FERAS DA COLINA - ALFREDO I

Alfredo dava tudo por uma vitória do Vasco. As vezes, chegava a voar

 A revista “Esporte Ilustrado” Nº 627, de 13 de abril de 1950, quando publicou a foto acima, mandou um bom recado sobre o grande Alfredo I, chamando-o,de “Um milagre, pelo texto, escrito por Charles Guimarães. A semanário considera-o  um “homem dos sete instrumentos e pau para toda obra”, já que foi até goleiro, em 1939, diante da Portuguesa. E assegura: “Alfredo sempre fez uso das armas do entusiasmo, para com ele levar a cabo a missão que lhe fora confiada cm o mais completo êxito. E graças justamente ao seu empenho, à sua dedicação, pôde ele nos vários anos  de ininterrupta atividade laurear-se com a conquista de vários títulos expressivos, para os quais colaborou de maneira concreta”.

Como a publicação é de abril de 1950, não poderia ter incluído na matérias dois títulos estaduais do atleta, os de 1950 e de 1952, quando era chamado de Alfredinho, embora medisse 1m76cm de altura. Nascido em 01.01.1929, o carioca Alfredo dos Santos ajudou a “Turma da Colina “ a papar os Cariocas de 1945/47/49, dois deles invicto. Em 1949, ele passou pelo Flamengo, gerando a lenda de que não conseguira vestir a camisa do rival, o que o “Kike” vai contar, oportunamente, baseado em uma entrevista dele à “Manchete Esportiva”.

Alfredo surgiu por um time amador chamado Costa Lobo, em 1935. Um ano depois, pintou no juvenil da Colina. Em 1944, estava na Seleção Brasileira, pela qual disputou seis jogos, e marcou um gol, este em Brasil 2 x 2 Suiça, em 28 de junho de 1950, pela Copa do Mundo – os outros foram: 17.05.1944 – Brasil 4 x 0 Uruguai;  14.02.1945 – Brasil 1 x 3 Argentina;  21.02.1945 – Brasil 9 x 2 Equador; 03.05.1950 – Seleção Brasileira 6 x 4 Seleção Gaúcha; 11.06.1950 - Seleção Brasileira 4 x 3 Seleção Paulista de Novos.   

Em 19 de dezembro de 1939, Alfredo viveu um dos grandes dias de sua carreira, quando o Vasco, treinado por Gentil Cardoso,  goleou o bicampeão argentino Independiente, por 5 x 2, amistosamente, em uma terça-feira, em São Januário. Além disso, Luciano, Alfredo que surge em muitas escalações como Alfredo II e Alfredinho, foi tetracampeão brasileiro pela Seleção Carioca. Fora dos gamados, integrou o Departamento Federal de Segurança Pública, a polícia especial da época.