escolhido batedor de pênaltis do time (em caso de empates), ele fez o “dever
de casa”, em Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ, transformando-o em Vasco 3 x 0 -
o centroavante Benê levou as glórias da partida seguinte, mas, na terceira, a
viagem do Almirante ficou pelo caminho, sem o Saul em
campo. Para encerrar a temporada, o
Vasco foi para o Campeonato Carioca, levando o respeito de ter vencido a I
Taça Guanabara. No entanto, tempinho depois de a bola rolar, a Revista
do Esporte - Nº 356, de 18 de setembro de 1965 - circulou com
chamada de capa esquisita: “Taça Guanabara fez mal ao time do Vasco”.
Para a semanária, a empolgação dos cartolas pelo título conquistado em
setembro fizera o clube desconsiderar os alertas do treinador Zezé Moreira,
para quem o “a equipe não estava certinha, sem qualquer ponto falho”. Tinha
razão o Seu Zezé. O seu time perdeu, surpreendentemente, muitos pontos e
despediu-se da disputa pela faixa de campeão - grande projeto do presidente
Manoel Joaquim Lopes -, exatamente, por não ouvir o seu treinador. Além
disso, a revista pôs na conta dos insucessos vascaínos a missão
de disputar a Taça Brasil, estafando Saulzinho, Célio e toda a rapaziada por
duas frentes de batalhas. Na verdade, a Revista do Esporte exagerava. Após os
2 x 0 Botafogo da final da Taça GB, o Vasco só disputou jogo oficial uma
semana depois (12.09). O terceiro prélio do mês rolou após
mais uma semana passada (19.09), e só em 3 e 10 de novembro, respectivamente,
entrou na Taça Brasil, para eliminar o Náutico-PE (2 x 2 e 1 x 0) e, depois,
decidir a competição, com o quase imbatível Santos de Pelé, em 1º e 8 de
dezembro, quando Saulzinho e Célio ficaram vice-campeões. Do Campeonato
Carioca, só mesmo 0 x 2 Bonsucesso (24.10) poderia ser visto por surpresa. Os
tropeços ante Flamengo – 1 x 2 (09.10) e 0 x 1 (28.12); Fluminense – 1 x 2
(07.11) – e Botafogo – 1 x 2 (04.12) – foram resultados normais, por terem
sido em clássicos em que a lógica nunca prevalece. Saulzinho e Célio terminaram o
Campeonato Carioca-1965, em quinto lugar, com o Vasco somando 15 pontos, de
sete vitórias, um empate, 24 gols pró e 17 contra, em 14 jogos, com
seis escorregadas. A dupla só foi acionada em quatro partidas
- contra Portuguesa (02.10); Botafogo (17.10); Bonsucesso (24.10) e Fluminense
(07.11) -, tendo o paulista sido o artilheiro do time, com sete gols – diante
de Fluminense (2), Botafogo (2), América, Portuguesa e Bonsucesso. Já o
gaúcho não balançou a rede na temporada que levou em conta a classificação de
1964, que rebaixou Campo Grande, São Cristóvão, Olaria e Madureira à Divisão
de Acesso, enquanto o Canto do Rio desligou-se da Federação Carioca de
Futebol. A Taça Brasil marcou a despedida
de Saulzinho do Vasco da Gama. Foi diante do Santos-SP, durante a noite do 1º
de dezembro de 1965, no paulistano Pacaembu, encerrando, também, a parceria
dele com Célio que, por sinal, foi o artilheiro do time naquela disputa, com
três gols, em quatro jogos. Saulzinho não renovou contrato, ao final de 1965,
porque a sua mulher não se dava bem no Rio de Janeiro. Preferiu voltar para
Bagé, onde encerrou a carreira, defendendo, mais uma vez, o Guarany
local. Concluiu a sua história vascaína vice-campeão da Taça Brasil, atuando
em dois jogos - outro na semifinal da quarta-feira 3 de novembro, no Estádio
dos Aflitos, em Recife, nos 2 x 2 Náutico-PE. Daquela vez, ele entrou em
campo no decorrer da partida, substituindo Luizinho Goiano. Em sua despedida do Vasco da
Gama, escalado pelo treinada Zezé Moreira, o gaúcho Saulzinho comemorou, com
um abraço no amigo Célio, o gol que este marcou, de pênalti, aos 37 minutos
do segundo tempo sobe os santistas, quando o parceiro ainda não sabia que
aquele seria o último jogo deles juntos - Gainete; Ari, Caxias, Ananias e
Oldair; Maranhão e Lorico (Luizinho Goiano); Zezinho, Saulzinho,
Célio e Danilo Menezes foi o último Vasco de Saulzinho. Antes daquele prélio, Saulzinho
havia marcado os seus dois últimos tentos vascaínos em amistosos contra o
português Benfica e o piauiense River. O penúltimo, testemunhado por 37.383
pagantes, aos 28 minutos do amistoso, abrindo o placar, em
chute com o pé direita, mandando a bola, pelo alto, à esquerda do goleiro
Costa Pereira (ler em Saulzinho x Eusébio). Seu último gol
vascaíno foi no domingo 29 de agosto do mesmo 1965, no Estádio Lindolfo Monteiro,
da piauiense Teresina. Naquele dia, ele saiu do banco dos reservas e bateu na
rede, aos 20 minutos do segundo tempo – ver fichas técnicas de
1965. Quanto ao duelo Saulzinho x Eusébio,
que era considerado um dos principais atacantes do planeta, aconteceu durante
a efervecentre de badalações dentro do IV Centenario carioca. Todos queriam
homenagear o Rio de Janeiro, entre os quais o Vasco da Gama que, para tal,
convidou o Benfica para um prélio de confraternização dos portugueses com a
colônia luso-brasileira, em 8 de julho de 1965, quando o Maracanã recebeu
38.838 pagantes para o amistoso Vasco x Benfica, base da seleção portuguesa,
com 10 titulares do time que, em 1966, ficaria em terceiro lugar na Copa do
Mundo disputada na Inglaterra. O prélio valeu a Taça Estácio de Sá, em
homenagem ao português primeiro governador do Rio de Janeiro. De um lado
- Costa Pereira; Augusto Silva, Germano, Raul e Cruz; Neto e Coluna; José
Augusto, Eusébio, Tôrres e Yaúc -, um time que assombrava a Europa;
do outro, um Vasco que, desde 1958 entrara em jejum de títulos. Tudo era
festa no Maracanã. O árbitro - Eunápio de Queirós - auxiliado por
Frederico Lopes e Guálter Potela Filho -, chamou para o meio do campo os
capitães Coluna e Barbosinha, que se cumprimentaram, sorteou a escolha de
lado a defender e mandou as feras se pegarem. O Benfica começou melhor e assim
o foi na maior parte da contenda, mostrando futebol objetivo, com todos
os setores do seu time bem coordenados. De sua parte, o Vasco se segurava.
Até os 27 minutos do primeiro tempo, Eusébio agitava as ofensivas do seu
time. No minuto seguinte, porém, Saulzinho recebeu a bola nas proximidades
da área fatal benfiquista, driblou Neto e, com um chute de
pé direito, pelo alto e à esquerda do goleiro Costa Pereira, abriu o placar.
O presidente vascaíno, Manoel Joaquim Lopes exultava-se, vendo o seu clube
vencendo o bicampeão português. Mas teve de se sacudir muito em sua cadeira,
pois os patrícios eram terríveis. Se não fosse o goleiro Carlos Gainete a
coisa seria bem complicada. A farra do Almirante
durou até os 44 minutos do primeiro tempo quando a pelota foi ao pés de
Eusébio, pelas imediações da trave vascaína. O craque português bateu na
pelota à meia altura, com muito efeito, iludindo o gaúcho Gainete, concunhado de Saulzinho e
que, depois da pugna, disse aos repórteres ter tido a impressão ver a bola chutada
por Eusébio indo para fora. Para o segundo tempo, os
portugueses trocaram o grandalhão Tôrres, por Pedras, no intervalo, enquanto
o Vasco esperou 17 minutos para tirar Luizinho Goiano e
mandar Benê à luta. O Benfica dominava, Gainete fazia defesas espetaculares
e, quando os cruzmaltinos atacavam, Germano era um leão no desarme. Mas
ficou só por aquilo. O Benfica ainda trocou Yaúca, por Serafim, aos 34, enquanto
o anfitrião, aos 40, lançou Oldair Barchi, em lugar de Lorico. Nada adiantou.
Tudo ficou pelo 1 x 1, mesmo. Como era festa luso-brasileiro-carioca, Manoel
Joaquim Lopes resolveu oferecer a taça ao Benfica. E reclamou da renda, de
Cr$ 56.258, 660, garantindo ter deixado o prejuízo de Cr$ 35 milhões de
cruzeiros (a moeda da época). Nenhum problema: “O importante é que o Vasco
empatou com a seleção portuguesa”, comemorava, graças ao gol de Saulzinho. Confira tudo o que os dois
artilheiros escrevram durante a temporada-1965: 17.01.1965 - Vasco 3 x 2 Seleção da
Alemanha Oriental. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiroz.
Público: 33.794,00 pagantes. Renda: Cr$ 19.701.493,00. Gols: Célio
(pen), aos 24 do 1º e aos 44 do 2º tempo, e Maranhão, aos 39, da mesma
etapa final. Vasco: Ita; Paulinho de Almeida, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e
Zezinho. OBS: 1 - o Muro
de Berlim que dividiu alemães em ocidentais e orientais, após a II Guerra
Mundial, só caiu em 1989, quando os orientais deixaram de ser da República
Democrática Alemã; 2 - no segundo semestre de 1965, no mesmo Maracanã, houve
um segundo torneio homenaageando o IV Centário do Rio de Janeiro, com a
participação do Fluminense, Palmeiras (campeão), Penãrol-URU e a seleção
paraguaia. 21.01.1965 - Vasco 4 x 1 Flamengo.
Estádio: Maracanã. Juiz: Armando Marques. Público: 59.814. Renda: Cr$
58.425,080,00. Gols: Célio, aos 39 e aos 42 do 1º tempo, e Saulzinho,
aos 24, e aos 33 min do 2º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Massinha), Brito,
Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Mário Tilico (Joãozinho),
Célio, Saulzinho e Zezinho. OBS: quarto título vascaíno conquistados
juntos por Saulzinho e Célio. Antes, haviam ganho torneios internacionais no
México e do Chile-1963 e o paraense Francisco Vasques, em 1964. 24.01.1965 – Vasco 1 x 0
Independente-MG. Estádio: de Porto Novo da Cunha-MG. Juiz: Adalberto Silva.
Gol: Célio, aos 39 min do 1º tempo. Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício (Massinha), Brito, Fontana
e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Saulzinho (Altamiro), Célio (Quincas) e Zezinho. OBS: forte chuva
obrigou o árbitro a encerar o amistoso aos 15 minutos do segundo tempo. 26.01.1965 - Vasco 4 x 1
Atlético-GO. Taça Gilberto Alves. Estádio: Pedro Ludovico, em
Goiânia-GO. Juiz: Antônio Dinis. Gols: Zezinho, aos 14; Célio, aos 22 min
do 1º tempo e aos 18 da fase final, e Saulzinho, aos 26 min da mesma fase.
Vasco: Ita (Lévis); Joel Felício, Brito, Fontana (Caxias) e Barbosinha; Maranhão
e Lorico (Quincas); Mário Tilico, Saulzinho, Célio (Da
Silva) e Zezinho. 31.01.1965 - Vasco 0 x 0 Flamengo-RJ.
Taça Gilberto Alves: Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: José
Botoso. Público: cerca de 35 mil. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho (Joãozinho),
Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. 04.02.1965 - Vasco 3 x 1 Sport
Recife. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucanas de Futebol.
Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino.
Renda: Cr$ 2.231.600,00. Gols: Saulzinho, aos 18 min do 1º tempo; Célio,
aos 12, e Lorico, aos 30 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito (Caxias), Fontana (Pereira) e Barbosinha; Maranhão e Lorico
(Quincas); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho (Joãozinho). OBS: Adelmar Carvalho é o nome oficial
do estádio. 07.02.1965 - Vasco 2 x 0 Santa
Cruz-PE. Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol.
Estádio: da Ilha do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Sebastião Rufino. Renda:
6.387.200,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 2 e aos 7 min
do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Quincas); Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 10.02.1965 - Vasco 1 x 1 Náutico.
Torneio Bodas de Prata da Federação Pernambucana de Futebol. Estádio: da Ilha
do Retiro, em Recife-PE. Juiz: Alfredo Bernardes Torres. Renda: Cr$
4.128.200,00. Gol: Célio, aos 14 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Caxias, Fontana e Barbosinha, Maranhão e Lorico, Luizinho Goiano,
Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS: quinto título cruzmaltinado conquistado
por Saulzinho e Célio. 14.02.1965
– Vasco 1 x 3 Corinthians. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz:
Cláudio Magalhães. Público: 33.786. Renda: Cr$ 25.860.700,00. Gol: Mário
Tilico, aos 46 min do 2º tempo. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e
Zezinho. 20.02.1965 – Vasco 2 x 1 Fluminense.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
35.239. Renda: Cr$ 20.183.760,00. Gols: Saulzinho, aos 27 do 1º tempo, e
Luizinho Goiano, aos 17 min da 2ª etapa. Vasco: Lévis; Joel
Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Pereira); Maranhão e Lorico (Qincas); Luizinho Goiano,
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 07.03.1965 – Vasco 1 x 4 Palmeiras.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público:
39.106. Renda: Cr$ 33.762. 810,00. Gol: Célio, aos 25 min do 2º tempo. Vasco:
Lévis; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair;
Luizinho Goiano, Lorico (Saulzinho), Célio e Zezinho. 14.03.1965 - Vasco 0 x 1
Cruzeiro-MG. Amistoso. Estádio Independência, em Belo
Horizonte-MG. Juiz: Doraci Jerônimo. Renda: Cr$ 5.600.000,00. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Barbosinha e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho
Goiano, Célio, Saulzinho (Mário Tilico) e Zezinho. OBS:
Gainete defendeu pênalti, cobrado por Tostão – um dos principais craques
brasileiro das décadas-1960/70 -, aos dois minutos do primeiro tempo. 17.03.1965 - Vasco 2 x 0
Remo-PA. Estádio: Evandro Almeida, em Belém-PA. Juiz: Teodorico
Rodrigues. Gols: Lorico, aos 29 min do 1º tempo, e Mário Tilico, aos
43 da etapa final. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano, Oldair, Célio
(Mário Tilico) e Zezinho. OBS: 1 – Oldair aparece como
meia nesta escalação, mas o treinador Zezé Moreira o usou no esquema 4-3-3,
fechando o meio-de-campo, pois ele sempre foi volante/lateral-esquerdo; 2 – o
estádio é chamado, também, por Baenão, por se localizar na Travessa Antônio
Baena, da capital paraense. 24.03.1965 – Vasco 4 x2 Botafogo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz.
Público: cerca de 24 mil; Renda: Cr$ 16.370.10,00. Gols: Joel Felício, aos
10; Maranhão, aos 31 min do 1º tempo; Célio (pen), aos 9, e Zezinho, aos 22
da etapa final. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Saulzinho, Célio e Zezinho
(Da Silva). 04.04.1965 – Vasco 3 x 0 Santos.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Aírton Vieira de Moraes.
Público: 42.250. Renda: Cr$ 36.470.180,00. Gols: Luizinho Goiano, aos 31 e Mário Tilico, aos 37 e aos 43 min do 2º
tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e
Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. OBS: uma das maiores vitórias
de Saulzinho e Célio, pois o Santos tinha time fortissimo que chegou a
pentacampeão da Taça Brasil. Naquele dia, alinhou: Laércio; Ismael (Olavo),
Joel, Modesto e Geeraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval, Toninho
Guerreiro, Pelé e Noriva (Peixinho), treinado por Luiz Alonso Perez, o Lula. 07.04.1965 – Vasco 2 x 1 São Paulo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Ethel Rodrigues. Público:
16.300. Renda: Cr$ 10.837.720. Gols: Lorico, aos 21, e Luizinho Goiano,
aos 24 min do 1º tempo. Vasco: Ita; Joel Felício (Ari), Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Joãozinho),
Saulzinho (Mário Tilico), Célio e Zezinho. 10.04.1965 – Vasco 0 x 0 Flamengo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Teixeira de Carvalho.
Público: 64.875. Renda: Cr$ 42.571.580,00. Vasco: Ita; Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho (Nivaldo), Saulzinho
(Mário Tilico), Célio e Zezinho. 14.04.1965 – Vasco 4 x 0 América-RJ.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 5.200. Renda: Cr$ 3.350.670,00. Gols: Mário Tilico, aos
17 do 1º e aos 39 min do 2º tempo, e Célio, aos 24 da etapa inicial e aos 9
min da etapa final. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Oldair); Joãozinho, Mário Tilico, Célio
(Nivaldo) e Zezinho (Da Silva). 17.04.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa
de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José
Teixeira de Carvalho. Vasco: Lévis; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico; Joãozinho, Mário Tilico, Célio
e Zezinho. 21.04.1965 - Vasco 1 x 1 Rio
Branco-ES. Amistoso. Estádio: Governador Bley, em Vitória-ES. Juiz: José
Antônio Braga. Gol: Benê, aos 5 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari,
Brito, Fontana e Pereira; Oldair e Lorico (Maranhão); Joãozinho (Aloísio),
Célio (Benê), Saulzinho (Nivaldo) e Da Silva (Walmir). 24.04.1965 – Vasco 1 x 1 Fluminense.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho.
Público: 29.448. Renda: Cr$ 16. 098.980,00. Gol: Mário Tilico, aos 19 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício,
Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico (Saulzinho), Célio e Zezinho. 02.05.1965 – Vasco 2 x 3 Palmeiras.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Albino Zanferrari.
Público: 40.688. Renda: Cr$ 35.512, 210,00. Gols: Mário Tilico, aos
17 do 1º e aos 20 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício, Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Oldair,
Mário Tilico, Célio (Saulzinho) e Zezinho (Joãozinho). OBS: durante a
década-1960, divulgava-se a formação do meio-de-campo só com dois homens. No
entanto, já se usava três, como Oldair entra nesta formação. 05.05.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
59.318. Renda: Cr$ 34.906.500,00. Gol: Célio (pen), aos 3 min do 1º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico, Célio
(Benê) e Zezinho. OBS: “Venci no 4 do 4 - Vasco 3 x 0 Santos – e no 5
do 5 – Vasco 1 x 0 Flamengo”, brincava Saulzinho. 09.05.1965 – Vasco 1 x 4 São Paulo.
Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP. Juiz: José Teixeira de Carvalho.
Público: Renda: 21.877.500,00. Gol: Célio (pen), aos 31 do 2º tempo. Vasco:
Gainete, Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e
Lorico (Saulzinho); Luizinho Goiano
(Benê), Célio e Zezinho. 16.05.1965 - Vasco 0 x 1
Portuguesa de Desportos. Torneio Rio-São Paulo. Estádio: Pacaembu-SP.
Juiz: Armando Marques. Público: 6.100. Renda: Cr$ 4.137.500,00. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão (Oldair) e
Lorico; Luizinho Goiano (Araken), Célio (Benê), Mário Tilico e
Zezinho. 20.05.1965 - Vasco 1 x 0
Botafogo. Estádio: Maracanã-RJ. Árbitro: Juiz: Armando Marques. Público:
11.000. Renda: Cr$ 7.578.460,00. Gol: Mário Tilico, aos 44
min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício (Ari), Brito,
Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho (Saulzinho). OBS:
Saulzinho e Célio não participaram das quatro partidas seguintes: 23.05
- Vasco 1 x 1 Corinthians, pelo Torneio Rio-São Paulo; 27.05.1965 – Vasco 0 x
2 Grêmio-RS; 30.05.1965 – Vasco 2 x 0 Criciúma-SC e 03.06.1965 -
Vasco 1 x 4 Santos, amistosas. 06.06.1965 – Vasco 1 x 1
Entrerriense-RJ. Amistoso. Estáio: Odair Gama, em Três Rios-RJ. Juiz: Almir
Salini. Gol: Mário Tilico (pen),
aos 38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo Lima) e Zezinho. 10.06.1965 – Vasco 1 x 0 Vila
Nova-GO. Amistoso: Estádio Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Gol: Zezinho, aos
38 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Araquém), Saulzinho e Zezinho. 13.06.1965 – Vasco 0 x 1 Atlético-GO.
Amistoso. Estádio: Pedro Ludovico, em Goiânia-GO. Juiz: Otoniel de Souza Diniz.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha (Ari); Maranhão e
Lorico (Oldair); Luizinho Goiano
(Araquém), Mário Tilico, Saulzinho e Zezinho. 17.06.1965 – Vasco 7 x 2 Combinado de
Manaus-AM. Amistoso. Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Manuel
Luís Bastos. Gols: Mário Tilico,
aos 10 do 1º tempo e aos 20 e aos 38 do 2º; Sulzinho, aos 23 e aos 13 do 1º
tempo; Araquém, aos 39 e aos 40 min da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel
Felício, Brito (Caxias), Fontana (Ananias) e Barbosinha (Ari); Oldair
(Maranhão) e Lorico; Luizinho Goiano (Araquém), Mário Tilico,
Saulzinho (Nivaldo) e
Zezinho. 20.06.1965 – Vasco 4 x 0 Nacional-AM. Amistoso.
Estádio: Parque Amazonense, em Manaus-AM. Juiz: Carlos Amato. Gols: Luizinho Goiano, aos 12, Saulzinho, aos 30,
Mário Tilico, aos 32 min do 1º
tempo, e Nivaldo, aos 41 da fase final. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felício
(Ari), Brito (Caxias), Ananias e Barbosinha; Oldair e Lorico; Luizinho Goiano (Maranhão),
Saulzinho (Nivaldo), Mário Tilico (Araquém) e
Zezinho. 24.06.1965 –Vasco 3 x 0 Bahia.
Amistoso: Estádio: Fonte Nova. Juiz: Walter Gonçalves. Gols: Mário Tilico, aos 28, Saulzinho, aos 37 min
do 1º tempo, e Henrique (contra), aos 28 da 2ª etapa. Vasco: Gainete: Joel
Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano (Caxias),
Saulzinho, Mário Tilico (Benê) e Zezinho. 27.06.1965 –
Vasco 2 x 1 Bahia. Amistoso. Estádio: Mário Pessoa em Ilhéus-BA. Juiz:
Nivaldo de Oliveira. Gols: Mário Tilico, aos 2 do 1º, e
Saulzinho, aos 10 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita); Joel Felicio (Ari),
Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho Goiano,
Saulzinho (Benê), Mário Tilico e Zezinho. 29.06.1965 – Vasco 2 x 1 Ceará.
Amistoso. Estádio: Presidente Vargas, em Fortaleza-CE. Gols: Joel Felício e
Mário Tilico, ambos no 2º tempo.
Vasco: Gaiete: Joel Felício, Brito, Ananias e Barbosinha; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Saulzinho (Benê), Mário Tilico e
Zezinho. 08.07.1965
– Vasco 1 x 1 Benfica-POR. Amistoso. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público:
37.838. Renda: Cr$ 56.258.660. Gols: Saulzinho, aos 29, e Eusébio, aos 43 min
do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Barbosinha;
Maranhão e Lorico (Oldair): Luizinho Goiano (Benê),
Saulzinho, Mário Tilico e Zezinho. 14.07.1965 – Vasco 5 x 0 Fluminense.
Taça Guanabara. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público: 15.397. Renda: Cr$
8.303.309.00. Gols: Célio, aos 27 e aos 28, e Luizinho Goiano,
aos 34 min do 1º tempo. Mário Tilico, aos 3 e aos 39 da 2ª etapa.
Vasco: Gainete (Lévis); Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS:
volta de Célio ao time, após 13 jogos de fora. 22.07.1965 – Vasco 1 x 1 Flamengo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 44.990.
Renda: Cr$ 25.679.340,00. Gol: Luizinho Goiano, aos 7 min do
2º tempo. OBS: Célio foi expulso de campo, aos 20 min do primeiro
tempo, por desentender-se com o rubro-negro Fefeu. 28.07.1965 – Vasco 1 x 0 América-RJ.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Eunápio de Queiróz. Público:
15.850. Renda: Cr$ 8.328.480,00. Gol: Célio (pen), aos 43 min do 1º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. OBS:
expulso de campo no jogo anterior, Célio entrou nesta partida porque ainda
não havia suspensão automática. 01.08.1965 – Vasco 4 x 1 Tupi-MG.
Amistoso. Estádio: Francisco Salles de Oliveira, em Juiz de Fora-MG. Juiz:
Sinval Senna. Gols: Célio, aos 26 e aos 27 do 1º e aos 8 do 2º tempo, e
Nivaldo, aos 44 da etapa final. Vasco: Gainete (Miltão); Ari (Joel Felício),
Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair; Maranhão e Lorico (Bonin);
Mário Tilico, Saulzinho (Nivaldo), Célio (Benê) e Zezinho. 07.08.1965 – Vasco 3 x 1 Bangu. Taça
Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público: 27.657.
Renda: 14.476.240,00. Gols: Mário Tilico, aos 34 do 1º e aos 4 do
2º, e Oldair (pen), aos 8 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 11.08.1965 – Vasco 0 x 3 Botafogo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 48.557.
Renda: Cr$ 27.782.980,00. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Oldair; Maranhão e Lorico: Luizinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 21.08.1965 – Vasco 2 x 0 Fluminense.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Gualter Portela Filho. Público:
27.821. Renda: Cr$ 15.628.380. Gols: Célio (pen), aos 44 do 1º e aos 24 min
do 2º tempo. Vasco: Gainete: Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão
e Lorico; Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e
Zezinho. 25.08.1965 – Vasco 1 x 0 Flamengo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: José Gomes Sobrinho. Público:
34.368. Renda: Cr$ 18.916.960,00. Gol: Célio, aos 23 min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. 29.08.1965 - Vasco 4 x 0
River-PI. Amistoso. Estádio: Lindolfo Monteiro, em Teresina, no Piauí. Gols:
Mário Tilico, aos 24 do 1º; Oldair
(pen), aos 17, Saulzinho, ao 20, e Benê, aos 37 min do 2º tempo. Vasco: Gainete (Ita);
Ari, Brito (Caxias), Ananias (Fontana) e Oldair (Zé Carlos); Maranhão e Bonin
(Aloísio); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho (Joel). OBS: excetuando-se Pará, Rio Grande do
Norte e Sergipe – não atuou nos dois últimos -, Saulzinho marcou gols nos
demais estados do Norte e do Nordeste: 20.06.1965 – Amazonas - Vasco 4 x 0
Nacional-AM; 28.01.1962 – Maranhão - Vasco da Gama 3 x 0 Moto Club;
29.08.1965 – Piauí - Vasco 4 x 0 River-PI; 31.01.1962 – Ceará -Vasco da Gama
3 x 1 Ferroviário-CE; 14.01.1962 - Pernambuco - Vasco da Gama - 1
x 0 Santa Cruz-PE; 21.01.1962 – Alagoas - Vasco da Gama 6 x 0
CRB-AL; 27.06.1965 – Bahia - Vasco 2 x 1 Bahia. 05.09.1965 – Vasco 2 x 0 Botafogo.
Taça Guanabara. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público:
115.064. Renda: Cr$ 72.927.380,00. Gols: Oldair, aos 40 do 1º, e Paulistinha
(contra), aos 5 min do 2º tempo.
Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e Zezinho. OBS: 1 - Vasco campeão
invicto da I Taça Guanabara e com Célio principal artilheiroda disputa, como
seis gols: contra Fluminense (4), Flamengo (1) e América (1); 2 – a revista
Futebol e Outros Esportes publicado que a Federação Carioca de Futebol
consideraria o seu campeão-1965 o vencedor da I Taça GB, que lhe
representaria na Taça Brasil e a revista Manchete estampou:
“Vasco campeão do IV Centenário do Rio de Janeiro”. O Flamengo, no
entanto, reivindica o título, por ter vencido o Estadual. FOTO DA MANCHETE 07.09.1965 – Torneio Início do
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. 1- Vasco 0 x 0 Portuguesa-RJ. Juiz:
Arlindo Travares Pinho. Decisão por pênaltis: Vasco 3 x 0, com Saulzinho
cobrador. Vasco: Lévis; Ari, Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin;
Jorge Laurindo, Saulzinho, Benê e Nivaldo. 2 - Vasco 1 x 0 São
Cristóvão. Juiz: Antônio D’Ávila Lins. Gol: Benê. Vasco: Lévis; Ari,
Caxias, Hipólito e Jorge Andrade; Zé Carlos e Bonin; Jorge Laurindo,
Saulzinho, Benê e Nivaldo. 3 - Vasco 0 x 1 Flamengo. OBS: Saulzinho
não atuou nesta partida em que defesa e meio-de-campo não mudaram em relação
aos dois jogos anteriores, enquanto o ataque teve Rubilota em sua vaga. 19.09.1965 - Vasco 1 x 1 Fluminense.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
38.739. Renda: Cr$ 22.449.100. Gol: Célio, aos 23 min do 1º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Ari; Maranhão e Oldair; Luizinho Goiano, Célio,
Mário Tilico e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio
não atuaram na paridas anterior - 12.09.1965 - Vasco 1 x 2 Bangu -, a estreia
vascaína no Estadual. 26.09.1965 – Vasco 0 x 1 Portuguesa
de Desportos. Amistoso. Estádio: Fonte Nova, em Salvador-BA. Juiz: Clinamute
Vieira França. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana (Silas) e Oldair;
Maranhão e Lorico (Telê); Luizinho Goiano, Mário Tilico (Saulzinho),
Benê e Zezinho. OBS: Saulzinho e Célio gostavam de lembra de terem
jogado junto com Telê Santana, que já havia encerrado a carreira e voltado
para atuar pelo Vasco da Gama, a convite do treinador Zezé Moreira. 02.10.1965 - Vasco 2 x 0 Portuguesa-RJ.
Campeonato Carioca. Estádio: Luso Brasileiro, na Ilha do Governador-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Público: 8.565. Renda: Cr$ 10.406.500. Gols:
Zezinho e Luisão (contra). Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito,
Fontana e Silas; Maranhão e Oldair; Mário Tilico, Célio,
Saulzinho e Zezinho. OBS: inauguração do Estádio
Luso-Brasileiro, de propriedade do adversário. 09.10.1965 - Vasco 1 x 2 Flamengo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
54.809. Renda: Cr$ 32.185.370. Gol: Mário Tilico. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Oldair;
Luizinho Goiano, Mário Tilico, Célio e
Zezinho. 17.10.1965 - Vasco 2 x 1 Botafogo.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques.
Público: 43.216. Renda: Cr$ 24.486.320. Gols: Célio, aos 23 (pen) e aos
31 min do 2 tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho. 24.10.1965 - Vasco 0 x 2 Bonsucesso.
Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. RJ. Juiz: Antônio
Viug. Renda: Cr$ 5.772.500. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair;
Maranhão e Lorico; Mário Tilico, Saulzinho, Célio e Zezinho.
30.10.1965 - Vasco 4 x 1 América.
Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico Lopes. Público:
4.307. Renda: Cr$ 5.493.000. Gols: Maranhão, aos 5 do 1º; Célio, aos 5
do 2º, e Lorico, aos 8 e aos 24 min da etapa final. Vasco: Gainete; Ari,
Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano,
Mário Tilico, Célio e Zezinho. 03.11.1965 – Vasco 2 x 2 Náutico-PE.
Taça Brasil. Estádio: dos Aflitos, em Recife-PE. Juiz: Armando Marques.
Público: 12.791.Renda: Cr$ 25,545,500,00. Gols: Célio, aos 44 do 1º e aos 25
min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Ari, Brito, Fontana e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luizinho Goiano (Saulzinho), Mário Tilico,
Célio e Zezinho. 07.11.1965 - Vasco 1 x 2 Fluminense. Cmpeonato
Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Cláudio Magalhães. Público: 8.171.
Renda: Cr$ 9.465.000. Público: 8.161. Gol: Célio, aos min do 2º tempo. Vasco:
Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e Ari; Maranhão e Lorico; Mário Tilico,
Célio, Saulzinho e Zezinho. 14.11.1965 - - Vasco 3 x 1
Portuguesa-RJ. Campeonato Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Frederico
Lopes. Renda: Cr$ 1.695.000. Gols: Lorico, aos 6; Célio, aos 18, e Telê Santana, aos
28 min do 2º tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Fontana e
Oldair; Maranhão e Lorico; Telê, Mário Tilico, Célio e Danilo Menezes. 21.11.1965 - Vasco 1 x 0 Bangu. Campeonato
Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público:
25.931. Renda: Cr$ 14.383.140. Gol: Danilo Menezes, aos 6 min do 2º
tempo. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair; Maranhão e
Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico, Célio e
Danilo Menezes. 28.11.1965 - Vasco 0 x 1 Flamengo. Campeonato
Carioca. Estádio: Maracanã-RJ. Juiz: Armando Marques. Público: 73.243.
Renda: Cr$ 44.912.000. Vasco: Gainete; Joel Felício, Brito, Ananias e Oldair;
Maranhão e Lorico; Luisinho Goiano, Mário Tilico,
Célio e Danilo Menezes. 04.12.1965 - Vasco 1 x 2
Botafogo. Campeonato Carioca. OBS:
Célio não atou nessa partida.. 12.12.1965
- Vasco 5 x 1 Bonsucesso. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Teixeira de Castro-RJ. Juiz:
Frederico Lopes. Renda: Cr$ 1.108.000. Gols: Oldair, e
Célio, aos 18 min do 1º
tempo; Danilo Menezes, Tião Mário Tilico. Vasco: Gainete
(Pedro Paulo); Joel Felício, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e Danilo
Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião. OBS:
Tião, no Atlético-MG, a partir de 1969 passou a ser chamado por
Tião Cavadinha. 15.12
- Vasco 2 x 1 América. Campeonato Carioca. Estádio: da Rua Álvaro Chaves-RJ.
Juiz: Frederico Lopes. Renda: Cr$ 3.146.000. Público: 2.869. Gols: Ari e
Danilo Menezes. Vasco: Gainete; Ari, Caxias, Ananias e Oldair; Maranhão e
Danilo Menezes; Zezinho, Célio, Mário Tilico e Tião.
13 GOLS MAIS
BONITOS Saulzinho considerava
estes os seus maiores golaços, sem
estabelecer ordem de beleza técnica, depoi do declarado primeiro: 1 – Em 10 de janeiro de 1963, durante o
Torneio Internacional Pentagonal do México, ele maocou o tento que considerou
ter sido o gol mais bonito de sua carreira: Contou: “O Sabará fez um cruzamento, da
direita, a pelota quicou na cancha e veio ao meu peito. Peguei (a bola), de
bicicleta, antes da chegada do zagueiro mexicano. Foi capa na revista
mexicana Futbol”. 2 - Em 1954, estreava, como atleta
profissional, em Bagé x Nacional, de Porto Alegre, amistosamente. Faltavam 10
minutos para o final da partida, quando o treinador Francisco Brochado
mandou-o entrar, pela ponta esquerda. Lá pelas tantas, o ponta-direita
Camacho, em grande velocidade, passou pelo marcador, foi à linha de fundo e
centrou para a área. “A bola tocou no chão, a amaciei, no peito e, de
costas para o gol, apliquei uma bicicleta. Um golaço, em meu primeiro lance
no jogo que terminou 1 x 0 para nós. Eu estava com 17 de idade”.
2 - Era 1956 e ele defendia o
Guarany, diante do Bagé, quando rolou nova jogada com participação de Camacho
que, perto da linha de fundo, cruzou a bola para a frente da grande área. “Eu
estava no lugar certo para apará-la, com uma das coxas. Antes de deixá-la
cair ao chão, chutei, entre dois zagueiros, para a pelota passar sobre a
cabeça do goleiro. Eram jogados 13 minutos do segundo tempo e aquele único
tento da partida valeu o título municipal à nossa equipe”. 3 -– Enfrentava o Flamengo, pelo
Torneio Rio-São Paulo (25.02.1962), com os vascaínos pressionando pelo empate. "O
Coronel (lateral-esquerdo) chutou a bola para a área rubro-negra, entrei na
jogadas, de carrinho, desviando a pelota para o canto oposto ao que o goleiro
Fernando esperava. Foi o gol do empate". 4 – O Vasco da Gama estreava no
Campeonato Carioca, mandando 3 x 0 Bonsucesso (01.07. 1962), com dois gols dele,
que narrou este lance assim: "O Joãozinho (ponta-direita) apanhou a
bola pela intermediária deles, a conduziu até a lateral da grande área e fez
o centro pelo alto. Quando a pelota caía, pela altura da marca do pênalti, mandei
o chutei, de pé esquerdo, num sem-pulo fulminante, sem que o goleiro pudessem
nem tocá-la. Foi um gol, realmente, sensacional e que valeu instantes de
delírio para a nossa torcida". 5 – Em Vasco da Gama 1 x 0 Bangu
(04.10.10961), pelo primeiro turno do Campeonato Carioca: "Houve um
chutão da nossa retaguarda. A bola passou entre indecisos Mário Tito e
Zózimo, e o goleiro Ubirajara vacilou, ao sair do gol. Formou-se jogada de
incertezas, de parte a parte, e eu cheguei a passar da bola. No entanto,
improvisei uma bicicleta, tocando na pelota com o bico da chuteira, num
impulso firme que terminou em gol”.
12 VIDA
DO CRAQUE Casado,
com Marilu, o goleador Sulzinho ainda não tinha filhos, em 1964. Seguia
dormindo oito horas diárias, pesando, normalmente, 65 quilos, que subiam a 69
se abusasse um pouco do garfo, principalmente do seu prato predileto, o
churrasco gaúcho, bem tostado, na brasa. Residindo em Copacabana, desde que
chegara ao Rio de Janeiro, pois gostava da praia do bairro. Na
época desta foto, Saulzinho ainda era noivo de Marilu Devoto
de Nossa Senhora Aparecida, o católico Saulzinho fazia as suas orações antes
dos jogos, pedindo proteção física, por ser muito visado pelos zagueiros, que
temiam as suas chuteiras, de número 39, sempre perigosas. Embora fosse
considerado baixinho para um centroavante, ele não via problemas com a fita
métrica e brincava: “Não encolho quando tenho de enfrentar
becões grandalhõs e durões”. Quando
desembarcou em São Januário, em 1961, com os seus olhos verdes claros
admirando muito as belezas cariocas, Saulzinho usava os seus cabelos
castanhos claros mais curtos do que em 1964, quando já cultivava uma cabeleira
mais à moda da efervecente década-1960. Mantinha o hobby de
colecionar flâmulas e distintivos de clubes, do que corria atrás,
durantes as excursões vascaínas, e tinha uma variada coleção de blusões.
Depois do futebol, o seu esporte preferido era o basquete, mas o cinema era o
seu passatempo predileto, sendo fã do ator norte-americano Paul Newman. Por
ter nascido na gaúcha Bagé - 31 de outubro de 1937 -, Saulzinho era um bom
relações públicas de sua terra, no Rio de Janeiro. Não perdia a chance de louvar
os encantos do seu pedaço e dizia que, “quando as pernas não dessem mais
par correr”, voltaria, depressa, pra fronteira do Rio Grande do Sul com o
Uruguai, o que, realmente, o fez. Saulzinho
começoua a carreira pela ponta esquerda do Grêmio Esportivo Bagé, aos 17 de
idade. Em 1955, mais encorpado, assinou o seu primeiro contrato, com tal
agremiação, ganhando Cr$ 700 cruzeiros mensais. Embora medisse só 1m67cm
de altura, encarar zagueiros mais altos e mais fortes não o preocupava, como
garantira, em entrevista, também, à Revista
do Esporte - Nº 122, de 8 de julho de 1961, na qual estivera
na capa: “Na luta contra os zagueirões altos, dentro da área, compenso o
que me falta (mais altura) com boa colocação e impulsão”. Realmente,
fato visto durante os jogos vascaínos que faziam os repórteres concluírem que
ele supria a falta de
centimetragem com muita disposição e entusiasmo para a luta. De
sua parte, ele receitava que, para ser um ponta-de-lança, “não precisa ser nenhum gigante”.
13
SAULZINHO x GARRINCHA Em 4 de agosto de 1962, pelo mesmo Estadual,
e no mesmo local, o Botafogo era o favorito diante dos vascaínos, com o
Garrincha no auge da popularidade, por ter sido o principal nome da Seleção
Brasileira da conquista da Copa do Mundo do Chile. O Torto (mais
um apelido dele) ainda tinha do seu lado os astros citados acima e passava à
sua torcida a expectativa de mais um show de bola. Passava! Pois
foi o Saulzinho quem comemorou: Vasco 1 x 0, embora ele não tivesse
marcado o gol da vitória – ver fichas técnica de 1962. Exatos quatro meses depois, em 4 de
novembro, Saulzinho e Garrincha saíram do Maracanã igualados, no 1 x 1, pelo
returno do Campeonato Carioca, sem que nenhum dos dois batendo na rede.
Coincidentemente, os treinadores Jorge Vieira e Marinho Rodrigues
usaram a mesma escalação dos dois clássicos anteriores – ver fichas técnica de 1962. O último Saulzinho X Garrincha rolou em 20
de maio de 1965, pelo Torneio Rio-São Paulo, no Maracanã, com a Turma da Colina repetindo o
placar de agosto: 1 x 0. No entanto, o treinador vascaíno
Zezé Moreira só mandou o tchê à cancha (como ele falava) no segundo tempo - Gainete; Joel
Felício, Brito e Barbosinha (Ari); Maranhão e Lorico; Luizinho Goiano,
Célio, Mário Tilico e Zezinho (Saulzinho).
SAULZINHO E PELÉ O duelo do camisa 9 vascaíno
com o camisa 10 santista só aconteceu em duas oportunidades, ambas pelo
Torneio Rio-São Paulo e ambas no Maracanã: em Vasco 2 x 2 Santos, em 16 de
fevereiro de 1963, e em Vasco 3 x 0, do 4 de abril de 1965. Na primeira delas, assistida
por perto de 30 mil almas, o tchê não foi a rede, mas
o “Rei do Futebol” bateu nela, por duas vezes, e em grande
estilo. Por sinal, história muito contada. Quando o Almirante tinha 2
x 0 de frente, os xerifões Brito e Fontana sacaneavam o
10 santista, com a gracinha: “Cadê o Rei? Tem algum Rei por aqui?”. Tiveram
boa resposta: a dois minutos do final, Pelé empatou o jogo, pegou a
bola no fundo da rede e a entregou ao Fontana, com a recomendação: “Leve-a
para a sua mãe. É presente do Rei”. O Vasco, que se deu mal mexendo
com a fera, alinhou: Ita; Joel Felício, Brito, Dario e
Barbosinha, que cedeu a sua vaga a Fontana; Maranhão e Lorico (Fagundes);
Sabará, Viladônega, Saulzinho e Ronaldo, treinados por Jorge Vieira. O
Santos, de Luís Alonso Perez, o Lula, teve: Gilmar; Dalmo, Mauro Ramos,
Calvet e Zé Carlos (Tite); Lima e Mengálvio; Dorval, Pagão (Toninho), Pelé e
Pepe. - Naquela noite, um
conterrâneo meu, lá de Bagé, estava no Rio de Janeiro e aproveitou para rever
o velho amigo aqui jogando. Saiu do estádio, uns 10 minutos antes do final
(da partida), pegou um táxi e falou pro taxista: ‘Que bom. Vi o meu
velho amigo Saulzinho jogar e vencer’. Então, o rapaz surpreendeu-lhe,
dizendo que o jogo terminara em 2 x 2”, contou o Saulzinho. Capa montada atendendo pedido
de leitor da Revista do Esporte (ler abaixo) O segundo Saulzinho x Pelé foi tarde
de grandecíssima glória para o artilheiro cruzmaltinom, diante de 42.250
pagantes. Oo ponta-direita Luizinho Goiano
(Luiz Oliveira e Silva) abriu o placar, aos 76 minutos, e Mário Tilico acabar de bater o Peixe (apelido do Santos), aos
83 e aos 89, por ordem de Seu Zezé Moreira, que escalou: Gainete; Jol
Felício, Brito, Fontana e Barbosinha; Maranhão e Lorico (Oldair); Luizinho,
Saulzinho (Mário Tilico),
Célio e Zezinho – a turma do “Rei” fora:
Laércio; Ismael, Joel, Modesto e Geraldino; Elizeu (Rossi) e Mengálvio; Dorval,
Toninho Guerreiro, Pelé e Noriva
(Peixinho), ainda comandados por Lula. O primeiro Saulzinho vascaíno x Pelé
está registrado por jogo 2.055 do Almirante e o segundo por
2.180. Bem antes daquilo, em 24 de março de 1957, quando o futuro “Rei
do Futebol” ainda nem era titular no ataque santista, já havia ocorrido
um encontro dos dois artilheiros, no Estádio Antônio Magalhães Rossel, mais conhecido por Estrela d´Alva, entre Combinado Guarany/Bagé
x Santos, com 1 x 1 no placar – Pelé marcou para os santistas e Calvet para
os anfitriões, que eram: Léo, Bataclan e Carioca; Saul Mujica, Ataíde e
Barradinha; Calvet, Max Ravazza, Saulzinho, Cabral e Luiz. O Santos
foi: Manga, Hélvio e Ivan; Ramiro, Fioti e Urubatão; Dorval, Jair Rosa
Pinto, Pagão (Zinho), Del Vecchio (Pelé) e Tite. O amistoso foi apitado por João Etzel e rendeu Cr$ 210 mil cruzeiros,
sem público pagante conhecido. As capas em que Saulzinho (acima) e Célio (adiante) aparecem ao lado de Pelé foram montadas como se estivessem atendendo pedidos (sobre a foto) de leitores vascaínos da Revista do Esporte à seção Correio do Torcedor. 14 - SELEÇÃO BRASILEIRA A temporada-1966 marcou a
oportunidade de Saulzinho vestir a camisa do escrete nacional, durante a Taça
Bernardo O´Higgins, quando a CBD encarregou a Federação Gaúcha de Futebol de
formar equipe para representa-la diante dos chilenos. Tendo por treinador de
campo Carlos Froner (oficialmente, o cargo era de Fernando Brunelli), o
já ex-vascaíno Saulzinho entrou no decorrer do segundo tempo de dois prélios,
substituindo David (cunhado de Pelé). Saulzinho (D) junto com Ari Ercílio (E) e Cléo (C) embarcando para buscar a Taças O´Higgins Com o time usando, em ambas as vezes, camisa canarinha, calção azul e meiões brancos, em 17 de abril, o Brasil venceu, por 1 x 0, com o Saulzinho em campo, aos 18 minutos (73, para a FIFA) do segundo tempo. No segundo, no Estádio Sausalito, o mesmo em que o time canarinho havia jogado a maior parte de suas partidas da Copa do Mundo-1966, em Viña del Mar, efrentando, tambem, péssima arbitragem do mesmo Howley que validou gol ilegal dos chilenos - a bola não entrou, Ari Hercílio a cabeceou, em cima da linha fatal – e encerrou o prélio cinco minutos antes do tempo regulamentar, quando os brasileiros ainda poderiam empatar. Confira as fichas técnicas das duas partidas: Sulzinho (D) fardado pela CBD, com Áureo
(E) e Sérgio Lopes (C) 17. 04.1966 – Brasil 1 x 0 Chile – Taça
O´Higgins – Local: Estádio Nacional, em Santiago do Chile. Árbitro: Kevin
Howlei (ING). Público: 32.358 pagantes. Gol: João Severiano, o Joãozinho, aos
15 min (60) do 2º tempo. Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap)
e Sadi; Cleo e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir.
Técnico: Carlos Froner. 20.05.1966 – Brasil 1 x 2 Chile –
Estádio: Susalaito, em Viña del Mar (CHI); Taça O´Higgins – Árbitro: Kevin
Howley (ING). Público: 19.011 pagantes. Gols: Joãozinho, aos 19 min do 1º
tempo; Landa, aos 33, e Valdez, aos 35 min do 2º tempo.
Brasil: Arlindo; Altermir, Ari Hercílio, Áureo (cap) e Sadi; Cleo
e Sérgio Lopes; Babá, Joãozinho, Davi (Saulzinho) e Volmir (Vieira). Técnico:
Carlos Froner. OBS: os companheiros de Saulzinho neste selecionado
pertenciam a estes clubes gaúchos: Grêmio Porto-Alegrense -
Arlindo, Alberto, Altemir, Cléo, Paulo Souza, Áureo, Volmir, João Severiano,
Sérgio Lopes, Vieria e Eloi. Internacional - David, Sadi e
Dorinho; Floriano - Ari Hercílio; Juventude – Babá;
Brasil; Brasil de Pelotas - Birinha; Guarani de
Bagé - Didi Pedalada e Saulzinho; Rio Grande -
Lambari; Aymoré - Jadir e Joaquim. 15 - BARBANTEIRO Quando o tchê Sasulzinho
vestiu a jaqueta do Vasco da Gama e começou a marcar gols, literalmente,
ele sacudia o barbante. As
redes aina nã era de náilon. Mais de meio-século antes, na
Inglaterra, de onde o futebol bateu asas e voou para o restante do planeta,
não havia rede. Só muita discusão entre torcedores, se a bola entrou, não
entrou. Para acabara com os bate-bocas, o engenheiro John Alexander Brodie
criou a rede, em 1889. Mas ficou na dele e só em janeiro de 1891 a rapaziada
fez um jogo-teste pra ver se a invenção daria certo – deu! Foi na cidade de Nottingham que o primeiro
goleiro - chamava-se Geary - foi “buscar a pelota no fundo da rede” -
como bordoariam, futuramente os speakers radiofônicos. No
Brasil, as primeria redes sacudidas pelos artrilheiros eram de barbante produzidas
do sisal. Depois, vieram fabricações em cordas de algodão, até que o grande
avanço foi a de náilon – polietileno, família das poliamidas
- sintetizado pelo químico norte-americano Wallace Hume Casrothers, em
1935. Por conta daquilo, surgiu o brasileiríssimo apelido “véu da noiva” para as redes
branquinhas, evidentemente, criado pelos narradores esportivos. No futebol carioca, já nos
tempos de Saulzinho em campo, quem primeiro sacudiu uma rede de náilon foi o
goleador Dida, do Flamengo, pelos inícios da década-1960. De Norte a Sul
do Brasil, tchê Saulzinho balançou
a rede em todas as regiões brazucas. Há estados, porém, em que
ele nunca o fez, por nunca ter jogado por lá, caso do Rio Grande do Norte. Os
cariocas São Cristóvão (6); Bonsucesso (4), Campo Grande (4) e Fluminense (4)
foram os times que ele mais castigou. No total, em 179 jogosS, saiu em 90
oportunidades pro abraço. Eis os times que ele mandou o
goleiro buscar a bola no barbante: Alajuelense-CRICA (1);
Al-Merreikh-SUD (1); América-MG (1); América-MEX (1); América-RJ (2);
Atlético-GO (1); Bahia-BA (2); Bangu (2); Benfica-POR (1); Bodens-SUE (1);
Bonsucesso-RJ (4); Campo Grande-RJ (4); Canto do Rio-RJ (3); Ceará
Sporting-CE (1); Colo-Colo-CHI (1); Combinado de Brasília (1); Combinado IFK
Mamô-Malmô FF (1); Combinado Freidig-Rosenborg-NOR (3); Combinado de
Manaus-AM (2); CRB-AL (1); Dalarna-SUE (2); EIK-NOR
(3); Elche-ESP (2); Ferroviário-CE (4); Flamengo-RJ (3); Fluminense-RJ
(4); Frem-DIN (2); Guadalajara-MEX (1); Madureira-RJ (1); Málaga-ESP (1); Mônaco-MON
(1); Moto Clube-MA (1); Nacional-AM (1); Nacional-URU (1); Olaria-RJ (2);
Porto-POR (1); Portuguesa-RJ (3); Rio Branco-ES (1); River-PI (1); São
Cristóvão-RJ (6); São Paulo-SP (1); Santa Cruz-MG (2); Stade d´Abidjan-
CMarfim (3); Sport-PE (1); Seleção da Nigéria (4); Uberlândia-MG (2); Vila
Nova-GO (1); Vila Nova-MG (1). 16 –
GOLS JOGO A JOGO
Saulzinho está entre os 10 artilheiros
vascaínos que mais gols marcaram em uma só partida. Poderia estar entre os
três primeiros, pois sempre queixou-se de que, durante amistoso de 1963,
contra a seleção da Nigéria, na casa do adversário, marcara cinco tentos, mas
o árbitro anulara um “sem nenhum
problema no lance”. Assim, ele fica empatado com Ismael e Romário, com quatro encaçapadas em um só
prélio desta lista: 6 gols: Lelé –
08.05.1946 - Vasco da Gama 9 x 2 Sporte Recife - e Edmundo – 11.09.1997 –
Vasco da Gama 6 x 0 União São João-SP; . 5 gols: Russinho –
01.05.1927 – Vasco da Gama 9 x 1 Bangu; Villadóniga – 22.12.1940 – Vaco da
Gama 8 x 0 Bonsucesso; Maneca - 06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do
Rio; Djayr – 15.10.1950 – Vasco da Gama 9 x 1 Madureira; Roberto Dinamite –
04.05.1980 – Vasco da Gama 5 x 2 Corinthians.
4 gols – Ismael –
06.09.1947 – Vasco da Gama 14 x 1 Canto do Rio; Saulzinho - 25.05.1963 – Vasco da Gama 6 x 0 Seleção da
Nigéria - e Romário – 24.04.2002 – Vasco da Gama 6 x 1 Entrerriense-RJ. 17 - ENTREVISTA/SAULZINHO Único atacante a obter uma
média de gols superior a de Pelé, em campeonatos estaduais da década-1960, e
maior artilheiro do Campeonato Carioca-1962, Saul Santos, o Saulzinho,
tornou-se “matador” por volta dos 12, 13 de idade, em sua
terra, a gaúcha Bagé-RS. Aos 15, ainda juvenil, jogou e fez gol pelo time
profissional do Bagé. Ele concedeu esta entrevista para este livro:
P – Rapaz, você começou a
carreira arrumando confusão entre o Bagé e o Guarany? R – Arroubos da juventude, tchê! Eu tinha contrato de gaveta (antiga estratagema de prender atleta ao clube) com o Bagé, e o troquei, pelo Guarany. Mas paguei caro, uma temporada inteira proibido de jogar. Castigo só não mais duro do que o serviço militar, quando ralei muito. Compensei tudo, porém. Ali por 1956/1957, voltei às canchas e fui campeão municipal, até 1959. Em 1960, o Guarany tinha um time poderoso, fomos vice-campeões gaúchos, pra minha carreira decolar e vez. Saulzinho é o terceiro em pé, da esquerda para a direita - álbum de familia Como você foi parar no Vasco da Gama? No início de 1961, o Guarany venceu o
Internacional (de Porto Alegre), em dois amistosos: 2 x 1, no Estádio dos Eucaliptos
(antiga e já demolida casa do Inter), com um gol meu, e 4 x 2, em
Bagé. Nesse segundo jogo, eu não fiz gol, mas o treinador deles (do
Inter), o Martim Francisco, gostou do meu futebol e, pouco depois de chegar
ao Vasco (da Gama), pediu a minha contratação.
O Vasco daquele tempo tinha
feraças, como Bellini, Orlando Peçanha, Coronel, Sabará, Pinga, etc. Como
você arrumou uma vaguinha naquele time? Cheguei a São Januário no 1º de abril
de 1961 e, no primeiro treino que fiz, à noite, marquei três gols, no
primeiro tempo, atuando pelo time reserva, que tinha, entre os que me lembro,
Brito (zagueiro) e Maranhão (apoiador). Por conta daquele meu
cartão de apresentação, tchê, o presidente vascaíno, o João
Silva, empresário muito forte, dono das Carrocerias Metropolitana,
mandou fazerem, logo, o meu contrato. Quando você chegava, a
torcida vacaína sentia saudades de Vavá (negociado com o espanhol Atlético de
Madrid) e de Almir (foi para o Corinthians). Sem os dois, facilitou a sua
vida? Não foi nada fácil. A concorrência foi dura,
pois o Vasco tinha outros três bons centroavantes, o Wilson Moreira (filho
do técnico Zezé Moreira), o cearense Pacoti (Francisco Nunes Rodrigues) e
o Javan (fez o nome no México). Eu
era um garoto interiorano no meio de tantos cobrões, mas fui logo me
enturmando. Ainda se lembra da sua estréia no
Vasco? Foi pouco depois da minha
contratação. Saí da reserva pra jogar apenas dez minutos contra aquele timaço
do Santos, do Pelé, pelo Torneio Rio-São Paulo. O Pepe fez um gol, batendo do
meio do campo; o Sabará empatou e o Wilson Moreira desempatou. Ganhei um belo
bicho (gratificação por resultado).
Por falar no Pelé, nos meus outros jogos contra ele, levamos de 5 x 1, mas
num outro lhe mandamos 3 x 0, no Maracanã, onde houve, também, um empate, por
2 x 2. Neste (16.02.1963), eles (os santistas) cobraram um escanteio, o Pelé saltou entre o Brito
e o Fontana, que eram altos, matou a bola no peito e, de primeira, marcou um
golaço, gol de cinema. No segundo (gol
de Pelé), eu estava por perto. Após um cruzamento, ele (Pelé) só desviou a trajetória da bola.
Comentou-se muito que o Brito e o Fontana curtiram bastante com a cara do
homem (Pelé), quando o Vasco
vencia, por 2 x 0 Pois é! Foram mexer nma abelheira. O cara era cruel. Antes
disso tudo, eu havia empatado com ele, por 1 x 1, em Bagé, defendendo o
Guarany. Meu último jogo pelo Vasco foi também contra o Pelé, na decisão da
Taça Brasil, em dezembro de 1965. Como você herdou a vaga de
titular no time vascaíno? Entre maio e junho de 1961, fizemos
uma longa excursão pela Europa e marquei muitos gols, jogando por uma
ecalação que nunca esqueço: Barbosa; Paulinho de Almeida, Bellini, Barbosinha
e Coronel; Nivaldo e Lorico; Sabará, eu,
Roberto Pinto e Da Silva, ou Tiriça. Antes, recém chegado, eu só havia
marcado dois gols, um em cima do Pompéia, do América (no Rio de Janeiro), e o
outro contra o América Mineiro (fora de casa). Você considera 1962 a sua grande temporada? Sim, pois estava em grande forma e
fui o (principal) artilheiro do Campeonato Carioca, com 18 gols.
Fiquei de fora de pouquíssimas partidas. Mas foi, também, uma temporada em
que a sorte me abandonou. Estava cotado para a Seleção Brasileira (que foi
bi mundial na Copa do Chile-1962), mas tive um problema de garganta,
que exigiu cirurgia, além de uma forte distensão na virilha, problemas que me
deixaram mais de 45 dias sem qualquer condição de jogo. Como a convocação
levou muito em conta a atuação de quem disputou o Torneio Rio-São Paulo,
perdi qualquer chance por ali. Você disputou e ganhou do
Dida, do Flamengo, a artilharia carioca de 1962. O rival, tmabém, não
foi à Copa do Chile... Eu morava na Avenida Nossa Senhora de
Copacabana e ele na (Avenida) Sá Ferreira. As vezes, a gente se encontrava e
batia bons papos. Antes dos jogos em que nos encontrávamos, brincávamos,
dizendo, um para o outro: “Hoje é
comigo”. Mas a concorrência pela artilharia não foi não só contra o Didae.
Tinha outras feras, como o Henrique, também do Flamengo, o Quarentinha, o
Amoroso e o Amarildo, do Botafogo, e o Rodarte, do Olaria, entre os que me
lembro, agora. Não sei porque o Dida ficou de fora da convocação da Seleção
Brasileira. Aponte um fato gloríssimo,
depois do Campeonato Carioca-1962? No início de 1963, conquistamos um
torneio internacional, no México, muito famoso, na época. Marquei gols, goleamos
o Oro, o campeão nacional (5 x 0), vencemos (1 x 0) o time mexicano
de maior torcida, o América (da Cidade
do México) e fomos campeões em cima do Dukla (de Praga, da antiga Tchecoslováquia), que tinha o Masopust e
aquela turma toda que enfentara o Brasil na final da Copa do Mundo de 62.
Contra o América, por sinal, marquei um gol antológico, de bicicleta, que foi
capa da revista mexicana “Futbol”. O Sabará cruzou, da
direita, a bola bateu no chão, veio no meu peito, e finalizei, de bicicleta,
antes da chegada do marcador. O seu Vasco foi campeão de torneio mexicano, mas não ganhava nada no futebol brasileiro, nacionais, porquê? Em 1962, tínhamos chances de chegar
ao títul carioca, mas, perdemos quatro pontos para o Olaria (à época,
vitórias contavam dois pontos), levando um baile, dentro de
São Januário. Fiz um gol, de saída, mas eles viraram, para 3 x 1, na segunda
partida contra eles, na Rua Bariri (no estádio do rival), fizeram um
gol, de falta, pelo finalzinho da partida, e nos liquidaram. Terminamos a
três pontos do campeão (Botafogo).
Mas o Olaria tinha um bom time, revelou gente boa, como o Murilo e o Nelson,
que foram para o Flamengo, o Jaburu, também artilheiro, levado pelo
Fluminense, o Rodarte e o Cané, este contratado pelos italianos. Era uma boa
equipe. No início da temporada de
1966, você deixou o Vasco e voltou para a sua terra. Porquê? Eu estava com 28 de idade,
tinha convites do (português)
Benfica e daquele grande time do Bahia, do Alencar, do Nadinho, do Henricão,
contra quem marquei dois gols, em um amistoso. Creio que o Benfica se
interresou por mim por eu ter feito grande apresentação diante deles (em 1965, amistosamente, no Maracanã). Por
sinal, quando marquei um dos meus gols mais bonitos. Recebi um passe, venci
um marcador, com um corte (tirando-o do lance sem tocá-lo), e soltei
um foguete, quase da intermediária. Eu era rápido dentro da área, mas não de
chutar muito forte, de longe. Já o Bahia gostou do que joguei diante deles,
também em um amistoso, quando marquei dois gols. Pra voltar pra casa, coloquei
o lado familiar em primeiro plano, pois a minha mulher, também de Bagé, nunca
se sentira bem no Rio de Janeiro. Na hora de ficar, ou sair do Vasco, sugeri
à Marilu (nome a esposa): “Vamos
voltar?”. Era o que ela mais queria, e
voltamos O seu nome era muito gritado
pela torcida vascaína? Quando eu fazia gols, o Maracanã
vinha abaixo (gíria da época). Em 1962, fui o maior goleador do time,
sem ser um jogador de rush. Tinha, porém, rapidez, driblava, batia
bem de perto e raciociava rápido pra intuir o lance se estivesse marcado.
Quando eu fazia dupla de ataque com o Célio (Taveira Filho), eu avisava: parta já (pra área do rival)
que vou lançar. Eu recebia a bola de costas para o ataque, tocava pra ele,
que tinha rush e velocidade e, assim, fizemos muitos gols. O
Célio foi um dos grandes atacantes com quem joguei, o meu melhor companheiro
de frente, no Vasco. E um sujeito que o Sabará adorva. Uma figuraça o Sabará.
Brigava durante todo o jogo, com a gente e com o adversário. No nosso cazsdo,
não queria ver ninguém parado. Se visse, soltava a lingua (xingava).
Só não xingagava o Célio. Qual foi a grande partida de sua
vida? Contra o Flamengo, decidindo (foto) o
Torneio do IV Centenário do Rio de Janeiro, em 1965 (noite da quarta-feira
21 de janeiro). Ganhamos, por 4 x 1, fiz dois gols. Uma outra partidaça
foi contra o (uruguaio) Peñarol, que era uma autêntica seleção uruguaia (Vasco
3 x 2, em 9 de abril de 1963, pelo TorneioInternacional do Chile, Estádio
Nacional de Santiago). Em pé, da esquerda para a direita: Ita, Joel Felício, Brito, Maranhão, Fontana e Barbosinhas; agachados, na mesma ordem: Mário Tilico, Saulzinho, Célio, Lorico e Zezinho Você só vestiu a camisa da
Seleção Brasileira quanto voltou do Vasco para o Guarany, de Bagé...! O Carlos
Froner (então), técnico do Grêmio (de Porto Alegre),
formou uma seleção gaúcha para representar o Brasil na disputa da Taça
O´Higgins, contra o Chile, em 1966. Joguei 30 minutos em uma partida e mais
15 na outra. Fomos campeões, foi emocionante. Tão emocionante como jogar por
um ataque do Gurany que tinha Eusébio, Max Ravazza, Saulzinho,
Tupãzinho e João Borges. Aqueles companheiros eram craques,
principalmente o o Tutupãzinho (José Ernanes da
Rosa) que foi ídolo da torcida do Palmeiras
(década-1960) e o Max, maior goleador do futebol de Bagé (da
época), com 131 gols. Jogou com o Garrincha, no Botafogo de 1955.
Mas joguei pouco com eles, só amistosos, porque fui para o Vasco. Calculo que
marquei uns 95 gols pelo Guaranys, não tenho estatística exata, mas a minha
carreira apresentou média de meio gol por partida. Boa média! Se o Pelé jogasse hoje (a entevista
foi feita na primeira metade da primeira década-2000), nesse chamado futebol
moderno, faria muitos gol? Uns dois mil, porque as defesas
sobem muito. O quarto-zagueiro, os laterais, que viraram alas, se mandam. Se, enfrentando zagueiros plantados, ele (Pelé)) fez
o que fez, imagine agora. Antes,
para se entrar na área, teria que ser muito rápido, ter talento, ou ficava
sem as canelas. Vejo o futebol
atual sendo 70% de bom preparo físico, no mínimo, mas quem decide, ainda, é o
talento, reafirmo. No preparo físico moderno, mais apurado desde a base, o cara (preparador
físico) pega a gurizada, faz alongamento, espicha pra lá, pra cá, ajuda
muito, mas tem e ter talento pra
decidir. No meu tempo de Vasco, eu via isso quando tinha de enfrentar o Luís
Carlos (Fernandes Freitas), do Flamengo, e o Jadir (Jadyr Egídio de
Souza), do Botafogo, os dois mais difíceis marcadores que enfrentei. Eram
durões, sem serem desleais. O futebol atual paga
fortunas aos seus ídolos. No seu tempo, dava
pra ficar rico? Quando cheguei ao Vasco, o maior
salário era o do (zagueiro e
capitão) Bellini, o equivalente a oito mil dólares. Hoje (inícios da década 2000), qualquer
juvenil está ganhando isso. Na minha época, para se comprar um imóvel, um
automóvel, teria de financiá-lo. Agora, há quem possa comprar um apartamento
por mês. Há muitos ganhos com publicidade. Eu vendi muitas balas Atlas (com adesivos paras álbuns de
figuinhas), sem recebem nenhum direito de imagem. Nem nos consultavam.
Não existia empresários,
procuradores, além de a maioria dos atletas não terem esclarecimentos,
estudos. O futebol tornou-se uma das melhores profissões. Quando eu começava
a carreira, o pai de uma namorada minha não queria o namoro porque eu era
jogador de futebol. Éramos muito mal vistos. Mas éramos gente boa, O Vasco
por exemplo, levava muitos fãs para a frente dos hotéis onde nos
hospedávamos, querendo autógrafos, tirar fotografias conosco, conversar. Atendíamos
a todos, com civilidade. Você passou por quantos treinadores? Beto Camélia, Alfeu Cachapuz e
Alípio Rodrigues, no Guarany (de Bagé), Martim Francisco, Paulo Amaral, Oto
Glória, Zezé Moreira, Jorge Vieira, no Vasco, e Carlos Fronter, na Seleção
Gaúcha. Nesta profissão, até treinei o Guarany (de Bagé), em 1969, e me saí bem. Mas achei o ofício muito
estressante, desesti. Como você escalaria a
sua Seleção Brasileira? Barbosa; Paulinho de Almeida,
Brito, Fontana e Oldair; Carlinhos Violino
e Gérson; Sabará, Célio, Pelé e Zagallo. Me deixo de fora, porque esta gente
era muito boa. Acho que eu pegaria uma reservinha, junto com o Amarildo, o
Quarentinha, esta raça - Luís Carlos Nunes da Silva era o nome de Carlinhos, que
defendeu o Flamengo entre 1958/1969 e
formou meio-de-campo com Gérson de Oliveira Nunes.
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