Vasco

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

NEI OLIVEIRA, FIGURINHA CARIMBADA

Coragem, rapidez e oportunismo. Esta foi a receita que o centroavante Ney Oliveira passou ao repórter Eliomário Valente, pelo Nº 504, da Revista do Esporte, para os candidatos a artilheiro. De sua parte, o “escriba”, que o acompanhou de perto, porque era torcedor vascaíno, o definiu como “rápido, insinuante e voluntarioso”, além de vê-lo como um “jogador de fibra” e um dos mais perigosos do futebol carioca da década-1960.
 Na entrevista – de novembro de 1968 –,  Nei revelou quais foram os seus principais gols. E elegeu o mais bonito como tendo sido o segundo dos 2 x 0 sobre o Olaria, com a camisa do Vasco. Tão engraçado, que ele não sabia se a torcida ria pelo tento, ou pela situação embaraçosa em que ficou, ao fechar o placar. Estava na intermediária, quando Danilo Menezes atacava, pela ponta-esquerda. Correu para a área, quando Danilo centrou a bola à  meia-altura. No instante, estava a cerca de cinco metros longe do lance.  “Voei, peguei a bola no ar e fui cair dentro do gol, me embaralhando na rede. Foi um custo para me desvencilhar do barbante”, contou.
Um outro tento engraçado marcado por Ney, como cruzmaltino,  rolou diante do Botafogo, em cabeçada. A bola pingava na área, o goleiro Manga olhou para ele e preparou-se para a defesa. Nei sentiu-se debochado, como se o alvinegro estivesse fazendo pouco de sua altura. “Fiz um esforço grande, pulei mais alto do que ele, testei a bola e o gol estava consumado. Enquanto eu estava sendo abraçado...olhei para trás e vi o Manga dando socos no ar”, lembrou.
Nei citou, ainda, um terceiro gol marcado pela “Turma da Colina”, o qual considerou o seu mais engraçado. Diante do Fluminense. Nem esperava mais nada do lance, quando a bola bateu em uma de suas canelas e foi parar na rede tricolor. “Fiquei até sem jeito de receber os cumprimentos dos companheiros, pois achava que não era merecedor. Foi m gol sem trabalho”, definiu.           
Nascido em 6 de julho de 1944, em Piracicaba-SP, Ney de Oliveira, que a imprensa escrevia Nei Oliveira,  passou três temporadas –1967/1968/1969 – na Colina. Na primeira, teve três treinadores – Zizinho, Gentil Cardoso e Ademir Menezes – e estes colegas de time: Franz (Édson Borracha/Pedro Paulo), Jorge Luís, Brito (Sérgio), Fontana (Álvaro) e Oldair; Salomão (Paulo Dias) e Danilo Meneszs; Nei (Nado/Zezinho), Valfrido (Paulo Mata), Adílson (Paulo Bim) e Silva (Tião/ Luisinho). No ano seguinte, comandado pelo técnico Paulinho de Almeida, os companheiros foram Pedro Paulo; Ferreira (Jorge Luís), Brito (Sérgio), Fontana (Fernando) e Eberval (Lourival); Buglê e Danilo Menezes (Alcir/Beneetti); Nado, Nei (Adilson), Valfrido (Bianchini) e Silvinho.
A última temporada de Ney no Vasco foi de umtime muito confuso, com quatro treinadores: Pinga, Evaristo de Macedo, Paulinho de Almeida e Célio de Souza. O grupo teve: Andrada (Valdidr Aplle), Fidélis, Brito Moacir), Orlando Peçanha (Fernando/Renê) e Eberval (Dutra); Alcir e Buglê (Benetti/Valinhos); Luiz Carlos Lemos (Nado), Nei (Adílson), Valfrido (Bianchini) e Acelino (Silvinho/Raimundinho).   (foto de Nei (D) e Adílson reproduzida da Revista do Esporte) 

 

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