Vasco

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sábado, 25 de novembro de 2017

O VENENO DO ESCORPIÃO - REDATORES FARÃO APOCALÍPSE VIRAR 'APÓS-CALIPSO'

Antigamente, meninos pequenos de famílias católicas ouviam seus pais dizerem que, um dia, o mundo se acabaria e Deus viria separar os bons dos maus. E cresciam ouvindo falar do Apocalípse, título de livro bíblico que, taduzido para o português, significa “revelação” – também no judaísmo – e fora escrito por João, o profeta escolhido para receber do Senhor informações “top secrets”. 

João iluminado para escrever um texto ultrainterpretado.
Reprodução de www.apocalipsefacil
 Para muitos, o Apocalipse é um livro de orientação aos cristãos.
Poderia ser, se os redatores e revisores bíblicos não fundissem a cabeça dos leitores, empurrando-lhes interpretações pessoais e que, a depender da edição, até contradizem a originalidade da tradição oral e do que está nos escritos pelas linhas deixadas por João.
 Mas João, também, chutou as suas bolinhas fora. Quando ele dizia ter recebido revelações do Espírito Santo, por intermédio de seus anjos, na verdade, não batia nem na trave.
 Bem antes disso, os habitantes desse planeta já haviam sido advertidos sobre o Juizo Final, tendo por agentes Krishna, Maomé, Zoroastro, Buda, Isaías, Lao Tse, gente que, também, tivera os seus agentes informativos divinos. Sem falar dos videntes que exortavam os humanos a abadonarem caminhos tortuosos, para não terminarem nas trevas.
 Ultimamente, ninguém mais leva mais o Apocalipse a sério. A TV Globo já o tripudiou, jogando ao ar, em 1996, uma minissérie sobre um esculhambadíssimo fim do mundo, no qual atores como Vera Holtz e Paulo Betti, entre outros, divertiram os telespectadores, por 35 capítulos escritos por Dias Gomes, com a colaboração de Ferreira Gullar.
Meninos!  Deus não disse o que a galera
disse que ele disse. Podes crer!
Reprodução de www.igrejacatólica-com.br
 Pela trama global, o “profeta do apocalipse” era um baiano retrinca – Joãozinho da Dagmar –, o que já mandava dizer que o fim do mundo merecia mais respeito. Entre os que temiam as profecias, o impotente sexual Tião Socó, imaginndo o mundo acabar e ele “nem nada, nem nada”, consegue uma erecção e violenta a cunhada. A sua filha desiste de manter-se virgem e o diretor de um hospício liberta todos os loucos.
 De outra parte, pelo lado real – ou surreal –, a aproximação do fim do mundo veio, mais pós-modernamente por intermédio de uma “emissária de misericórdia” aparecendo para crianças em três regiões terráqueas: em La Sallete e Lourdes, na França, e na portuguesa Fátima.
 Disse – ou teria dito –  a enviada especial que o Juizo Final será muito diferente do que se propaga por aí. Não haverá nenhumna destruição arbitrária, porque a justiça divina não joga nesse time.     
 Como ela falou – ou teria falado – em Juizo Final, e não falou em fim do mundo, logo, o tal fim do mundo seria uma interpetação equivocada dos fuxiquentos, pasquinzeiros,  fazedores de cabeça, os “jornalistas do tempo”. Daí que os mais otimistas não esperam o planeta ir pelos ares, só os que procuram a autodestruição.
E que venha novas edições e novas interpretações do Apocalipse. Futuramente, – quem sabe? – nossos tataranetos poderão ler o “Após-Calipso”. Porquê não? Não existe uma banda chamada Calipso? De repente, ela acaba e escritores inventivos lançam livro que pode abrir a “Báblia”, isto é, uma nova Bíblia, repleta de furdunços para novos e novíssimos testatementos fundirem, ainda mais, as nosss cucas. Confere?

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