Éder Luís e Fagner entre o presidente Roberto Dinamite |
Por pouco, um dos
principias zagueiros cariocas da década-1960, Mário Tito, que fez nome no Bangu
e no Cruzeiro, não foi vascaíno. Em 1958, depois de treinar no Canto do Rio,
por um semana, ele não gostou do ambiente encontrado em Niterói e aceitou o
convite do treinador Pelegrini para tomar o rumo de São Januário. Foi, mas só
lhe deram 10 minutos para amostrar veneno, formando zaga com Brito e Dario.
Na época, o time principal excursionava pelo Nordeste, treinado por Gradim.
Chateado com o pouco tempo que teve para ser avaliado, Mário Tito, no
dia seguinte, foi embora para Bom Jardim-RJ, a sua terra. Por
lá, onde o presidente banguense, Eusébio de Andrade, era fazendeiro, o
cartola alvirrubro o convidou a tentar a sorte em seu clube. Topou,
agradou ao técnico Tim e se consagrou como um dos "Mulatinhos Rosados de
Moça Bonita", atendo impedido muitos gols dos atacantes
cruzmaltinos.
Gentil Cardoso era
o treinador do time vascaíno, em 1952, época das últimas viagens do
"Expresso da Vitória". Em um jogo contra o Canto do Rio, o
ponteiro-esquerdo Jair vinha dando um temendo passeio no lateral-direito
Augusto. Como a situação só tendia a se complicar, Gentil mandou o massagista
Mário Américo ficar atrás das balizas cruzmaltinas, para invadir o gamado e
agarrar Jairo, quando este driblasse Augusto. Mário ficou com medo de ser
expulso de campo e também e de ver a polícia correndo atrás dele. Mas Gentil
garantiu-lhe: "Deixe o resto comigo". Tática aplicada, o Vasco deu
um “aquéta” no Jairo.
Xarás de sobra. Em São Januário, só para citar alguns,
o "livrinho de ponto" já anotou as presenças de: Orlando Rosa
Pinto; Orlando Peçanha de Carvalho, Orlando "Lelé" Pereira e
Orlando "Fumaça; Luís Carlos Lemos, Luís Carlos Martins e Luís Carlos
Winck; Paulo Roberto Curtis Costa e Paulo Roberto Ferreira Campos; Ademir
Menezes e Ademir (meia campeão brasileiro-1974); Carlos Alberto
"Pintinho"; Carlos Alberto Gomes de Jesus (meia campeão da Série
B-2009) e Carlos Alberto Zanata; Anderson Vital da Silva (Dedé) e (zagueiro)
e Anderson Costa (atacante); Romário de Souza Faria e Romário Correa de
Souza; Célio Taveira Filho e Célio Silva; Ramon da Silva Ramos (atacante);
Ramon Menezes (meia) e Ramon de Morais Motta
(lateral).
Na data de seu aniversário, 21 de agosto, o Vasco tem
estas vitórias: 4 x 0 Bangu, em 1927; 4 x 1 América, em 1948; 5 x
2 Flamengo, em 1949; 4 x 0 São Cristóvão, em 1954 e 5 x 0 em 1955; 4 x 2
Madureira, em 1960; 2 x 0 Fluminense, em 1965; 2 x 0 Botafogo, em 1977; 2 x 1
Múrcia-ESP, em 1981; 1 x 0 Logroñes-ESP), em 1989, e 4 x 0 Mogi Mirim-SP, em
1993.
O Vasco tem um “filho” em Sergipe. Por sinal, uma
instituição de utilidade pública. Pelo menos, é o que diz a lei 967/84,
da Câmara Municipal de Aracaju. Nascido Vasco da Gama Futebol Clube, em
15 de agosto de 1931, a partir de 1946, passou ser Vasco Esporte Clube.
Com a primeira denominação, faturou o título municipal da capital Aracaju e o
estadual, invicto. Depois, beliscou mais três faixas estaduais, em 1948, 1953
e em 1987, nesta última durante um quadrangular final contra Confiança,
Itabaiana e Estanciano. Fundado por comerciários e bancários, na casa de
Abdias Bezerra, o primeiro presidente foi Eurípedes Machado de Oliveira,
também jogador dos primeiros times. A primeira sede foi na Praça Fausto
Cardoso. Mais tarde, mudou-se para a Rua São Cristóvão. Atualmente, o
Vasco-SE está fora da elite do futebol sergipano, mas já foi campeão
estadual, em 1992, da Série A-2. Também, já teve Florisvaldo (30 gols, em
1978), e Zé Raimundo (14, em 1985), como principais “matadores” dos
Estaduais.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário