Eles participaram do primeiro filme brasileiro colorido |
O embalo do yé-yé-yé brasileiro
sacudiu os fãs da música jovem da décadas-1960 com uma brasa que pretendia
clonar os ingleses The Beatles, que eram quatro - John, Paul, George e Ringo.
Os
braseiros brasucas acrescentaram mais um cara ao grupo e tiraram duas letras
(ea) da grafia original, por acharem que o magrinho “i”, além de manter o som
da palavra, a deixaria mais
“brasileirusca”. E tome-lhe The Brazilien Bitles – Luís Troth, Victor Trucco,
Fabio Bloch, Jorge Eduardo e Ely Barra.
Integrantes da galera que torcia
pelo tri do escrete nacional que iria à Copa do Mundo da Inglaterra-1966, com
jogos marcados para Liverpool, a terra dos inspiradores, eles planejaram fazer
o pontapé inicial da estréia canarinha, no ...de junho, no Goodson Park –
Brasil 2 x 0 Bulgária foi o placar. Mas, na Na verdade, o que The Brazilian Bitles
pretendia mais era aproveitar o evento oficial da FIFA-Federação Internacional
de Futebol Associado e arrumar um encontro amistoso com The Beatles, jogo nada
competitivo, mera confraternização de cabeludos.
BBC era Brazilian Bitles Club na TV Excelsior... |
Todos na casa dos “20 years old”,
eles recebiam a média de 300 caras semanais, algumas de meninas apressadinhas
que já os queria de argola num dedo, o que ainda não era plano de nenhum deles, que nem só de embalos e de amor
delas se deparavam. Por exemplo, os seus cabelos longos incomodavam diretores
de escolas. Jorge Eduardo precisou trocar de colégio para continuar os estudos.
Quanto a outra escola, a dos
Beatles ingleses, o líder da banda brasuca, Luis Toth, garantia que, mesmo com
a sua turma conseguindo chegar a diretrizes próprias, seguia concentrando
admiração pelos inspiradores. De suya parte, Victor ressaltava à revista “O
Cruzeiro” terem eles, “acima de tudo, a preocupação de
estudar a arte dos "Fab Four”.
... onde a rapaziada mandava aquela brasa, mora? |
Inicialmente, The Brazilian Bitles, surgido, em
1965 - germinado por The Dangers que
tinha Vitor guitarrista e Jorge Eduardo cantor/guitarrista -, teve em sua
primeira formação Vitor na guitarra solo (depois,
baixo), Luiz Toth (bateria), Fábio Block no baixo (depois guitarra), Jorge
Eduardo vocalista e guitarrista-base, e Ely Barra, isto é, Eliseu da Silva
Barra, cantando e tocando teclados A estreia foi na boate "La
Candelabre", mandando ver Beatles, Rolling Stones,
Chuck Berry, Little Richard e The Who, entre outros.
Os rapazes, no entanto, não ficaram só por ali. Visitaram, também, a música popular brasileira, inclusive a regional gaúcha “Pára Pedro” e a caipira “O Barqueiro”.
Gravaram, pelo selo Polidor, três LP, entre 1967 e 1968, com destaque para “Cabelos longos, ideias curtas”, versão de um hit do francês Johnny Hallyday; “Gata” (Wild Thing, sucesso de The Troggs); “Deixe em paz meu coração"; "É Onda” e “Não tem jeito”, versão de Rossini Pinto para "Satisfaction", dos Rolling Stones.
Jorge Eduardo, Victor Trucco, Luís Toth, Fábio Block e Ely Barra |
Gravaram, pelo selo Polidor, três LP, entre 1967 e 1968, com destaque para “Cabelos longos, ideias curtas”, versão de um hit do francês Johnny Hallyday; “Gata” (Wild Thing, sucesso de The Troggs); “Deixe em paz meu coração"; "É Onda” e “Não tem jeito”, versão de Rossini Pinto para "Satisfaction", dos Rolling Stones.
Na TV, os rapazes apresentaram um programa "Brazilian Bitles Club", sugerindo a sigla BBC-British Broadcasting Corporation, da emissora radiofônica londrina que ajudou muito na projeção dos Beatles. De quebra, até tocaram em uma missa ao som do yé-yé-yé que, no Brasil virou iê-iê-iê - no “sixty RJ jovem”, rolava de tudo ao pé do altar. Inclusive, casamento de muita fé com os embalos da moçada.
FOTOS REPRODUZIDAS DE "O CRUZEIRO" DE 26 DE MAIO DE 1966
FOTOS REPRODUZIDAS DE "O CRUZEIRO" DE 26 DE MAIO DE 1966
Nenhum comentário:
Postar um comentário