“O Kike da Bola” não tem autoridade científica para afirmar, ou negar. Mas, meditando “de riba” do que foi escrito em torno de uma tabela elaborada antes da descoberta dos planetas Urano, Netuno e Plutão – este último, por sinal, já rebaixado à segunda divisão do horóscopo –, fica com a impressão de que o espírito do “Almirante” firmou um pacto astral para ficar bem para todo lado das influências zodiacais.
Pra começo de conversa, se o Brasil é a “Terra do Sol”, a Turma da Colina” brilhou com ele em quatro dos seis anos do seu ciclo de regência sobre a vida na Terra, isto é, em 1949, 1956, 1970 e 1977. Como cada ciclo dura 36 anos, e o próximo será em 2016, isso significa que, por ora, no zodíaco solar, a rapaziada é “tetra”, com 66,66% de aproveitamento. Mais? No quesito regência anual, em 1924, quem faturou o caneco? O “Almirante”, é claro. Aliás, bisou, 'recanecou', já que havia invadido o domínio de Marte, em 1923.
Cá, entre nós: se o “Almirante” tabelou com o Sol, deixaria de paquerar a Lua? Ora, pôijz, pôijz! Se ela é dos namorado e as regências anuais pintam a cada sete temporadas, claro que o espírito do grande navegador não desperdiçaria um tempo menor para ficar coladinho ao cangote lunar e colocar mais faixas no peito, não é mesmo? Claro! Não deu outra, em 1945, 1952, 1966 e em 1998. Vale ressaltar, no entanto, que, no “meia-meia”, o caneco foi o do Torneio Rio São Paulo, dividido com Pelé (santista) Garrincha (corintiano) e Jairzinho (botafoguense).
Com taças nas mãos, porque não falar de anéis nos dedos? Evidentemente, pois ninguém nunca usou um anel no cotovelo. Que se saiba! Mas estes são anéis diferentes. De Saturno, pôijz, pôijz! Na regência dele, o Vasco tornou-se, em 1974, o primeiro time carioca campeão brasileiro. E, no meio exclusivo de sua patota estadual, levou a taça de 1992. Com um senhor time!
Aliás, por falar em senhor, na mitologia dos romana, Júpiter era o “Senhor do Universo”. Por isso, é o maior planeta do sistema solar. Ele deu ao “Almirante” o caneco carioca der 1947, de forma avassaladora: com sete pontos à frente do segundo colocado. Teve adversário? O Flamengo desafiou, levou 5 x 2. O Fluminense, 5 x 3. A moçada não teve pena nem do pequeno Canto do Rio: 14 x 1, a maior sacanagem já feita na história do futebol dos “caricas”. Com 17 vitórias, em 20 duelos, o Vasco mostrou-se um time com muito gás, como Júpiter, um planeta gasoso e vermelho, como ficaram os rivais.
Pois é! Futebol, as vezes coisa de outro planeta, também é guerra. Poderia se regido por Marte, o “Deus da Guerra”, dos romanos. Se o fosse, durantes as batalhas cariocas de 1987, a regência marciana favoreceria, como favoreceu, aos guerreiros da Colina. Eles formaram um exército tão superior, que, no jogo final, contra o Flamengo, o atacante Tita encobriu o rosto com a sua camisa, após marcar o gol da vitória final (09.08), com vergonha de bater adversários tão “lebréias”. Diante de 114.692 almas.
Mas, guerra por guerra, o que não dizer do Campeonato Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948, em Santiago do Chile? Feito sob medida para o Vasco perder. Só que esqueceram de consultar Marte. Sob a sua regência, de forma alguma, os “Guerreiros da Colina” iriam ao Andes se não fosse para vencer. Ainda que o argentino River Plate, o melhor do mundo daquela época, tivesse uma camisa parecida, recebeu o aviso final: nem vem, que não tem.
Mas o Vasco não é só de guerra. É de amor, também. Quando regido por Vênus, a deusa dessas coisas na antiga Roma, a “Turma da Colina” atravessou o Atlântico e foi conquistar o francês Torneio de Paris, espécie de Mundial de então, em 1957, colocando pra dançar o espanhol Real Madrid, que se considerava-se o “Deus do Olimpo”. Os franceses amaram. Como amaria, certamente, se estivesse viva, a freira espanhola Teresa Margarita Herrera y Posada – nascida em 1712, para fazer o bem, como o fizera o time vascaíno aos olhos de quem o vira preliar na Europa. Poucos dias depois de fazer ao Real Madrid cair na real, a rapaziada levou, para São Januário, um troféu com o sagrado nome de madre caridosa.
Bem antes daquelas fabulosas aventuras europeias, é de se assinalar que o Vasco havia conquistado o título carioca de 1950, carregando o maior sentimento. Por sinal, o primeiro no Maracanã, o templo dos deuses do futebol brasileiro – jogo final em 28 de janeiro de 1951, com 2 x 1 em cima do América, invadindo a área de Mercúrio. Mas Mercúrio é gente finíssima. Deus mensageiro, homem que, digamos foi o iniciador do jornalismo e inspirador do instituto da promoção. Para os gregos, Hermes. Um “marchê”, para os franceses, que foram tirar dali a palavra marketing.
Sob a batuta de Mercúrio, em 1958, o Vasco viveu o seu ano mais dourado. Ganhou quase tudo o que disputou, em terra e mar. Inclusive, ficou SuperSuperCampeão carioca e ganhador do Torneio Rio-São Paulo, a maior disputa do futebol brasileiro da época. De quebra, na regência do “Deus Mensageiro” ainda rolou o caneco da primeira Taça Guanabara, levantada por um mortal com um nome de deus, Hércules (Brito Ruas). (FOTOS REPRODUZIDAS DE WWW.CRVASCODAGAMA.COM.BR). Agradecimento.
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