Vasco

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sábado, 31 de agosto de 2013

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

12 de junho de 1946 - O Vasco recebia o América, o seu primeiro grande rival, para um amistoso, em uma quarta-feira, na Colina. Mandou 5 x 2, sem a menor consideração pelo visitante. Lelé (2), Santo Cristo (2) e Elgen pintaram nas redes.
INFERNAL! O Diabo esbarrou no Santo Cristo e ficou lelé de tanto levar bolas no filó.

12 de junho de 1995 – A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro marcou Vasco x América para uma segunda-feira, no Estádio Proletário, do Bangu, em Moça Bonita pela 12º rodada do Estadual. Só 54 pagantes pintaram pra ver a "Turma da Colina" queimar o 'Diabo": 3 x 0.  
TESTEMUHAS! Diga-se, de passagem. E, como não era a casa de um e nem do outro, mas a do “zonzoutro”, a grana de sua patota não deu para pagar o preço da bola do jogo.

 17 de junho de 1960 - O Vasco foi fazer um amistoso, em Alagoas, e encontrou tanta facilidade que, ao colocar 5 x 0 no placar, trocou quase todos os titulares, pelos reservas. Jogou com dois times, digamos. Por se tratar de uma data festiva, os cruzmaltinos acharam que a torcida de Maceió não se importaria, e que nem seria um desrespeito ao Clube de Regatas Brasil, o “Cê-Rê-Bê”.   Só Paulinho de Almeida, Coronel e Ronaldo não saíram. No total, 19 atletas foram substituídos.

12 de outubro de 1941- Torcedores superfanáticos contavam, sem a menor vergonha, que torcedores do bairro carioca de Madureira tinham tanta admiração pelos jogadores vascaínos, que, num domingo, a diretoria do "Tricolor Suburbano" levou a "Turma da Colina" para disputar duas partidas, em seu estádio.
LENDINHA. Realmente, Vasco e Madureira enfrentaram-se, naquela data, em Conselheiro Galvão, e a rapaziada de São Januário venceu os dois jogos, pelo mesmo placar de 4 x 1. Um deles jogos valeu pelo Campeonato Carioca e o outro pela Taça Oscar Cox. EVIDENTEMENTE, que os “dois times usaram dois times”. Ainda não se falava em biônicos.

  Conta-se que o goleiro Moacyr Nascimento Barbosa (22.03.1921 a 07.04.2000) não se conformava com o fim do seu ciclo em São Januário (1945 a 1955) e, enquanto esteve no Santa Cruz-PE (1956 a 1960)  sonhava “revistir” a camisa 1 acruzmaltina. Voltou em1958. Um ano antes, arrumara emprego no Bonsucesso. Cinco anos depois, encerrou a carreira defendendo o Campo Grande. Ataé chegar a São Januário,  passara por Desportiva Comércio e Indústria (1940-1941) e  Ypiranga ((1942-1944), ambos de São Paulo. Como vascaíno, fez 22 jogos pela Seleção Brasileira, vencendo 16, empatando quatro e perdendo dois. Sofreu 29 gols.
PERDEU, EXATAMENTE, quando jamais deveria ter perdido, na final da Copa do Mundo de 1950, para os uruguaios, dentro do Maracanã.

  Barbosa foi campeão sul-americano, em 1949, da Taça Rio Branco, de 1950, e vice da Copa do Mundo, também, de 1950. Embora tenha desembarcado na Colina  com a fama de “um gato no gol”, só um ano depois conseguiu barrar o titular Rodrigues. E segurou a vaga até metade da temporada-1956. Era um goleiro seguro, elástico, com excelente senso de colocação e corajoso, sempre pulando nos pés dos atacantes para salvar a sua “cidadela”. Por isso, foi campeão carioca em 1945/47/49/50/52 e campeão sul-americano de clubes campeões, em 1948. De quebra, representou o Vasco no bi brasileiro da seleção carioca, em 1950.
PAPÃO DE TAÇAS. Nos 10 anos que passou na Colina, só em três não carregou um caneco.

Moacir Barbosa é considerado o melhor goleiro que já passou pela Colina. Nascido em 27.03.1921, em Campinas-SP, passou o seu último dia de vida em Santos-SP, em 07.04.2000. Chamado de “Homem Borracha”, por sua elasticidade, impulsão e reflexo,  fez 494 jogos cruzmaltinos, medindo 1,76m de altura, numa época em que os goleiros não eram muito altos. Normalmente, pesava 76 quilos. Estreou em 11.11.1945, quando o uruguaio Ondino Vieira montara o “Expresso da Vitória”, que mandara no futebol brasileiro, entre aquele ano e 1952.

Barbosa foi campeão carioca em 1945/47/49/50/52/58; do Torneio Rio-São Paulo-1958 e do Sul-Americano de Clubes Campeões-1948, no Chile, primeiro título de um time brasileiro no exterior. No jogo da conquista, contra o argentino River Plate, à época, uma das melhores equipes do planeta, ele defendeu um pênalti batido por Labruna, lendário craque portenho. Chegou ao Vasco indicado por Domingos da Guia. Não usava luvas, o que lhe valeu seis fraturas na mão direita e cinco na esquerda. Ainda fraturou três costelas e uma perna, em choques contra atacantes. Sabia orientar bem os seus zagueiros e sair do gol, o que era raro em seu tempo.

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