Você
já ouviu falar de um país chamado Brasil? Provavelmente, sim. Talvez, até
tenha nascido nele. Caso nenhuma dessas alternativas sejam verdadeiras, fique sabendo
que o tal está localizado em um diálogo de Platão. Mais precisamente, no livro "O
Banquete", escrito 380 temporadas antes de Jesus Cristo pintar por
estes plagas, e o interprete. É um dos diálogos do carinha em que o tema é o
amor.
Muito
bem! O que você vai achar por lá? Platão conta que os deuses tinham criado o
homem e a mulher possuindo os dois sexos. Mas, como estas criaturas tornaram-se
orgulhosas, ele as puniu, deixando-as com um só. Foi então que elas
começaram a busca eterna pela metade perdida.
De tanto
perseguir o que perdera, o homem, no Brasil, passou a chamar o que ficara com a
mulher de "perseguida". E a revista "Manchete", de 3
de agosto de 1996, exalando todo o bom humor do carioca, sem citar o nome do
autor da brincadeira, publicou esta charge que ilustra a p página, bem criativa, dizendo que o Brasil
é o país certo, no lugar certo. E o transforma em cabeleira da
"perseguida".
O chargista via o Brasil com cara daquela caixinha de porcelana que as mulheres portuguesas de antigamente usavam para guardar joias. De quebra, deu a "perseguida" de presente pra você, com o avisa no alto da página.
O chargista via o Brasil com cara daquela caixinha de porcelana que as mulheres portuguesas de antigamente usavam para guardar joias. De quebra, deu a "perseguida" de presente pra você, com o avisa no alto da página.
Cá
entre nós: você não é obrigado a aceitar a “perseguida da Manchete”. Afinal,
tem gente que não gosta, ou não gostava dela. Por exemplo, os ditadores que
mandaram no Brasil, por mais de 20 temporadas, a partir de 1964. Eles gostavam
de quê? – da ditadura.
Pois
é! No dia em que Platão contou a história da "perseguida",
durante uma festa que rolou em um tremenda “night” de bebedeira na casa de
Agatão, poeta trágico ateniense, entre os presentes estavam Fedro,
garotão retórico; o médico Eriximaco; o político Alcebíadas; o comediante Aristófanes,
que ridicularizava Sócrates; Aristodemo, amiguinho de Sócrates
e Pausânias, amante de Agatão. Dessa patota, só quem não gostava da
"perseguida" isto é, do "mapa do Brasil da Manchete",
era Sócrates. Embora vivesse em uma democracia, ele preferia uma "ditadura"- o que já fez brasileiros levarem muito ferro.
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