Convidado a prever o Vasco-1956, pelo Nº 7 da revista “Manchete Esportiva”, que circulou na primeira semana de janeiro de 1956, o presidente cruzmaltino, Arthur Pires, tecnicamente, jogou certinho. Afinal, estava em final de mandato. “Não posso dar planos, porque o meu mandato termina em janeiro. Ainda não conheço o meu sucessor”, justificou-se.
Quando nada, Arthur Pires informou que, ao final do Campeonato Carioca-1955, previsto para março de 1956, o time vascaíno excursionaria à Europa. Na volta, teria pela frente o Torneio Rio-São Paulo, antes do novo Estadual. E explicitou a expectativa de o Estadual não ser mais interrompido e o Torneio Rio-São Paulo menos longa, com apenas dois turnos.
Se tivesse bola de cristal, Arthur Pires poderia jogar para cima as expectativas vascaínas rumo à nova temporada. Ao final dela, o campeão carioca fora o seu clube, de forma indiscutível. Se bem que o Vasco começara o ano pisando na bola. Durante ao Torneio Início, disputado em 15 de junho, caíra no primeiro jogo, por 7 x 8, nos pênaltis, contra o Bonsucesso, após 0 x 0 no tempo regulamentar. Do Torneio Rio São Paulo, ficou de fora, pois este foi disputado só por paulistas, devido a desacordo com os cariocas. No quesito interrupção do Campeonato Carioca, Arthur Pires se referia a um torneio às vésperas do Natal, quando Vasco e Flamengo se uniram e formaram um combinado e ainda jogaram, com seus times, contra os argentinos Independiente e do Racing – Vsc/Fla 3 x 1 Rac/Ind; Vasco 1 x 4 Independiente e Vasco 3 x 2 Racing.
Foi nesta competição, por sinal, que Zizinho, o maior futebolista s brasileiro da era pré-Pelé, o ídolo deste, jogou pelo Vasco, pois era um grande desejo dele voltar a atuar ao lado do amigo Ademir Menezes, com quem estivera junto na Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1950. O Bangu, seu clube, o atendeu.
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