Na década-1960, só o futebol tinha atletas profissionais, no Brasil. Se alguma modalidade pagasse um ordenado ao seu astro, comprovadamente, ele não poderia participar de Jogos Olímpicos e dos Mundiais dos setores ainda amadoristícos.
Reis das armações, os cartolas brasileiros driblavam as normas internacionais, para manter os seus astros. Na metade daquela década, o repórter De Santis, discutiu o tema, pela Revista do Esporte, sob a manchete “Amadores ganham mais do que profissionais”, apontando os vários “disse-me-disses” sobre quem ganhava quanto.
Segundo o escriba, em São Januário, o cofre era aberto para retirar, mensalmente, Cr$ 200 mil cruzeiros, grana que receberiam Oto, Douglas, Barone e Paulista, os azes do time masculino adulto de basquete, enquanto o ordenado dos demais variava de Cr$ 180.000,00 para baixo. “Por isso a verba destinada ao basquetebol vascaíno, no corrente ano (1965), incluindo tudo, é de Cr$ 47 milhões de cruzeiros", citava.
Este time juvenil era bem pago, mas não emplacou
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Dizia o mesmo repórter, que o Vasco era generoso, também, com a garotada mais destacada do seu time juvenil . Os “craquinhos” levavam Cr$ 120 mil cruzeiros, além de casa e comida. “Os que não estão na categoria dos ‘cobras’ ganham de Cr$ 80 para baixo”, informava.
Se o cofre da Colina gastava mesmo aquilo tudo com amadores, gstou bem com a rapaziada do basquetebol (como se falava), pois ela levou para a Rua General Almério de Moura um “caneco” que não tem preço: o do Campeonato Carioca do IV Centenário do Rio de Janeiro. Já os garotos do futebol juvenil ficaram devendo. Os times da metade de década não emplacaram nenhum craque. Só pintou faixa na Colina em 1969 – as outras foram em 1944, 1954, 1971, 1081, 1082, 1984, 1991, 1992, 1995, 2001 e 2010.
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