ESQUINA MARACANIZADA DA LUSOFONIA

O Vasco da Gama não viajava mais pelo Expresso da Vitória, saído dos trilhos após o título do Campeonato Carioca-1952. Em maio de 1954, começara o Torneio Rio-São Paulo, e a Turma da Colina decepcionava, levando 1 x 4 Flamengo; 1 x 4 Corinthians; 1 x 2 América-RJ e 0 x 1 Santos - além de 1 x 1 Palmeiras. Veio, então, a rodada do 3 de junho, quando o mundo só falava da semifinais da Copa, na Suíça. Naquela oportunidade, o Almirante adentrou às quatro linhas e, no field do Maracanã, em um sábado, fez grande exibição, mandando 3 x 2 Portuguesa de Desportos, diante de 8.255 pagantes.                                           

Ademir abre a conta, fotografado por Nílton Viana

Aos 11 minutos, com uma impressionante arrancada em direção ao gol, o seu então seu chamado rush, Ademir Menezes fez 1 x 0. Ele mesmo, aos 17, finalizou jogadas iniciada por Laerte, que serviu Alfredo II, que o serviu. Aos 24, AmaurY driblou vários adversários, aproximou-se da área fatal dos paulistanos e fez a bola passar pelo ângulo esquerdo defendido pelo goleiro deles, como conta a revista carioca Manchete Esportiva – Nº 848, de 7 de julho de 1954.Mas, como é costume no futebol brasileiro, com três gols de frente, os vascaínos desinteressaram-se pela partida e, durante os cinco minutos finais, a Lusa marcou dois tentos, terminando a peleja em Vasco 3 x 2 - gráfico abaixo desenhado por William Guimarães, contando com observações de José Romeu

O placar deixou o Almira no sexto lugar, com sete pontos ganhos, em nove jogos, distante seis do topo da classificação – marcara 13 e levara 17 bolas na redes. Treinado por Flávio Costa, o time vascaíno alinhou: Barbosa, Dario e Bellini; Amaury, Laerte e Beto; Alfredo II (Iêdo), Ademir (Naninho), Vavá, Alvinho e Hélio.