Vasco

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quinta-feira, 11 de junho de 2015

HISTORI&LENDAS CRUZMALTINAS

 
Ita, Joel Felício, Caxias, Maranhão, Fontana e Barbosinha, em pé, da esquerda para a direita; Mário 'Tilico', Célio, Saulzinho, Lorico e Zezinho, agachados. Esta foi uma das formações do Vasco da Gama durante o Campeonato Carioca-1964. Mas o time não fez uma boa temporada, terminando em sexto lugar, com 11 vitórias, 7 empates e 6 derrotas.  Isso equivalia a 29 pontos ganhos e a 19 perdidos. O ataque marcou 44 gols e a defesa deixou passar 28 bolas para o fundo das redes.

2 - A dupla de zaga vascaína campeã mundial-1958, na Suécia, formada por Bellini e Orlando, tem histórias incríveis. Exemplo: Orlando Peçanha de Carvalho, chamado de ‘Senhor Futebol”, pelos argentinos, por jogar horrores, evidentemente, um dia, pisou, feio, na bola. Está no caderninho: 10 de dezembro de 1960, em Vasco 0 x 1 Fluminense. Para desespero do treinador Abel Picabéa, um “hermano”, o grande quarto-zagueiro vascaíno marcou um gol contra. Perdoável! Orlando tinha o crédito de ter marcado um gol (não era a dele), no dia 15 de abril de 1956, em Vasco 3 x 1 Besiktas, durante amistoso na Turquia.

3 - No tempo em que era quase proibido zagueiro subir ao ataque, Hideraldo Luís Bellini ajudou o Vasco a empatar, por 2 x 2, com o uruguaio Nacional, em Montevidéu, incendiando um amistoso em que os anfitriões abriram dois tentos de vantagem. Aconteceu no Estádio Centenário, construído para a I Copa do Mundo-1930. Era 1º de novembro de 1061, e o “Boi”, o apelido do zagueirão, por trabalhar duro, sem reclamar, partiu para o ataque e, com o seu gol, “revascainou” o time. Ficou tão cruzmaltinado, que o meia Viladônega igualar o placar, deixando os uruguaios embasbacados com a reviravolta.  

4 -  Por ser o capitão da equipe e exercer muita liderança (dentro e fora de campo), as vezes (poucas), Bellini exagerava com os árbitros. Depois de voltar do amistoso citado acima, no Uruguai, ele foi expulso de campo, por Vítor do Espírito Santo, em um clássico do Campeonato Carioca. Por reclamação. E aos 16 minutos, por discordar da marcação de um pênalti. Sem ele, o Vasco caiu, por 1 x 2, ante o Botafogo.

5 – Em um tempo em que jogador defensivo marcar gols não estava fácil, o Vasco foi ao Estádio Raulino de Oliveira, em 12 de abril de 2000, em Volta Redonda, e sapecou 3 x 0 no time da terra e do mesmo nome, apelidado, pela imprensa, de “Voltaço”. A dupla de zaga, formada por Júnior Baiano e Odvan, compareceu ao filó, respectivamente, aos 10 minutos do primeiro tempo, e aos 41 do segundo, enquanto o volante Paulo Miranda deixava o dele aos 44 da etapa inicial. Odvan gostou da brincadeira. Tanto que, uma sedmana depois, em São Januário, subiu ao ataque e, aos 22 minutos, colaborou para a goelada, por 5 x 0 sobre o Cabo Frio.

6 - Dizia o mais fanático dos botafoguenses, Carlito Rocha, que “praga de vascaíno dura 20 anos”. E o time alvinegro passou 21 temporadas sem ver o título estadual, após o 9 de junho de 1968, quando mandou 4 x 0 pra cima do Vasco, na final do Campeonato Carioca. Mas nem tinha como os cruzmaltinos encararem aquele “adversaraço, superiorzaço”. A “praga vascaína” pela goleada, no Maracanã, durou um ano e 12 dias a mais do que o previsto por Carlito, do qual os vascaínos guardavam bronca, por ter anulado um gol cruzmaltino, diante do Flamengo, na disputa de 1923, impedindo a “Turma da Colina” de ganhar o título carioca invicto – na época, representantes de clubes apitavam partidas.

 Moreira, Cao, Zé Carlos, Leônidas, Carlos Roberto 
e Valtencir, em pé; Rogério, Gérson, Roberto Miranda,
 Jairzinho e Paulo César Lima, agachados.
A “praga vascaína” de 1968 caiu com várias comemorações numéricas alvinegras: em 21 de junho de 1989, sob temperatura de 21 graus, com público pagante de 56.415 (5 + 6 + 4 + 1 + 6 = 21) e com o gol do titulo marcado aos 12 minutos do segundo tempo (12 é o contrário de 21), em Botafogo 1 x 0 Flamengo.  A historia das pragas entrou na vida vascaína a partir do Campeonato Carioca de 1937, quando o Vasco goleou o Andarahy, por 12 x 0. Chovia durante a noite da partida, e houve um acidente com o ônibus que levava o time vascaino ao estádio. O "Andara" poderia ter vencido por W x O, porque o Vasco chegou com uma hora de atraso. Mas recusou-se, preferindo esperar pelo rival. Então, aborrecido pela goleada, o ponta-esquerda Arubinha teria jogado uma praga nos vascaínos: só dentro de 12 anos voltariam a ser campeões. E, ainda, teria enterrado um sapo no meio do gramado de São Januário, diz a lenda. Se Carlito Rocha errou por um ano a mais, Arubinha errou por um ano a menos. O Vasco foi campeão carioca, em 1945. E as duas pragas desmoralizaram as pragas, tornando-as pragas inexatas.

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