A toga caiu-lhe muito bem |
Mulher de
calça comprida no plenário do Supremo Tribunal Federal? Nem pensar! Pelo menos, nos 123 anos que
antecederam à chegada de uma mineira da região de onde o escritor Guimarães
Rosas tirou muitos “causos”. Carmem Lúcia Antunes Rocha, o nome da moça que
quebrou uma antiga norma na mais alta corte do país.
Primeira mulher a presidir a casa prevista na
primeira constituição brasileira (1824), mas só criada após os militares
derrubarem a monarquia (1889), a ministra Carmen Lúcia não mostrou-se
moderninha só em termos indumentários. Também, defendeu a união de pessoas do
mesmo sexo, o aborto de anencéfalos, cotas para negros em segmentos da
sociedade brasileira e até movimentos contra a descriminalização da maconha. E
avisou ao povo brasileiro, pela Internet, quanto ganhava e os números do seu
CPF e de sua conta bancária. Mulher Maravilha!
Uma ministra com ganhos e conta explícita |
Mas nem só de
rigores ela vive. É uma mineirinha muito alegre, que conta piada sobre mineiros
e imita gente machista. Por isso (e muito mais simpatias), os sobrinhos adoram
esta “tia” que preferiu a solteirice e adora o Carnaval. E uma cachacinha
mineira (porque, não?), para abrir o apetite, quando prepara um tutu e uma
carne de sol, pela receita da terrinha – nasceu em Espinosa, no nordeste de
Minas Gerais, na divisa com a Bahia.
A ministra Carmem Lúcia não faz parte do time
da mulheres vaidosas. Não pinta as unhas
e nem tintura os cabelos. Em vez de gastar tempo com isso, prefere ler o francês
Honoré de Balzac e do russo Fiódor Dostoiévski. Ou deliciar-se com o sabor de
um queijinho mineiro, um doce de leite de corte, uma goiabada, uma cocada e um
chocolate. Digamos que o STF tem uma ministra de bom gosto. (Fotos reproduzidas de www.stf.jus.br). Agradecimentos.
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