Após a conquista do título do futebol carioca-1970, o Vasco da
Gama passou a ser coberto por terríveis nuvens negras. Rolou uma impressionante
sessão tumulto. Confira:
1 - time disciplinado durante o Estadual, de repente, teve quatro
atletas expulsos de campo, durante as primeiras rodadas do Torneio Roberto
Gomes Pedrosas, o Robertão, embrião do atual Brasileirão; 2 - departamento
médico cheio de chinelinhos; 3 - prêmio pela conquista do título não pago; 4 - supervisor
José Bonetti irritou-se por não ter reivindicações atendidas e abandonou cargo;
5 - treinador Tim (Elba de Pádua Lima) ameaçou, também, ir embora, gastar o seu
tempo pescando; 6 - presidente Agatirno Gomes culpou a imprensa pelos males do clube
e de disseminar campanha difamatória contra ele e o diretor João Silva; 7 - proibida
a entrada, em São Januário, de repórteres e do procurador do jogador Silva,
ameaçado de ser mandado embora.
Junte-se tudo isso as
pressões de Silva - um dos líderes do
grupo, juntamente com Bougleux – junto a Tim, para o seu amigo Valfrido não ser
barrado. O queria do seu lado, no ataque, com Dé indo para a ponta-direita. Tim
não o atendeu, mas durante Vasco 0 x 1 Atlético-MG, no Mineirão, Silva gritava,
Valfrido caía para o meio e Dé para a direita. Durante o intervalo, Dé foi
sacado do time e voltou ao Rio de Janeiro dizendo-se sabotado.
Três dias após o final do
Estadual (e de muitas festas), o Vasco estreou no Robertão, encarando a Ponte Preta. Tim reclamou, pediu o adiamento
da partida, alegando que os seus jogadores estavam esgotados, fisicamente, mas
não adiantou. Devido a isso e ao grande número se contundidos, ele previu não
haver chances de vitória nos primeiros cinco jogos. Quase acertou. O Vasco
perdeu seis, incluindo-se os 0 x 2 Fluminense, da última rodada do Estadual-RJ.
Sobrou até para o macumbeiro (oficialmente, massagista) Santana, que quase
perdeu o emprego. Escapou por conta de uma zebra fenomenal: 5 x 1 Santos.
A goleada salvadora – antes, 0 x 1 Ponte Preta; 0 x 1 Botafogo; 1 x
3 Flamengo; 0 x 2 América-RJ e 0 x 1 Atlético-MG, entre 23.09 e 11.109.1970 – sobre
o forte time do Santos – Cejas; Carlols Alberto Torres, Ramos Delgado (Marçal),
Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Lima ( Douglas); David, Nenê, Pelé e Edu
Américo – nem foi tão vista como de ordem técnico-tático, mas de forma psicofinanceira,
pois a diretoria cruzmaltina prometera, na véspera – a Élcio: Fidélis, Joel
Santana, Renê e Eberval; Benetti e Ademir; Luís Carlos Lemos (Willie) , Dé
(Kosilek) , Silva e Gílson Nunes - pagar a premiação pelo título esperado há 12
temporadas.
O dopíng financeiro fez bem
ao Vasco. No jogo seguinte, mandou 3 x 0
Santa Cruz-PE (28.10), na casa do adversário, em Recife, com a mesma rapaziada que batera no “Rei Pelé”. Exceto um dos zagueiros que o marcara, o reserva Joel Santa, substituído por Altivo, que ganhou a posição e passou a formar a dupla de zaga com Renê - Valfrido substituiu Dé, no decorrer da pugna.
Santa Cruz-PE (28.10), na casa do adversário, em Recife, com a mesma rapaziada que batera no “Rei Pelé”. Exceto um dos zagueiros que o marcara, o reserva Joel Santa, substituído por Altivo, que ganhou a posição e passou a formar a dupla de zaga com Renê - Valfrido substituiu Dé, no decorrer da pugna.
Mas ficou por ali a
reação vascaína. Seguiram-se 0 x 0 Bahia (28.10); 1 x 3 Fluminense (01.11); 1 x
1 São Paulo (07.11); 1 x 1 Internacional (11.11); 1 x 3 Corinthians (14.11); 1
x 4 Atlético-PR (22.11) . 0 x 1 Grêmio-RS (29.11); 0 x 3 Cruzeiro (03.12); 0 x
1 Palmeiras (06.12). Isso valeu o nono e último lugar do Grupo da fase
classificatória para as finais, com o Vasco totalizando só duas vitórias, trêsa
empates e 11 derrotas. Marcou 14 e levou 26 gols.
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