Vascaíno, entre 1986 e1990, Mazinho, na verdade, era um supercruzmaltino. Para defender, ou ajudar a sair da defesa , o treinador poderia contar com ele pelas das duas laterais e, ainda, pela cabeça-de-área; Quer dizer: era um polivalente.
Paraibano, de Santa Rita, Mazinho, isto é, Iomar do Nascimento, estreou no planeta, em 8 de abril de 1986, dois meses antes de a Seleção Brasileira ir tentar o tri, na Inglaterra. Com 1m71cm de altura, pesando, sempre, 67 quilos, ele fez 191 jogos e marcou 10 gols para a “Turma da Colina” . Foi bicampeão estadual-RJ, em 1987/1988, e brasileiro, em 1989, mesma temporada em que, como vascaíno, sagrou-se campeão da Copa América, pela Seleção Brasileira.
Quando chegou à Colina, como juvenil, Mazinho avisou, rápido, que era um cabra arretado” chegado do Nordeste. No time júnior, atuava como volante. E, assim, foi promovido ao grupo principal, porque o miolo estava congestionado por “feras”, como Geovani, Henrique, Vítor, Gersinho e Josenilton. Então, ele foi deslocado para a lateral-esquerda, onde fixou titularidade. Mas o treinador Antônio Lopes o escalou muito, na “meiuca”, durante a temporada-1986, naquele time que atacava com Romário e Roberto Dinamite, e se defendia com gente da estampa de Donato, que naturalizou-se espanhol e jogou pela“Fúria”, apelido da seleção da Espanha.
CABRA ARRETADO - Se, em 1986, Mazinho tinha que disputar a lateral-esquerda, com Lira e Paulo César, no ano seguinte, já era o dono do pedaço, em um time pouco mexido. Na defesa, Antônio Lopes só trocou o goleiro Paulo Sérgio, por Acácio, e Fernando, por Morôni. Com Mazinho na lateral – a direita era do gaúcho Paulo Roberto –, Dunga e Tita entraram no meio-de-campo. Em 1988, Mazinho teve sangue novo do seu lado, coma as chegadas de Sorato, William, Zé do Carmo e Bismarck, companheiros do título do Brasileirão de 1989, de uma turma que incluía Bebeto e outros coras, como Luís Carlos Winck e Marco Antônio Boiadeiro.
Ganhador de três títulos estaduais e de um nacional, logo, Mazinho só poderia ser mesmo um “cabra-da-peste”. E não deu mais para o “Almirante”mantê-lo em sua esquadra. Aportou no italiano, Lecce, em 1990. Mas demorou pouco. No ano seguinte, quem queria tirar as provas do seu veneno nordestino era a Fiorentina. Mazinho voltou ao Brasil, para ser palmeirense, entre 1992/1994. Neste último ano, integrou a Seleção Brasileira tetracampeã da Copa do Mundo dos Estados Unidos, jogando ao lado de Dunga, Bebeto e Romário, velhos parceiros de São Januário.
Depois do Mundial, Mazinho regressou à Europa, para defender, de 1994 a 2000, os espanhóis Valência, Celta, Elche e Deportivo Alavés. Em 2001, encerrou a sua história nos gramados, com a camisa do Vitória da Bahia. Seus tempos vascaínos lhe renderam, também, por três temporadas, um dos maiores trofeus que um atleta brasileiro pode conquistar por aqui, a “Bola de Prata”,que a revista “Placar” confere aos melhores do Campeonato Brasileiro. Mazinho a levou em 1987/1988/1989
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