O
pintor austríaco Gustav Klimt foi um ds principais ajudantes no abandono da
arte acadêmica, em seu país, e na chegada do modernismo à Europa. Por ali
corria o século 19 e ele vivia a todo o vapor, chegando a pintar,
simultaneamente, três a quatro telas. E ainda encontrava tempo para traçar
todas as lebres que pintassem pelo seu ateliê.
Reproduzido de www.neuegalerie.org |
Eram tempos de uma
elite austríaca moralista e xenófoba. Por exemplo, mulheres que expressassem o
desejo de votar ou de fazer um curso superior eram consideradas degeneradas.
Imagine ir ao ateliê de Gustav Klimt! Mas havia quem não estava nem aí.
Inclusive, muitas damas da “alta soçaite” que faziam fila para cairem no pincel
de Gustav (e, consequentemente....)
UM A DELAS FOI Adele Bloch-Bauer, traçada aos 17 aninhos.
Quando ele contou-lhe sobre como faturava todas, ela adorou e disse: “Eu também
quero”. Mas quem abriu o caminho para o planeta conhecer uma das pinturas mais
famosas de todos os tempos – Dama Dourada – foi o marido dela, o industrial
açucareiro Ferdinand, que convenceu Gustav a colocar a sua esposa em seu
pincel.
Reprodução de www.klimt.com |
Se críticos de
arte imputavam a Gustav Klimt a fama de “viver relações vergonhosas com as
mulheres”, as suas modelos eram as suas maiores defensoras. Uma delas Serena
Lederer, que surge na tela usando um longo vestido branco, em 1899 – época do
casamento de Adele com Ferdinand – não contentou-se em só defendê-lo e ser
pintada por ele. Após a moldura esta pronta, passou a ter aulas de desenho e a
recebê-lo em sua casa de campo. Afinal, o cara era bom demais em seu ofício de
usar o pincel e o lápis.
NEM SÓ Adele
Bloch-Bauer chegou, aos 17 de idade, ao ateliê de Gustav. Também, Maria
Zimmermann Mizzy, dona de uma vasta cabeleira ruiva e de belos seios.
A gatinha, que sonhava ser pintora, topou posar nua e, logo, foi mais uma “lebre abatida” pelo
mestre da sacanagem, que explorava bastante os temas eróticos em suas telas.
Myzzi terminou ficando barrigudinha de um Gustavinho.
Reproduzido de www.pinterest.com |
Se Adele Bloch-Bauer
(1881 a 1925) estiver reencarnada, com certeza, terá ficado
muito alegre por saber que as pinceladas que Gustav deu-lhe valeram a quinta
tela mais cara da história das artes plásticas: 135 milhões de dólares – está na Neue Gallery, em Nova York.
O mesmo orgulho poderá ter tido Maria Zimmerman Mizzy, se, também, já voltou. A sua familia gastou meio-século em brigas judiciais para recuperar cinco telas em que ela posou para Gustav – cabra bom...! Na parte de passar o pincel.
O mesmo orgulho poderá ter tido Maria Zimmerman Mizzy, se, também, já voltou. A sua familia gastou meio-século em brigas judiciais para recuperar cinco telas em que ela posou para Gustav – cabra bom...! Na parte de passar o pincel.
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