Vasco

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sexta-feira, 21 de julho de 2023

HISTÓRIA DA HISTÓRIA-JOGO DO SÉCULO-2

Se o Real Madrid era o melhor times do mundo,  o Vasco da Gama tinha  os campeões mundiais Bellini e Orlando, e atletas que haviam passado pela Seleção Brasileira, como Coronel, Écio, Paulinho de Almeida, Sabará, Delém e Pinga. Até antes do amistoso com o Real Madrid, o maior público no Maracanã fora o de 16 de julho, da final da Copa do Mundo: 199.854 presentes, dos quais 173.850 pagaram para entrar.

Com a imprensa carioca badalando o encontro, os dois times iriam para o seu quarto duelo, um desempate, já que rolava uma vitória para cada lado e uma igualdade. Era o Jogo do Século, como a imrepnsa o promovia, mesmo com o Vasco saído de quinto lugar no Campeonato Carioca. Mais de 140 mil foram ao Maracanã, dos quais 122.038 compraram ingresso, gerando o maior público de jogo de um clube sul-americano.

Humberto, Paulinho, Bellini, Écio, Orlando e Coronel, em pé; Sabará, Delém, Wilson Moreira, Lorico e Pinga, agachados, iniciaram a "partidaça".

Quando o árbitro argentino Juan Brozzi chamou os capitães Bellini e Gento para sortear a saída de bola, havia dezenas de fotógrafos pelo gramado, mas nenhum conseguia fazer Di Stefano posar. O estrelismo do Real Madrid era tamanho que os seus atletas nem cumprimentaram os vascaínos. Por protocolo, só os presentearam, com relógios de ouro - e receberam flâmulas.

A apaziada se superou durante segundo tempo e quase vira o placar

 Quando a bola rolou, o Real tinha Del Sol e Puskas, pela meia esquerda, deixando a direita para penetrações de Vidal e Canário, que infernizava a vida de Coronel. Aos poucos, Di Stefano foi mostrando precisão nos passes, inteligência nos deslocamentos e fazendo corridas inesperadas, para livrar-se dos marcadores. E distribuindo ordens. Seu treinador nem se manifestava, ao contrário do estreante técnico vascaíno, Martim Francisco, que gesticulava e berrava muito, segurando os suspensórios.

Com futebol rápido e brilhante, o Real Madrid agradava. Aos 14 e aos 15 minutos, fez  2 x 0, com gols de Del Sol e Canário. Reclamando muito do calor da noite carioca, os madrilenhos saíram para o intervalo, recebendo água mineral em suas cabeças. Para o segundo tempo, uma novidade: o árbitro usando camisa amarela, substituindo o preto total  da etapa inicial, sugerido pelo bandeirinha Alberto da Gama Malcher –  Eunápio de Queirós foi o outro – , para não ser confundido com os cruzmaltinos. 

    Pinga bateu pênalte e pigou na rede do melho time do mundo 

Enfim, quem esperava por uma goleada do Real Madri viu o Vasco se superar. Aos sete minutos, Casado marcou gol contra, se enrolando durante jogada trabalhada pelo estrenate Da Silva. Aos 17, Pinga empatou, cobrando pênalti, sofrido por Delém. Depois, a Turma da Colina andou criando chances de gol e quase vira o placar. De quebra, a sua torcida vaiou Di Stefano, quando este foi substituído. E o duelo ficou nos 2 x 2, no placar e no total dos dos confronto.s

O Vasco foi: Humberto Torgado (Miguel); Paulinho de Almeida, Bellini e Coronel: Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira (Da Silva), Lorico (Waldemar) e Pinga. O Real Madrid teve: Dominguez; Marquitos (Michel), Santamaria (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del Sol, Di Stefano (Pepillo), Puskas e Gento. 

Fotos reproduzidas de Revista do Esporte (time possado) e  Revista do Vasco Nº 8, de abril de 1961

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