Vasco

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quinta-feira, 9 de abril de 2015

O VASCO PELOS VASCAÍNOS - FELHBERG

                           O Fla de novo pela frente. Mas será sem chuva?
                                                      (*) – Carlos Fehlberg
Pelo menos, o Flamengo não levou a Taça Guanabara, que ficou com o Botafogo. Mas a classificação final do primeiro turno nos coloca contra os rubro-negros, abrindo as semifinais. Bom ou não? De qualquer maneira, para ganhar o título não podemos escolher adversário. Menos mal que chegamos às finais já recuperados dos 4 x 5 ante o Friburguense, mesmo que a vitória de ontem só tenha valido pelo segundo tempo.
 O Vasco viveu os 45 minutos iniciais contra o Volta Redonda muito mal, deixando todos preocupados. Recuperou-se no segundo e ganhou bem, mas deixou dúvidas. O ritmo da equipe não é uniforme, valem atuações individuais, mas é possível que o trauma do domingo passado esteja superado, pois agora será para valer. Ainda existe a necessidade de ajustes, e jogar um clássico é bem diferente, pela natural motivação.
O zagueirão artilheiro Luan (C) já deixou quatro no filó nesta temroadas
 Esta  é a expectativa diante do desajuste que marcou o primeiro tempo. Contra o Flamengo, a motivação será maior, sobretudo depois do clássico do temporal.... Claro que o "Urubu" também virá decidido a uma recuperação do 0 x0 com o Nova Iguaçu, também ontem. E isso aumenta o comprometimento. Para o Vasco, o envolvimento é maior, na medida em que representa uma revanche e a disputa do título, mas é bom lembrar que o adversário entrará em campo buscando uma reabilitação.
O Vasco venceu o Volta Redonda jogando dois tempos distintos: o primeiro lembrou suas piores atuações deste ano, e esta irregularidade é o grande desafio do treinador. Verdade que um clássico motiva mais, ainda que esteja chegando o momento de definições, envolvendo o comportamento da equipe. O time deve ser competitivo,  seja o adversário grande ou pequeno. O primeiro tempo  desta quarta foi péssimo, mas serviu para alertar mais uma vez. No segundo a voz do vestiário, além de algumas modificações, ajudaram, mas o time está devendo um padrão de jogo e uma atenção maior. Apenas a combatividade não basta, apesar de sua importância inegável.
John Clay está tentando joga um futebol nota 10
Tempos distintos - O que chama atenção no Vasco são as atuações distintas no jogo: um primeiro tempo mal e um segundo ótimo ou vice-versa. Falta uniformidade, atenção e um esquema bem definido, ainda que ele possa ser alterado conforme as circunstâncias.  Outra coisa é que as alterações não sejam adotadas em função de falhas, mas em função de  razões estratégicas.  O elenco é  satisfatório, mas já é tempo de conhecê-lo bem  e realizar alterações quando forem efetivamente necessárias. Afinal já faz tempo quer as experiências estão sendo feitas. Nesta quarta tudo ficou flagrante. E a equipe foi melhorando com as mudanças, prova de que ela não está definida. E isso prejudica o entrosamento. 
Flamengo - A boa notícia é  que o Flamengo, ao contrário do que se dizia, não ganhou a primeira taça do ano. E a pior é que eles tentarão a reabilitação justamente contra o Vasco, na semifinal. Mas  a direção cruzmaltina deve saber disso e, sem poças d'água nem temporal, poderemos ter melhor sorte...Claro que num clássico a motivação será maior, e está chegando a hora de uma boa resposta. Não há suspensões e Doriva já deve ter uma escalação definida, com base na experiência dos jogos realizados. Outra preocupação natural envolve a arbitragem. Quem não se lembra do ano passado? Por isso é bom começar a pensar sério no assunto. O retrospecto da arbitragem nesses clássicos tem mostrado uma curiosa soma de erros, e sempre a favor do Flamengo. Certamente essa preocupação está na pauta dos interesses da direção do Vasco. Afinal, ao contrário de 2014, o presidente, agora, é Eurico Miranda.     
Depois do Volta Redonda, agora vem o Flamengo nas semifinais
Experiências? Claro que o futuro do Vasco não depende somente  deste jogo, mas será uma boa oportunidade para mostrar avanços. Faz dois meses que as experiências se sucedem. Pode estar chegando a hora de mostrar resultados de tudo isso. Mas, como diz Eurico, o jogo contra o Flamengo é um campeonato à parte. Voltando ao jogo: o Vasco foi melhor no segundo tempo, e, a cada novo gol, melhorava seu domínio em campo.  Um aspecto bom foi a melhor articulação. A defesa esteve bom postada, mas houve entrosamento melhor entre o meio-campo e os atacantes, a tal ponto que as jogadas e os gols foram surgindo em função desse entrosamento. Verdade é que o primeiro tempo foi mais difícil, mas a melhor categoria imperou. O meio-campo esteve mais atento e atuou também, e muito, ofensivamente. A boa atuação foi um sinal de que as adversidades dos dois últimos jogos foi superada, e, assim, estamos começando uma nova fase melhor. E na hora certa.
(*) – Carlos Fehlberg é jornalista. Foi, durante anos, diretor de Zero Hora e do Diário Catarinense. Torce pelo Vasco desde os tempos do Expresso da Vitória, em meados dos anos 40.
 
 
 
 

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