Vasco

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domingo, 21 de junho de 2015

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - CARMEM - PRIMEIRA CALÇA COMPRIDA

A toga caiu-lhe muito bem
Mulher de calça comprida no plenário do Supremo Tribunal Federal? Nem  pensar! Pelo menos, nos 123 anos que antecederam à chegada de uma mineira da região de onde o escritor Guimarães Rosas tirou muitos “causos”. Carmem Lúcia Antunes Rocha, o nome da moça que quebrou uma antiga norma na mais alta corte do país.
 Primeira mulher a presidir a casa prevista na primeira constituição brasileira (1824), mas só criada após os militares derrubarem a monarquia (1889), a ministra Carmen Lúcia não mostrou-se moderninha só em termos indumentários. Também, defendeu a união de pessoas do mesmo sexo, o aborto de anencéfalos, cotas para negros em segmentos da sociedade brasileira e até movimentos contra a descriminalização da maconha. E avisou ao povo brasileiro, pela Internet, quanto ganhava e os números do seu CPF e de sua conta bancária. Mulher Maravilha!
Uma ministra com ganhos e conta explícita
 Com tanta explicitude sobre a sua vida, Carmem esteve mais do que credenciada, também, para presidir, a partir de abril de 20012, o Tribunal Superior Eleitoral e comandar as eleições daquele ano, quando se fiscalizou, pela primeira vez, a ficha limpa dos candidatos.
Mas nem só de rigores ela vive. É uma mineirinha muito alegre, que conta piada sobre mineiros e imita gente machista. Por isso (e muito mais simpatias), os sobrinhos adoram esta “tia” que preferiu a solteirice e adora o Carnaval. E uma cachacinha mineira (porque, não?), para abrir o apetite, quando prepara um tutu e uma carne de sol, pela receita da terrinha – nasceu em Espinosa, no nordeste de Minas Gerais, na divisa com a Bahia.     
    A ministra Carmem Lúcia não faz parte do time da mulheres vaidosas. Não  pinta as unhas e nem tintura os cabelos. Em vez de gastar tempo com isso, prefere ler o francês Honoré de Balzac e do russo Fiódor Dostoiévski. Ou deliciar-se com o sabor de um queijinho mineiro, um doce de leite de corte, uma goiabada, uma cocada e um chocolate. Digamos que o STF tem uma ministra de bom gosto. (Fotos reproduzidas de www.stf.jus.br). Agradecimentos. 

       

        

 

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