O Campeonato Carioca de 1958 corria para um desfecho inesperado. Torcedores de Flamengo e Botafogo viam os seus times superiores ao vascaíno, bem como a imprensa. Esperava-se que os alvinegros seriam bi, ou os rubro-negros papariam o caneco.
Foi durante aquela campanha, que terminou em um “SuperSuperCampeonato”, o chamado “SS” (devido ao empate entre os três concorrentes, quando já deveria haver um campeão), que o treinador Gradim (Francisco de Sousa Ferreira) surpreendeu a torcida cruzmaltina, escalando o juvenil Roberto Peniche na vaga do grande ídolo Pinga, na partida contra de 19 de outubro, contra o São Cristóvão.
Para muitos, Gradim poderia queimar uma jovem promessa, mesmo com o adversário sendo um dos “pequenos”. Estes achavam que ainda era cedo para um garoto recém saído do interior mineiro (da cidade de Palmas), jogar no Maracanã, ao lado de Bellini e de Orlando, campeões na Copa do Mundo da Suécia, e de outros grandes ídolos da torcida. Gradim, no entanto, pensava diferente. Tanto que lançara Dominguinhos, em lugar do mesmo Pinga, em duas partidas que o garoto ajudara a vencê-las.
Roberto Peixoto Peniche não se impressionou. Embora o time tivesse empatado (1 x 1), fez o que o treinador mandou e escreveu o seu nome entre os “SS” cariocas de 1958. Foi para o caderninho no meio da turma daquele jogo: Barbosa; Paulinho, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Laerte, Delém, Rubens e Roberto II. Notou como ele foi anunciado na escalação? Havia um outro Roberto na Colina, o meia Roberto Pinto, que seria o Roberto I.
Para muitos, Gradim poderia queimar uma jovem promessa, mesmo com o adversário sendo um dos “pequenos”. Estes achavam que ainda era cedo para um garoto recém saído do interior mineiro (da cidade de Palmas), jogar no Maracanã, ao lado de Bellini e de Orlando, campeões na Copa do Mundo da Suécia, e de outros grandes ídolos da torcida. Gradim, no entanto, pensava diferente. Tanto que lançara Dominguinhos, em lugar do mesmo Pinga, em duas partidas que o garoto ajudara a vencê-las.
Roberto Peixoto Peniche não se impressionou. Embora o time tivesse empatado (1 x 1), fez o que o treinador mandou e escreveu o seu nome entre os “SS” cariocas de 1958. Foi para o caderninho no meio da turma daquele jogo: Barbosa; Paulinho, Bellini e Coronel; Écio e Orlando; Sabará, Laerte, Delém, Rubens e Roberto II. Notou como ele foi anunciado na escalação? Havia um outro Roberto na Colina, o meia Roberto Pinto, que seria o Roberto I.
Em 1959, Gradim não escalou Peniche durante a primeira competição da temporada, o Torneio Rio São Paulo. Só deu-lhe uma chance no primeiro turno do Campeonato Carioca, em 23 de agosto, nos 4 x 2 pra cima do Madureira, no estádio das Laranjeiras – Barbosa, Paulinho, Bellini e Russo; Écio e Coronel; Teotônio, Cabrita, Pinga, Roberto Pinto e Roberto Peniche foi a formação. Quase um ano sem jogar pelo grupo principal. No entanto, aproveitou bem a chance, marcando um dos tentos da vitória – os outros três foram de Pinga, a quem substituíra, em sua primeira chance no time A. Ficou para a equipe próxima rodada, o seu primeiro clássico, contra o Botafogo. Depois, participou de mais um, contra o Fluminense, e voltou a ser uma opção.
Mas viria a temporada-1960, para Roberto Peniche viver um grande dia de glória. No amistoso de 11 de fevereiro – Vasco 7 x 0 Nacional, da Colômbia –, ele marcou três gols.Goleada era com ele mesmo! Em 21 de julho –Vasco 6 x 2 Botafogo de João Pessoa-PB –deixou mais um. Três dias depois– Vasco 3 x 1 Seleção de Itabuna-BA, mais outro. No entanto, não conseguiu segurar vaga de efetivo, nas chances eu teve.
Um dia, Roberto Peniche foi emprestado à Portuguesa Santista-SP, juntamente com Teotônio e Artoff. Saiu ganhando mais (de Cr$ 15 mil, pulou para Cr$ 37 mil) e foi morar em uma pensão pertinho da que moravam Pelé e Coutinho. Mas não tirava o Vasco da cabeça. Mesmo achando que demoraria a ser titular.“Jamais esquecerei o Vasco. Sua torcida sempre me estimou e nunca me negou aplausos... Acho que, se voltar, serei recebido de braços abertos”– nunca mais voltou.
FOTOS REPRODUZIDAS DA REVISTA DO ESPORTE
Um dia, Roberto Peniche foi emprestado à Portuguesa Santista-SP, juntamente com Teotônio e Artoff. Saiu ganhando mais (de Cr$ 15 mil, pulou para Cr$ 37 mil) e foi morar em uma pensão pertinho da que moravam Pelé e Coutinho. Mas não tirava o Vasco da cabeça. Mesmo achando que demoraria a ser titular.“Jamais esquecerei o Vasco. Sua torcida sempre me estimou e nunca me negou aplausos... Acho que, se voltar, serei recebido de braços abertos”– nunca mais voltou.
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