Vasco

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

HISTÓRIAS DO KIKE - O SHOW DOS REIS. SANTOS E BOTAFOGO, LENDAS DÉCADA-60

  Entre 1962/1963, o Brasil tinha o melhor futebol do planeta. Tanto que conquistara a Copa do Mundo, pela segunda vez, consecutivaente, juntando amistosos e jogos oficiais com vitórias sobre quase todos os adversários. Razão para a imprensa carioca considerar Santos 5 x 0 Botafogo, no dia 2 de abril de 1963, no Maracanã, “o maior jogo do mundo”.
Garrincha e Pelé reproduzidos de Fatos&Fotos

 Não era pra menos, afinal reuniu 11 atletas participantes da campanha do bi – Gilmar, Mauro Ramos, Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé (santistas), Nílton Santos, Garrincha, Amarildo e Zagallo (botafoguenses) - e mostrou um ‘Rei Pelé” mais majestoso do que nunca, “diante de 100 mil torcedores”, como exagerou a revista Fatos & Fotos – na verdade, 70.324 pagantes.

 Embora a partida tivesse sido disputada em 1963, valia (ainda)  pela decisão da Taça Brasil-1962 (tipo Copa Brasil de hoje), com os dois preliantes sendo os campeões da temporada anterior em seus estados. Houve três confrontos. No primeiro, em 19 de março, no paulistano Pacaembu (Estádio Paulo Machado de Carvalho), o Santos andou levando algumas vaias da sua torcida, mas venceu por um apertado 4 x 3, com dois gols de Pepe, (um deles cobrando falta), Coutinho e Dorval. Pelo lado botafoguense - Mané Garrincha não atuou -, Quarentinha (também, de falta), Amoroso e Amarildo descontaram o prejuízo, apitado por Armando Marques e assistido por 30.481 pagantes.

 Pelé vence Zé Maria e castiga Manga
 

 Veio o segundo duelo, no Maracanã, e o Botafogo, agora com Garrincha, não tomou conhecimento da patota do Pelé e mandou 3 x 1, no 31 de março, diante de 100.260 pagantes, com gols de Edson (substituto de Didi), Quarentinha e Amarildo, enquanto Rildo (contra) marcou para os santistas. Mas a vingança do “Rei” seria “maligrina”, como diria um personagem de Chico Anísio: 5 x 0, com Pelé (2), Dorval, Pepe e Coutinho na rede.

 Pelé domina o lance diante do botafoguense Élton

 A farra Pelé domina o lance dianbte do botafoguense Elton de gols começou aos 24 minutos, pelo ponta-direita Dorval. O Botafogo tentou segurar o impacto, mas não segurou muito. Aos 39, o outro ponteiro santista, Pepe, o da esquerda, aumentou para 2 x 0. Grande vantagem para quem passara por sufocos no jogo de ida.No entanto, no segundo tempo, não tivera quem segurasse o “Rei”, que bateu na rede, aos 20 e aos 40 minutos.    

Bola para um lado, goleiro paras o outro  

 O Santos daquele dia foi escalado pelo treinador Lula (Luís Alonso Peres) com: Gilmar, Lima, Mauro  e Dalmo: Calvet e Zito; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. O Botafogo, de Marinho Rodrigues, alinhou: Manga, Rildo (Joel), Zé Maria e Ivan (Jadir); Nilton Santos e Ayrton; Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagalo (Jair Bala).   

                                               O 10 comemora com os companheiros


 Daquele “maior jogo do mundo” sobraram duas histórias (ou lendas): 1 – pelo final da partida, quando a torcida já ia embora, uma bola sobrara entre Pelé e Nílton Santos, tendo o camisa 10 santista tentado aplicar um chapéu no "Enciclopédia", que  tirava a bola, de calcanhar. No desenrolar do lance, os dois se chocavam peito a peito, e se abraçavam, para não caírem. Então, Nílton Santos teria falado: “Pr cima de min, não, seu filho da....” E quem ainda estava pelo estádio teria aplaudido, de pé. Indagado sobre o tal lance, Nílton Santos, que residiu em Brasília e foi professor na escolinha de futebol do meu filho, disse-me não se lembrar disso. 2 – o jogo fora assistido por dois astronautas soviéticos que teriam dito: “Pelé é do outro mundo” – não há, porém, registros de visitas de astronautas ao Brasil de 1963.   
Mané Garrincha carregado antgs do jogo


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