O adversário foi a campo com uma camisa da família
usada pelo visitante, com uma faixa em diagonal. Só o escudo era diferente. Era
o dia 15 de setembro de 1976 e o Vasco, como favorito, visitava o Estádio Governador
José Fragelli, o “Verdão”, em Cuiabá. Naquele dia, pela primeira vez, um clube
de Mato Grosso, região de um dos menores níveis técnicos do futebol do país, estreava
no então chamado Campeonato Nacional.
Por aquela época de governos militares no Brasil, a
então Confederação Brasileira de Desportos-CBD, presidida pelo almirante Heleno
Nunes, irmão do vice-presidente da república, Adalberto de Barros Nunes, fazia
a sua parte, incluindo, sempre, um time na disputa, onde a Aliança Renovadora
Nacional-ARENA, o partido governista, não vencia o Movimento Democrático
Brasileiro-MDB nas urnas.
E rola a bola. No time vascaíno, a grande atração da
partida era o goleador Roberto Dinamite, que voltara da Copa do Mundo da
Argentina, recentemente, deixando três bolas nas redes, além de ser um dos
maiores “matadores” destas plagas, pela época. Também, contavam muitos pontos e
o lateral-esquerdo Marco Antônio, da turma do tri, em 1970, no México, e o
goleiro Mazaropi que, entre 18 de maio de 1977 e 7 de setembro de 1978 passaria 20 jogos invicto, ou 1.816,
o recorde mundial. Mas quem aconteceu foi Pelezinho, mais precisamente, Adavilson da Cruz,
autor de um gol olímpico, o primeiro no “Verdão”. E o Vasco caiu, por 0 x 1,
jogando com: Mazaropi; Toninho, Argeu, Gaúcho e Marco Antônio; Zé Mário,
Helinho e Wilsinho; Jair Pereira (Luiz Augusto), Roberto Dinamite e Galdino.
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