Tenho um amigo que vive
pegando no meu pé, porque o Botafogo ganha todas as decisões contra o Vasco. O
meu tio Dedé manda eu responder que o
time deles sempre foi um ‘esfria sol’ pra gente. Pode me informar uma
preliminar em que eles esfriaram o termômetro?” Pedro Osório, de Barra Mansa-RJ.
Pois é, Pedro! Futebol tem disso. O Botafogo é freguês, desde o
primeiro jogo contra o Vasco, em 23 de abril de 1923. Deve 52, dificílimo de
tirar. Como os dois times só se encontram, atualmente, quatro vezes por temporada,
os vascaínos teriam que passar 13 anos perdendo todas, para eles igualarem a
conta. Mas, realmente, levam a melhor nas decisões. A rapaziada só se deu
bem na decisão do Torneio Inicio de 1944 e na Taça Guanabara de 1965.
No que diz respeito aos “apaga-sol”, prezado “vasconauta”, já houve muitas
rodadas-duplas no futebol carioca. O “Kike” separou a sétima do terceiro turno da Taça Guanabara
de 1972, quando o Vasco liderava. No jogo principal, a “Turma
da Colina” ficou no 0 x 0, com o Flamengo, em 20 de agosto, no Maracanã. Na preliminar, jogando para o cimento armado, com o estádio
ainda vazio, Botafogo 0 x 0 América.
O Vasco daquela noite foi: Andrada; Paulo César (tinha o apelido de
“Menina de Tranças”, por usar cabelos muito longos), Miguel, Moisés e Eberval; Alcir
e Buglê; Jorginho Carvoeiro (Jaílson), Tostão, Silva “Batuta” e Ademir. O público,
de 78.970 pagantes, evidentemente, teve maioria vascaína, pois quem lidera mexe
mais com a galera. Logo, o “esfria-sol” Botafogo mordeu umas migalhas graças a quem? Entre de sola no lance com o amigo alvinegro. Tá valendo?
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