Vasco

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

CORREIO - O MILONGUEIRO DA COLINA


"É verdade que um treinador do Vasco, que era argentino, já comandou a Seleção Brasileira?" Eunice da Costa, de Rio Verde, em Goiás.
Verdade, goianinha! Um treinador argentino já dirigiu a Seleção Brasileira, sim. E o Vasco, também.  Neste segundo caso, nada de extraordinário, pois a “Turma da Colina” já teve comandantes uruguaios (Ramón Platero, Carlos Scarone e Ondino Vieira)  e inglês (Harry Welfare).
No primeiro caso, lá em cima, o “hermano” passou, primeiro, pela Colina. Foi um cara baixinho, de 1m60, chamado por Nelson Filpo Nuñes, nascido em Buenos Aires (19.08.1917), mas diplomado treinador pela Associação Chilena de Futebol. Antes de ser um cruzmaltino, passara pelo Independiente, de Mendoza, em seu país, e equipes do Uruguai, Chile, Equador, Venezuela, Peru, Colômbia, Portugal e Bolívia.  Com tanta rodagem, antes de ser umcruzmaltino, no Brasil, já tinha passado por Cruzeiro-MG; Comercial-SP, Atlético-PR; Guarani de Campinas-SP; América de São José do Rio Preto-SP;  Portuguesas Santista-SP; Jabaquara-SP e Santos. Dirigiu a Seleção Brasileira em uma situação incomum: treinava o time do Palmeiras, que representou o Brasil em uma partida contra o Uruguai, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Fã do bife bem passado, com salada mista e batata, Filpo era casado com a brasileira Marlene Rodriguez, que lhe enchia a boca de água, com os seus doces, nas sobremesas.  De tão abrasileirado que ficou, tornou-se devoto de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Portanto, dá pra perdoá-lo. Era um argentino meio-brasileiro.







 

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