Vasco

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sábado, 26 de abril de 2014

HOJE É O DIA DO GOLEIRO

 Homenagem merecida ao único homem de um time que não pode falhar. A idéia foi dos então tenente Raul Carlesso e capitão Reginaldo Bielinski, professores da Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, entusiasmados com o sucesso de um método de treinamento desenvolvido pelo primeiro e que permitiu, na década-70, a evolução da turma que não deixa a gama crescer onde pisa.
A primeira comemoração ocorreu em 14 de abril de 1975, reunindo, no RJ, goleiros do então presente e do passado, além de várias outras pessoas ligadas ao futebol. No entanto, para homenagear o goleiro Manga (Aílton Corrêa de Arruda), campeão brasileiro em 1975/976, pelo Internacional-RS, e um dos maiores da história da camisa 1 no país, ídolo da torcida do Botafogo, por mais de 10 anos, trocou-se a data, em 1976, para 26 de abril, coincidindo com o nascimento do homenageado – em 1937, na pernambucana Recife.
O Vasco já teve grandes “arqueiros”, como eram chamados os goleiros, antigamente. O maior de todos foi o paulista Moacir Barbosa (27.03.1921 a 07.04.2000), vascaíno por duas vezes, de 1945 a 1955, e de 1958 a 1960, tendo disputado 417 jogos com a Turma da Colina. Antes dele, o mais famoso fora o carioca Jaguaré Bezerra de Vasconcelos (14.05.1905 a 27.08.1946), que ficou pela Colina entre 1928 e 1931. Primeiro goleiro brasileiro a usar luvas, por ter jogado na Europa, foi, também, o primeiro a cobrar um pênalti, também jogando entre os europeus. Depois dele, foi o reinado do paranaense José Fontana, o Rei (19.03.1912 a 03.04.1986), de 1933 a 1938.
Como a década-40 foi dominada por Barbosa – até 1953, titular absoluto –, em 1956, surgiu uma boa briga entre o carioca Carlos Alberto Martins Cavalheiro (21 de janeiro de 1932) e Miguel, no grupo campeão carioca da temporada. Por ser militar, da Aeronáutica – chegou a brigadeiro – Carlos Alberto jamais se profissionalizou. A partir de 1959, uma outra boa briga pela camisa 1 foi travada por Ita (José Augusto da Silva) e Humberto Torgado. O primeiro, um mineiro de Alfenas, (16.07.1938), esteve vascaíno até 1966. Em São Januário, Ita (foto/E) conheceu e casou-se com a nadadora vascaína Walda Vieira da Silva, que fora, também, Rainha do Carnaval Carioca. De sua parte, Humberto (foto/D) foi cruzmaltino até 1965. Mais tarde, foi supervisor técnico, tendo lançado o ex-lateral-direito Joel Santana no comando do time de juniores, e contratado, em 1970, um dos mais vitoriosos treinadores do Vasco nos últimos 40 anos, Antônio Lopes.
Na década-70, quem ‘reinou’, absoluto, em São Januário, foi argentino Edgardo Norberto Andrada. Nascido em 21 de janeiro de 1939, em Rosário, ele vestiu a 1 da cruz de malta, entre 1969 e 1975. Campeão carioca, em 1970, e brasileiro, em 1978, foi eleito, pela revista Placar, o melhor goleiro do Brasileirão de 1971. Em 1979, quem estava debaixo das traves já era o paulista, de Ribeirão Preto (11.07.1949) Emerson Leão. Ficou só até 1980, tendo jogado 24 vezes.
Leão, medindo 1,82 de altura, chegou ao Vasco com o currículo de ter sido o goleiro brasileiro que mais disputou Copas do Mundo – 1970 (sem jogar), 1974,1978 (capitão) e 1986 (sem jogar). Na Alemanha-74 e na Argentina-78, fez 14 partidas, com 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, sofrendo 7 gols. Totalizou 105 jogos canarinhos, vencendo 64, empatando 30 empates, perdendo 11 derrotas e sofrendo 69 gols. Contra seleções nacionais, foram 81 jogos, com 46 vitórias, 25 empates, 10 derrotas e 54 gols sofridos. Diante de clubes e combinados totalizou 24 pelejas, ganhando 18, empatando cinco e perdendo só uma. Nelas, sofreu 15 tentos. Os títulos de Leão pela Seleção Brasileira foram: Copa do Mundo-1970; Copas Rocca-1971 e 1976; Taça Independência-1972; Torneio Bicentenário de Independência dos Estados Unidos-1976; Taça do Atlântico-1976 e Taça Oswaldo Cruz-1976.
Entre 1982 e 1991, o “Paredão da Colina” já era Acácio Cordeiro Barreto, de 1,87m de altura, nascido em Campos-RJ (24.01.1959). Seguríssimo em 162 jogos como titular, passava muita confiança ao time. Foi campeão brasileiro, em 1989; carioca, em 1982,1987 e 1988, e do Tofeu Ramón de Carranza, na Espanha, em 1987, 1988 e 1989.
O próximo grande goleiro vascaíno foi Fábio Deivson Lopes Maciel, de 1,88m de altura, natural de Nobres-MT (30.09.1980). Foi do Time da Colina, entre 2001 e 2004, tendo jogado 384 vezes e conquistado os títulos de campeão da Copa Mercosul e do Campeonato Brasileiro, ambos de 2000, e do Carioca de 2003. Também entra na galeria dos bons camisas 1 cruzmaltinos Hélton da Silva Arruda, de 1,89 m de altura, nascido em São Gonçalo-RJ (18.05.1978). Chegou ao Vasco aos 15 anos, como juvenil, e ficou até depois das Olimpíadas de 2000, ano em que passou a titular e disputou o I Mundial de Clubes da Fifa.





 

   12/04/2014 14:56 - NG/ES/CAMPEONATO CARIOCA/FLAMENGO X VASCO/APRESENTA

Em crise, Flamengo e Vasco lutam pelo título carioca no Maracanã

Por Ronald Lincoln Jr.

Rio, 12 (AE) - Mesmo com o prestígio do Campeonato Carioca em decadência, vencê-lo será muito importante para o decorrer da temporada de Flamengo e Vasco. Os dois rivais decidem o título a partir das 16 horas, no Maracanã. O time rubro-negro vive uma situação complicada após a eliminação precoce na Libertadores e, se perder neste domingo, terá de lidar com uma inevitável crise na Gávea. Já o Vasco, depois da péssima campanha no último Brasileiro - que culminou no rebaixamento do time para a Série B -, pode ter na conquista do Carioca um empurrão para fazer uma boa temporada e voltar à elite do futebol.

Os dois times retornarão ao Maracanã para a segunda e decisiva partida da final da competição. A primeira, na semana passada, terminou empatada por 1 a 1. Para o Vasco ser campeão, terá de vencer o confronto. Um empate dá o título ao Flamengo. O último jogo da decisão contabilizou cerca de 60 faltas, oito advertências com cartão amarelo e uma expulsão, de Everton Costa, do Vasco. Neste domingo, o espírito de decisão deve mais uma vez tornar a partida corrida e bem disputada e ao mesmo tempo desprovida de qualidade.

A ausência de Everton Costa, suspenso automaticamente, gera a principal dúvida na escalação vascaína para a final. O técnico Adilson Batista fez mistério e ainda não revelou o substituto. Com características semelhantes às de Costa, o colombiano Montoya e o atacante William Bárbio disputam a vaga. O volante Guiñazu e o atacante

Edmílson foram poupados de alguns treinamentos durante a semana por sentirem dores musculares e devem ser dúvida até a hora do jogo.

O técnico Jayme de Almeida confirmou a escalação dos meio-campistas Luiz Antônio e Márcio Araújo, que não estavam inscritos na Libertadores. Os laterais Léo Moura e André Santos ficaram fora do Campeonato Carioca por mais de um mês, poupados para a competição sul-americana e por causa de contusão, mas estão confirmados para essa

final. Por isso, com exceção de Hernane, que segue sob cuidados médicos, o comandante terá a equipe titular "ideal" à sua disposição.

O Flamengo é o clube que detém mais conquistas do Campeonato Carioca, até aqui foram 32, sendo a última delas alcançada por Ronaldinho Gaúcho e cia, em 2011. O Vasco vive um longo jejum, pois desde 2003 o time não levanta a taça do torneio estadual. Em sua história foram 22 títulos conquistados. O Fluminense tem 31. O Botafogo, 20. Depois, seguem, pela ordem, América (7), Bangu (2) e São Cristóvão e Paissandu (1 cada).

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO - Felipe; Léo Moura, Wallace, Samir e André Santos, Amaral, Márcio Araújo e Luiz Antônio; Paulinho, Everton e Alecsandro. Técnico: Jayme de Almeida.

VASCO - Martín Silva; André Rocha, Luan, Rodrigo e Marlon, Guiñazu, Pedro Ken e Douglas; Reginaldo, William Barbio e Edmílson. Técnico: Adilson Batista.

ÁRBITRO - Marcelo de Lima Henrique.

HORÁRIO - 16 horas.

LOCAL - Estádio do Maracanã, no Rio.

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