Diante do Flu, rolou uma das jóias raras do pernambucano |
Como o Vasco procurava
por um goleador com características "cabra retrinca", pra infernizar a vida dos goleiros, foi buscá-lo. E, já que a galera
cruzmaltina ansiava por “gols pintosos”,
ele pintou em São
Januário pronto a fazê-los.
Morenão
alegre, sempre portando um sorrido bem aberto, Mário considerava estes, pela ordem da descrição,
os seus gols mais bonitos, com a
jaqueta cruzmaltina. Confira, pela ordem narrada à "Revista do Esporte" Nº 341, de 18 e seembro de 1965:
1
- Campeonato Carioca-1964 – Vasco e
Bangu se pegavam, na Colina, quando ele recebeu um passe, pela extrema direita.
Vendo o zagueiro Joel Felício vindo atrás, caiu para a meia, a fim de permitir
o avanço do lateral. Joel avançou e ele passou-lhe a bola. Em seguida, correu
para dentro da área alvirrubra, enquanto o companheiro fintava, por duas vezes,
o ponta-esquerda deles, o Aladim, para fazer um centro na medida. “Pulei entre
(os zagueiros) Mário Tito, que é muito alto, e Nílton Santos (não é o
‘Enciclopédia”) e joguei a bola, de cabeça, no canto oposto ao que se
encontrava o goleiro Ubirajara (Motta). Parecia até que eu era feito de mola”.
3 –
Torneio Rio-São Paulo-1965 – Mario considerou o tento marcado em Vasco 3 x 0
Santos, como uma mostra de inteligência para quem estava no Maracanã. No lance, recuou, e o lateral-direito Joel
Felício o lançou, da metade do gramado. Viu o zagueiro santistas Modesto em seu
encalço e o enganou, ameaçando pular para um cabeceio. O adversário foi na onda
e errou o bote. “Virei o corpo e apanhei a bola na frente, perseguido pelo
Modesto, que tentava...me derrubar, segurar... Consegui...correr mais do que
ele e, mesmo acossado, mandei (a bola) à esquerda do (goleiro) Laércio, que já
vinha ao meu encontro”.
4 –
Torneio Rio-São Paulo-1965 – O adversário era o Palmeiras. Mário viu o lateral
Joel Felício e o atacante Célio Taveira trocando passes à entrada da área
alviverde, à espera da entrada de um companheiro. Então, o primeiro resolveu
arriscar. “Colocado quase dentro da área, interceptei o chute, driblei o
(zagueiro) Djalma Dias, na meia-lua (da grande área) e, virando o corpo,
rapidamente, chutei à meia altura, para o canto direito (defendido pelo goleiro
Valdir Moraes).
5 - Durante
a mesma partida contra o Palmeiras (02.05.1965), Mário marcou um outro gol
considerado dos seus mais bonitos. Aos
64 minutos, tabelou com Célio, que o lançou à frente. “Recebi (a bola) na
corrida..e meti o pé... com tanta vontade que nem o Valdir viu por onde a ‘menina’
entrou, conforme ele ...contou...Arremessei do bico esquerdo da pequena área...e
a bola entrou alta, no ângulo esquerdo”.
Fotos reproduzidas da Revistado Esporte |
6 –
Taça Guanabara-1965 - O Vasco mandava 3
x 0 pra cima do Fluminense, quando Mário
tabelou com Célio, dentro da área tricolor e marcou o primeiro dos seus gols dos
5 x 0. “Passei pelo (zagueiro) Procópio e, quando (o goleiro) o Edson
(Borracha) saiu (para tentar a defesa),
eu, caindo, empurrei a bola por debaixo do corpo dele”.
7-
Campeonato Carioca-1964 – Em Vasco 3 x 0 Bangu, em São Januário , o ‘Tililco”
marcou um gol que considerou “de muito efeito”. Recebera a bola à entrada da
área banguense, como se fora um meia-esquerda, e lançou o ponteiro Da Silva,
que foi à linha de fundo e centrou, para trás. “Eu, que já havia corrido para
dentro da área, dei um leve toque na pelota, que apanhou efeito e foi entrar
alta, no ângulo esquerdo (defendido pelo goleiro) de Cláudio (Mauriz)”.
8 - O último tento narrado por Mário foi de quando
ele disputou os seus primeiros jogos pela “Turma da Colina”, durante uma excursão
ao México, em 1963. A rapaziada via o Toluca
manter 1 x 0 no placar. Houve um lateral, Mário o cobrou, servindo o meia Viladônega,
que lançou o ponta-direita Joãozinho. “O João centrou para a grande área, onde
eu já estava. A minha cabeçada pegou em cheio na bola...” (empatando a partida
que terminou no 1 x 1).
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