Vasco

Vasco

terça-feira, 16 de abril de 2013

ANIVERSARIANTES - COCADA E DÉ "ARANHA"

Aos seis anos de idade, o garoto Luís Edmundo Lucas Correia era louco por uma codada. Então, combinava com os comerciantes de sua terra, Campo Grande-MS, varrer as suas calçadas, em troca do seu doce predileto. De quebra, ganhou um apelido condizente com o seu paladar
Revelado pelo Operário-MS,  Cocada fazia parte de um grupo que tinha Zico como o maior craque brasileiro, em 1983. Só que não agradou ao técnico Carlinhos (Luís Carlos Nunes) e foi convidado a se retirar da Gávea. Rodou por Guarani, de Campinas-SP; Santa Cruz-PE; Americano, de Campos-RJ, e Farense-POR. Cinco anos depois, era um lateral-direito sem muito prestígio com a torcida vascaína.  Até a noite de 22 de junho de 1988. Naquela data, o Vasco pisava no gramado do Maracanã, podendo ser bi estadual. Bastava empatar, pois havia vencido o seu maior rival, três dias antes.
 Assim que o juiz Aloísio Viug mandou a bola rolar, o Fla mostrou, logo, que queria vingança. Seu te era fortíssimo – Zé Carlos, Jorginho Amorim, Aldair, Edinho Nazaré, Leonardo, Andrade, Aílton, Alcindo, Renato Portaluppi, Bebeto, Zinho. O Vasco, no entanto, não ficava atrás,com a sua torcida dizendo que iria  “fazer a quadra”, já que a galera  vencera o rival nos três últimos  jogos do Estadual –  08.05.1988 - 1 x 0; 12.06.1988 –  3 x 1; 19.06.1988 – 2 x 1.
O público da noite do 22 de junho daquele 1988 era ingrato para o tamanho do “Clássico dos Milhões. Apenas 31 .816 torcedores comparam ingressos. Decepcionante mesmo! E mais decepcionante era o placar preguiçoso. Com o cronômetro correndo para o final da partida, o treinador cruzmaltino, Sebastião Lazaroni, tirou o ponta-direita Vivinho e mandou Cocada pra guerra. Este entendeu tudo ao pé da letra. Entrou, aos 41; recebeu um passe, soltou uma bomba e marcou o gol do título, aos 44; tirou a camisa, correu para o banco rubro-negro e tripudiou em cima de Carlinhos. E foi expulso, aos 45. Sua atitude  transformou o final do clássico em um festival de pancadaria. Mas só ele e Romário foram expulsos do gramado.
O Vasco do rebu de Cocada foi bi com: Acácio; Paulo Roberto, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani, Henrique e Bismarck; Vivinho (Cocada) e Romário. No jogo seguinte, em 4 de setembro, pelo Campeonato Brasileiro, a rapaziada fez a “quina”, mandando um outro 1 x 0 pra cima do Flamengo.  



2 - DÉ "ARANHA" - Ele nasceu, em 16 de abril de 1948, para ficar na história vascaína por um, entre muitos detalhes especiais: marcou o primeirRo gol do Club de Regatas Vasco da Gama em Campeonatos Brasileiros. Foi  em 15 de agosto de 1971, em Vasco 1 x 0 Fluminense, no Maracanã. Eram decorridos 22 minutos do primeiro tempo, como falavam os cronistas esportivos de antigamente, quando o Domingo Elias Alves Pedra mandou o goleiro do Flu buscar a “maricota” no “fundo da sua cidadela”.
Antes de bater no filó tricolor, o Vasco ficara no 0 x 0, com o Ceará Sporting, no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza, e caído diante do Santa Cruz-PE, por 0 x 1, no Arruda, em Recife.
No jogo em que Dé aconteceu, José Aldo Pereira-RJ apitou o clássico carioca que rendeu Cr$ 137.831,00, com o “Time da Colina” escalado, por Paulo Amaral, contando com: Andrada; Fidélis, Miguel, Moisés e Alfinete: Afonsinho, Alcir Portella e Bugleaux; Luís Carlos Lemos (Nenê), Dé e Rodrigues.
 O Vasco foi buscar Dé no ataque do Bangu. Rápido e malandro, ele formou, com Roberto Dinamite, uma das mais famosas duplas atacantes da Colina, na década-1970. Corria até uma piada engraçada, pela qual o torcedor atrasadinho indagava ao vizinho de arquibancada: “Cheguei antes, ou depois do pênalti?”  Na época, era grande o número de gols assim marcados pelos vascaínos, devido aos pênalti malandros cavados por Dé.
Além da Colina, o atacante passou, também, pelo rival Botafogo. No exterior, defendeu o português Sporting e o El Helal, da Arábia Saudita. Ele já experimentou, ainda, as carreiras de treinador e de comentarista esportivo. 

Um comentário:

  1. Ao contrário do que falam, o famosos gol de Cocada na verdade não foi decisivo e nem deu o título para o Vasco da Gama, pois ao time da Colina bastava apenas um empate, ou seja mais um ponto. Vejamos: o Flamengo venceu o Primeiro Turno, e o Vasco da Gama, o Segundo. O Terceiro Turno, vencido também pelo Vasco conferiu ao Gigante da Colina, o direito de ir para a FINAL com o Flamengo levando a vantagem de 1 ponto numa disputa melhor de quatro pontos. Ora, o Vasco, que ganhara dois pontos em 19/06/1988 ao vencer o Flamengo por 2x1, totalizava, portanto, 3 pontos. Faltava apenas um para chegar aos 4. Um simples empate no jogo de 22/06/1988, portanto, lhe daria o título. Dessa forma, o famoso gol de Cocada não foi decisivo para o título. Apenas confirmou, carimbou aquela conquista, e a excelente oportunidade das brincadeiras na distribuição dos doces aos adversários... Resumindo: o VASCO DA GAMA sobrou no Campeonato...

    ResponderExcluir