Se um Sabará já incomodava tanto, imagine dois. Pois o Vasco já os teve.
O primeiro foi mais famoso, o ponta-direita Onophre de Souza, o “SuperSuperCampeão”a
carioca, em 1958, e que chegou á Seleção Brasileira. O outro chamava-se Jorge
José Alves de Souza, era da equipe de ciclismo e nascido em Cordovil, em 19 de
março de 1939
Este Sabará ciclista, foi parar no Vasco de forma interessante. Tinha
11 anos e viu feras como João Massari e Martinelli treinado na rodovia Rio-São
Paulo. Menino atirado que era, resolveu seguí-lo. O diretor vascaíno que
acompanhava o treino dos “cobras”, Marcelino Costa, ficou impressionado com a
resistência do garoto e o parou, para indagar se ele não gostaria de ir para
São Januário. No dia seguinte, foi à sua casa e obteve a permissão dos pais
dele, João Alves de Souza e Carmem de Souza, que tinham mais três filhos.
Sabará ciclista disputou a sua primeira prova pelo Vasco em 1952,
ano em que o Sabará futebolista sagrou-se campeão pelo último “Expresso da
Vitória”. Aos 16 anos, saído da categoria juvenil, ele conseguiu vencer Massari, em uma prova de resistência, em Belo
Horizonte, quebrando invencibilidade daquele. O grande feito lhe valeu um
convite para correr na Itália, o que não
aceitou porque já não tinha mais o pai e precisava ajudar a mãe. Preferiu ficar
por aqui e tentar carreira na Aeronáutica.
Como militar e atleta vascaíno, Sabará foi, por varias, vezes,
campeão carioca de velocidade e resistência. Nesta categoria, uma vez, venceu
totalizando 150 voltas ao redor da Praça Paris. Ganhou, também, a II Volta do
Maracanã. Em 1960, durante a “Semana da Asa”, conquistou o Trofeu Santos
Dumont, disputado no aeroporto do Galeão. A sua carreia foi encerrada por um
acidente no qual ele perdeu um dos pés. Um grande atleta, tão grande quanto o
xará do futebol.
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