ANIMAL - Edmundo Alves de Souza, carioca, nascido em 2 de abril de 1971, era vascaíno, e não escondia de ninguém. Passou pela Colina, em três ocasiões: de 1990 a 1992; de 1996 a 1997, e de 1999 a 2000. Na década-1990, foi o principal jogador do clube.
O apelido famoso foi inventado pelo locutor Osmar Santos, que assim chamava os jogadores que comiam a bola nas rodadas de domingo do futebol paulista. Não pegou, por exemplo, com o goleiro Zetti, e o lateral Cafu. Só com Edmundo colou, quando o Vasco o negociou com o Palmeiras, pelo qual jogou entre (1993/1995.
Quando trocou o Palmeiras, pelo Flamengo, em 1995, Edmundo teve o apelido mantido, mas nem tanto quando foi emprestado ao Corinthians, em 1996, pois estava vivendo um inferno astral. Passando pelos italianos Fiorentina ((1998 a 1999) e Napoli (2000), o apelido ficou esquecido. No mesmo 2000, no Santos, e em 2001, no Cruzeiro, as duas torcidas pouco falavam nele, da mesma forma que no japonês Kashima Reysol (2002/2003). Em sua passada pelo Fluminense (2004), até que se falou em “Animal.”. Mas no Nova Iguaçu-RJ (2005) e no Figueirense-SC (2005), o apelido já não tinha tanta força. E nem na volta ao Palmeiras em 2006. Mas, para a torcida do Vasco, o cara era mesmo um ‘Animal”.
Edmundo, claro, que jogou o seu “futebol animal”, também, pela Seleção Brasileira, inclusive durante a Copa do Mundo-1998, com duas partidas, uma vitória e uma queda. Ao todo, esteve canarinho por 39 vezes , com 25 vitórias, oito empates, seis pisadas na bola e 10 gols marcados. Colecionou os títulos da Copa da Amizade-1992; Copa Stanley Rous-1995 e da Copa América-1997.
POSSESSO - Veja bem! O apelido de “Possesso” para o bicampeão mundial Amarildo Tavares Silveira não é criação da torcida cruzmaltina, não. Isso começou com o locutor Waldir Amaral, pela Rádio Globo do Rio de Janeiro, porque o atacante era muito irrequieto, e foi sendo propagado pela torcida do Botafogo, pelo qual o cara jogava, no início da década de 1960.
Nascido em Campos-RJ, em dia 29 de julho de 1940, Amarildo só foi um vascaíno entre 1973 e 1974, em seu final de carreira, quando veio do futebol italiano. Antes, já havia passado por Goytacaz, de sua terra, entre 1956 e 1957; Flamengo, em 1958; Botafogo, de 1959 a 1963; Milan (ITA), de 1963 a 1967; Fiorentina (ITA), de 1967 a 1971, e Roma (ITA), de 1971 a 1972. Seu grande momento foi na Copa do Mundo-1962, no Chile, quando substituiu o contundido Pelé, marcou gols importantíssimos e virou herói. Por sinal, só disputou aquele Mundial, tendo feito quatro jogos e vencido todos. Marcou três gols, dois na vitória, por 2 x 1, sobre a Espanha, e um contra a Techecoeslováquia, nos 3 x 1 da final.
Amarildo totalizou 25 jogos apela Seleção Brasileira, vencendo 17, empatando três, perdendo cinco e totalizando nove gols. Foram 22 jogos conta seleções nacionais, com 15 vitórias, três empates, quatro derrotas e sete gols marcados. Seus títulos foram os das Taças Oswaldo Cruz-1961/1962; Taça Bernardo O'Higgins-1961 e da Copa do Mundo-1962.
Paulinho de Almeida |
PIRANHA – Foi o apelido do lateral-direito Paulinho de Almeida, em cuja certidão de nascimento não constava o “de”, inventado pela imprensa carioca. Surgiu em seus inícios de carreira, quando vestia a camisas do gaúcho Internacional. Chegava junto, assombrando os adversários. Quando foi para São Januário, o apelido gaúcho não vingou no futebol carioca, ainda mais porque ele jamais revelou-se um marcador violento, desleal.
Bellini |
BOI – Este era um apelido só de “consumo interno”. Com os colegas viam o então zagueiro central Bellini treinando e jogando com uma força impressionante, passaram a comparar o seu trabalho ao de um boi. Como se sabe, na década de 1950, no auge de Bellini, os bois eram usados nas fazendas do interior do país não só parta o abate, mas para transporte de carga, moagem de cana-de-açúcar, etc. Nenhum locutor chamava o capitão cruzmaltino pelo apelido entre colegas.
LEÃO - Foi goleiro cruzmaltino entre o segundo semestre de 1978 a 1980. Nascido em 11 de julho de1949, Emerson Leão é da paulista Ribeirão Preto. E foi o goleiro brasileiro que mais disputou Copas do Mundo - 1970, 1974, 1978 (capitão) e 1986 –, tendo sido campeão na de 70, no México, na reserva, sem jogar. Não jogou também na de 1986, novamente no México. Mas, na Alemanha, em 1974, e na Argentina, em 1978, entrou em 14 partidas, obtendo 7 vitórias, 5 empates e 2 derrotas, sofrendo 7 gols. Totalizou 105 jogos canarinhos, com 64 vitórias, 30 empates, 11 derrotas e 69 gols sofridos. Contra seleções nacionais, foram 81 jogos, com 46 vitórias, 25 empates, 10 derrotas e 54 gols sofridos. Contra clubes e combinados, Leão fez 24 jogos, vencendo 18, empatando cinco e perdendo um. Neles, sofreu 15 gols. Os títulos de Leão pela Seleção foram: Copa do Mundo-1970; Copas Rocca-1971 e 1976; Taça Independência-1972; Torneio Bicentenário de Independência dos Estados Unidos-1976; Taça do Atlântico-1976 e Taça Oswaldo Cruz-1976.
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