“Era noite do Natal de 1938. Mesmo com
tanta tradição religiosa no país mais católico do mundo, os cartolas cariocas
não tomaram conhecimento das comemorações da noite em que a Santa Madre Igreja
Católica Apostólica Romana adota como a do nascimento de Jesus Cristo, embora
os arqueólogos e paleontólogos digam que foi em maio. E mantiveram na tabela do
Campeonato Carioca o jogo Vasco x Bangu.
Muito bem! Se teve um pecador naquele
dia, com certeza, não foi o Bangu, que fora criado por ingleses, que são muito
mais alglicanos do que católicos. Os vascaínos, sim. Foram pecadores. Criados
por portugueses, catolicíssimos, trocaram o “Menino Deus” pelo balão de couro
esférico. E foram, castigados. Dentro de São Januário, encaçapados pelos
“Mulatinhos Rosados de Moça Bonita”: 4 x 1. Nadinho, que não era o Papai Noel, encheu o saco vascaíno, mandando
as quatro bolas no barbante. E só não sai pela chaminé, porque a casa do Vasco
não tinha.
Benza Deus! Sobrou para o goleiro, que
deve ter gostado do tempero do peru da véspera, para papar mais um pouco, no
dia seguinte. A súmula conta que o gol vascaíno foi de Fantoni e a rapaziada esta:
Joel, Jaú e Florindo; Aguirre, Aziz e Marcelino; Lindo, Alfredo, Fantoni,
Villadoniga e Luna. Logo, mesmo com Lindo no time, as cosas estiveram feias.
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