Vasco

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domingo, 20 de novembro de 2022

KIKECOPA - HISTÓRIAS DOS MUNDIAIS-1

 Começa, hoje, em Doha, no Qatar, a 22ª Copa do Mundo, que os franceses a chamam por Coupe de Monde e os ingleses falam World Cup. No Brasil, a galera dispensa o Mundo e fala só da Copa, instituição na qual já bebeu champanhe em cinco canecadas-1958/62/70/94/2002, oferecidas or supercraques como Pelé, Garrincha, Amarildo, Carlos Alberto Torres, Tostão, Jairzinho e Ronaldo Fenômeno, entre outros. 

Jules Rime em homenagem do portal www.semprefamilia.com.br

 Idealizada pelo francês Jules Rimet, presidente da Federação InternacionaldeFurebolAssociado -FIFA, a primeira Copa do Mundo foi disputada, em 1930, no Uruguai, escolhido por ter estar celebrando o centenário de sua independência política e por vencido os dois últimos torneios de futebol dos Jogos Olímpicos, em 1924/28, além de os outros inscritos - Espanha, Itália, Suécia e  Países Baixos (Holanda) -  desistido. 

 Do primeiro Mundial do futebol participaram sete selecionados das Américas  - Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Estados Unidos, México, Paraguai e Peru - e apenas quatro da Europa - Bélgica, França, Romênia e Iugoslávia. Para estes, além da longa viagem para a América do Sul e das altas despesas para cruzar o Oceano Atlântico, seus clubes não queriam ficara sem os seus principais atletas. Foi preciso Jules Rimet intervir e negociar com os franceses. No caso dos romenos, quem interviu foi o Rei Carlos II, que selecionou a equipe e negociou garantia de emprego com os patrões dos jogadores que viajassem. O mesmo ocorreu na Iugoslávia, com o Rei Alexandre I indo à luta, enquanto, na Bélgica, o trabalho coube ao vice-presidente da FIFA, Rodolphe Seeldrayers.

Jules Rimet viajou por navio, levando com ele o  troféu que continha o seu nome e quatro árbitros europeus, os belgas Jean Langenus e Henri Christophe, e o seu patrício Thomas Balway. Da sua parte, a delegação brasileira embarcou  no navio SS Conte Verde, Rio de Janeiro, em 29 de junho, e chegou ao Uruguai no 4 de julho.

       Foto reproduzida de www.ocuriosodofutebol.com.br - agradecimento

             Os uruguaios venceram os argentinos na partida final

 Quando rolou a bola, em casa, no calor de sua torcida, os uruguaios não desperdiçaram a chance da conquista do primeiro Mundial, vencendo a Argentina, na decisão. Por ali, a taça era posse transitória, até que alguma equipe o conquistasse por três vezes, sem precisar ser de forma consecutiva. E o caneco, construído pelo artesão francês Abel Lafleur, na forma de uma mulher alada - a Vitória Alada - ficou, definitivamente, com os brasileiros, que a trouxeram, em 1958/62/70, dos campos do mundo.

                                                    FICHA DA FINAL

30 de julho de 1930 – Uruguai 4 x 2 Argentina. Estádio: Centenário, em Montevidéu. Juiz: John L. Langenus-BEL. Público: 69.346. Gols: Dorado-URU, aos 12; Peucelle-ARG, aos 20; Stábile-ARG, aos 37; Cea-URU, aos 57; Iriarte-URU, aos 68, e Manco Castro-URU, aos 89 minutos. CAMPEÕES: Balesteros, Nasazzi e Mascheroni. Andrade, Fernández e Gestido; Dorado, Scarone, Castro,  e Iriarte, treinados por Alberto Suppice.  

PRIMEIRO GOL DA COPA

BRASIL DA PRIMEIRA COPA

Era 14 de julho de 1930, quando a Seleção Brasileira iniciou esta história. Levou 1 x 2 Iugoslávia, e foi eliminada do Mundial, seis dias depois, mesmo com 4 x 0 Bolívia,  pois os iugoslavos, também, mandaram o mesmo placasr pra cima dos bolivianos e ficram com melhor saldo de gols. A fraca campanha deveu-se, em parte, ao escrete nacional ter ido ao Uruguai sem alguns dos seus melhores jogadores, como Arthur Friedenreich, Feitiço e Del Debbio, por conta de brigas cariocas e paulistas.

 À época, o Rio de Janeiro era a capital brazuca e o grande centro financeiro, social, cultural e artístico do país. Mas São Paulo produzia o café, crescia economicamente e ficava com o nosso comando político. Com a Confederação Brasileira de Desportos-CBD tendo endereço carioca, os seus dirigentes não incluíram os da Associação Paulista de Esportes Atléticos-APEA na comissão técnica da Copa do Mundo e revoltaram os paulistas, que retaliaram negando a participação de atletas dos seus clubes no selecionado. Apenas um deles, o atacante Araken Patuska se encorporou ao grupo, porque estava brigado com o Santos, a sua agremiação.

    Reprodução do livro Seleção Brasileira - 90 anos, aparecendo na foto: Píndaro de Carvalho (técnico), Brilhante, Fausto, Hermógenes, Itália, Joel e Fernando (em pé, da esquerda para a direita); Poly, Nilo, Araken, Preguinho e Teóphilo (agachados, na mesma ordem).

  A Seleção Brasileira levou l5 dias viajando a bordo do navio italiano SS Conte Verede, rumo ao Uruguai, onde o inverno era forte. Desembarcou com preparo físico ruim e só um atleta se destacou, nos dois jogos, o vascaíno Fausto dois Santos, que ganhou o apelido de Maravilha Negra. Eram 12h45 locais quando o time brasileiro – Joel, Brilhante e Itália; Hermógenes, Fausto e Fernando Giudicelli; Poly, Nilo, Araken, Preguinho e Teófilo – adentrou ao gramado do estádio do Parque Central de Montevidéu, diante de 24.059 torcedores, que escutaram o apito do local Aníbal Tejada. O único gol da rapaziada foi marcado por Preguinho, aos 61 minutos, após 0 x 2, entre os 30 e os 35 minutos do primeiro tempo.  No 22 de julho, a rapaziada – Velloso, Zé Luís e Itália; Hermógenes, Fausto e Giudicelli; Benedito, Russinho, Carvalho Leite, Preguinho  e Moderato - melhorou a honra nacional, com gols marcados por Moderato, aos 37 e aos 73, e por Preguinho, aos 57 e 83 minutos. 

 


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