O Vasco havia estreado na Taça Guanabara-1992, o primeiro turno do Estadual-RJ, empatando, com o Madureira, por 0 x 0, diante de 1.453 testemunhas, no dia 31 de agosto. O ex-almirante Vasco Vasconcelos, comandante de esquadras em um país que nem tinha mar, pagou um tremendo sapo para a rapaziada. Dias depois, ele foi a São Januário e a patota prometeu-lhe golear os próximos adversários, para compensar o seu aparreiro. E, assim, ficou combinado.
Veio o jogo de 2 de setembro, e o Vasco mandou só 1 x 0 pra cima do América, de Três Rios. Em São Januário ! Vasco Vasconcelos ficou mais irado, ainda. E cobrou a balaiada. “Ainda bem que só 610 almas penadas assistiram vocês matarem a torcida do coração!”
Depois do primeiro treino da semana seguinte, Edmundo tentou fazer um meio-de-campo com o ex-almirante: “Pode deixar, Vasco, que o Vasco, agora, vai arrebentar”. Não arrebentou. Repetiu o 1 x 0. Daquela vez, diante do Botafogo, no mesmo gramado, na conta de 2.366 teimosos.
Veio mais uma semana de treinos e Edmundo voltou a garantir: “Agora vai, Vasco! Pode deixar, glorioso Vasco, que o Vasco vai emplacar”. Não emplacou. Ré-repetiu o 1 x 0. Cotnra o Volta Redonda. Sentindo-se sacaneado, Vasco Vasconcelos avisou à cruzmaltinada: “A partir de agora, vou cravar só 1 x 0 em todos os meus futuros palpites no “Bolo da Colina”. E cravou. De sacanagem, a rapaziada mandou 3 x 0 no Itaperuna, em 14 de setembro, testemunhados por apenas 385 fanáticos, no estádio Raulino de Oliveira.
Veio mais uma semana de treinos e Edmundo voltou a garantir: “Agora vai, Vasco! Pode deixar, glorioso Vasco, que o Vasco vai emplacar”. Não emplacou. Ré-repetiu o 1 x 0. Cotnra o Volta Redonda. Sentindo-se sacaneado, Vasco Vasconcelos avisou à cruzmaltinada: “A partir de agora, vou cravar só 1 x 0 em todos os meus futuros palpites no “Bolo da Colina”. E cravou. De sacanagem, a rapaziada mandou 3 x 0 no Itaperuna, em 14 de setembro, testemunhados por apenas 385 fanáticos, no estádio Raulino de Oliveira.
Mesmo assim, Vasco Vasconcelos cravou 1 x 0 no “bolão” do dia 17 de setembro. E a rapaziada, mais sacana ainda, mandou outros 3 x 0 sobre o Americano, também na casa do adversário. O ex-almirante, suspeitando de uma nova sacanagem, voltou a marcar 1 x 0, no jogo de 20 de setembro. Os sacanas mandaram 4 x 0 no América. Mesmo assim, ele voltou a insistir no placar, para 23 de setembro. Deu Vasco 2 x 0 Campo Grande.
Faltavam duas rodadas para o final da Taça GB. No dia 27 de setembro, o adversário seria o Fluminense. Vasco cravou Vasco 1 x 0 e deu 1 x 1. “Estou quase chegando lá!” Disse aos jogadores. E, para primeiro de outubro, voltou a apostar no seu palpite. Rolou Vasco 0 x 0 Bangu.
Veio o segundo turno, e Vasco Vasconcelos disse aos jogadores vascaínos. “Chega de perder dinheiro com vocês, seus manés”. E passou várias rodadas sem apostar no “bolão”. Dias adiantes, a rapaziada cobrou dele acreditar em placares elevados. Citavam 3 x 2 Campo Grande; 3 x 0 Madureira; 3 x 0 Itaperuna. ‘Muito báim. Vou apostar em 3 x 0 contra o Goytacaz”, afirmou ele , para o jogo de 26 de outubro. Secretamente, marcou 1 x 0. E o Vasco venceu por 1 x 0. Só ele acertou no bolão.
Na terça-feira, Vasco Vasconcelos foi a São Januário, rindo da cara de toda a patota. E disse: “Vocês acham que me sacaneiam mais, seus manés?”. E sacudiu os bolsos cheios de grana. De quebra, emprestou dinheiro pra rapaziada toda, com o compromisso de o Vasco não ganhar mais só por 1 x 0.
Tato feito! Vasco Vasconcelos fez uma viagenzinha, ao exterior, a fim de proferir algumas conferências sobre navegação de cabotagem, e voltou no dia 8 de novembro daquele glorioso 1992. Malmente chegado ao Rio de Janeiro, foi à São Januário, apostar no “Bolo da Colina”. Cravou Vasco 3 x 0 Olaria. O Vasco ganhou, por 1 x 0.
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