Vasco

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sábado, 30 de novembro de 2013

FERAS DA COLINA - CAXIAS


O Vasco tinha um zagueiro nascido em Caxias-RJ (03.01.1943), garimpado no Caxias FC e que seguia residindo na terrinha. Logo, pediu para ganhar da rapaziada o apelidado relativo à sua municipalidade. Era muito  bom de bola o Caxias, zagueirão com 1m78cm de altura, pesando 75,8 quilos, 85cm de cintura  e calçando chuteiras de nº 41.

 Quando estava de folga, com tempo para almoçar sem pressa, Caxias adorava devorar  galinha e rabada à moda de Caxias. Também, de bater um papinho com São Jorge, o santo católico de sua devoção. Mas não exagerava nos pedidos de ajuda, não. Que lhe ajudasse sempre a atuar bem pelo miolo das área, estava bom demais. Para o maior gozador do time cruzmaltino, o zagueiro Brito, por causa de quem Caxias sentava-se no banco, o seu reserva era bom demais, e nem precisava de ajuda do Céu. “Você é bom demais, cara. É até ótimo”, brincava o Britão.

Na realidade, aquilo era uma tremenda sacanagem com o nome do rapaz, pois Caxias fora batizado e registrado como a Teótimo Olindino Cerqueira Filho. “Vocè é até ótimo, Teótimo!”, sacaneava Brito, com o filho de Dona Jurema Pires Cerqueira, marido de Dona Meire e pai do garoto Marco Aurélio.
O Vasco entrou na vida de Caxias, sujeito de cabelos e olhos castanhos escuros, desde os tempos de infanto-juvenil, em 1960, lhe dando Cr$ 1.500,00 cruzeiros mensais para ele se virar. Mas, como não se ligava em perfumes, como muitos colegas vaidosos,  preferindo cinema e bailes, ia se virando legal. Só dois anos depois, em junho de 1962, assinou o seu primeiro contrato.. “Tá ótimo, Teótimo”, sacaneava o Britão.    
Uma das formações em que Caxias jogo pelo Vasco alinhava: Miltão; Joel, Caxias, Fontana e Barbosinha. Maranhão e Lorico; Mário “Tilico”, Célio, e Zezinho. (foto reproduzida da Revista do Esporte).

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