CAMPEONATO LABORATÓRIO
Carlos Fehlberg (*)
E o campeonato carioca
continua sendo o grande desafio do Vasco. Já faz tempo que, por razões as mais
diversas, entre as quais se insere a arbitragem, sua campanha é prejudicada no
estadual.
Ontem, o jogo terminou sob reclamações diante do gol anulado no minuto
final. No ano passado os erros em favor do Flamengo no turno e returno
provocaram também muita revolta. Agora deve ser a vez de Eurico Miranda
dizer o que acontece e enfatizar o planejamento do clube para amenizar as
frustações, mas sem poupar os erros de juízes.
A atuação da equipe,
porém, não deve ser esquecida. A rigor, melhorou na
metade do segundo tempo, diante de modificações e após sofrer o gol adversário.
Deu algum resultado, logrando um empate, mas poderíamos ter
vencido. Quanto à arbitragem, não deixa de chamar a atenção. Vale
enfatizar, mais uma vez, a má sorte vascaína com juízes no campeonato
estadual, algo que já vem de longe.
E A EQUIPE? - Choros à parte, a
avaliação da equipe do Vasco leva logo a uma conclusão: ela não está definida,
e o novo treinador está na fase de experiências. Tem dúvidas sobre o meio campo
e o ataque, diante da irregularidade constatada e de um elenco
inchado. Nem o meio campo e nem o ataque estão definidos
Isso tudo leva a uma conclusão inevitável: o estadual virou mesmo
laboratório.
Em parte não chega a ser um fato novo ou uma situação
vexatória, pois terminamos muito mal 2014, obtendo a volta à elite nos últimos
jogos. Há tempo de reorganização, mas seria bom que a direção
deixasse tudo isso claro, para que a torcida fique conscientizada e deixe de
sofrer, apoiando mas sabendo que, por ora, estamos vivendo uma fase de experiências. Apenas.
Quatro pontos perdidos para pequenos. Vasco vai se distanciando da Taça GB |
O JOGO - Chamou atenção a
diferença de atuação do Vasco nos dois tempos. O primeiro sem
criatividade e nem força, parecendo esperar que o gol surgisse
naturalmente. Havia uma certa displicência. No segundo, após a voz do
vestiário, o ritmo era outro, mas foi então que surgiu o gol adversário.
Alterações logo foram processadas e a reação surgiu: o empate, um gol no final anulado, algo que lembrou o carioca de 2014... Mas uma lição ficou clara na etapa final: o Vasco ainda não definiu sua equipe e vive uma fase de experiências, repito. Alguém pode ter certeza, hoje, sobre o novo time para 2015? Ainda não, e quando terá? Quem sabe dizer os 11 titulares no momento? Insisto em que o clube transformou o campeonato carioca numa aventura. A aposta está lançada. Menos mal se tivermos uma equipe definida ao término da disputa. O objetivo maior parece ser esse.
Alterações logo foram processadas e a reação surgiu: o empate, um gol no final anulado, algo que lembrou o carioca de 2014... Mas uma lição ficou clara na etapa final: o Vasco ainda não definiu sua equipe e vive uma fase de experiências, repito. Alguém pode ter certeza, hoje, sobre o novo time para 2015? Ainda não, e quando terá? Quem sabe dizer os 11 titulares no momento? Insisto em que o clube transformou o campeonato carioca numa aventura. A aposta está lançada. Menos mal se tivermos uma equipe definida ao término da disputa. O objetivo maior parece ser esse.
ATENÇÃO - As experiências que estão
sendo feitas ainda não trazem muita tranquilidade ao aplicado Doriva. Thales,
por exemplo, deixou de ser um meia atacante para ser centro avante, e fica
próximo da área sob controle dos zagueiros. Em 2014 ele era meia esquerda
atacante, e vinha de trás em boas arrancadas. Agora fica preso na área ou
próximo dela.
A armação do meio-campo ainda deixa a desejar. E os laterais não avançam tanto pelas extremas. Lorran, que veio da seleção sub-20, ontem entrou no fim e pode ser uma boa solução. O fato é que o time titular ainda não está definido. Há uma disputa muito grande por vagas. Em resumo, o campeonato estadual virou mesmo um laboratório para o Vasco. Se ao seu final tivermos uma equipe definida, ótimo. Mas as disputas, pelo que se viu até agora, serão intensas e imprevisíveis.
(*) – Carlos Fehlberg é
jornalista. Foi diretor de Zero Hora e do Diário Catarinense, por vários anos, e
é vascaíno desde os tempos do ‘’Expresso da Vitória’’, que entrou nos trilhos a partir de 1945.A armação do meio-campo ainda deixa a desejar. E os laterais não avançam tanto pelas extremas. Lorran, que veio da seleção sub-20, ontem entrou no fim e pode ser uma boa solução. O fato é que o time titular ainda não está definido. Há uma disputa muito grande por vagas. Em resumo, o campeonato estadual virou mesmo um laboratório para o Vasco. Se ao seu final tivermos uma equipe definida, ótimo. Mas as disputas, pelo que se viu até agora, serão intensas e imprevisíveis.
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