Vasco

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segunda-feira, 3 de março de 2014

GLÓRIAS E TRAGÉDIAS DE MANECA


Craque vascaíno das década-1940/50, Manoel Marinho, o Maneca, era um baiano arretado. Chegou a obrigar o técnico Flávio Costa a mudar a posição do ídolo Ademir Menezes no ataque da "Turma da Colina", porque estava comendo a bola. Por aquilo, e muito mais, foi titular da Seleção Brasileira. 
Sem qualquer explicação, o atacante Maneca suicidou-se  na tarde de 26 de junho de 1961. Falou-se que ele havia brigado com a noive, a aeromoça Penha Ferreira, e, por conta daquilo, ingerido cianureto de mercúrio. Penha e o porteiro do seu prédio ainda o levaram ao hospital, mas ele não resistiu. Foi o preço das suas constantes crises nervosas.
 Maneca começou sua carreira, em 1943, como juvenil do Galícia, de Salvador. Dois anos depois, estava no Bahia, sendo campeão estadual. Motivo para o Vasco levá-lo para o “Expresso da Vitória”, no qual mandou lenha nas fogueiras dos canecos  cariocas de 1947/1949/1950/1952. Em 1957, após passar pelo Bangu, encerrou a sua carreira, voltando a defender o Galícia. Quando pendurou as chuteiras, virou revendedor de carros. Depois, arrumou emprego como fiscal do IAPC, função que acumulava como vendedor de uma firma chamada Gastal. No final de sua vida, a sua situação financeira era difícil. Por aquele tempo, o jogador de futebol era improvidente e não costumava guardar o que ganhava. "foto reproduzida da revista "Globo Sportivo"). Agradecimento.
MANECA DAS CAPAS -  O craque vascaíno, também, mereceu capa na revista "Esporte Ilustrado". Pelo seu brilhante futebol. Foi na edição Nº 479, da temporada de 1947, quando o "Expresso da Vitória" trocou o seu maquinista, o montador uruguaio Ondino Vieira, por Flávio Costa.

“Maneca, valoroso defensor das côres do Vasco, que tem cooperado eficientemente na campanha dos líderes do atual certame carioca”, como diz o texto da época em que a palavra ‘cores’ era acentuada, foi capa, também, da “Esporte Ilustrado” Nº 922, de 8 de dezembro de 1955. Mas a publicação só faz referência ao seu futebol em um texto-legenda da página 17, aonde  uma pequena informa: ”À esquerda (logo abaixo da foto principal, das quatro clicadas por Vito Moniz), Maneca, Benito (adversário) e Vavá empenham-se numa disputa acirrada, tentando cabecear”. Segundo a semanário, naquele dia, o Vasco não atuou sem “o acerto costumeiro” e teve dificuldades para vencer o “valente adversário” Canto do Rio.
A partida, 4 de novembro, foi em São Januário, com arbitragem de Harry Davis e renda de Cr$ 56 mil, 217 cruzeiros. O Vasco jogou com: Hélio, Paulinho e Haroldo; Maneca, Orlando e Dario; Sabará, Valter, Vavá, Pinga e Paródi. Por esta escalação, publica pela revista, Maneca aparece atuando no que era chamado de “linha média”. A edição usa toda a página 2 com a foto de Pinga chutando, para marcar o seu segundo gol. E diz que “o artilheiro vascaíno teve brilhante atuação”... e que ...”aproveitando otimamente as oportunidades ... assinalou dois tentos que decidiram a porfia em favor do Vasco”. Na página 4, José Rebello passou “observações” e William Guimarães desenhou os gráficos dos tentos do artilheiro.
 A análise da rodada está na folha 5, onde Leunam Leite escreve que ... ”O Vasco, por sua vez, abateu discretamente o Canto do Rio, encontrando muita resistência, mas com isso manteve a sua privilegiada situação” – de líder na 4ª rodada do returno do Campeonato Carioca de 1955, com 27 pontos (vitória valia dois) ganhos e 3 perdidos, marcando 33 e sofrendo 7 gols, em 15 jogos. Na continuação da matéria, na página 20, o redator escrevia, abaixo do título “ Triunfo discreto do líder, que ...” sem contar com uma linha média eficiente, os vascaínos deram ensejo a que os cantorrienses lhes oferecessem obstinada resistência”. Mas ressaltava que...” a contusão do jovem centro-médio Orlando, influiu, sem dúvida, na queda de produção do time”. (LEIA SOBRE MANECA, TAMBÉM, NA DATA 28.01.2013).

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