Vasco

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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

VASCO VASCONCELOS, O VASCAÍNO - 20

 Corria o Torneio Rio-São Paulo de 1933, e o Vasco teria o São Paulo pela frente, na rodada de 4 de junho, no campo do bairro da Floresta, em São Paulo – razão de aquele São Paulo ser conhecido por "São Paulo da Floresta". O "tal" é um dos pais do atual "Tricolor do Morumbi".
Pois bem! Pelas vésperas da partida entre cruzmaltinos e "florestinos", antes do embarque da deleção colineira para a capital paulista, o ex-almirante Vasco Vasconcelos, comandante de esquadras de um país que não tinha nem mar, avisou à moçada: "Tomem muito cuidado com um atacante deles, o Waldermar de Brito. O homem vê tudo, enxerga demais."

Pareceu que a turma não ouviu nada do que o ex-almirante havia falado. Realmente!  A "Turma da Colina" não ouviu os avisos sobre Waldemar de Brito e pagou caro. O cara  marcou os cinco gols (dois no primeiro tempo) da goleada são-paulina, por 5 x 1 – Russinho, fez o gol de honra da rapaziada.
Cavalheiro, além de almirante, Vasco Vasconcelos levou todo o time cruzmaltino - Jaguaré, Jucá e Itália; Maurão, Fausto e Molla; Orlando, Almir, Quarenta, Russinho e Carreiro –, além do treindor Harry Welfare, para cumprimentar Waldemar de Brito, depois do o jogo. Da sua vez, disse para o craque: "Continue enxergando assim, meu craque, vendo mais do que os outros" – passadas 23 temporadas, Waldemar de Brito enxergou Pelé.

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