"É verdade
que um treinador do Vasco, que era argentino, já comandou a Seleção
Brasileira?" Eunice da Costa, de Rio Verde, em Goiás.
Verdade,
goianinha! Um treinador argentino já dirigiu a Seleção Brasileira, sim. E
o Vasco, também. Neste segundo caso, nada de extraordinário, pois a
“Turma da Colina” já teve comandantes uruguaios (Ramón Platero, Carlos Scarone
e Ondino Vieira) e inglês (Harry Welfare).
No
primeiro caso, lá em cima, o “hermano” passou, primeiro, pela Colina. Foi um
cara baixinho, de 1m60, chamado por Nelson Filpo Nuñes, nascido em Buenos Aires
(19.08.1917), mas diplomado treinador pela Associação Chilena de Futebol. Antes
de ser um cruzmaltino, passara pelo Independiente, de Mendoza, em seu país, e
equipes do Uruguai, Chile, Equador, Venezuela, Peru, Colômbia, Portugal e
Bolívia. Com tanta rodagem, antes de ser umcruzmaltino, no Brasil, já
tinha passado por Cruzeiro-MG; Comercial-SP, Atlético-PR; Guarani de
Campinas-SP; América de São José do Rio Preto-SP; Portuguesas
Santista-SP; Jabaquara-SP e Santos. Dirigiu a Seleção Brasileira em uma
situação incomum: treinava o time do Palmeiras, que representou o Brasil em uma
partida contra o Uruguai, no Mineirão, em Belo Horizonte.
Fã do
bife bem passado, com salada mista e batata, Filpo era casado com a brasileira
Marlene Rodriguez, que lhe enchia a boca de água, com os seus doces, nas
sobremesas. De tão abrasileirado que ficou, tornou-se devoto de Nossa
Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil. Portanto, dá pra perdoá-lo. Era um
argentino meio-brasileiro.
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