
HELENINHA - Se havia uma moça que só tinha tempo para dormir, na década de 1950, aquela era a jogadora de basquetebol Heleninha. Acordava, com o galo cantando, para chegar antes das sete à Escala Normal de Sorocaba-SP. Almoçava às carreiras. No início da tarde, a garotada já a esperava, no ginásio de esportes municipal, para aprender, com ela, os fundamentos de uma boa preparação física. Terminado o trabalho, dali até as 21 horas tinha pela frente os treinos da sua equipe.
Heleninha, quando tinha tempo, não perdia sessões cinematográficas em que estivessem na tela os engraçadíssimos Jerry Lewes e Dean Martin. Nascida em São Vicente-SP, ela terminaria o curso que fazia no ano seguinte. Nos planos para o futuro, formar-se em Educação Física. Fotografada por Wilson Santos, daquele vez a sua apresentação fora escrita por José Carlos Stabel. Normalmente, quem fazia isso era a Meg. Não importava. O que valia era o país ler sobre um exemplo de dedicação esportiva.
Heleninha, isto é , Maria Helena de Campos, foi a garota dos badaladíssimos ektachromes coloridos da “Manchete Esportiva” Nº 40, chegada às bancas em 25 de agosto de 1956. Bateu em cima, pois, na data, comemora-se o “Dia do Soldado” (homenagem ao patrono do Exército, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nascido em 25.08.1803), e ela era uma batalhadora. Sua vida era uma autêntica guerra de gastos de energia. Mas por uma boa causa, o esporte.

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