Carlos Fehlberg (*)
Três a zero construídos no primeiro tempo foi um placar inesperado e adverso que praticamente selou a derrota diante do Atlético-MG, ontem. Foram 45 minutos inteiramente desfavoráveis, mostrando um erro estratégico gritante do teinador Doriva, querendo jogar de igual para igual com o adversário. Deu no que deu e, a rigor, o jogo se definiu nessa etapa.
Três a zero construídos no primeiro tempo foi um placar inesperado e adverso que praticamente selou a derrota diante do Atlético-MG, ontem. Foram 45 minutos inteiramente desfavoráveis, mostrando um erro estratégico gritante do teinador Doriva, querendo jogar de igual para igual com o adversário. Deu no que deu e, a rigor, o jogo se definiu nessa etapa.
Com o estádio lotado, os
cuidados iniciais seriam lógicos. Não, porém, para o Vasco, que se
descuidou da defesa e foi atropelado. E o pior, promovendo estreias
numa hora inadequada e perdendo potencialidade ofensiva. Faltou
experiência maior para o técnico vascaíno. O curioso, também, é que o
Vasco continua contratando e promovendo estreias em tempo recorde. Foi
o caso de ontem, quando procurando jogar de igual para igual com casa lotado expôs sua fraqueza ofensiva, exigindo muito de sua
defesa.
Pelo menos no primeiro tempo os cuidados na
retaguarda seriam aconselháveis. Mas nada disso: a palavra de ordem foi
jogar de igual para igual. E ainda promovendo a estreia de um atacante
que chegou há menos de uma semana. Onde os cuidados defensivos? Atuar
diante do Atlético, com o estádio lotado, de igual para igual, não seria
o melhor esquema, mas foi... E o resultado ficou claro: três a zero
no primeiro tempo. Ou alguém pensava em algo diferente ou uma
reversão nos 45 minutos finais? Errou o treinador, que deixou sua
defesa sobrecarregada. E perdeu o jogo nos primeiros 45 minutos,
interrompendo a série de empates.
No segundo, com o jogo decidido,
ainda promoveu alterações, mas nada mais podia ser feito. Mas vale
reiterar que a
escalação e o esquema proposto para o primeiro tempo estavam errados.
O Vasco parou de empatar, mas perdeu. E o pior: começa a mostrar que
ainda faz experiências e não tem um ataque definido. E mais: foi o
último jogo de Martin Silva no primeiro turno, pois vai atuar na
seleção uruguaia na Copa América.
Mas vale enfatizar que uma estreia precipitada de Riascos,
em BH,
onde perdera um pênalti decisivo na Libertadores de 2013, contra o Atlético,
não
foi uma aposta acertada. Ele foi uma figura apagada, e não foi o que dele era
esperado: uma espécie de "vingador"... Pelo contrário, foi até
substituído e não jogou quase nada. Aliás, está na hora de perguntar:
até quando vão as experiências?
O JOGO - Os primeiros 30 minutos foram inteiramente mineiros, com O Vasco perdido em campo e atacando de maneira descoordenada. O Atlético aproveitou para dominar e saiu com uma vantagem
surpreendente. No segundo o empenho mineiro não foi o mesmo, o que permitiu ao Vasco tentar, sem êxito, uma reação. Na frente Gilberto era uma peça isolada, mas o único a oferecer perigo. A defesa parecia assustada, fazendo o que podia. Em resumo foi uma derrota significativa, que deve merecer muita atenção do comando vascaíno, pois agora já não estamos sequer empatando. Enquanto há tempo urge tomar as medidas necessárias, entre as quais se impõe a definição da equipe com
possíveis (mas bem escolhidos) reforços.
O fato é que o retrospecto
vascaíno é comprometedor, embora haja tempo para sanar as
dificuldades. O momento vascaíno é de muita reflexão e análise. Não
vale esquecer a derrota. E ainda bem que ela veio agora, no início do
campeonato. Precisamos de reforços qualificados para a frente, pois
já estamos há tempo com essa deficiência.
EQUÍVOCOS -
O primeiro tempo foi inteiramente do Atlético, que fez seus gols e
assustou o Vasco. Riascos, que prometera se vingar do Atlético, contra
o qual perdeu na decisão da Libertadores um pênalti decisivo, pouco foi visto. A "arma secreta" de Doriva e Eurico virou
piada no jogo e ele
acabou não voltando. E aí o técnico passou a apostar em Bernardo e Yago, sem nenhum
sucesso. A derrota se tornou evidente, apesar do
visível esforço no segundo tempo. O escore do primeiro ficou mantido e
a lição também.
Martin Silva ainda fez grande defesa, Gilberto
continuou oferecendo perigo ao adversário, e os demais ainda mostraram algum
esforço. Mas a lição ficou. Com todos os méritos que possui, Eurico
deve meditar mais um pouco. Claro que ainda há tempo para recuperação, mas faz algum tempo que a equipe busca um padrão de jogo e regularidade, o que não ocorreu nem no Carioca, apesar do título. O Brasileiro exige muito mais e ainda há tempo para recuperar o tempo perdido.
deve meditar mais um pouco. Claro que ainda há tempo para recuperação, mas faz algum tempo que a equipe busca um padrão de jogo e regularidade, o que não ocorreu nem no Carioca, apesar do título. O Brasileiro exige muito mais e ainda há tempo para recuperar o tempo perdido.
* Carlos Felhberg é jornalista e torcedor cruzmaltino desde os tempos do Expresso da Vitória. Os seus comentários são publicados no dia seguinte aos jogos da "Turma da Colina".
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