Esta foto é da metade da década-1960, quando a atriz Norma Bengell era presença obrigatória na revista carioca “O Cruzeiro”, da qual foi reproduzida. Ela viveu até 2013 e foi uma das atrizes mais badaladas do cinema brasileiro.
À época da ditadura dos generais-presidentes, Norma vivia reclamando de perseguição. Em 1968, por exemplo, por levar ao teatro, em “Cordélia do Brasil” – peça de Antônio Bivar –, uma mulher que se prostitui para sustentar o marido.
Durante uma encenação, no Rio de Janeiro, a polícia chegou a atirar uma bomba de gás lacrimogênio dentro do teatro. Dois anos antes, as mulheres de Belo Horizonte a amaldiçoaram por causa do seu (primeiro no país) nu frontal do filme "Os Cafajestes".
Durante uma encenação, no Rio de Janeiro, a polícia chegou a atirar uma bomba de gás lacrimogênio dentro do teatro. Dois anos antes, as mulheres de Belo Horizonte a amaldiçoaram por causa do seu (primeiro no país) nu frontal do filme "Os Cafajestes".
De tanto ser detida pela ditadura militar, Norma exilou-se na França, em 1971. Em 2010, foi reconhecida como anistiada política.
Norma foi, também, diretora e acusada, pelo Tribunal de Contas das União, de irregularidades na prestação de contas dos recursos captados (R$ 2,99 milhões) para a produção do filme “O Guarani”. Ela teve bens bloqueados e foi indiciada pela Polícia Federal, mas sempre negou a acusação.
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