Ele não nasceu em Madureira, nunca morou por lá e jamais defendeu o time daquele bairro carioca. No entanto, ficou conhecido com um apelido homônimo do lugar, porque um vendedor de loja de matrial esportivo confundiu o Madureira com o Fluminense.
Esta é uma história esquisita. O garotinho Carlos Roberto Ferreira, nascido no biarroda Saúde – em 28 de agosto de 1941– tinha juntado uma graninha dada pelos pais, foi comprar uma camisa do “Tricolor das Laranjeiras”. Mas voltou pra casa com a do “Tricolor Suburano”. Resultado: de tanto vestí-la, os amigos colocaram-lhe o apelido de Madureira.
Foi aos 17 anos, em 1958, que Madureira começou a sua vida mais séria de atleta. Inscreveu-se em um time chamado Atília, do Departamento Autônoma da então Federação Carioca de Futebol, e mandou ver. No ano seguinte, seu irmão Sérgio, aspirante do América, levou-o para o “Diabo Rubro”. Ficou por dois anos, mas terminou dispensado. Então, aceitou a proposta do catarinense Atlético Operário, para viver uma aventura longe de casa, em 1961. Mais duas temproadas se passaram e quem quis o seu futebol foi o Grêmio Porto-Alegrense, que pagou uma baita grana da época para levá-lo: Cr$ 5 milhões de cruzeiros. Mais dois anos depois e foi a vez do já extinto Metropol, também catarinense, desejá-lo. Estava ele de volta a Santa Catarina.
No "Furacão", Madureira (C/agachado) jogou com Bellin (3º (D/em pé) |
O próximo passo de Madureira foi pintar na Colina. Já valorizado, o Vasco pagou Cr$ 12 milhões pelo seu empréstimo, ao Metropol, até o final de 1966. Se quisesse ficar com ele, depois, teria de pagar Cr$ 60 milhões.
Casado, com Elisa Helena, que fora atleta do basquetebol vascaíno, Madureira marcou o seu primeiro gol pela “Turma da Colina” em 18 de setembro, em Vasco 3 x 1 São Cristóvão, em São Januário , pelo Campeonato Carioca. Escalado por Zezé Moreira, o time foi: Édson Borracha; Oldair Barchi, Brito, Sérgio e Mendes; Maranhão e Alcir; Nado, Célio, Madureira e Danilo Menezes.
Aqui, no “Kike da Bola”, ele foi notícia na edição de 18 de setembrode 2011, sob o título “Madureira faz gol no Madureira”, quando visitou a rede do “xará”.
Aqui, no “Kike da Bola”, ele foi notícia na edição de 18 de setembrode 2011, sob o título “Madureira faz gol no Madureira”, quando visitou a rede do “xará”.
Como o Vasco não chegou a um acordo com o Metropol para a compra do passe de Madureira, o atacante rodou por Ferroviário-PR, Palmeiras-SP, Pinheiros-PR, Atlético-PR e XV de Novembro de Piracicaba-SP. No penúltimo, em 1968, atuou ao lado um outro ex-vascaino, o zagueiro Hideraldo Luís Bellini, este já em final de carreira. (foto reproduzida de álbum de família). Agradecimento.
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