Vasco

Vasco

domingo, 9 de agosto de 2015

DOMINGO É DIA DE MULHER BONITA - MARIA OLÍVIA , MISS BAHIA E BRASIL-1962

Em 1962, quando os brasileiros comemoravam o bi da Copa do Mundo, no Chile, os baianos celebravam, em dobro. A sua representante ao concurso Miss Brasil elegera-se a mais bela mulher do país. Maria Olívia Rebouças Cavalcanti, o nome dela. Tempos depois, ela contou que ser rainha da beleza era o mais improvável de ocorrer em seu futuro, pois achava-se a menina mais desengonçada de Itabuna, a sua cidade, onde as colegas de escola e de adolescência apelidaram-na de “Olívia Palito”, aquela personagem alta e magra do desenho animado norte-americano Popeye.
 Ainda bem que aquele tempo passou. Quando já estudava em Salvador, Maria Olivia tinha um porte impressionante. As novas colegas a consideravam a mais bela do curso clássico, espécie de segundo grau da época, para quem desejava cursar ciências humanas. Até ali, tudo até bem. O que Maria Olívia jamais imaginaria era ser indicada à disputa do título de Miss Universitária da Bahia. Foi preciso o tio Mendonça Filho encorajá-la e inscrevê-la. E ela arrasou na passarela. Malmente recebera a faixa de “rainha”, os amigos já falavam em vê-la Miss Brasil, o que seus pais não curtiam muito. No entanto, para atender aos colegas universitários, ela topou disputar o Miss Bahia. Mas sem contar com nenhuma possibilidade de mais uma faixa no peito. Só que venceu, de novo. E foi para o Maracanãzinho representar a beleza da mulher baiana, reconhecida como a “mais + mais”, em 16 de junho daquele festivo 1962.
 Com medidas em cima – 1m67cm de altura (pesava 59 quilos) e  56-91-91 de coxas, busto e quadris, respectivamente, além de muita simpatia, Maria Olívia dominou o desfile. Os jurados viram logo que não daria para ser superada. Então, depois, de Martha Rocha, em 1954, ela tornava-se a segunda baiana a conquistar o cetro de Miss Brasil – no dia seguinte, como todas as brasileiras menos belas do que ela, teria mais uma festa a comemorar: a da vitória do escrete canarinho em Santiago do Chile. E depois seguiu Miami-EUA, de onde trouxe o quinto lugar do Miss Universo, em 14 de julho.
 Maria Olívia poderia ter seguido carreira cinematográfica, se quisesse. Convite não faltou. Mas não topou. Achou a rapaziada daquele negócio muito esquisita. Lançavam-na olhares libidinosos, devoradores. Ela chegou até a visitar estúdio das gravações e a experimentar indumentárias. Mas agradeceu e preferiu voltar para a Bahia.
Em 22 de junho de 1963, Maria Olívia passou o cetro de Miss Brasil à gaúcha Ieda Maria Vargas, que seria eleita Miss Universo. No dia seguinte, ela conheceu, durante uma festa, o estudante (de Direito) Olavo de Almeida Pereira de Cordes. Em 4 de dezembro do mesmo 1963, estavam casados. 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário