“Sou carioca vascaíno, mas vim trabalhar, como
médico, em São Paulo, onde conheci a minha esposa Priscila, que é colega de
trabalho e corintiana fanática. Para não destoar dela, faço de conta que
torcemos juntos, quando ela me carrega para os jogos do clube, formando um
grupo de médicos fanáticos pelo Corinthians. A turma é tão fanática que
programa até passeio ao antigo estádio alvinegro (foto). Por sinal, só por lá fiquei
sabendo que tinha o nome de Alfred Schürig. É o tal de Parque São Jorge, no
bairro Belemzinho, onde está a sede social. Já ouvi uma história de que os
dirigentes do Vaco ajudaram os corintianos a comprar aquele terreno. É
verdade?” Nélson Andrade R. Filho, de São Paulo.
Foto reproduzida de livro sobre a história corintiana |
“Seguinte, vascaíno: quem falou isso pra você fez
confusão. Na verdade, os cartolas cruzmaltinoss ajudaram os dirigentes
palmeirnenses na compra do terreno do Parque Antárctica, porque o proprietário
era amigo da turma de São Januário, que serviu de intermediário. O Kike já
publicou esta história.
Para você dar uma puxadinha de saco na Doutra “Pri”,
anote aí alguns dados pesquisados pelo Kike: o Parque São Jorge foi comprado, em
18 de agosto de 1926, de Assad Abdalla e Nagib Salem, por 750 contos de réis
(peça ao economista do seu hospital pra
fazer a atualização monetária), com o vendedores dividindo tudo em 144 prestações
mensais (até 1937). Mas morderam 40 contos de reis, de entrada.
O estádio chama-se Alfred Schürig porque este
rico homem doou ao clube 227 contos, 375
mil e 100 réis – dívida liquidada em 5 de abril de 1937, com atrasos no
pagamento durante a gestão do presidente Ernesto Cassano. A inauguração foi em
22 de julho de 1928, em Corinthians 2 x 2 América-RJ, perante duas mil almas. De
lá para cá, foram 484 jogos no local, com 356 vitórias, 65 empates e 63
derrotas. Marcou 1.345 gols e levou 491. O último jogo rolou em 3 de agosto de
2002, em Corinthians 1 x 0 Brasiliense. Valeu?
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