Membro da “Turma da Colina”, entre o segundo semestre de 1978 a 1980, o
goleiro Emerson Leão, também, foi convocado, como cruzmaltino, para a Seleção
Brasileira. O mesmo que ocorreu com Tostão, e poucos sabem.
Nascido
em 11 de julho de1949, Leão é paulista, de Ribeirão Preto, e vem sendo o
goleiro brasileiro que mais disputou Copas do Mundo - 1970, 1974, 1978
(capitão) e 1986–, tendo sido campeão na de 70, no México, na reserva, sem
jogar. Não jogou, também, em 1986, durante o segundo Mundial organizado pelos
mexicanos. Mas, na Alemanha, em 1974, e na Argentina, em 1978, entrou em 14
partidas, obtendo 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, sofrendo 7 gols.
Totalizou 105 jogos canarinhos, com 64 vitórias, 30 empates, 11 derrotas e 69
gols sofridos.
Leão
engrossou, na Seleção, o caldo de vascaínos canarinhos por sete partidas,
tendo a primeira sido o amistoso, em 17 de maio de 1979, quando o Brasil goleou
o Paraguai, por 6 x 0, no Maracanã, diante de 60.627 pagantes, que
aplaudiram os gols de Zico (3, um de pênalti), Nilton Batata (2) e Éder Aleixo.
Convocado pelo treinador Cláudio Coutinho, naquele time “matador”, ele teve a
companhia de um outro cruzmaltino, Roberto Dinamite, tendo a formação sido:
Leão; Toninho Baiano, Amaral, Edinho e Leovegildo Júnior; Carpegiani (Cerezo),
Falcão e Sócrates; Nilton Batata (Dinamite), Zico e Éder (Zezé).
SACOLA CHEIA - 31 de
maio, o Leão vascaíno esteve em uma outra goleada: 5 x 1 Uruguai, no mesmo
“Maraca” e sem mais vascaínos do seu lado, embora Abel Braga, Marco Antônio e
Guina tivessem sido convocados para o novo amistoso. Antes do jogo, o já
extinto Conselho Nacional de Desporto anunciou a criação da Confederação
Brasileira de Futebol, que seria oficializada em 24 de setembro. Era o fim da
Confederação Brasileira de Desportos.
COPA AMÉRICA - Além de Leão, o técnico Cláudio Coutinho
só incluiu mais um vascaíno, Roberto Dinamite, titular e autor de um gol, de
pênalti, aos 30 minutos, de Brasil 1 x 2 Bolívia, no Estádio Olímpico
Miraflores, em La Paz, em 26 de julho do mesmo 1979, perante 40 mil pagantes.
Naquela partida, o Vasco fez um resgate: desde 1923, quando o titular nos seis
jogos foi Nélson Conceição, um goleiro da Colina não era titular na Copa América
que, antes, chamou-se Campeonato Sul-Americano.
Leão
fechou o gol nos 2 x 1 da recuperação, em 2 de agosto, contra os argentinos, no
Maracanã, assistido por 118.458 pagantes, em época de Copa América sem sede
fixa e com as convocações feitas jogo a jogo. Para este compromisso, não houve
cruzmaltinos. Como, também, para o troco aos bolivianos, 2 x 0, no Morumbi-SP,
em 16 de agosto; os 2 x 2 Argentina, no Monumental de Nuñez, no dia 23, e as
semifinais, com os paraguaios, que eliminaram os brasileiros, por 2 x 1, em 24
de outubro, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e 2 x 2, no Maracanã,
uma semana depois.
FIM DE PAPO - Encerrada a
fase do Leão vascaíno canarinho, a “Turma das Colina” levou dois anos para ter
um outro membro convocado para a Seleção Brasileira, o apoiador Dudu” Coelhão”,
chamado por Telê Santana, mas que não o escalou em Brasil 2 x 1 Chile,
amistosamente, em 14 de março de 1983, em Ribeirão Preto-SP.
Leão
totalizou 104 jogos pelo escrete brasileiro. Contra seleções nacionais,
foram 81 jogos, com 46 vitórias, 25 empates, 10 derrotas e 54 gols
sofridos. Diante de combinados, fez 24, vencendo 18, empatando cinco e perdendo
um. Neles, sofreu 15 gols. Os títulos de Leão pela Seleção foram: Copa do
Mundo-1970; Copas Rocca-1971 e 1976; Taça Independência-1972; Torneio
Bicentenário de Independência dos Estados Unidos-1976; Taça do Atlântico-1976 e
Taça Oswaldo Cruz-1976.
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