A história da rivalidade
Vasco-Flamengo é repleta de atletas que trocaram de camisa. No basquetebol, uma
delas foi vivida por Valdir Geraldo Boccardo que, após sete temporadas usando a
blusa rubro-negra, trocou-a pela jaqueta de número 13 da “Turma da Colina”, em
1965.
A mudança de Sérgio teve participação direta
de uma ação vascaína. Em fevereiro de 1964, os dois rivais decidiam o Campeonato Carioca de 1963, atrasadamente. Como o Vasco carregou o caneco, Sérgio foi apontado
como o culpado pela derrota rubro-negra, por ter-se casado na época da decisão.
O jogador, no entanto, contestou as acusações, alegando ter
interrompido a sua lua-de-mel, no segundo dia, para encarar os
cruzmaltinos.
Sem mais clima no Fla, Sérgio foi para São
Januário. Ele, que sempre usara a camisa 13, dizia não temer o azar
associado àquele número, por ser católico e jamais ter usado uma outra
numeração. E tornou-se um grande reforço das Colina.
Em seu currículo, Valdir anotava os títulos de campeão
mundial-1959, pela Seleção Brasileira; latino-americano universitário-1963; carioca-1959/60/62/64; do interior paulsita,
por São José dos Campos-1957 e brasileiro, pela seleção carioca-1961/1964.
Isso, além das medalhas de bronze do Pan-Americano-1959 e Sul-Americano-1960.
Além de basquetebolista, era era
professor de Educação Física e lecionava a matéria “Técnicas de Basquete”,
tendo sob o comando mais de mil alunos. Contrário ao profissionalismo na
modalidade, entendia que as rendas dos jogos não dariam para um
clube dispor de um atleta em dedicação exclusiva. Além de que a
maioria dos seus colegas era estudantes universitários.
Por isso, não tinha medo de declarar que profissionalismo no basquete só vingariae “se o nível intelectual do jogador baixasse ao ponto de igualar ao do
futebol”, no qual a maioria, malmente,
passava do curso primário.
Desprezado pelo Flamengo, com tantas conquistas, Valdir ajudou o Vasco a ganhar o charmoso título de campeão carioca do quarto centenário do Rio de Janeiro-1965.
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