Vasco

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domingo, 5 de maio de 2013

VASCO NAS PRIMEIRAS REPÚBLICAS

O Club de Regatas Vasco da Gama nasceu – 21 de agosto de 1898 – homenageando um almirante protegido por um rei lusitano, mas sempre viveu sob o regime republicano.  Por aquela época, o país tinha um presidente – Prudente de Morais – eleito, pela primeira vez, por uma sigla partidária – Partido Republicano Federal – e o clube chegava para se dedicar ao remo.
Enquanto os vascaínos remavam, Prudente de Morais tentava debelar uma crise causada por forte depressão econômica, advinda da desordem administrativa e dos desentendimentos políticos no governo anterior, do marechal Floriano Peixoto. Foram os tempos da Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul; de questões limítrofes com a Argentina; de entraves diplomáticos com Portugal; de disputa, com a Inglaterra, por possessões marítimas, e da guerra de Canudos.

PRUDENTE DE MORAIS se foi, Campos Salles o sucedeu e Rodrigues Alves chegou projetando transformar a capital do país em uma metrópole. Para isso, era preciso sanear e urbanizar o Rio de Janeiro. Enquanto o sanitarista e Oswaldo Cruz e o engenheiro Pereira Passos cuidavam disso, nos dois últimos anos do governo, o Vasco botou abaixo o domínio dos primeiros campeões cariocas de remo  – Gragoatá (3 títulos); Boqueirão do Passeio (2); Botafogo e Santa Luzia – e conquistou o seu primeiro campeonato carioca, em 1905, bisado no ano seguinte. No entanto, os remadores cruzmaltinos já sabiam vencer desde 4 de junho de 1899, quando o governo Campos Sales consolidava os interesses das oligarquias rurais, principalmente dos cafeicultores paulistas. Foi por ali que os vascaínos venceram uma prova promovida pela União de Regatas Fluminense. A fase era de inflação insuportável, de moeda desvalorizada, diariamente, e de o principal produto de exportação nacional, o café, sem conseguir bons preços no mercado internacional.

DEPOIS DO BI-1905/1906, o Vasco voltou a ser campeão, isto é, tri, de 1912 a 1914. Já eram os tempos do governo do marechal Hermes da Fonseca, apoiado pelas oligarquias gaúchas e mineiras, para adotar uma política econômica conservadora, jogando com  a regulação de preços e a compra e a estocagem da produção cafeeira. O tri vascaíno no remo foi em uma fase de decisões políticas polêmicas e conflituosas do presidente da república, que governava com a exclusão de grande parte da sociedade brasileira.

FUTEBOL – Ao final de 1915, o Vasco aderiu ao futebol, para disputar o Campeonato Carioca da Terceira Divisão, na temporada seguinte.  O país era governado por Venceslau Braz, que reatava as ligações matreiras entre Minas gerais e São Paulo, para retomar a política do “café-com-leite”. Quando os vascaínos disputavam a sua segunda temporada futebolística, em 1917, o homem assinava declaração de guerra à Alemanha, por afundar navios mercantes brasileiros.        

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