Lá pela metades da década-1960, a rapaziada brasileira pegava os embalos dos Beatles. Deixava os cabelos crescerem, usava botinhas e dançava o yeah, yeah, yeah, que, na pronúncia abrasileirada, virou iê-iê-iê.
O cantor mineiro Marcio Greyck costuma dizer que ele foi o primeiro a gravar uma versão dos rapazes da inglesa Liverpool.
No entanto, a versão que colou mesmo no gosto da juventude dessas bandas foi "Menina Linda", com o conjunto Renato e seus Blue Caps, feita par abrir um programa de Carlos Imperial, na TV carioca.
No entanto, a versão que colou mesmo no gosto da juventude dessas bandas foi "Menina Linda", com o conjunto Renato e seus Blue Caps, feita par abrir um programa de Carlos Imperial, na TV carioca.
Com a chegada da "bletemania", as rádios "brasucas" deitaram e rolaram, ganhando audiência, no embalo dos "Fab Four". Só Roberto Carlos, em 1965, com "Quero que vá tudo pro inferno", conseguiu ganhar dos cabeludos ingleses.
Houve, porém, no Brasil, quem deixasse os Beatles paras trás, a jamaicana Millie Smal tirou o primeiro lugar das vendagens de compactos simples (as gravações mais compradas da época, em vinil) com "May Boy Lollypop", um "ska", com arranjos de Ernest Ranglin.
Mas nem só no Brasil a mocinha emplacou. Nos Estados Unidos e pelo Reino Unido britânico, ficou em segundo lugar, tornando seu sucesso no primeiro "ska" internacional, já tendo vendido mais de sete milhões de cópias – por aqui, Wanderléa pegou carona, enquanto Millie era a primeira colocada de um dos programas radiofônicos "mais + mais" da época, o "Placar Musical Rio-São Paulo", da Rádio Globo do Rio de Janeiro, pelos inícios das noites dos sábados – primeira nas duas capitais.
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