Vasco

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domingo, 15 de fevereiro de 2015

CARNAVAL? SABARÁ, O BAMBA NO SAMBA



1 - Sabará infernizava pela ponta-direita vascaína. Era paulista, mas um carnavalesco com espírito de carioca. Durante as folias de Momo, caía na festa e mostrava que tinha muita saúde nos pés. Quem duvidasse, que perguntasse à turma do samba. Se bem que esta foto dispensa legenda. Sabará foi o terceiro vascaíno que mais vestiu a camisa  da "Turma da Colina": 576 vezes, marcando 165 tentos. Além disso, atuou por 10 vezes pela Seleção Brasileira, vencendo sete.

2 - O treinador Gentil Cardoso admirava a raça, o empenho do ponta-direita  Sabará, durante os treinos. Chovesse ou fizesse sol, o cara “derramava píncaros de suor”, como dizem que ele dizia, o que deve ser uma grande sacanagem.
Sabará dava um tremendo trabalho à defesa do time reserva, quando o Seu Gentil esteve por São Januário, com  o seu megafone, gritando para a rapaziada. Se marcasse um pênalti, o treinador que chamasse quem quisesse para cobrar. Menos Sabará, que não gostava daquilo. Um dia,  porém, o homem o convenceu a cobrar um penal. E cobrou. Evidentemente, errado.
Decidido a tornar Sabará um "expert" em cobranças de penalidades máximas, Gentil Cardoso bolou uma senha: no instante do chute, ele deveria mirar no ferro que  segurava o fundo da rede, e bater forte, naquele rumo. Dito e feito. Sabará acertou todas, em treinos. Menos no dia de Vasco x América, pelo Campeonato Carioca-1952, no Maracanã.
Olhos-nos-olhos com o goleiro Osni do Amparo, irmão do vascaíno Ely, o glorioso Sabará, olhava para a "cidadela alvirrubra" e demorava-se a chutar. Até que decidiu-se. E bateu. Para a defesa do guardião do "Diabo".
Depois do jogo, o Seu Gentil perguntou a Sabará o que havia acontecido. Ele respondeu que o fundo da rede não tinha nenhum ferro. Realmente! Aquilo só ocorria nas balizas dos times suburbanos. No Maracanã, não!     
Quem contou  esta foi o glorioso Martim Francisco, quando era treinador do Gama. Em 1952, no entanto, ele ainda estava longe do Vasco. Mas, convivendo com os boleiros cariocas, ouviu tudo quando foi tipo de historia. Martim só não disse qual foi o placar daquela partida.
Consultando várias súmulas da época, o "Kike", encontrou, em 1952,  Vasco 3 x 0 América, em 18 de outubro, com gols de Chico, Ademir e Ipojucan, e  Vasco 2 x 0, em 28 de dezembro, com Alfredo II e Chico balançando o filó. Para termos a exatidão do dia do ocorrido, vamos "consultar o nosso consultor"  Mauro Prais.  

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